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sexta-feira, 2 de junho de 2017

TOP 10 - Pilotos mais jovens a vencer na F1


A vitória de Max Verstappen no GP da Espanha de 2016 levantou uma interessante discussão que envolve a idade dos pilotos que hoje desfilam nos mais famosos autódromos do mundo. No último meio século, a idade média de um piloto da categoria caiu quase que pela metade, chegando ao extremo de vermos um piloto de apenas 17 anos estrear em 2015.

No post na qual apresentei os dez mais velhos vencedores da Fórmula 1, disse que isso [queda da média de idade] é um sinal de evolução. Porém, como tudo há um "porém", existem gigantescos pontos negativos em vermos pilotos cada vez mais jovens entrando na categoria. Jaime Alguersuari havia estreado aos 19, e, já aos 25, anunciou sua aposentadoria prematura das pistas. E isso é ou não ruim?

Apesar da clara falta de experiência, pilotos mais jovens vem sofrendo cada vez mais com a pressão de serem consideradas uma promessa, o que tende a joga-los contra si mesmos em diversas ocasiões. Antigamente, era necessário evoluir passo-a-passo para finalmente atingir o pico de sua carreira na Fórmula 1, porém, com aquilo que chamo de evolução, isto se inverteu, com o piloto passando "os melhores anos de sua vida" quando ainda é jovem e inexperiente. Quem ganha com isso são categorias como WEC e DTM, que crescem cada dia mais enquanto a F1 se afunda com sua maior necessidade: pay drivers (ou Lance Strolls da vida).

Indo direto ao ponto, quais foram os dez pilotos mais jovens a vencer na Fórmula 1 e a receber toda uma carga de pressão que podiam atrapalha-los? Eis a lista:


10º lugar: Michael SCHUMACHER - 23 anos, 7 meses e 27 dias

Como não lembrar daquele último fim-de-semana de agosto em 1992? O circo estava mais uma vez em Spa-Francorchamps, com sua movimentada Silly Season a todo vapor enquanto Nigel Mansell ainda vivia a euforia de ser campeão mundial. Após confirmar seu retorno à Ferrari, Berger não teve um bom desempenho na Bélgica, batendo nos treinos e não conseguindo largar no domingo.

Ayrton Senna até que pulou na ponta no momento da largada, mas não teria equipamento suficiente para resistir aos ataques das Williams de Mansell e Patrese. Mais atrás, Brundle iniciava uma estupenda recuperação, chegando a superar Michael Schumacher na disputa pelo quarto posto. Após as paradas, o alemão conseguiria reverter a situação, retomando a posição perdida enquanto Senna não conseguia ter uma boa performance na pista molhada.

Perto do fim, Mansell e Patrese foram aos boxes para efetuarem a última parada, retornando atrás de Schumacher que tomou a ponta. Martin Brundle até tinha ultrapassado o alemão voltas antes, mas, com estratégia diferente, seria obrigado a fazer sua parada. Agora na frente, Schumacher guiava para uma surpreendente vitória na Bélgica, conquistada aos 23 anos, 7 meses e 27 dias.


9º lugar: Jacky ICKX - 23 anos, 6 meses e 6 dias

A temporada de 1968 chegava a sua metade em Rouen, na França, onde Jackie Stewart tentaria outra ofensiva sobre Graham Hill, líder do campeonato de pilotos. Naquele fim-de-semana, a Honda decidiu estrear seu novo bólido com John Surtees, o RA301, mas, após algumas voltas, o inglês se recusaria a correr, exigindo novos testes. Como Sochiro Honda estava na França e iria acompanhar a prova, a equipe decidiu correr atrás do veterano francês Joseph Schlesser, que aceitou correr.

Nos treinos, Jacky Ickx conquistou um terceiro posto, logo atrás de Jochen Rindt e Jackie Stewart. Líder do campeonato, Hill era apenas o nono, enquanto Schlesser conseguiu qualificar-se na décima sexta colocação. A leve chuva que cairia sobre o circuito na hora da partida seria determinante para o resultado da prova.

Ickx escolhera os pneus de chuva, enquanto todos os outros arriscavam com compostos intermediários. A escolha do belga seria de bom grado, pois, ao fim da primeira volta, estaria no primeiro posto após superar Rindt e Stewart. Logo após completar o segundo giro, Jo Schlesser perde seu Honda e vai de encontro com a mureta, incendiando-se. As chamas se espalharam por toda a pista, dificultando a passagem até mesmo dos outros carros.

