domingo, 1 de março de 2015

Coluna Semanal 9# - Pilotos Pagantes


Nos últimos dias ouvimos falar o nome de Carmen Jordá, piloto da GP3 já há 3 temporadas, sem conseguir nenhum ponto e vai ser piloto de desenvolvimento da equipe Lotus, essa triste realidade está, como muitos de vocês devem perceber, está tomando conta da F-1 há anos. Casos como o de Jules Bianchi pode até ser exceção, por ser mais talentoso do que pilotos como Gutierrez e Chilton.

Há algumas maneiras de ser piloto pagante, levando um grande patrocinio, como bancos e empresas, e também levando motor de uma certa marca, coisa que já virou rara na F-1, mas no fim dos anos 80 e começo dos 90 vimos dois casos com a levada de motores. Primeiro com Aguri Suzuki que levou o motor Yamaha para a Zaks, e depois vimos Satoru Nakajima levar os motores Honda para a Lotus e Tyrrell. Outro caso de piloto que eu ACREDITO que levou motor a uma equipe foi Karl Wendlinger, um dos pilotos de desenvolvimento da Mercedes, que foi a unidade de potência da equipe Sauber em 1993.

Talento ou Dinheiro?

Um caso de quem levou um bom patrocínio é Pastor Maldonado, que levou a industria petroleira da Venezuela, para a Williams e depois para a Lotus, isso não significa que ele seja piloto pagante, já que ele também tem habilidade. Mesmo assim foi ele que salvou a Lotus no final do ano retrasado, trocando a Williams que teve que se sustentar com Bottas, piloto que também não devemos chamar de pagante, mesmo levando boas empresas finlandesas para a equipe do "Tio Frank".

Há muitos casos que não deram certo na F-1, como por exemplo Charles Pic, Giedo van der Garde, Esteban Gutierrez, Max Chilton, Karun Chandhok, Narain Karthikeyan e alguns outros nos últimos 10 anos. Primeiro Pic passou pela Virgin e depois pela Caterham, sem fazer nada de especial, da mesma forma o holandês que só fez uma Temporada. Chilton muito dificilmente voltará para correr com a Manor, os dois indianos levaram patrocinadores de seu país para equipes como Jordan e Hispania.

Pelo menos esse ano, merecia ou não merecia estar na F-1?

Um caso de brasileiro é Felipe Nasr, que levou o Banco do Brasil para a Sauber, equipe que também em Marcus Ericsson, mais um piloto pagante. Enquanto o brasileiro estreia na F-1, Jolyon Palmer, campeão da GP2, se torna apenas piloto de testes. Mesmo querendo ter mais brasileiros no grid, acredito que quem merecia agora era Palmer, que mostrou seu potencial na categoria.

A último caso que eu quero citar aqui é de Kamui Kobayashi, que participou da temporada de 2014 pela Caterham graças a ajuda de seus fans, que foram muito fiéis ao carismático piloto japones.

Hulkenberg, mesmo com poucos patrocinios alemães está se mantendo na Force India

Sei que foi pouco por hoje, mas não achei muitos outros exemplos, e alguns me recordei como no caso de Suzuki e Nakajima. A F-1 infelizmente tem seu lado negro, como todos sabem, mas esse lado negro está crescendo a cada dia mais, sendo com problemas financeiros e outras coisas do tipo. A contratação de Jordá, eu chego a considerar ser uma jogada de marketing da Lotus, que poderia ter escolhido um piloto que paga bem na GP2, e não alguém de fundo do grid da GP3. Essa coisa de piloto pagante vem desde da década de 60, 70, quando equipes em apuros se salvaram com pilotos de bom patrocínio, mas naquela época a coisa não era tão terrível assim, com metade do grid querendo ajuda. Há casos como o de Maldonado, Hulkenberg, Pérez, Bottas e Bianchi, que o seu talento mostrou que vale mais que seu dinheiro...

E você, o que você acha de pilotos pagantes na F-1?

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