segunda-feira, 23 de março de 2015

Equipe Memorável 24# - Prost Grand Prix



Vou contar hoje a história completa da equipe Prost na F-1, então "prepare os olhos" e leia com atenção, e já peço desculpas por qualquer erro... Guyancourt, arredores de Paris, um tetracampeão monta sua sede para sua equipe de Fórmula 1, a Prost Grand Prix, que surgia da compra da Ligier, uma das equipes mais tradicionais da categoria. Eles buscaram no Japão os motores e os pneumáticos, com a Mugen-Honda e a Bridgestone, que acabou "dando" para a equipe Shinji Nakano, que correu ao lado de Olivier Panis.

1997: UMA DAS MELHORES ESTREIAS QUE SE PODE TER
A Temporada de 1997 começa bem para a novata, que fez um carro melhor do que a outra novata, com outro grande piloto no comando, Jackie Stewart. Na primeira corrida, Panis termina em 5º, enquanto Nakano termina em 7º. O começo foi bom, e os resultados seguintes seriam melhor ainda, no Brasil, Panis conquista um 3º lugar.


O francês acabaria abandonando o GP argentino, mas voltaria a pontuar com o 4º lugar em Mônaco, e duas semanas depois conquista um incrível 2º lugar na Espanha, o melhor resultado da equipe, que viu seu piloto superar Alesi, Coulthard e Schumacher. Já o japonês conquistaria seu primeiro ponto no GP do Canadá, corrida marcada pelo forte acidente de Panis, que o tirou de 7 corridas, por causa da quebra de ambas as pernas.

Alain foi buscar um substituto na Minardi, ehhh Minardi, sempre produzindo grandes pilotos, dessa vez Jarno Trulli. O italiano começa com um 10º lugar na França e um 8º na Grã-Bretanha, e na Alemanha conquista seus primeiros pontos, com o belo 4º posto. Parecia que Jarno não faria outra corrida como essa, mas na Áustria... ele larga em 3º e se torna líder na primeira volta, parecia que a equipe francesa conquistaria sua primeira vitória com um piloto vindo da Minardi, infelizmente parecia, Trulli acaba perdendo a ponta nas paradas e depois estoura o motor.


Semanas antes, Nakano conquistou seu último ponto na Prost, um 6º lugar na Hungria. A vontade de Alain Prost era de colocar Trulli ao lado de Panis, que retornaria em Nürburgring, mas a Mugen-Honda não deixou isso, e ameaçou abandonar a equipe antes do fim da Temporada.

Muito provavelmente o clima da equipe não foi tão bom nas últimas corridas, mesmo com a volta de Olivier, que já fez bonito no GP de Luxemburgo, pontuando, mas Nakano estava ali, completando apenas uma prova, com o 10º lugar. Ao fim da Temporada, Panis aparecia em 9º com 16 pontos, que seriam muito mais maiores, já que ele estava em 3º depois que sofreu o seu acidente em Montreal, Trulli terminou em 15º com 3 pontos e Nakano em 18º com 2. Em seu melhor ano, a equipe terminou em 6º com 21 pontos.

1998: O COMEÇO DA DECADÊNCIA

Em sua segunda Temporada, a equipe muda o fornecedor de motor, para o francês Peugeot, que prometia ao lado de Panis e Trulli, dois bons pilotos. O começo foi difícil, como o resto do ano, com Trulli abandonando e Panis terminando em 9º. Parecia que as coisas iriam melhorar, mas muito pelo contrário, iriam piorar. Esse 9º posto foi a melhor colocação de Panis, que terminou em 22º e penúltimo posto, só não superando Jos Verstappen, que teve um 12º lugar.

Trulli, da mesma forma que Panis, batalhou muito para conseguir levar um carro cheio de problemas na Temporada. Nas 10 primeiras provas, 7 abandonos, enquanto Panis tem 5. Quase que milagrosamente, Trulli arranjou um 6º lugar para a equipe, na Bélgica. Até o fim do Campeonato a equipe colecionaria fracassos, 9 com Trulli e 7 com Panis.

O italiano terminou em 16º com 1 pontos, enquanto Panis terminou em 22º com nenhum ponto. Já a equipe terminou a frente apenas da Minardi e da Tyrrell, em 9º, com aquele ponto conquistado por Trulli...

1999: TENTATIVA DE MELHORA

As esperanças estavam renovadas para 1999, mas o azar atingiu a equipe novamente. Com o mesmo trio de pilotos, Panis, Trulli e Sarrazin, a equipe começou mal a Temporada, com Panis e Trulli abandonando. Nas primeiras três provas, 3 abandonos com Trulli, enquanto o francês conquista um milagroso 6º posto no GP Brasil.