O socorro seria incapaz de retirar o corpo do francês enquanto as chamas iam sendo controladas, protagonizando algumas das cenas mais lamentáveis da história do esporte a motor. Aos 40 anos, Joseph Schelesser perdia a vida em sua primeira corrida de Fórmula 1.

A chuva voltaria a atormentar os pilotos durante o resto da corrida, que sequer foi interrompida para que o socorro à Schlesser ocorresse de maneira correta. Após abandonar, Graham Hill trocaria de viseira com Jo Siffert, protagonizando outra simbólica imagem daqueles tempos de Fórmula 1...

No fim, Jacky Ickx venceria seu primeiro GP aos 23 anos, 6 meses e 6 dias, se tornando o primeiro belga vencedor de Grand Prix. O triste pódio seria completado por John Surtees, companheiro de Schlesser, e Jackie Stewart, que se aproximara de Graham Hill na disputa pelo título.


8º lugar: Robert KUBICA - 23 anos, 6 meses e 1 dia

Lewis Hamilton tinha mais uma vitória em mãos no circuito Gilles Villeneuve quando o inesperado aconteceu. A luz vermelha estava acesa no final do pit lane, obrigando os pilotos que fizeram suas trocas pararem e esperarem que a luz verde fosse ativada. Assim, o inglês acabaria batendo na traseira de Kimi Räikkönen, enquanto ainda seria atingido por Nico Rosberg.

Quem escapou ileso agradeceu, sobretudo Felipe Massa, que ficava a um passo da vitória. Infelizmente, a Ferrari cometeria um erro na parada do brasileiro, obrigando-o retornar aos boxes quando a prova já tinha bandeira verde e Nick Heidfeld assumia a ponta. Sem McLaren e sem Ferrari, as equipes médias tinham sua melhor chance durante o ano.

Kubica iniciava sua recuperação enquanto Heidfeld liderava. Trulli e Glock tinham o desafio de superar ambas as Red Bull a sua frente, com Barrichello em segundo e Nakajima em terceiro. Após as paradas, a BMW Sauber colocava seus dois carros nas duas primeiras posições, caminhando para uma surpreendente dobradinha.

No final da prova, Robert Kubica se tornaria o primeiro polonês a vencer na Fórmula 1 aos 23 anos, 6 meses e 1 dia. Nick Heidfeld foi segundo com David Coulthard, conquistando seu último pódio, em terceiro. Timo Glock seguraria defenderia bravamente o quarto posto de Felipe Massa, que se contentou com o quinto lugar. Fechando os lugares pontuáveis ficaram Trulli, Barrichello e Vettel.


7º lugar: Kimi RÄIKKÖNEN - 23 anos, 5 meses e 6 dias

Fernando Alonso se tornou o primeiro espanhol a conquistar uma pole position ao marcar o melhor tempo nos treinos para o GP da Malásia de 2003, mas seria incapaz de resistir aos fortes ataques de Kimi Räikkönen. Na largada, Jarno Trulli, que partiu de segundo, foi tocado por Michael Schumacher, perdendo sua melhor chance de vitória desde então.

O finlandês da McLaren agradeceu aos problemas enfrentados pelos ponteiros, tomando a segunda colocação de Nick Heidfeld apenas duas voltas após a largada. A liderança de Alonso estava em risco. Mais atrás, o jovem Justin Wilson lutava contra as estonteantes dores no ombro, que vinha batendo de um lado e de outro dentro do cockpit após o HANS se soltar depois da primeira parada do inglês. Perto do fim, Wilson abandonaria, exausto e sem condições de se levantar do carro.

Fernando Alonso fez sua parada na volta 14, entregando a ponta para Kimi Räikkönen, que não enfrentaria dificuldades para mante-la mesmo quando fez sua troca de pneus. No fim, o finlandês conquistaria sua primeira vitória na Fórmula 1 aos 23 anos, seguido por Rubens Barrichello e Fernando Alonso no pódio malaio.


