domingo, 10 de maio de 2015

Coluna Semanal 18# - Surpresas no Pódio - Parte 3


Hoje começa mais um Coluna Semanal, agora abrangendo os dias 10 até 16. Na década de 1980 foi cheia de surpresas, mas dessa vez não vou colocar todas as 25 provas que encontrei, pois acho muita coisa, hoje apenas 12 corridas serão mostradas aqui. Por incrível que pareça, todas essas corridas estão apenas entre os anos 1990 e 1988.

O Primeiro Pódio do Japão
O dia era 21 de outubro de 1990, e o mundo esperava o fim do GP do Japão para ver se Ayrton Senna seria bicampeão ou se Alain Prost levaria a disputa para Adelaide. A espera acabou na primeira curva, com Senna batendo em Prost. Logo depois foi a vez de Gerhard Berger rodar e abandonar, deixando a prova toda para Mansell, que na volta 26 teve problemas na transmissão.

Aguri Suzuki colocou sua Larrousse em 10º, e guiava sem nenhum erro e sendo beneficiado com os abandonos dos ponteiros. Mas o mais incrível é que ele superou ambas as Williams de Patrese e Boutsen, mas para disputar pela vitória teria que passar por Moreno que na Benetton conquistou seu único pódio, enquanto Piquet era quem estava no lugar mais alto. Suzuki conquistou um fantástico 3º posto, o primeiro pódio do Japão.

Jean Alesi Mostra Força Contra Senna

Jean Alesi era apenas um pequeno francês na temporada de 1989, sua segunda com a Tyrrell, mas mesmo assim ele mostrou disposição de gente grande, fazendo um trabalho de Alain Prost nas ruas de Phoenix. Largando da 4º colocação, o francês assumiu a liderança de maneira fantástica, e ia para uma vitória fácil, mas ele não esperava uma incrível recuperação de Ayrton Senna.

Nas ruas estreitas da cidade norte americana, Alesi fez uma bela disputa com Senna, que elogiou a atitude limpa do francês, que ainda terminou em 2º levando seu primeiro pódio com a Tyrrell número 4, se tornando absolutamente a prioridade na equipe do "Tio Ken"

Mais Uma de Jean

Nas ruas de Monte Carlo, Alesi colocou sua Tyrrell na terceira colocação, mostrando que era bom nos circuitos apertados. Ele escapou da confusão da primeira curva e ainda segurou Gerhard Berger nas primeiras voltas, e o mais incrível, atacou Ayrton Senna ao mesmo tempo. Esse foi seu melhor resultado na temporada, dando a ele a chance de andar na Williams no ano seguinte, proposta negada...

No Calor do Rio, Gugelmin Voa Com Motor Judd

O motor Judd jamais foi grande coisa, e em 1989 ela equiparia mais uma vez a March, que tinha dois ótimos pilotos, Ivan Capelli e Mauricio Gugelmin. No primeiro GP do ano, o brasileiro colocou seu carro em 12º, muito longe de seu companheiro, que abandonaria a prova nas primeiras voltas. A estratégia era boa, e a sorte ajudou ainda mais, dando a Gugelmin um incrível terceiro posto na corrida em casa.

A Última Grande Prova da Brabham

Depois que Bernie Ecclestone saiu da equipe do "Tio Jack", a Brabham decaiu muito até a falência total em 1992, mas no meio disso tudo ela teve alguns momentos bons, como por exemplo o inicio da temporada de 1989. No GP de Mônaco ela viu seus dois carros andarem em 3º e 4º, superando Mansell e as Williams. Infelizmente, nas últimas voltas Brundle teria problemas e perderia o pódio, que ficou para Modena, que mesmo assim foi o motivo de sorrisos na Brabham.

MITO no Pódio

Andrea de Cesaris no pódio não é sempre surpresas, mas coloquei ele dessa vez por ter uma Dallara, que para sua sorte fez um ótimo carro para 1989. Depois de largar em 9º no Canadá, Andrea superou pilotos que tinham carros do mesmo nível e foi para cima dos ponteiros, que para sua parte estava perdendo as suas "peças" importantes.