Mesmo assim, Panis abandonou 4 das 5 primeiras provas, tendo um pior desempenho que Trulli, que conseguiu um 7º lugar em Mônaco e um 6º na Espanha. Na França a equipe tem os dois carros entre os 5 primeiros, mas ambos não conseguem pontuar, com um 7º e um 8º lugar. Tudo andava ruim na equipe, que ia perdendo seu dinheiro cada vez mais.

No GP da Alemanha, Panis leva o carro ao 6º lugar, mas o que Trulli faria semanas depois seria mais surpreendente ainda, no Nürburgring o italiano larga em 12º e após uma corrida confusa, cruza a linha de chegada em 2º, após sofrer pressão de Barrichello. A equipe não voltaria a pontuar no resto do ano, e com isso fechou aquela Temporada com 14 dos 32 fracassos possiveis...


O italiano terminou em 11º com 7 pontos, enquanto Panis fechou em 16º com 2 pontinhos. Juntos, esses pontos deram o 7º lugar a Prost...

2000: O PIOR DOS ANOS

Com uma nova dupla de piloto, a equipe prometia, tendo uma promessa e um piloto "das antigas". Jean Alesi e Nick Heidfeld teriam a difícil tarefa de levantar o animo da equipe, que vinha em baixa. O começo do ano mostra que a "coisa seria feia", com Alesi abandonando 7 das 10 primeiras provas, tendo como melhor posto um 9º lugar no GP da Europa, onde ele chegou a andar em 6º.

Mas o GP europeu foi terrível para a equipe, que não teve seu segundo piloto, Nick Heidfeld ultrapassou o limite de peso e foi excluído da corrida. Mesmo assim o alemão conquistaria a melhor colocação da equipe no GP de Mônaco, com o 8º lugar. O alemão ainda participaria do maior mico da equipe, batendo com Alesi no GP austríaco

Nas últimas 7 provas, Jean abandona 5, e tem um 11º posto como melhor colocação, e Nick tem 6 abandonos e um 9º lugar como única prova terminada. Com o final da época, a equipe acabou vendo que aquela tinha sido sua pior Temporada, terminando em último no Campeonato de Construtores e tendo seus pilotos em 20º (Heidfeld) e 22º (Alesi)...

2001: O FIM

A equipe se reformulou em 2001, mudando quase tudo, menos o piloto, Jean Alesi. Mudou seu motor, de Peugeot para Acer (Ferrari), pneus, de Bridgestone para Michelin, óleo, de Total para Shell. Gastón Mazzacane foi chamado para correr no lugar de Heidfeld, que foi para a Sauber, e consigo ele trouxe o patrocínio da PSN (parece ser a rede da Playstation, mas não, é a Pan-American Sports Network).

O argentino disputou apenas 4 corridas pela equipe, e completou apenas 1, em 12º, e por isso foi demitido. No seu lugar veio Burti, que estava na Jaguar. Já o francês fez um belo último ano de sua carreira, começando na equipe de Prost e terminando na Jordan, mas mesmo assim deixou sua marca pela equipe. Conquista um 6º lugar em Mônaco, e duas semanas depois arranja um lindo 5º posto no Canadá.


Na Alemanha, Jean Alesi dá a equipe seu último ponto, com o 6º lugar depois de largar em 14º. Após atritos com Prost, Jean Alesi queria sair, e Alain teve uma idéia, percebeu que Eddie Jordan também não estava "bem" com Frentzen, e decidiu trocar. Mas a troca foi mau sucedida no sentido resultados. O alemão até que tentou, mas acabou nem sequer passando dos 10...

Já o brasileiro ficou marcado pelos seus acidentes, primeiro com Schumacher na Alemanha, quando ele acabou voando apos tocar com o alemão que teve problemas. E depois, na Bélgica, de maneira mais grave, quando ele bateu em Irvine e acabou indo reto para a barreira de pneus, a ponto de alguns neumáticos baterem em sua cabeça...

O substituto do brasileiro foi o tcheco Tomas Enge, que também não fez muita coisa...

Esse foi o último ano da equipe do tetracampeão Alain Prost, que até que fez um belo trabalho, mas acabou falhando no final de tudo. A equipe foi quase comprada, mas a DART/Phoenix acabou tendo seu pedido negado pela FIA, por motivos estranhos, alegando que mancharia a imagem da F-1....


Espero que gostaram, e caso tenham algum acrescimo ou história, só comentar, e curta também....

Imagens tiradas do Google Imagens

2 comentários:

  1. Vítor,

    quando a Prost surgiu na F-1 tendo como base a Ligier e ainda por cima com Alain Prost por traz do negócio, pensei que seria uma equipe de sucesso na F1...

    mas a história foi outra... infelizmente

    abs...

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    1. Um equipe que começou mt bem, e terminou mt mal. Se tivesse nascido antes teria torcido muito por ela, para ser campeã até...

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