sexta-feira, 17 de abril de 2015

Equipe Memorável 29# - Arrows 1978-1981


Os primeiros anos da Arrows, uma das equipes mais queridas e simpáticas da história da F-1. Estreando na categoria em 1978, a equipe optou por contratar Riccardo Patrese e Rolf Stommelen, ambos sem nenhum grande resultado na categoria, apesar do alemão ter um pódio. Os fundadores da equipe foram Franco Ambrosio (que deu a letra A no nome da equipe), Alan Rees (deu as duas letras Rs), Jackie Oliver (O), Dave Wass (W) e Tony Southgate (S).


O começo não foi tão bom, nos treinos para o GP Brasil (segundo da temporada), Patrese se classificou em 18º, mas para a sua sorte, terminou em 10º a primeira prova da Arrows. Stommelen finalmente estreou na África do Sul, com um 9º lugar que seria repetido no GP do Oeste dos EUA. Na prova em Long Beach, Patrese fez história, conquistou um 6º lugar e deu os primeiros pontos para a equipe, esse 6º posto seria repetido em Mônaco, mostrando o potencial do carro que tinha se tornado dourado.

O ano de Rolf começaria a piorar a partir da metade, quando, depois de conquistar três resultados abaixo dos 10 primeiros, não se classificou para 5 das últimas 7 provas, e ainda teve que aguentar uma desqualificação, sua única prova completa foi nos EUA, quando cruzou a linha de chegada em 16º. Já o italiano fez bonito no resto do ano, depois de dois abandonos seguidos, conquistou o primeiro pódio da Arrows na Suécia, após segurar Peterson e terminar em 2º após largar em 5º.


Infelizmente, Patrese não teria a outra metade do campeonato esperado, abandonou várias provas, mas pelo menos se classificou para todas. No Canadá, voltou a pontuar com o 4º lugar no Canadá, dando á ele um 12º lugar no Campeonato com 11 pontos, muito melhor do que 0 que foi conquistado por Rolf, 27º colocado. Em seu primeiro ano, a Arrows terminou em 10º com 11 pontos...

Infelizmente, esse ano de 1978 é marcado pela morte de Ronnie Peterson, que para muitos foi causada por causa do arrojo e agressividade de Patrese, que arriscou na entrada de chicane e deu no que deu... Na minha opinião a culpa não é dele, muito pelo contrário, ele estava apenas fazendo o sabia fazer de melhor, atacando, mas infelizmente acabaram se tocando....


Depois de uma boa estreia, a equipe queria mais para sua segunda temporada, com mais ambições, a Arrows contratou Jochen Mass para o lugar de Stommelen. A esperança de um ano melhor já foi quase toda por água abaixo para Patrese, que nem sequer largou na Argentina, e por isso viu Mass terminar em 8º.  O alemão voltaria a bater na trave no Brasil, dessa vez com o 7º lugar, duas posições a mais do que Patrese, 9º.

Mass só abandonaria na 6º prova, mostrando que era um piloto regular e que podia fazer um bom ano. Depois de abandonar na Bélgica, em Mônaco Jochen conquistou um 6º lugar, dando á Arrows mais um ponto após os dois conquistados por Riccardo no Zolder. O italiano não voltaria a pontuar em uma temporada em que ele mais quebraria do que veria a bandeira quadriculada. Nas últimas 9 provas, 7 abandonos.


Já Jochen Mass também sofreria com os problemas, mas teria sorte em colocar seu carro mais duas vezes nos pontos, com o 6º lugar na Alemanha e outro 6º na Holanda. O ano não foi aquelas coisas para a equipe que esperava uma temporada com grandes resultados, mas mesmo assim ela conquistou um 9º posto no Campeonato de Construtores, com 5 pontos, a maior parte conquistados por Mass, que terminou em 18º com 3 pontos e Patrese em 20º com 2.


A mesma dupla de pilotos foi mantida, e o começo na Argentina foi terrível, numa corrida confusa, ambas as Arrows abandonaram, mas a alegria voltaria semanas depois, no Brasil, quando Patrese terminou em 6º. O ano seria melhor para o italiano, que mesmo abandonando em Kyalami, conquistou um 2º lugar em Long Beach. O lado negativo dessa temporada para Riccardo, é que ele não voltaria a pontuar, mas pelo menos completaria uma boa quantidade de provas, quase todas entre os 10 primeiros.

Mass terminou em 6º na África do Sul e voltou a pontuar em Mônaco, com o 4º lugar, depois de bater na trave em Long Beach e abandonar na Bélgica. Meses depois, na Áustria, o alemão não se classificou para a corrida, e perdeu a vaga na equipe, que contratou Mike Thackwell para correr na Holanda, mas lá ele acabou não se classificando, desempenho que foi repetido por Winkelhock na Itália, quando substituía o neozelandês.

Com o mal desempenho dos seus substitutos, a Arrows decidiu readmitir Mass, que foi 11º no Canadá e abandonou na última prova. Nas últimas 4 provas, Patrese teve 4 abandonos, terminando o ano em um astral "animador". O italiano terminou em 9º com 7 pontos, Mass em 17º com 4, Thackwell em 34º e Winkelhock não foi classificado. Em sua terceira temporada, a Arrows terminou em 7º com 11 pontos.


Com demissão de Jochen Mass, a categoria máxima do automobilismo não teria nenhum piloto alemão na temporada de 1981. O italiano Siegfried Stohr foi contratado para correr ao lado de Patrese. Em Long Beach, o começo não é nada animador, Patrese abandona, enquanto Stohr nem sequer se classifica. Para a alegria da equipe, Riccardo subiria ao pódio, com o 3º lugar no Brasil, e semanas depois, após ser 7º na Argentina, foi 2º em San Marino.

Além disso, a equipe não conquistou mais nada, já que viu o estreante italiano não se classificar mas 3 vezes, em San Marino, na França e na Itália, em sua última prova, já que seria substituído por Jacques Villeneuve, isso mesmo Jacques, irmão de Gilles e tio de Jacques... o canadense também não faria nada de bom, nas duas últimas provas, duas não qualificações.

Já Patrese abandonaria 8 das últimas 11 provas, e nas que completou teve um 10º posto como melhor colocação, mostrando que o mesmo carro de 1980, o A3, já estava ultrapassado. Lembrando que no começo do ano, logo no primeiro treino classificatório, Patrese havia feito a primeira pole de sua carreira e da Arrows, o único para a equipe.


Além dessa alegria, a Arrows passaria por um momento assustador na Bélgica. A falta de segurança era enorme em Zolder, onde já havia morrido uma pessoa atropelada nos boxes no sábado. Na corrida, mais precisamente na largada, Patrese acabaria deixando seu motor apagar, e com isso um mecânico pulou o guard rail e foi atrás do carro para tentar liga-lo, mesmo assim a largada foi dada, e infelizmente Stohr atingiu seu companheiro, por trás.... a prova foi paralisada, e para a sorte de Dave Luckett, ele só teve uma fratura na perna e lacerações, o vídeo pode ser assustador para algumas pessoas, e quando ver ele, você pode perceber a agonia de Stohr...

Esses foram os primeiros anos da Arrows, que teve em toda sua história belos e feios carros, grandes e medíocres pilotos, como por exemplo: Berger, Boutsen, Warwick, Cheever, Fittipaldi, Morbidelli, Pedro de la Rosa, Frentzen, Bernoldi, Alboreto e Caffi...

Imagens tiradas do Google Imagens

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