sexta-feira, 13 de março de 2015

Equipe Memorável 21# - Lotus 1974 - 1977



Mais uma vez falo de outra época "pré-gloriosa", dessa vez com a Lotus, que teve seu último título em 1978, com o carro asa, que já vinha se desenvolvendo nesses anos em que vou contar agora. Após ser campeão em 1973, Jackie Stewart se aposentou, de maneira triste, com a morte de Cevert, enquanto isso, Emerson Fittipaldi deixava a Lotus e ia para a McLaren. A equipe preta e dourada logo foi contratar um novo piloto, esse piloto foi Jacky Ickx, que correria ao lado de Ronnie Peterson.


A Temporada começou mal para ambos, enquanto o belga abandonava, Ronnie terminava em 13º, mesmo fazendo a pole no sábado. Na corrida seguinte, no Brasil, Ickx vai ao pódio, enquanto Ronnie conquista o último ponto possível. Infelizmente, para ambos, aquilo que parecia ser um começo real do Campeonato, foi apenas uma alegria, para evitar qualquer tristeza a mais do que estava a seguir. Enquanto Peterson abandonou 4 de 5 corridas, Ickx abandonou todas as 5 corridas seguidas. A única alegria foi com o sueco, que conquistou a vitória em Mônaco. O belga pontuaria apenas mais 3 vezes naquele ano, com os dois 5ºs lugares na França e na Alemanha, e com o pódio na Grã-Bretanha. Já Ronnie ainda traria outras alegrias para a equipe, conquistando vitórias na França e na Itália, sem contar o pódio no Canadá. A Lotus terminou esse ano 4º, com 42 pontos, já seus pilotos terminaram em 5º (Peterson) e 10º (Ickx), com 35 e 12 pontos.


Em 1975, eles mantém a mesma dupla de pilotos, Peterson e Ickx. O sueco sofre com um carro terrível em mãos, mas mesmo assim consegue dar seus shows, a começar pelo seu 4º lugar em Mônaco e depois para outros dois 5ºs lugares, na Áustria e nos EUA. Ickx, que participou de apenas metade do Campeonato, conseguiu o feito de levar a Lotus ao 2º lugar no triste GP da Espanha, realizado em Montjuc. O belga teve como substituto o britânico Jim Crawford, que participou dos GPs da Grã-Bretanha e da Itália, com isso o seu segundo substituto foi Brian Henton, que participou dos GPs da Grã-Bretanha, da Áustria e dos EUA. O último substituto foi John Watson, que também nem sequer pontuou nesse triste ano da equipe. Com isso a equipe terminou em uma péssima 7º posição com 9 pontos, divididas entre Peterson (13º com 6) e Ickx (16º com 3), sem contar os 0 pontos de Watson (23º), Crawford (36º) e Henton (41º).


A Temporada de 1976 chegava, e a equipe mudara um de seus pilotos, agora quem corria ao lado do "sueco voador" era Mario Andretti. O começo do ano foi meio conturbado para Peterson, que fez apenas uma corrida pela equipe, abandonando no GP Brasil, de depois foi para a March, equipe que ele voltaria a vencer, em Monza. Já Mario também sofreu no ano, mas teve algumas alegrias, e da mesma forma de Ronnie, Mario participou apenas da primeira corrida, e depois foi para a Parnelli, onde conquistou um 6º lugar na África do Sul, e semanas depois voltou para a Lotus. Seus substitutos foram Bob Evans e Gunnar Nilsson. Bob só fez duas corridas, sem se destacar, enquanto Nilsson fez todas, menos a primeira. O sueco conquistou dois pódios, ambos com o 3º lugar, na Espanha e na Áustria, e pontou na Alemanha e no Japão. Já o futuro campeão, Mario, conquistou 3 pódios, 1 deles com a vitória no Japão, em uma ano que começou mal e terminou bem. A Lotus terminou em 4º com 29 pontos, conquistados por Andretti (6º com 22) e Nilsson (10º com 11).


A Lotus começava a Temporada de 1977 do mesmo jeito que terminou em 1976, rápida e com a mesma dupla de pilotos. Mario venceu 4 vezes, enquanto o Campeão Lauda, 3. O ano começou difícil, mesmo com o 5º lugar na Argentina, Mario não gostou de seus dois abandonos seguidos, mas isso seria recompensado por duas vitórias seguidas, logo depois, nos GPs do Oeste dos EUA e da Espanha. Logo depois, o estadunidense conquistou a pole na Bélgica, na Suécia e na França, onde venceu, antes de começar uma triste sequência de 3 abandonos, até voltar a vencer na Itália, e ainda indo ao pódio em casa, e nas últimas duas provas fez a pole, mas não venceu. Já Nilsson fez seu melhor ano, e mais triste ao mesmo tempo, já que todos aqueles 7 abandonos nas 7 últimas provas não eram nada perto da descoberta de seu câncer testicular, que naquela altura já ia ser mortal. O sueco venceu pela única vez na Bélgica, e fazia um belo ano, da mesma forma de Mario. Sua última corrida terminada foi na Grã-Bretanha, com o pódio. Infelizmente Nilsson morreu semanas depois da morte de seu compatriota Peterson...

Esses foram os anos que antecederam o último título da equipe, em 1978. Ainda vou fazer mais um sobre essa tradicional equipe, mas voltada para a década de 50 e 60.

Dedico esse post a Gunnar Nilsson e Ronnie Peterson, os "suecos voadores"...

Imagens tiradas do Google Imagens

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