sexta-feira, 3 de abril de 2015

Equipe Memorável 27# - Jaguar Racing



Pensei que seria legal se eu escrevesse sobre as duas equipes (Stewart e Jaguar) seguidamente, como aconteceu na realidade. Então, vou começar a contar a história completa da Jaguar Racing. A Ford comprou a equipe do "tio Jackie", e deu para a Jaguar a missão de desenvolver o carro para a categoria. A equipe desenvolveu seu primeiro carro na sede de Milton Keynes, um carro com a cor clássica da Jaguar, o verde.

2000: UM COMEÇO NADA BOM
A equipe contratou dois pilotos experientes, Johnny Herbert e Eddie Irvine, que era o atual vice-campeão. O começo é um mico, os dois carros largam em posições muito distintas, Irvine sai da 7º colocação, enquanto Herbert larga de apenas 20º. De qualquer maneria, ambos os carros abandonaram em menos de 10 voltas.


No GP Brasil, a equipe novamente vê ambos os carros não completando a prova, coisa que aconteceria na corrida seguinte, em San Marino. Irvine cruzou a linha de chegada em Imola na 7º colocação, mostrando o desenvolvimento que a equipe fez. O irlandês demoraria outras 4 provas para conseguir seus primeiros pontos na Temporada, no GP de Mônaco ele terminou em 4º, e conquistou 3 pontos.

Para Herbert o ano não ia bem, tendo apenas um resultado entre os 10 primeiros, com o 9º lugar em Mônaco. Ele viu seu companheiro, Irvine, ser substituido no GP da Áustria por estar doente. O britânico correu ao lado de Luciano Burti, que fez sua estreia terminando em 11º, enquanto o britânico beirou os pontos, terminando em 7º.


Já havia se passado mais da metade da temporada, e aquilo que era sonho da Ford, acabava se transformando em pesadelo para a Jaguar, que ainda teve que aguentar péssimo resultados de seus dois pilotos. Nas três últimas provas, Irvine foi 7º nos EUA, 8º no Japão, e 6º na Malásia, conquistando mais um ponto. Herbert teve que aturar seu último ano na categoria com nenhum ponto.

A "equipe verde" terminou em 9º, com 4 pontos, todos conquistados por Irvine, que terminou em 13º, quatro posições a frente de Herbert, que fechou seu último ano na F-1 numa triste 17º colocação. A Jaguar foi a pior das equipes que marcaram pontos, e como todos esperam quando tem um ano ruim, esperavam também um ano melhor em 2001, com a contratação de Luciano Burti como piloto titular.

2001: IRVINE DÁ O PRIMEIRO PÓDIO PARA A JAGUAR

O Jaguar R2 teria uma missão dura, ser mais confiável e regular do que seu antecessor. No GP da Austrália, Irvine sai da 12º colocação, e termina em 11º, uma atuação péssima comparada com seu companheiro, Burti, que largou em 21º e terminou em 8º. As quatro provas seguintes para Irvine seria duras, com quatro abandonos seguidos, enquanto seu companheiro conseguia terminar as provas, mas sem nenhuma grande atuação, a ponto de ser trocado por Pedro de la Rosa antes do GP da Espanha, o espanhol vinha da Prost, nova equipe de Burti

Irvine seria 7º na Áustria, criando bos expectativas para o GP monegasco, já de la Rosa sofreria com o carro, abandonando as três primeiras provas dele na equipe, inclusive o GP de Mônaco, que seria muito especial para Eddie, que levaria sua Jaguar de 6º para 3º, graças a abandonos e uma boa prova, sem erros ou problemas.


Na prova seguinte, em Montreal, Pedro marca seu primeiro ponto pela equipe, com o 6º lugar numa corrida confusa. Parecia que o irlandês começaria a ter um bom carro, mas aquela atuação foi pura sorte, já que dificilmente Eddie repetiria o desempenho, mesmo com todo seu talento. de la Rosa era mais regular em passar pela linha de chegada, coisa que Irvine tinha que melhorar.

No GP da Europa, Eddie foi 7º, e depois teria que ficar 6 das últimas 8 provas sem terminar. Ele teve mostrou sua força no GP dos EUA, quando terminou em 5º após largar em 14º. Semanas antes, em Monza, de la Rosa teria um desempenho semelhante, largando da 10º colocação, o espanhol cruzou a linha de chegada em 5º.


