sexta-feira, 3 de abril de 2015

Equipe Memorável 26# - Stewart Grand Prix



Como todos já sabem, Jackie Stewart era um tricampeão, já velho, mas com muita coisa para viver e dar para a categoria máxima do automobilismo. Depois de passar por várias categorias base, a equipe de Jackie chegou a F-1 apoiada pela Ford, instalada no Grã-Bretanha (Milton Keynes) e com um grande patrocínio da Malásia.

1997: UM MAU COMEÇO
Se tudo dependesse apenas do começo, a equipe seria um vexame na categoria. Estreando ao lado de outra equipe que também tinha um grande ex-piloto como dono, Prost, a Stewart alinhou seus carro em 11º e 19º. Primeiramente, eu acho que deveria falar sobre sua dupla de pilotos, ainda não citada aqui. O brasileiro Rubens Barrichello estreava em sua segunda equipe na categoria, enquanto Jan Magnussen voltaria correr depois de um ano de espera.


O começo é terrível para a equipe, que acaba abandonando a primeira prova, com problemas no motor e na suspensão. Um desses problemas seria o grande rival da equipe, o motor Ford não era confiável, e quebrava fácil, dificultando qualquer grande espetáculo, á não ser em pistas de média ou baixa velocidade.

A equipe tinha uma dupla promissora, um brasileiro e um dinamarquês, que era considerado "o novo Senna", já que sempre foi o melhor nas categorias de base. Nos GPs do Brasil, Argentina e San Marino, Barrichello enfrenta problemas de suspensão, hidráulicos e de motor. Enquanto Magnussen consegue fazer um incrível feito, terminar uma prova com um carro que mais quebrava do que andava, o dinamarquês fez uma 10º colocação na Argentina, e semanas depois bateu na trave em relação dos pontos, conquistando um 7º lugar em Mônaco, um lugar, que sua atuação seria ofuscado pela outra Stewart.


Barrichello fez uma incrível prova em Monte Carlo, largando em 10º e escalando posições, até terminar em 2º, o primeiro pódio da equipe Stewart. Parecia que a situação iria melhorar, mas a falta de confiabilidade do motor Ford era imensa, á ponto de EU pensar que parecia um motor Yamaha misturado com Judd e Motori Moderni. 

Até a 13º corrida, Barrichello tinha simplesmente terminado apenas uma prova, enquanto seu companheiro estava ainda em um jejum iniciado depois do GP da Espanha. Magnussen conseguiu terminar a prova belga, e veio animado para a Itália, circuito que não era feito para os motores Ford. Mesmo assim, Rubinho cruza a linha de chegada em 13º, um feito incrível para Stewart, que voltaria a terminar na Áustria, uma corrida de Jan Magnussen.


O dinamarquês largou na incrível 6º colocação, atrás de seu companheiro, e esteve várias voltas em 4º, parecia que a Stewart voltaria aos pontos de uma maneira surpreendente, mas na volta 58 o motor Ford o trai. Magnussen tentaria voltar a ter desempenho bom no resto do ano, mas só arrancou uma 9º colocação no GP da Europa.

Nas últimas corrida, Barrichello abandonou todas, e teve que engolir uma 13º colocação com 6 pontos. Já Magnussen terminou em 20º, graças ao seu 7º posto em Mônaco. A equipe Stewart terminou em 9º com 6 pontos.


1998: MAIS UM ANO DIFÍCIL

Com a mesma dupla de pilotos, a equipe esperava melhores resultados para o ano de 1998, e é claro, um motor mais confiável. A mesma coisa acontece na abertura da temporada, pelo segundo ano consecutivo, ambos os carros abandonam. A situação na equipe não era das boas, e pioraria ainda mais quando Barrichello abandonou mais uma prova.

