sábado, 11 de abril de 2015

GP Memorável 39# - Brasil 1985


Nessa semana fez 30 anos do acontecimento do GP Brasil de 1985, e como já tinha falado no início do ano, irei falar das temporadas de 1984 e 1985 nesse 2015 que acabou de passar de 1/4. Tive a ideia de colocar todas essas corridas desses anos nos dias em que faziam "aniversário", mas no caso do GP Brasil, eu acabei não conseguindo escrever na terça-feira.

Como fiz no GP Brasil de 1984, vou começar falando das equipes, mas sem citar os estreantes. A atual campeã, McLaren, ainda tinha como dupla de pilotos Niki Lauda e Alain Prost, mantendo também o motor TAG-Porsche, aumentando mais ainda o "conceito" de que "time que tá vencendo não muda". Já a Tyrrell vinha de um ano triste, após ser desqualificada e perdido os resultados do ano de 1984, a equipe decidiu mudar, iria trocar os motores, os aspirados da Ford seriam trocados pelos Turbos da Renault.


Martin Brundle e Stefan Bellof estavam escalados para a temporada, mas problemas fizeram que o alemão não corresse, cedendo seu lugar á Johansson, apenas no Brasil. A Williams veio com um carro muito mais desenvolvido ao lado dos motores Honda, que melhoraram em relação aos dois anos anteriores, Nigel Mansell foi chamado para substituir Jacques Laffite, enquanto Keke Rosberg continuaria na equipe.

A Brabham continuou a ter Nelson Piquet, que sofreria na temporada inteira com a falta de confiabilidade de seu carro, o companheiro do brasileiro seria François Hesnault, vindo da Ligier, mesmo não tendo bons resultados. A RAM demitiu Jonathan Palmer, e chamou em seu lugar o alemão Manfred Winkelhock, que faria dupla com o mesmo Philippe Alliot da temporada de 1984.


A equipe Lotus teria uma nova estrela, dessa vez brasileira, Ayrton Senna, vindo da Toleman, onde tinha feito um ótimo ano, Elio de Angelis continuava na equipe onde conquistara sua primeira vitória. A Renault fez um péssimo carro para Patrick Tambay e Derek Warwick, que sofreriam nas mãos da última obra da equipe que trouxera os motores turbo á F-1.

A Arrows ainda teria os motores turbo da BMW, e mudou apenas um de seus pilotos, trocou Marc Surer por Gerhard Berger, que mostrou suas habilidades com a ATS nas últimas provas de 1984, Thierry Boutsen ainda se manteria na equipe. A Toleman sofrera um problema grave, falta de pneus, isso mesmo... acabou rompendo o contrato com a Pirelli, buscou na Michelin novos compostos, mas a francesa se retirou, a Goddyear não tinha um bom retrospecto com a equipe, e a última chance dela seria os pneus Avon, mas o acordo não havia sido fechado antes da prova no Brasil, por isso nenhum Toleman chegou ao Rio de Janeiro, apenas um de seus pilotos, Stefan Johansson esteve lá para correr, pela Tyrrell, o companheiro do sueco seria nada menos nada mais do que John Watson, que também desistiria, deixando a equipe sem pilotos...


A Spirit mantinha seu italiano guerreiro, Mauro Baldi, que sofreria ainda mais nas provas a seguir. A Alfa Romeo já tinha boa parte de seu carro destinada ao patrocínio da Benetton, marca de roupas, que mais tarde compraria a Toleman para criar sua própria equipe. Os pilotos da Alfa seriam Riccardo Patrese e Eddie Cheever. A Osella seria a única equipe, além da Alfa, a ter motores Alfa Romeo, seu piloto "inicial" seria Piercarlo Ghinzani, que correria metade da temporada.

A Ligier trouxera de volta Jacques Laffite, e voltaria ter um dupla digna, Andrea de Cesaris e Jacques Laffite, que poderiam render ótimos resultados para a equipe francesa. A Scuderia Ferrari mantinha Albo e Arnoux com seus pilotos, mas mais tarde um demissão misteriosa chocaria o mundo automobilistico... A última equipe a estrear em Jacarepagua, seria a Minardi uma das mais simpáticas e queridas equipes que passaram pela F-1. Seus motores seria os aspirados da Ford, mas apenas em duas provas, onde seu piloto, Pierluigi Martini sofreu.


Outras duas equipes estreariam na categoria, mas não nessa prova, por isso não irei cita-las... Treinos para a definição do grid no domingo, logo a Lotus mostra que manteria o "gás" da última temporada e disputaria pelas primeiras posições, ao lado da McLaren, que apesar de não ter desenvolvido tão bem o carro, surpreenderia no final da prova. A Ferrari e Williams serias outras equipes fortes na disputa pelo título, colocando a temporada de 1985 como uma das mais disputadas na história.

Infelizmente, Brabham e Renault perderam rendimento, e não disputariam corridas na temporada. Logo depois a disputa começaria a esquentar, no Brasil, Arrows, Alfa e Ligier disputariam pelo 3º pelotão, mas mais tarde viriam a Tyrrell chegar perto. A RAM tinha um piloto que fazia a diferença em cima da Spirit, Osella e Minardi, Manfred Winkelhock.


A pole seria de Michele Alboreto, com 1:27.768, 0.096s mais rápido do que Keke, que deixou as duas Lotus no meio dele e de Mansell. Prost largava apenas em 6º e Lauda em 9º, a frente das duas Renautls. O melhor carro que não tinha motor Turbo era de Martin Brundle, 21º colocado com 8.384s a mais do que Albo.

