|
Restos do acidente de Dan Gurney, que conseguiu sobreviver
para se tornar um dos mais famosos estadunidenses da Fórmula 1 |
Chegamos á parte 9 das surpresas que apareceram no TOP 3, coisa, que como eu disse semana passada, nem sequer esperava. Agora estamos na década 50, o Mundo mudava, tentando se reerguer e limpar as feridas da II Guerra Mundial. Os esportes eram sem dúvida o principal meio de diversão da população, tendo o futebol e o automobilismo como os maiores. No futebol, a Hungria acabou perdendo para os alemães em 1954, enquanto o Brasil conseguiu se recuperar do Maracanazzo e ser campeão na casa dos suecos. Já na F-1, Juan Manuel Fangio domina numa década de tristeza, muitas mortes, que destruíram prováveis futuros campeões, e até pilotos já consagrados.
Dessa vez, tem tantas surpresas, que só teremos a parte final daqui a duas semanas, ou seja, três semanas de surpresas da década de 1950, afinal, um dos grandes motivos é que antigamente podia revezar o carro com o companheiro, a ponto de mudar até a história do Campeonato.
Allison Dá Show e Supera os Ponteiros
|
"Tá com sede Harry? Vê se bebe logo essa água... |
Cliff Alinsson, quando esse nome veem á cabeça lembramos dele ser o primeiro piloto da Lotus a marcar pontos. Já pela Ferrari, em 1960, o britânico se classificou na 7º colocação para o GP da Argentina. Na corrida, o britânico deu show e conseguiu superar Phil Hill, Jo Bonnier, Innes Ireland e Wolfgang von Trips, que largava á sua frente. Nessa prova, algo de inusitado aconteceu, já sendo proibido, Moss e Trintignant revezaram o carro, e ainda terminaram em terceiro, mas eles não foram DSQ, e sim apenas perderam seus pontos. Deu na mesma...
A Primeira Vez de Ireland e Hill
Esse Hill que estou falando é o Graham. Ainda nas primeiras temporadas, ambos conseguiam andar bem em várias corridas, mas ainda não tiveram a chance de subir ao pódio, e essa chance chegou, no GP da Holanda de 1960. Ambos largavam entre os 5 primeiros, com isso ficou fácil supera-los e ter sorte para subir ao pódio. Ireland foi o segundo, com Hill em terceiro, conquistados graças aos abandonos, mas também eles conseguiram deixar para trás o pole position, nada menos nada mais do que Stirling Moss.
1960, O Ano das Primeiras Vezes
Depois de citar o primeiro pódio de Innes e Graham, chegamos ao GP da Grã-Bretanha, que veria o surgimento de uma nova sensação do automobilismo, vindo do motociclismo, isso mesmo, o único a ser campeão em ambas, John Surtees. O britânico foi apenas o 11º nos treinos, e as expectativas para a prova não eram uma das motivantes, mesmo assim ele conseguiu superar vários pilotos que tem nomes gravados na categoria como Innes Ireland, Bruce McLaren, Tony Brooks, Wolfgang von Trips, Dan Gurney e Jim Clark...
A Primeira Vitória da Suécia
Quando falamos em Suécia na categoria, lembramos sempre de Ronnie Peterson, ás vezes de Stefan Johansson, raramente de Gunnar Nilsson, e quase nunca de Joakim Bonnier. Apelidado de Jo, Bonnier conquistou uma única vitória, e também um único pódio, ou seja, seus principais momentos foram no GP da Holanda de 1959, dominado por ele, de ponta a ponta com uma BRM, contra as fortes Coopers...
Show de von Trips Nas Retas de Reims
Reims-Gueux, um grande circuito conhecido pelas suas retas e também pelo seu formato quase triangular, acho que merece ter sua história contada daqui á algum tempo. Com a própria Scuderia Ferrari, Wolfgang von Trips havia subido ao pódio apenas uma vez, e jamais marcara pontos além desses, por isso deveria mostrar trabalho para Enzo Ferrari senão seria demitido. No GP da França de 1958, o alemão largou na terrível última colocação, enquanto Hawthorn, um de seus companheiros, largou na pole. Infelizmente, Luigi Musso perdeu a vida na corrida, mas ela também deve ser lembrada pelo show de von Trips, que conseguiu um grande terceiro lugar após superar pilotos da estirpe de Fangio e Collins...
