sábado, 9 de maio de 2015

Coluna Semanal 17# - Surpresas no Pódio - Parte 2


Mais um Coluna Semanal, e mais uma vez com as surpresas no pódio, dessa vez com a década de 1990, quando vimos a Era Senna acabar e a Era Schumacher se iniciar. Dessa vez são cerca de 15 corridas marcantes pelas surpresas que apareceram no pódio.

Um Pódio Branco, e Azul
A disputa pelo título estava esquentando, com Irvine, Häkkinen, Coulthard e Frentzen querendo ser campeão, mas no GP da Europa tudo mudou, com uma prova excepcional de Herbert, Jackie Stewart viu sua equipe vencer pela única vez em sua última temporada: Leia aqui a história dessa corrida, onde até a Minardi conseguiu ponto, com carro capotando na largada, com erro da Ferrari nos boxes, com Mika pagando mico na chuva e choro de Luca.

Um Pódio Amarelo, e Azul

A disputa pelo título estava entre Mika Häkkinen e Michael Schumacher, e o GP da Bélgica era uma das últimas provas do campeonato, por isso toda a tensão estava em Spa, que amanheceu em baixo de chuva, que se manteve até a prova, que viu uma incrível acidente na largada, envolvendo mais da metade do grid, e o culpado? David Coulthard. Na segunda largada, Häkkinen saiu mau e acabou rodando logo na primeira curva, onde ele ainda foi atingido, danificando sua suspensão. 

David Coulthard ainda rodou e ficou lá para trás, enquanto Schumacher liderava com as duas Jordan completando o pódio. Na metade da corrida, o alemão se aproximou para dar uma volta em cima do piloto da McLaren, que diminui tanto a velocidade que Schumacher não conseguiu desviar, ali acabava a prova para o futuro vice-campeão, que foi tirar satisfações nos boxes da McLaren. Com isso a corrida ficou para Damon Hill, que com a ajuda das ordens de equipe, venceu pela última vez, com Ralf em 2º e Alesi em 3º.

"Que Maldade Com Damon Hill"

Depois de um treino incrível, Damon Hill colocou sua Arrows em uma posição boa no grid, e na largada surpreendeu a todos quando pulou para segundo, e mais tarde passando Michael Schumacher para assumir a liderança do GP da Hungria de 1997. O britânico liderou o resto da prova, abrindo uma diferença colossal em cima de Jacques Villeneuve, que pouco tinha o que fazer. 

O terceiro colocado era Johnny Herbert, que fazia uma prova incrível com a Sauber. Faltando apenas duas voltas, Hill começa a ter problemas e diminui o ritmo, perdendo toda a diferença para Villeneuve, que na última volta passa pelo ex-companheiro, que ainda conseguiu cruzar em segundo, logo a frente de Herbert.

Wurz? De Novo?

Isso mesmo, mais uma do austríaco, que fez sua estreia pela Benetton em 1997. Substituindo Gerhard Berger, Wurz acabou abandonando as duas primeira corridas que fez, e na última em que iria correr deu show ao lado de Jean Alesi. Largando a frente de seu companheiro, o austríaco voou superando rivais tecnicamente superiores, terminando na 3º colocação, logo atrás de seu companheiro.

A Última Grande Prova de Olivier

A Temporada de 1997 estava ótima para a estreante Prost, que tinha consigo um provável futuro campeão, Olivier Panis. Largando da 12º colocação, o francês usou bem seus pneus Bridgestone e fez paradas a menos do que todos, e ainda por cima conseguia ser mais rápido do que os líderes, que logo foram perdendo as posições para Panis que quando foi para cima de Villeneuve, acabou sendo atrapalhado por Eddie Irvine. que só saiu da frente para pagar a punição recebida. Aqui você lê a história dessa grande prova de Panis.

Rubinho Em Mônaco

Com uma Stewart que mais quebrava do que completava, Barrichello não tinha muitas ambições para a temporada de 1997, que chegava para sua etapa em Mônaco. Nos treinos o brasileiro se aproveita de ser uma pista de baixa velocidade, e se coloca na 10º colocação. No domingo a chuva atrapalharia novamente a corrida, que na sua última edição teve apenas 3 carros cruzando a linha de chegada. Depois de fazer uma grande prova, e se beneficiar por acidentes e abandonos, Barrichello terminou na improvável 2º colocação, entre as duas Ferraris.

A Primeira Surpresa de 1997

Vocês devem estar percebendo que só na temporada de 1997 teve várias surpresas no pódio, e agora chegamos na última citada aqui, no Brasil. O carro da Prost era bom em seu primeiro ano, e tinha consigo um ótimo piloto, que era Olivier Panis, que fez uma corrida impecável, terminando na terceira colocação para a equipe do tetracampeão, que sem dúvida ficou orgulhoso por ter um futuro campeão em sua equipe.

A Ligier Ainda Existe?

Várias temporadas já haviam passado, e a Ligier continuava no meio do pelotão. Pela terceira temporada seguida, eles teriam Olivier Panis, que em Mônaco se classificou em 14º. A confusão começa já pelo motivo de David Coulthard usar um capacete de Michel Schumacher por não ter o seu, coisa que deu sorte a ele. Andrea Montermini não larga porque seu Forti não tem condições.