6º lugar: Lewis HAMILTON - 22 anos, 5 meses e 3 dias

Pela primeira vez na história, um negro largava na pole position de um grande prêmio da Fórmula 1. Lewis Hamilton, fenômeno da temporada, ainda não tinha vencido, mas, em Montreal, parecia que sua vez havia finalmente chegado. Isso ficou claro quando o britânico pulou pra ponta quando as luzes se apagaram, enquanto Alonso não conseguia manter a segunda posição e caia para o terceiro posto.

A corrida se manteria calma até Adrian Sutil bater num dos muros do autódromo canadense, obrigando a entrada do Safety Car. Após as paradas, Hamilton ainda se mantinha na ponta quando a prova foi reinicia - com um susto! Robert Kubica sofreu um grave acidente perto do hairpin, sendo atendido e levado ao hospital com ferimentos leves.

Quando a corrida se reiniciou, novamente, Fernando Alonso perdeu rendimento: problema nos freios. O espanhol não tinha muito o que fazer em tal situação, e era certo que ele perderia o último lugar do pódio. Felipe Massa e Giancarlo Fisichella seriam desclassificados após se envolverem num estranho incidente nos boxes, enquanto Albers e Liuzzi mudariam o destino da prova após sofrerem acidentes.

Surpreendentemente, Takuma Sato pressionava Alonso, querendo um espetacular sexto posto para a Super Aguri. Há 3 voltas do fim, o espanhol não teria condições de segurar o japonês, que andou bem durante todo o fim-de-semana. No fim, Hamilton venceria, e assumiria a liderança do campeonato, com Nick Heidfeld em segundo e Alexander Wurz em terceiro.


5º lugar: Bruce McLAREN - 22 anos, 3 meses e 12 dias

Jack Brabham, Stirling Moss e Tony Brooks chegaram à última etapa da temporada de 1959 com chances de título. Pela primeira vez o circo estaria em Sebring, realizando o primeiro Grande Prêmio dos EUA de Fórmula 1. Tentando se popularizar no continente americano, a categoria convidou Rodger Ward, vencedor da edição de 1959 das 500 Milhas de Indianapolis, para participar da prova.

Sem um equipamento decente, Ward largou em último, enquanto Moss era pole com Brabham em segundo e Brooks em quarto. Bruce McLaren era apenas o décimo colocado. Na partida, não houveram mudanças nas primeiras duas posições, mas, logo atrás, um jovem neozelandês fez fila para assumir o terceiro posto - era McLaren!

Cinco voltas depois, Moss abandonou, facilitando o caminho de Brabham em busca de seu primeiro título. Muito atrasado, Tony Brooks não tinha condições humanas para se recuperar e vencer a prova, e, consequentemente, o campeonato. Apesar disso, o final da prova foi tão emocionante quanto a decisão do título.

Na última volta Jack Brabham ficou sem combustível, pulou de seu Cooper e cruzou a linha de chegando em quarto, entregando a vitória para Bruce McLaren, que, aos 22 anos, 3 meses 12 dias, se tornou o mais jovem piloto a vencer na Fórmula 1*. 

* sem contar Troy Ruttman, vencedor da Indy 500 de 1952.


4º lugar: Troy RUTTMAN - 22 anos, 2 meses e 19 dias

Quando as 500 Milhas de Indianapolis ainda faziam parte do calendário oficial da Fórmula 1, poucos nomes do circo tentaram se aventurar nos EUA, mesmo este valendo importantíssimos pontos para o campeonato. Em 1952, pela primeira e única vez, a Ferrari inscreveu um carro para a prova. Alberto Ascari sofreu, mas mesmo assim conseguiu colocar seu bólido entre os 33 melhores.

Na corrida, surpresa! O italiano ganhou posições e já era um dos dez primeiros. Infelizmente, problemas no 375 tiraram Ascari da prova, na única ocasião em que ele não venceu naquele ano. Lá na frente, Bill Vukovich se aproximava de sua primeira vitória em Indianápolis, porém, restando nove voltas para o fim, a barra de direção de seu Kurtis Kraft ficou danificado, deixando a liderança para um jovem de nome Troy Ruttman.

Nascido em Mooreland, no estado de Oklahoma, o americano venceria aos 22 anos, 2 meses e 19 dias, mantendo este recorde até mesmo depois de sua morte, em 1997, e só perdendo-o para Fernando Alonso, em 2003, mais de 51 anos depois.