Um Ano Difícil Para Jean Behra
Jamais venceu uma corrida, mas era um dos que mais merecia pelo seu histórico de azar. Correndo pela BRM em 1958, o francês enfrentava uma "seca" de nenhuma prova terminada, mesmo conseguindo uma bola qualificação, ele não conseguia repetir o mesmo feito na corrida. Mas tudo deu certo para ele em Zandvoort. Depois de largar em 4º, Jean conseguiu se manter na pista e não se meter em confusões para conquistar aquele que seria seu último pódio.
Domínio Italiano, Mas Não da Ferrari
A temporada de 1957 começara, e a Maserati estava começando a sentir como é ser a melhor marca do mundo. Superando a rival Ferrari, a equipe de Modena tinha grandes pilotos seu dispor, além de um que havia participado só de uma corrida, válida para a F-1, fora da Argentina, o argentino Carlos Menditeguy, que largou em 8º numa corrida de 14 carros, todos da Scuderia e da Officine. Correndo em casa, Carlos conquistou um terceiro posto, dominando a prova ao lado dos companheiros da Maserati, que formaram um 1-4...
Mais Uma de von Trips
Antes de dar show na França, o alemão voador fez suas paradas na Itália, ainda no ano de 1957. Depois de largar em 10º, na frente até de pilotos como Hawthorn e Musso, que também estavam á bordo de uma Ferrari, Wolfgang fez uma corrida consistente, sem erros em busca de seu primeiro pódio, que veio, com o terceiro posto conquistado ao fim das imensas 85 voltas completadas por ele em Monza...
Gregory Tem Sorte, e Conquista Seu Primeiro Pódio
Já citei o exemplo de Giancarlo Baghetti, que conseguiu três vitórias consecutivas nas suas três primeiras corridas com um carro de F-1, agora vemos Masten Gregory, estadunidense que ganhou poucos pontos, mas a maior parte deles de boa forma, com 3 pódios, seu primeiro conquistado logo no seu GP de estreia, em Mônaco, coisa que ajudou. Na época, as 105 voltas do GP monegasco era a prova mais desafiadora ao lado da Indy 500, perdendo apenas para as 24h de Le Mans. Largando em 10º, com um carro da Maserati, Gregory escapou de acidentes, problemas e resistiu ao desgaste físico, e conseguiu um terceiro lugar entre os 6 pilotos que terminaram.
O Único Pódio de Frère
A corrida seria marcante para três dos quatro pilotos que terminaram entre os primeiros. Collins finalmente liderou alguma corrida e ainda conquistou a primeira vitória, já Cesares Perdisa conquistaria o segundo e último pódio de sua carreira, ambos tendo o seu carro divido. Já Paul Frère, belga correndo em casa, conquistaria seu único pódio após largar em 8º num grid de 16 pilotos, e ainda superar pilotos que largaram na sua frente, como Schell e Behra...
O Pódio de Alfonso de Portago
O piloto que tem o maior nome que já passou pela categoria foi Alfonso Antonio Vicente Eduardo Angel Blas Francisco de Borja Cabeza de Vaca y Leighton, que é mais famoso pelos seus feitos em outros esportes, mas mesmo assim não deixou escapar a chance de escrever o nome na categoria. No GP da Grã-Bretanha, vários pilotos se inscreviam só para correr aquela corrida, isso não era o caso de de Portago, que assinou com a Ferrari para as últimas provas. Depois de dividir o carro com o talentoso Peter Collins, o espanhol comemorou seu único pódio ao fim de 101 voltas.
A Primeira Conquista de Musso
Luigi Musso conquistou sua primeira vitória depois de dividir o carro com Juan Manuel Fangio, no GP da Argentina de 1956. Depois de largar em 3º, Musso se manteve perto dos lideres, mas sem estar nenhuma vez na ponta, coisa que Fangio conseguiu fazer depois do abandono de Moss e Menditeguy. A corrida também foi a última disputada por Chico Landi e Alberto Uria...
Obrigado por ler, semana que vem tem mais...
Imagens tiradas do Google Imagens
Nenhum comentário:
Postar um comentário