Confusão novamente logo na primeira volta, com 5 carros abandonando, inclusive Michael Schumacher. Com isso Damon Hill teria facilidade para vencer, ainda mais com seu companheiro estando lá atrás. Em 10 voltas a corrida já tinha perdido quase 10 carros, enquanto Hill abria a cada volta em relação á Alesi. Voltas depois, o britânico acaba estourando seu motor Renault, e com isso perdeu sua última chance de vencer na mesma pista em que seu pai havia vencido 5 vezes.

Panis veio lá de trás e havia feito várias ultrapassagens, até aparecer já no pódio, logo atrás de Alesi, que acabou tendo problemas com sua Benetton, e lá estava a surpresa, Panis na liderança da prova, mas com a pressão de Coulthard, o único que tinha um carro mais decente e ainda estava correndo. Mas a pista impossibilitou a passagem do escocês, que viu Panis vencer pela única vez, enquanto Herbert terminou em 3º e Frentzen recolheu para os boxes, quando ninguém poderia passar por ele, já que Irvine havia batido com outros 3 carros e Villeneuve acabou tocando em Badoer.

O Substituto De Alain Prost Tem Sua Última Chance em Adelaide

A Ferrari acabou demitindo o francês nas últimas provas de 1991, e ela acabou chamando Gianni Morbidelli, que por sua vez não vingou e foi parar na Footwork em 1995. Depois de uma prova cheia de abandonos e três incidentes na entrada dos boxes, o piloto italiano aparecia nos lugares pontuáveis, que mais tarde se tornariam um pódio com a chance de ainda disputar uma segunda colocação. Os lideres acabavam batendo, e Hill tinha cada vez mais facilidade para vencer, tendo Panis em segundo. O francês acabaria estourando seu motor nas últimas voltas, possibilitando á Morbidelli um segundo posto, que não veio, mas a alegria de estar no pódio já era tão grande quanto vencer... Esse é O Efeito Adelaide.

O Rival de Ayrton Senna Sobe Ao Pódio Pela Última Vez

Martin Brundle foi um dos maiores rivais do brasileiro, mas acabou não vingando na F-1, sempre ficando em equipes erradas nas horas mais erradas ainda, Em 1995 ele se encontrava na Ligier, e via na sua frente a disputa entre Schumacher e Hill crescer nas últimas provas. Na Bélgica ele largaria em 13º, a frente até de Schumacher, que na prova cresceu feito um monstro e venceu de maneira magnífica. Já Brundle fez sua parte e foi se beneficiando de qualquer abandono, até chegar no incrível terceiro posto, seu último pódio da F-1.

A Ligier Surpreende na Alemanha

A Temporada de 1994 estava sendo para ser esquecida para muita gente, e no meio dessa gente estava a Ligier, que não marcava nem sequer um ponto até o GP da Alemanha. Seus pilotos largava em 12º e 14º, bem no meio do pelotão, que diminui muito até o fim da primeira volta, com uma imensa confusão provocada por Andrea de Cesaris, esse MITO que deixa as provas melhores, e Mika Häkkinen. Beneficiado pelos vários abandonos, ambas as Ligier ficaram logo atrás de Berger, que vencera a corrida, com os dois pilotos da equipe azul estando no pódio.

A Última da Equipe Do "Tio Ken"

O GP da Espanha de 1994 marcaria a como tendo a primeira vitória da Williams depois da morte de Senna e da saída de Prost. Além de ter um acidente quase fatal nos treinos o GP "espânico" veria Mark Blundell dar um show com a Tyrrell depois de largar na 11º colocação, e conseguir superar até mesmo Jean Alesi, e não passando apenas o vencedor Hill e Schumacher. Aquele foi o último pódio de Blundell, e mais importante o último da Tyrrell, do "Tio Ken".

Blundell 2

Correndo pela Ligier na Temporada de 1993, Mark Blundell já havia subido ao pódio uma vez, enquanto seu companheiro também havia estado ao lado dos vencedores. No GP da Alemanha ele colocou sua Ligier na 5º colocação, mostrando o quão bom estava o carro da equipe francesa naquela temporada. Depois de uma rodada de Ayrton Senna e dos problemas de Damon Hill, Blundell conquistou mais um pódio em 1993.

Brundle em San Marino

Correndo na Ligier em 1993, ao lado do quase xará Blundell, Martin Brundle estava largando na 10º colocação para o GP de San Marino. Martin evitou qualquer confusão na pista molhada de Imola, enquanto ele precisou só esperar os abandonos para ganhar posições. Ao fim de 60 voltas ele conseguiu cruzar a linha de chegada em 3º lugar, dando a Ligier mais um pódio.

Blundell 3

Essa foi a primeira de Blundell na temporada de 1993, mas é a terceira vez que ele é citado aqui. No último GP da África do Sul, o britânico largou na 8º colocação, e tendo um prova regular e consistente, acabou em 3º em uma corrida que teve apenas 5 cruzando a linha de chegada.

JJ Sobe Ao Pódio Com a Dallara
Eu escrevi sobre essa corrida no dia em que Senna faria 55 anos, e por isso escolhi um GP de San Marino, corrida em que ele morreria em 1994. A Dallara não tinha muitas ambições para o ano de 1991, e viu um de seus pilotos largar na 16º posição, esse piloto era JJ Lehto, que no domingo faria uma grande prova enfrentando poucos carros superiores, e sempre passando carros do mesmo nível. Isso o deixou em 3º, posição em que terminou, logo atrás de Ayrton e Gerhard


Esses foram as surpresas no pódio da década de 1980. Semana que vem tem mais, e caso eu esqueci alguma, por favor, diga-me ;)

Imagens tiradas do GPExperts.com.br

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