3º lugar: Fernando ALONSO - 22 anos e 26 dias

Fernando Alonso já havia conquistado sua primeira pole position na Malásia, mas o espanhol teria de esperar por quase seis meses para finalmente vencer. Também partindo da primeira fila, Alonso havia feito seu vigésimo segundo aniversário poucos dias antes daquele fim-de-semana na Hungria. Com Räikkönen e Schumacher apenas em sétimo e oitavo, respectivamente, a única maior preocupação do asturiano seria a presença de Juan Pablo Montoya.

Surpreendentemente, as Williams largaram muito mal, deixando Alonso sem nenhum rival à altura para disputar pela vitória. Sem equipamento, Mark Webber tinha a missão de apenas terminar no pódio, algo que, infelizmente, não conseguiria, graças à grande performance de Kimi Räikkönen. Enquanto Trulli e Schumacher não se destacavam, Rubens Barrichello abandonava de forma misteriosa, após uma grave quebra de sua suspensão traseira.

Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya recuperariam seu território perdido, mas não o suficiente para vencer Räikkönen e, é claro, Alonso, que cruzou a linha de chegada para se tornar o mais jovem vencedor da história da Fórmula 1. Pela primeira vez, o hino espanhol foi tocado no pódio. E sem dúvida não seria a última...


2º lugar: Sebastian VETTEL - 21 anos, 2 meses e 11 dias

Cinco anos depois de Alonso, uma nova sensação surgia da velha Minardi. Sebastian Vettel, de forma histórica, alinhou um Toro Rosso na primeira posição para o GP da Itália. Sem qualquer carro da Ferrari ou da McLaren nas primeira filas (exceto a presença de Kovalainen), Gerhard Berger, chefe da equipe na época, viu Sébastien Bourdais ser quarto no treino, tornando aquele molhado sábado de setembro histórico.

Por ter o melhor equipamento, Heikki Kovalainen era favorito à vitória. Com Bourdais não conseguindo largar, para desespero da equipe, toda a pressão caía, de uma vez só, nas costas de um jovem Sebastian Vettel. No primeiro GP da Itália sob chuva na história da Fórmula 1, o alemão surpreendeu a todos.

Kovalainen e Webber fracassaram na tentativa de acompanhar Vettel, que não cometeu nenhum erro, clássico de jovens pilotos, especialmente naquelas condições, enquanto Hamilton subia na classificação após largar nas últimas filas. Felipe Massa, já dentro do top eight, não conseguiria, como seu rival na busca pelo título, ganhar posições.

No fim, Sebastian Vettel venceu de forma histórica, com Kovalainen e Kubica completando o mais jovem pódio, em média de idade, da história da Fórmula 1. 23 anos e 350 dias. Seria também o primeiro e único pódio, até hoje, da Toro Rosso, que perderia no ano seguinte a figura de Gerhard Berger. 


1º lugar: Max VERSTAPPEN - 18 anos, 7 meses e 15 dias

Em sua controversa estreia pela Red Bull, Max Verstappen conseguiu a melhor posição de grid para um holandês, repetindo o feito de Jan Lammers. O quarto lugar do novo piloto da equipe austríaca nem se aproxima do que estava prestes a acontecer logo no dia seguinte. Para a surpresa de todos (só que não), a primeira fila era totalmente da Mercedes, com Hamilton, tentando se recuperar no campeonato, a frente de Rosberg.

Na largada o alemão foi melhor que seu companheiro, tomou a ponta e, depois de uma controversa fechada, foi atingido. Ambas as Mercedes estavam fora. Tanto Hamilton quando Rosberg foram parar na brita, sem chances para voltar à pista. Abalado, o inglês parecia longe de finalmente rivalizar com seu colega de equipe em 2016.

Com o caminho aberto, Red Bull e Ferrari lutaram pela vitória com seus quatro pilotos. Daniel Ricciardo, mesmo assim, não estava ameaçado de perder sua vitória. Max Verstappen, que era segundo, só viria o primeiro lugar cair do céu após o australiano fazer mais uma parada, num raro erro de estratégia da equipe de Christian Horner.

