sexta-feira, 19 de junho de 2015

Coluna Semanal 23# - Surpresas no Pódio - Parte 8


Ainda acho que podemos chegar a parte 10 caso isto se mantenha no mesmo ritmo, pena que a última postagem não foi tão bem "divulgada", acabando com o menor número de views desde que comecei a escrever sobre essas surpresas. Caso você não viu: Coluna Semanal 22# - Surpresas no Pódio - Parte 7. Essa será a última parte da década de 60, indo de 1966 até 1961.

O Primeiro de Mike Parkes
Você muito provavelmente nunca ouviu falar desse nome, mas as tentativas de vencer deste britânico foram poucas, apenas 7 corridas validas para o Campeonato da F-1. Em 1966 foi contratado pela Ferrari, e viu ali a chance de conquistar alguma coisa na maior categoria do mundo. Mesmo assim, as 4 corrida feitas por eles mostravam a sua "animação" correr pela Ferrari no Campeonato Mundial. Dois abandonos, dois pódios, essa foi a sua época naquele ano, quando terminou em segundo na França e na Itália, que já foi citado ontem.

O Único de Anderson

Correndo com um Brabham BT11 na maior parte de sua carreira na F-1, Bob Anderson só conseguiu chegar no pódio em uma oportunidade, no GP da Áustria de 1964. A corrida marcou a estreia do GP da Áustria, disputado num aeroporto e com Jochen Rindt sendo o único piloto da casa. Bob largou em 14º e conseguiu várias posições graças aos abandonos de pilotos importantes com Jim Clark. Mas ele também efetuou ultrapassagens, em Innes Ireland e Jo Bonnier...

Siffert Surpreende Em Watkins Glen

Ainda sendo um jovem piloto da Suiça, Jo Siffert se qualificou na 12º colocação para o GP dos EUA de 1964, sendo o melhor dos carros da Brabham equipados com o motor BRM. O seu terceiro lugar chegaria rapidamente, com pilotos tendo problemas enquanto aqueles que podiam ameaça-los ficavam para trás. No fim, Grahan Hill venceu com Surtees em 3º, mas quem mais comemorava era Jo, agora se consolidando como promessa...

Peter Arundell Começa Em Alta Em 1964

Era apenas a segunda corrida de 1964, e mesmo assim Peter Arundell mostrou que não veio para brincar com Jim Clark na Lotus. Ele nunca foi do mesmo nível do compatriota, mas também não era um desastre, e mostrava que se tivesse carro podia vencer. Depois de largar em 6º, Peter conseguiu superar Graham Hill e Bruce McLaren para conseguir seu segundo pódio naquela temporada, que tinha ele como o terceiro colocado.

A Surpresa de Arundell
Depois de falar sobre o último pódio deste piloto britânico, chego agora no primeiro, que foi conquistado de uma maneira incrível, com Jim Clark estourando o motor há 4 voltas do fim e deixando a vitória nas mãos de Hill e o pódio com Arundell, que veio de 6º para evitar qualquer incidente durante a enorme prova de 100 voltas...

Tony Maggs O Sul-Africano Voador

Tony era a principal esperança dos africanos na década de 1960, quase sempre terminava corridas, mas precisava de um carro que possibilitasse vitórias. Ele já havia conquistado dois pódios, e esse terceiro, e último, merece ser citado por ter sido seu último antes de começar a sofrer com carros de baixo rendimento. Depois de largar apenas em 8º, Maggs conseguiu superar Dan Gurney, Jack Brabham e Graham Hill para conseguir chegar ao pódio, de maneira magnifica...

Lorenzo Bandini, A Esperança Italiana

Depois de fazer algumas corridas pela Centro Sud em 1961, Lorenzo foi contratado pela Ferrari em 1962, para mostrar que tinha talento o bastante para ser campeão num futuro breve. Na sua primeira corrida a bordo dos carros de Enzo Ferrari, Bandini se classificou em 10º, uma posição atrás do atual campeão do mundo, que conseguiu se manter na sua frente durante todas as 100 voltas. Mesmo assim, isso não evitou que o italiano comemorasse seu primeiro pódio no mesmo local na qual sofreria o acidente que o mataria...

O Único Pódio de Trevor Taylor

Trevor nunca foi um grande piloto, mesmo a bordo da Lotus tem 1962, 1961 e 1963. O seu melhor resultado no carro britânico foi o segundo lugar conquistado no GP da Holanda de 1962, que é o citado aqui. Seu 10º posto de classificação nem se comparava com o 3º de Jim Clark, mesmo assim, Taylor deu conta do recado e conseguiu, aos poucos, substituir a falta de seu companheiro, que teve problemas. Ele colocou quase 1 minuto de diferença em cima de Phil Hill, e no fim de tudo foi o 2º, a menos de 30s de Graham Hill...

O Último Pódio de Brooks

Tony Brooks mostrou que tinha talento para conseguir um carro bom, e quando conseguiu perdeu sua única chance, decaindo até a Owen em 1961, sua última temporada. Depois da morte de von Trips em Monza, e o título de Hill, a Ferrari preferiu não participar do GP dos EUA daquele ano, facilitando as chances de vitórias de pilotos como Innes Ireland, Dan Gurney, Bruce McLaren, Graham Hill, Jim Clark, Jo Bonnier e Stirling Moss. A corrida marcou também por dar a única vitória a Ireland, que a seu lado teve o compatriota Brooks, que foi o 3º depois de largar em 5º e superar Hill e McLaren. A Temporada foi ruim, mas as duas últimas corrida foram boas para o britânico, que se aposentou depois da corrida...

Giancarlo Baghetti e Sua Façanha

Quem conhece Giancarlo Baghetti sabe que ele venceu a primeira corrida que fez na F-1, mas o que poucos sabem é que sua façanha foi ainda maior, e essa tal de primeira vitória só aconteceu em sua terceira corrida, vou te explicar. Antigamente, muitas corrida que não valiam para o campeonato eram realizados, mas ainda tinham carros e pilotos da maior categoria do automobilismo. 

Na Sicilia, o italiano conseguiu vencer sua primeira corrida disputada com um carro e regras da F-1, além de enfrentar nomes como Gurney, Bonnier, Brabham, Salvadori, Clark, Bandini, Moss, Surtees, Hill, Trintignant, Ireland e Brooks. Na corrida seguinte em Napoles, ele não enfrentou todos esses nomes, mas repetiu o feito, mostrando que era um grande e promissor piloto.


A Ferrari deu a ele a chance de guiar no GP da França de 1961, que finalmente seria válido para a temporada, e o que aconteceu? Baghetti largou em 12º e superou novamente todos aqueles nomes, de forma mais magnifica ainda, se tornando o único piloto a vencer a corrida de estreia na F-1, sem contar Farina em 1950. Infelizmente, sua carreira não levantou e ele teve que aguentar maus resultados nas outras equipes que ainda passou...

Essa foi a "Coluna Semanal" válida desta semana, espero que tenham gostado e obrigado por ler...

Imagens tiradas de GPExperts.com.br

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