Ele superou bonito Nelson Piquet, que tinha uma carroça naquele ano, e foi para cima de Patrese, mas com poucas chances de chegar. Ele era 4º, mas nos últimos minutos Ayrton Senna teria problemas e pararia, deixando esse MITO entrar no pódio, aquele que seria seu último. A sua alegria no pódio era uma coisa incrível de se ver, com pulos enquanto tacava champagne no ar.

O Último Pódio da Suécia

Stefan Johansson era um bom piloto, caso tivesse condições poderia ser até campeão, e em 1989 se encontrava na novata Onyx. Depois de já pontuar em Paul Ricard, o sueco colocou seu carro em 12º para o grid. O Estoril viu no domingo uma grande prova, com Minardi liderando, Mansell dando ré nos boxes, e depois batendo no Senna, última corrida da Coloni e é claro, outra grande corrida do sueco.

Ele foi superando vários carros e ainda foi se beneficiando com os abandonos dos lideres. Logo, ambas as Williams abandonaram, deixando-o novamente nos lugares pontuáveis, foi aí que Mansell bateu em Senna, colocando-o no pódio, naquele que seria o último top três da Suécia e de Stefan.

O Último Pódio de Albo

O italiano já tinha conquistado suas duas primeiras vitórias na Tyrrell, que recebeu dele as suas duas últimas conquistas. Em 1989, Alboreto retornava na equipe do "Tio Ken", que fizera um carro regular, que não era nada muito grande, mas também não era uma Lotus da vida. Os carros do "Tio Ken" estavam bem no México, e com isso Albo largaria em 7º.

Ele fez uma prova regular, sem envolver-se em confusões e sempre torcendo para algum problema dos lideres, problema que veio com todos, menos com as McLaren, que fizeram uma dobradinha com Alboreto ficando com o 3º posto...

O Último de Eddie Cheever

O GP dos EUA de 1989 seria realizado nas ruas de Phoenix, onde "ninguém sabe nem para qual direção é a primeira curva". Lá, Eddie Cheever se sentia em casa, da mesma forma que se sentia na Itália. Depois de colocar sua Arrows em 17º, o estadunidense não tinha muitas ambições para a corrida, que foi realizada em baixo de um sol terrível. Mas ele acabou cavando um pódio graças á vários abandonos e uma perseguição ao seu concunhado Riccardo Patrese...

A Segunda Casa de Cheever

Acabei de falar que Eddie Cheever considerava a Itália sua segunda casa, e não é que ele subiu ao pódio lá em 1988. Depois de largar na 5º colocação, ele se manteve em uma prova consistente na 4º posição conquistada graças aos problemas de Alain Prost. Nas últimas voltas ele herdou o pódio de Senna, que imprudentemente fechou a porta de Schlesser, que virou vilão no Brasil. Com isso, Eddie subiu ao pódio em Monza, para a alegria de todos os seus fãs.

Um Motor Judd no Pódio

Já falei nesse post sobre o troço chamado de motor Judd, e como ele milagrosamente resistiu ao calor do Rio, agora imagina esse motor ao lado dos fantásticos turbo? O ano de 1988 estava sendo de esquecer para a Williams, enquanto a March, com o mesmo motor, surpreendeu nas últimas provas. Na Bélgica Capelli largou em 14º e fez uma prova consistente, escapando de confusões e chegando nos lugares pontuáveis, terminando em 4º. Ele não imaginava a desqualificação de Boutsen, que deu a ele o 3º posto na prova belga...

Um Motor Judd no Pódio, Agora Sem Ajuda

Aquele fim de 1988 foi incrível para a March, que com os motores Judd andava muito bem, superando equipes como Williams, Lotus e Benetton. Ivan Capelli colocou-se em 3º e Gugelmin em 5º. Depois da largada, a McLaren já começava a abrir diferença para o italiano, que viu Senna tacar Prost na parede na reta de Estoril. Depois disso, o brasileiro começou a perder rendimento e todos viram Capelli assumir a segunda colocação e mante-la até o fim da corrida, uma coisa incrível para um época em que todos sabiam que Prost ou Senna venceriam enquanto o outro seria o 2º colocado.

Semana que vem tem mais pódio surpresas da década de 1980, que nos traz boas lembranças e muita nostalgia, obrigado por ler e até lá....

Imagens tiradas do GPExperts.com.br

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