Na largada, as duas Williams largam bem, e disputam pela primeira colocação junto á Michele Alboreto, que leva um toque de Mansell que sai da pista, mas conseguindo voltar, com problemas que o tirariam na 8º volta. O líder era Rosberg, que era seguido por Alboreto e Senna. Quem vinha lá de trás era Prost e Lauda, que ganhavam posições uma á uma.


Quando disputava com Lauda, Piquet bateu e abandonou, sendo o primeiro acidentado da temporada de 1985, na volta 7 mais um piloto abandonaria, Mauro Baldi com a ultrapassada Spirit. A segunda Brabham também acabaria batendo, terminando a prova para a equipe de Bernie Ecclestone. Lá na frente, Rosberg liderava tomando pressão de Alboreto e Prost, que passara Senna.

O turbo do motor Honda não passou das 10 voltas, e a prova acabou para a Williams. Alboreto não segurou por muito tempo Alain Prost, que tomou a ponta, enquanto isso, Niki Lauda também ia ganhando posições, se aproximando de Michele, que ficou feliz ao perceber que a prova havia acabado para o austríaco, que tinha problemas no sistema de combustível. Até esse ponto, de Cesaris já tinha batido e dois pilotos haviam estourados os pneus, Patrese (que abandonou) e Arnoux.


O francês da equipe Ferrari veio lá de trás e recuperou todas a posições possíveis, até aparecer na 5º colocação. Há pouco menos de 20 voltas para o fim, Ayrton Senna, que estava em 3º, abandonou a prova com problemas elétricos, um começo nem tanto bom na Lotus, mas o brasileiro havia mostrado seu talento com um carro de ponta.

A prova continuaria a mesma, sem mudanças e sem surpresas, e Alain Prost venceria sua 3º em Jacarepaguá, uma prova que foi um pouco ofuscada pelo o estado de saúde de Tancredo Neves, o novo presidente do Brasil, que estava passando por maus bocados que o levariam a morte... Alboreto e de Angelis fecharam o pódio, e Arnoux, Tambay e Laffite fechariam os pontos.


RESULTADOS:

  1. Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - 1:41:26.115 - 9pts
  2. Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - +3.259 - 6pts
  3. Elio de Angelis - Lotus Renault - +1 Volta - 4pts
  4. René Arnoux - Scuderia Ferrari - +2 Voltas - 3pts
  5. Patrick Tambay - Renault - +2 Voltas - 2pts
  6. Jacques Laffite - Ligier Renault - +2 Voltas - 1pt
  7. Stefan Johansson - Tyrrell Ford - +3 Voltas
  8. Martin Brundle - Tyrrell Ford - +3 Voltas
  9. Philippe Alliot - RAM Hart - +3 Voltas
  10. Derek Warwick - Renault - +4 Voltas
  11. Thierry Boutsen - Arrows BMW - +4 Voltas
  12. Piercarlo Ghinzani - Osella Alfa Romeo - +4 Voltas
  13. Manfred Winkelhock - RAM Hart - +4 Voltas
  14. Gerhard Berger - Arrows BMW - Suspensão - OUT
  15. Ayrton Senna - Lotus Renault - Elétrico - OUT
  16. Eddie Cheever - Alfa Romeo - Motor - OUT
  17. Pierluigi Martini - Minardi Ford - Motor - OUT
  18. Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche - Alimentação - OUT
  19. Andrea de Cesaris - Ligier Renault - Acidente - OUT
  20. Riccardo Patrese - Alfa Romeo - Estouro - OUT
  21. Keke Rosberg - Williams Honda - Turbo - OUT
  22. François Hesnault - Brabham BMW - Acidente - OUT
  23. Nigel Mansell - Williams Honda - Escapamento - OUT
  24. Mauro Baldi - Spirit Hart - Turbo - OUT
  25. Nelson Piquet - Brabham BMW - Transmissão - OUT
Esses foram os pilotos que estavam inscritos para a corrida
Volta Mais Rápida: Alain Prost - 01:36.702


Curiosidades:
- 405º GP
- 17º Vitória de Alain Prost
- 2º e Última Pole de Michele Alboreto
- 43º Vitória da McLaren
- 13º Vitória da TAG-Porsche Como Construtor de Motor
- 50º GP da BMW Como Construtor de Motor
- 250º GP da Ford Cosworth Como Construtor de Motor
- Última Corrida de René Arnoux na Ferrari
- Última Corrida de Stefan Johansson na Tyrrell
- Primeira Corrida de Ayrton Senna na Lotus


  • MELHOR PILOTO: René Arnoux
  • SORTUDO: Michele Alboreto
  • AZARADO: Williams
  • SURPRESA: N/H
Arnoux foi o melhor piloto disparado, furou o pneus, ficou longe da zona de pontuação, mas mesmo assim conseguiu fazer um retorno magnifico, terminando em 4º. Alboreto teve sorte de não ter quebrado a suspensão no acidente com Mansell, que ao lado de Rosberg foi o azarado da prova, já que a Williams prometia para esse começo de temporada

Campeonato de Pilotos:
  1. Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - 9pts
  2. Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - 6pts
  3. Elio de Angelis - Lotus Renault - 4pts
  4. René Arnoux - Scuderia Ferrari - 3pts
  5. Patrick Tambay - Renault - 2pts

Campeonato de Construtores:
  1. McLaren TAG-Porsche - 9pts
  2. Scuderia Ferrari - 9pts
  3. Lotus Renault - 4pts
  4. Renault - 2pts
  5. Ligier Renault - 1pt
Espero que Deus me abençoe nesse ano, na qual contarei a temporada de 1984 e 1985 para vocês, e que Ele continue me abençoando em todos os outros dias da minha vida...

Imagens tiradas do Google Imagens e GPExpert' s

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