Nas última prova, no Japão, a equipe viu seus dois carros abandonarem, e novamente ela teve um ano péssimo, sem os resultados que imaginavam dois anos antes. A equipe foi apenas a 8º colocada, com 9 pontos, a maior parte conquistados por Irvine, novamente, com 6 pontos e o 12º lugar no Campeonato de Pilotos. de la Rosa terminou em 16º com bons 3 pontos, e Burti terminou em 20º, com nenhum ponto.

2002: IRVINE DEIXA A EQUIPE

O começo do novo R3 foi ótimo, com 3 pontos conquistados pelo irlandês que terminou em 4º no confuso GP da Austrália. Pedro de la Rosa fez uma péssima corrida, terminando em 8º, quando ele tinha chance de colocar seu carro nos pontos. Sem essa confusão, a equipe ficou em uma situação difícil no resto do Campeonato, e viu Irvine voltar a ser um piloto que pouco cruzava a linha de chegada, enquanto de la Rosa batalhava para chegar entre os 6 primeiros.

Tirando as provas oficias, a Jaguar foi centro de atenções duas vezes naquele ano, em dois testes diferentes. No início do ano, Andreas Nikolaus Lauda voltou a pilotar um carro de F-1, pagando um grande mico após dizer que até macacos conseguiam pilotar os novos carros. O tricampeão rodou duas vezes, e desistiu daquele que deveria ser uma "ajudinha" para melhorar o R3.


O segundo teste foi de Fernando Alonso, muito provavelmente no circuito de Silverstone, onde impressionou com o R3. Seu teste foi feito numa época em que ele era piloto de testes da Renault, que acabou cedendo ao pedido de Niki Lauda, que também se surpreendeu com o desempenho do garoto espanhol.

Agora voltando para a Temporada, Irvine teve sérios problemas entre a segunda e a décima terceira prova, quando em 12 corridas, abandonou 10. A equipe sofria duas vezes mais, já que Pedro de la Rosa sofria com os mesmos problemas. O espanhol seria demitido após o termino da temporada por não conseguir pontos e ter abandonado 9 das 17 corridas.


Irvine conquistaria um milagroso 6º posto em Spa, e semanas depois, conquistaria seu último pódio, e pontos, no circuito de Monza. Após largar em uma ótima 5º posição, o irlandês viu as McLarens e Williams terem problemas em sua frente, e com isso passou a ser 3º colocado, posição que manteve até o termino da prova. Na sua última corrida, no Japão, terminou em 9º, e deixou a equipe e a categoria. A perda seria mais sentida para a equipe, que poderia fazer uma bela dupla em 2003, com ele e Webber, que vindo da Minardi, assinou com a Jaguar.


A Jaguar terminou em 7º com 8 pontos, todos conquistados por Eddie que terminou em 9º lugar, uma posição muito melhor do que uma 21º colocação, que foi conquistada por Pedro de la Rosa.

2003: A CHEGADA DE MARK WEBBER

A nova dupla da Jaguar era nova, com um piloto que tinha acabado de estrear e um estreante, o australiano Mark Webber e o brasileiro Antônio Pizzonia. Mark teria ótimos desempenhos nos treinos, onde regularmente conseguia um lugar perto ou dentro dos 5 primeiros. O primeiro bom desempenho nos treinos de Webber, seria no Brasil, quando o motor Cosworth renderia bem, e o ajudaria á colocar a Jaguar em 3º lugar, posição repetida na Hungria, em San Marino larga em 5º, e no Canadá e Japão em 6º.

O começo da temporada não seria bom para nenhum dos pilotos, Mark abandonou as duas primeiras provas, enquanto Pizzonia, em 7 corridas, abandonaria 5. Webber ficou mais marcado com o carro verde, graças á aquele acidente no GP do Brasil, quando ele rodou e bateu forte na subida do café. Logo depois disso, Alonso acabou batendo nos destroços, e com isso a prova foi encerrada, com Mark aparecendo em 9º.


