Começava o fim do domínio Caracciola, que é o maior vencedor de Nürburgring |
Depois de falar sobre a edição de 1935 do GP da Alemanha, disputado em Nürburgring e vencido pelo grande Tazio Nuvolari, vou falar como foi a época do Campeonato Europeu no circuito alemão. Esse Campeonato ocorreu entre os anos de 1931 e 1939, deixando de acontecer em 1933 e 1934. O primeiro campeão foi Ferdinando Minoia, que conquistou um título com um Alfa Romeo.
Houve apenas 3 corridas válidas, o GP da Itália, da França e da Bélgica. Enquanto 26 corridas não foram oficializadas, entre essas provas estavam os GPs de Mônaco, de AVUS, de Monza, da Alemanha e de Eifel, que também foi disputado em Nürburgring. O vencedor das duas corridas disputadas no gigantesco Nordschleife foi o alemão Rudolf Caracciola.
Houve 5 corridas oficializadas em 1935, o GP da Bélgica, da Alemanha, da Suiça, da Itália e da Espanha. Caracciola venceu a corrida em Spa, em Bremgarten e Lasarte, e com isso conquistou 11 pontos necessários para ser Campeão. Nessa temporada várias outras corridas foram introduzidas, como o GP da Estônia, o GP de Portugal, o GP de Penya Rhin e até mesmo o GP do Rio de Janeiro, disputado na Gávea...
Em 1937, Rudolf Caracciola repetiu o feito de ser Campeão após vencer 3 das 5 corridas, inclusive em Nürburgring. A Eifelrennen foi vencida por Bernd Rosemeyer. No ano seguinte, 1938, Caracciola se tornaria o primeiro e único piloto a ser bicampeão no Campeonato Europeu, e para muitos ele foi o primeiro tri-campeão do Mundo, já que esse Campeonato foi precursor da Fórmula 1.
Rudi venceu apenas uma vez, em Nürburgring, Hermann Lang conquistou a vitória no GP da Bélgica e da Suiça, sem contar no Eifelrennen. Mas no fim de tudo, o campeão foi Hermann Paul Müller, que venceu o GP da França. Mas ele não é considerado Campeão oficialmente, porque acabou não sendo declarado por causa da Guerra, que começara.
Em agosto do mesmo ano, a prova de reinauguração foi realizada, com os ingressos custando 5 marcos alemães e cerca de 80 mil pessoas comparecendo para assistir ao espetáculo que é o esporte a motor, seja automobilismo, seja motociclismo. Já recuperar Nordscheleife seria mais difícil e demorado, já que era muito grande e seus estragos eram muito maiores.
Rudi Caracciola |
Corridas ainda aconteciam em Sudschleife, mas elas eram menos importantes do que as que aconteciam em Nordschleife, um exemplo a ser usado é da década de 1950, quando a F-1 acontecia no Nords e a F-2 no Suds. Com a falta de alemães em suas máquinas na categoria, começava a recuperação dos italianos no patamar mundial, com as marcas Alfa Romeo e Ferrari separadas e crescendo em uma velocidade assustadora, sem contar a Maserati.
As 20 voltas da corrida exigiam muito da força, da resistência e da habilidade dos pilotos, que se arriscaram a mais de 200 Km/h, por vezes batendo os 300Km/h. Alberto Ascari dominou o fim-de-semana, largou na pole e liderou toda a corrida, que teve uma duração de 3:23:03.3... Era o começo do domínio italiano em Nürburgring. Fangio foi o segundo e Gonzalez o terceiro.
Imagens tiradas do Google Imagens
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