Depois de contar como foi o inicio de Nürburgring na F-1, chegou a hora de falar sobre o fim da década de 1960 e ainda sobre a década de 1970, que marcou o fim das atividades da categoria no circuito alemão. Depois da morte de Carel Godin de Beaufort, a Porsche se retirou da categoria, e agora a Alemanha não teria mais ninguém para torcer, exceto Gerhard Mitter, da Lotus.
Em 1965, Jim Clark já se mostrava como o melhor piloto da F-1, e já era esperado sua vitória no circuito alemão, coisa que veio depois de 2:07:52.4. E o mais incrível é que ele já era Campeão do Mundo depois da corrida, recorde que só foi superado por Schumacher em 2002. Os únicos pilotos que podiam impedir sua vitória ficaram por causa de problemas.
No ano seguinte a Fórmula Vê chegara á pista alemã, além de uma prova gigantesca de resistência, as 84 Horas de Nürburgring. Além dessas corridas, a Eifelrennen ainda existia, e atraia um público maior do que quando a F-1 estava lá. As corridas de motos e sidecars eram frequentemente cancelados por causado nevoeiro, mesmo assim a quantidade de pessoas que iam assistir essas provas eram enormes.
No mesmo ano, a F-1 viu mais uma fatalidade acontecer em Nürburgring, agora de John Taylor, que acabou batendo na primeira volta da corrida. Quando o britânico foi retirado do carro, ele estava extremamente queimado, e correndo sério risco de morte, que veio 4 semanas depois. Enquanto isso, o show continuava.
A prova ainda marcou por ser a última realizada no traçado original, já que seria feito uma chicane antes da entrada nos boxes. Jack Brabham venceu depois de ver Jim Clark abandonar depois de um acidente, e ele ainda conseguiu colocar mais de 10 minutos em cima de Lorenzo Bandini, o último piloto que não tomou uma volta.
Sim, esse é Brian Hart |
Outra curiosidade da corrida foi ver três pilotos vindos da Oceania subir ao pódio, enquanto os britânicos não foram a ele pela primeira vez desde 1962. Você já ouviu falar de Brian Hart? Sim, é aquele que criou os motores Hart. Essa foi a única corrida da F-1 na qual ele participou como piloto, correndo com um Protos Ford.
No fim do treino, o poleman era Jacky Ickx, com Chris Amon em 2º e Jochen Rindt em 3º. O "personagem principal dessa nossa trama" aparecia apenas em 6º, mas nada que afetasse muito em um circuito tão longo. O pior de tudo é que o nevoeiro aumentou, e ainda por cima havia 20 suicidas prestes a largar onde apenas o primeiro colocado teria uma melhor visão.
No ano seguinte, a categoria mutiladora estava de volta. Jackie Stewart e Jacky Ickx continuavam mostrando que eram os melhores pilotos de Nürburgring, conquistando as duas primeiras posições no treino. Mas na corrida, não vimos a disputa dos "Jack' s", já que o belga ficou pelo caminho na primeira volta. A facilidade foi tremenda para vermos o escocês vencer mais uma vez no circuito de Nürburg. Além disso, a corrida marcou-se por dar o primeiro pódio da carreira de François Cevert.
O escocês tentava se aproximar do ferrarista, e de Emerson Fittipaldi no Campeonato, mas ele não imaginava que aquela disputa com Clay Regazzoni custaria mais um pódio em Nordschleife. Depois de tocar com o suiço. Jackie foi parar no guar-rail, que danificou a suspensão dianteira de sua Tyrrell. No ano seguinte, o GP da Alemanha veria um "boicote" em massa.
Nos treinos, Howden Ganley bateu violentamente com seu Iso Marlboro, que não foi recuperado a tempo da corrida. Já no domingo, Ronnie Peterson ficou pelo caminho depois de tocar com Ickx, e mesmo assim ainda tentou voltar, até danificar sua suspensão, três voltas depois de seu acidente. Na mesma volta, Niki Lauda sofreu um forte acidente, que fez o austríaco quebrar o pulso.
Com a saída da Ferrari, a F-1 viu nenhum piloto italiano competir, coisa que só aconteceria de novo no GP da Austrália de 2012, isso se mantém até hoje. Jackie Stewart liderou toda a corrida e venceu com facilidade, tendo François Cevert como principal ameaça nas últimas voltas, terminando em segundo. Ickx ainda conquistou o 3º posto.
No ano seguinte, Niki Lauda teria a chance de vencer em Nürburgring, mas ele não imaginava que acabaria batendo ainda na primeira volta. Tudo ficou mais fácil para Clay Regazzoni depois de que Denny Hulme bateu em Emerson Fittipaldi, que estava lento no circuito. O campeão de 1967 ainda voltou para corrida com o carro reserva, mas foi desclassificado.
O fim da carreira de Hailwood |
Rega venceu, com Jody Scheckter, que tocou em Lauda, terminando em 2º e Reutemann em 3º. Infelizmente a corrida ficou marcada por ser a última vez que Mike Hailwood e Howden Ganley participaram de um fim-de-semana de GP na F-1. O neozelandês sofreu um terrível acidente nos treinos (novamente, depois de 1973), que destruiu totalmente a frente de seu carro, para piorar, sua pernas ficaram para fora e extremamente machucadas. Há apenas 2 voltas do fim, Hailwood sofreu um acidente semelhante e também se aposentou.
Chegamos á temporada de 1976, que virou até filme por causa da disputa entre Niki Lauda de James Hunt, que no dia 1 de agosto chegou ao templo chamado Nürburgring, que é tão grandioso a ponto de mudar toda a história da época. Amanhã contarei como foi a última edição disputada em Nordschleife. A F-1 chegou a sua última corrida disputa em uma pista tão gigante, já que Spa havia sido mutilado anos antes...
Fonte das fatalidades: en.wikipedia.org
Imagens tiradas do Google Imagens
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