Os primeiros pontos da equipe viriam do australiano, que conseguiu dois 7º lugares consecutivos, na Espanha e na Áustria. Dos três brasileiro na temporada, um deles fazia um péssimo ano, abandonando a maior parte das provas disputadas, Antônio Pizzonia foi demitido após mais um abandono, e foi substituido por Justin Wilson, vindo da Minardi. O britânico também não teria nenhum daqueles grandiosas passagens, abandonando as três primeiras provas feitas pela equipe, e logo depois conquistando um ponto, com o 8º lugar nos EUA.


O ano do segundo piloto da equipe não foi aquela coisa, então, voltando par Webber, o primeiro piloto teria maiores responsabilidades, coisa que Webber conseguiu aguentar, e levar "na boa", outros pontos para equipe, que era uma das beneficiadas com o novo sistema de pontos. O australiano pontuou outras duas vezes com o 7º lugar, um no Canadá e outro na Itália. Além disso, foi três vezes 6º colocado, nas corridas de Nürburgring, Magny-Cours e Hungaroring.

A Jaguar foi 7º com 18 pontos, mais uma vez conquistado, á maior parte, por apenas um piloto, Mark Webber, que terminou em 10º com 17 pontos. Justin Wilson terminou em 20º com 1 ponto, enquanto Pizzonia foi apenas 21º com nenhum ponto.

2004: A ÚLTIMA CHANCE DE UM SONHO

A cada ano que se passava, a Jaguar ia perdendo as esperanças de ser uma grande na F-1, um investimento bancado pela Ford, que a deu as responsabilidades no início de 2000. O novo piloto da equipe era o austríaco Christian Klien, que correria ao lado de Webber, em seu segundo ano na Jaguar. O R5 prometia ser um bom carro, promessas que vinham desde 2000.

Novamente a equipe teve que enfrentar uma "maldição", que os segundos pilotos eram quem mais terminavam provas do que os primeiros. Mark abandonou as duas primeiras provas, e no Brasil conquistou um 8º lugar. Klien abandonaria apenas 4 provas durante todo o Campeonato, no resto das outras corridas, ele foi 9º apenas uma vez, em Montreal, e meses depois conquistou seus primeiros pontos em Spa, com o 6º lugar.


Mark Webber não teria um bom ano como o de 2003, e por isso teve que aguentar três provas para voltar aos pontos, com o 7º lugar no GP da Europa. Na Grã-Bretanha e na Alemanha conquistou seus últimos pontos na equipe Jaguar, ele foi 8º e 6º respectivamente.

Como já falei aqui, Klien conquistou o 6º lugar na Bélgica, palco dos últimos pontos de uma equipe que fez belos carros, que se dependessem da beleza, iriam disputar títulos com Jordan e Minardi. O sonho da Ford, que passou para a Jaguar, não funcionou, e a equipe foi comprada pela Red Bull, que todos já sabem o que é atualmente.


No final do ano, a equipe terminou em 7º com 13 pontos, Webber terminou em 13º com 10 pontos, enquanto Klien foi 16º com 3 pontos. Esse foi o fim da Jaguar...

Espero que tenham gostado, obrigado por ler, e volte sempre...

Como já mostrei aqui algumas vezes, sou uma pessoa cristã, e já que hoje é Sexta-Feira Santa, gostaria de pedir uma coisa para vocês, uma coisa rápida, abrir a Bíblia e achar a parte que conta sobre a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, nosso Salvador, Filho de Deus. Uma coisa muito rápida mesmo, só para nos lembrarmos daquilo que Ele fez por nós. E lembre-se, estou apenas pedindo, mas é você que decide se vai fazer isso ou não
Peço desculpas para alguns ateus que podem estar lendo...

Imagens tiradas do Google Imagens e Autosport.com

2 comentários:

  1. Vitor,

    os textos estão ótimos...

    estou acompanhando seu trabalho mas tive que parar com o Por Dentro dos Boxes, pelo menos por enquanto, devido aos novos compromissos profissionais...

    e aproveito para lhe desejar uma feliz páscoa.

    e já li a parte da bíblia como sugeriu.

    abs...

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  2. Muito obg André, eu desejo tmb uma Feliz Páscoa para você, e obrigado por ler a Bíblia também. É uma pena que você tenha que dar uma parada no seu blog, na primeira vez que li isso, pensei que era mais uma mentira de 1º de abril, mas não era. Eu também gostaria de te desejar boa sorte nos compromissos profissionais...

    abs

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