Magnussen batalhava, mas ia perdendo espaço na equipe, já sendo cogitado em ser substituido por Jos Verstappen. Já haviam passado 6 provas, e apenas 2 o dinamarquês completou a prova, mas no Canadá, Jan conquista uma ótima 6º colocação, mas isso não é suficiente para a evitar sua demissão. Jos Verstappen foi chamado em seu lugar, para correr ao lado de Rubinho.


O brasileiro já tinha conseguido dois pontos, no GP da Espanha, e repetiu o feito no Canadá. Depois disso, Barrichello não voltaria a pontuar, e veria um companheiro, que batalhou cada prova para terminar. O holandês Jos, acabou fazendo 9 provas, e apenas 3 foram completas, enquanto o brasileiro, nas últimas 9 provas, completou a mesma quantidade de corridas, 3.

No final do ano, a equipe apareceu em 8º, com 5 pontos, á frente da Prost. Barrichello uma 2º colocação com 4 pontos, enquanto Jan Magnussen terminou em 17º com 1 ponto. O holandês foi o último, 23º, com, é claro, nenhum ponto.

1999: O MELHOR, E ÚLTIMO, ANO

A equipe demitiu Jos Verstappen, que teve um rendimento pior do que de Magnussen, e chamou o veterano Johnny Herbert, que correria ao lado de Barrichello, que estava pelo 3º ano na equipe, que pela primeira, e única, vez fez um carro competitivo, o SF03. Para a tristeza da equipe, Herbert nem sequer largou na Austrália, mas Barrichello sim. O brasileiro levou a Stewart ao 5º lugar, mostrando a força do carro branco.

Na segunda prova, um desanimo, ambos os carro abandonam. Mesmo assim, em San Marino, Rubens Barrichello coloca a Stewart na rota do pódio e conquista o 3º lugar. Rubinho estava tendo um bom desempenho com o carro, mas Herbert não, o britânico só começaria a melhorar a partir do GP do Canadá, onde terminou em 5º.

O brasileiro teve uma sequencia de abandono, DSQ e má corrida, antes de voltar ao pódio, novamente com o 3º lugar, agora na França, uma prova especial para a equipe, que conquistou sua primeira e única pole. A prova foi liderada, na maior parte, por Barrichello, que foi superado nas últimas voltas por Frentzen e Häkkinen.


Do GP da Grã-Bretanha até o GP hungaro, Herbert acabou fazendo más provas, ficando fora dos pontos, mesmo terminando a corrida. No GP da Bélgica e da Itália acabou abandonando, enquanto Barrica batalharia e colocaria a Stewart em 5º na Hungria e 4º na Itália. O GP da Europa seria especial naquele ano, com várias surpresas, uma delas seria da Stewart, que tinha seus pilotos largando em 14º e 15º.

Depois de um GP muito confuso, Herbert apareceu na liderança nas últimas voltas, seguido por Trulli e Barrichello, que perseguia que nem louco o italiano ad equipe Prost, que resistiu e deixou a equipe sem fazer a "dobradinha perfeita", com os dois primeiros lugares. No GP da Malásia pontuaram pela última vez no ano, com o brasileiro em 5º e Herbert em 4º. No GP do Japão, ambos terminaram nas 7º e 8º colocações.


Depois de um magnífico ano, terminando em 4º com 36 pontos, a Stewart foi comprada pela Ford, fornecedora de seus motores, que entregou á Jaguar a chance de correr na categoria. Barrichello terminou uma posição á frente de Herbert, em 7º com 21 pontos, enquanto o britânico marcou 15.

Eu já escrevi sobre esse texto uns meses atrás, mas achei melhor falar sobre ela de uma "maneira melhor", mais explicativa, e organizada. Gostaria de relembrar também o que todos deveriam saber, a Stewart atual é uma tal de Red Bull Racing, tetracampeão do mundo. A equipe do "Tio Jackie" foi comprada pela Ford, que deu para a Jaguar, que foi comprada pela Red Bull, que está aí agora...

Obrigado por ler, volte sempre...

Imagens tiradas do Google Imagens

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