Agora sem chances de ver o australiano no pódio, Verstappen se tornou o centro das atenções para a Red Bull. Apesar da pressão de Kimi Räikkönen, o holandês de 18 anos teria a frieza de vencer sua primeira corrida por cerca de meio segundo, se tornando o primeiro piloto dos Países Baixos a conquistar tal feito na Fórmula 1. Para a surpresa de todos, um garoto, male má adulto, vencera um Grande Prêmio, se tornando também o mais jovem de todos os tempos.

Imagens tiradas do Google Imagens - F1-fanatic.com - F1-fansite.com

sábado, 19 de novembro de 2016

Pós-GP: A corrida para as corridas


Não sabemos se choramos ou rimos após esse fim-de-semana maluco em Interlagos. Na sexta-feira, Fernando Alonso fez de tudo, mais uma vez, para se aparecer, brincando de cameraman e ainda tentando fazer embaixadinhas com uma pequena pedra. No dia seguinte, um guarda-chuva vai parar no S do Senna (presságio?) e, no domingo, o céu vem abaixo depois de anos esperando por um GP do Brasil sob chuva.

Não há melhor lugar no mundo para se decidir um título mundial, mas isso só aconteceria se Nico Rosberg estivesse disposto a derrotar, na chuva, Lewis Hamilton, e, como todos nós sabemos, o alemão está com o regulamento embaixo do braço para levar essa decisão até Abu Dhabi, onde ele precisará apenas de um terceiro lugar caso o companheiro vença...

Infelizmente, o fato de não termos visto o título ser decidido em Interlagos, existem apenas duas formas, pelo menos as que acredito que podem acontecer, de termos um final emocionante em Yas Marina: ou Rosberg e Hamilton batem, em prol do alemão, ou as Red Bull superam o líder do campeonato na pista, em prol do britânico. Vale lembrar ainda que, em 2014 e 2015, a Mercedes só não venceu três corridas, enquanto, nesse ano, foram apenas duas derrotas em vinte provas... seria extremamente interessante ver isso acontecer de novo em 2016, sobretudo se a vitória caísse no colo da Ferrari, que tanto precisa de uma...


Apesar de tudo, o GP do Brasil também foi marcado pelas vaias do público com uma segunda, e sem sentido, bandeira vermelha após voltas e voltas de Safety Car. O povo pediu. E o mundo inteiro assistiu que brasileiro é uma pessoa diferente, impaciente, e que quer ver o "circo pegar fogo" seja embaixo sol ou chuva. Queremos corrida!

Além do mais, a chuva que vimos nesse ano pode se comparar ao que vimos em 2012, quando nenhuma bandeira vermelha foi agitada e o Safety Car só entrou na pista duas vezes, contando as duas últimas voltas após o acidente de di Resta... Isso só mostra que a Fórmula 1 entrou nesse "frescor" após o acidente de Jules Bianchi, e que a FIA ainda não percebeu que toda a fatalidade ocorrida com o francês foi por negligência dela mesma e não do piloto ou das condições meteorológicas...

Talvez a categoria aprenda mais com participações do público como as que vimos no Brasil, com vaias e negativos para uma ação completamente idiota e sem sentido. Se não tem coragem, vá trabalhar num escritório ou algo assim, saia do automobilismo e deixe apenas gente como Max Verstappen por lá...


Mais uma vez, o GP do Brasil poderá servir como lição para o futuro, a corrida para as corridas, e que nada disso se repita: cerca de 31 das 71 voltas foram feitas atrás do Safety Car. Parabéns, Bernd Maylander pelo ótimo trabalho, diga-se de passagem...

Tudo que vemos é uma piada para categorias como WRC e MotoGP. Uma piada...

Na sua décima tentativa, Lewis finalmente venceu no Brasil e realizou seu sonho de criança, e, como não podia perder a chance, tentou fazer um jogo psicológico ao dizer que esta foi a sua vitória mais fácil de todas. Com a conquista, Hamilton se tornou o primeiro piloto a trocar de capacete no meio da prova e ainda vencer a corrida. Algo que, sinceramente, nunca ninguém imaginou que iria acontecer. Foi bonito de ver o britânico com aquele capacete amarelo, não por lembrar Senna, mas por sair da mesmice de um branco tão sem graça que marcou seus dois últimos títulos.


Já Rosberg fez uma corrida simples e com apenas um susto (pelo menos mostrado na transmissão) na Subida do Café. Não se preocupou em segurar ou atacar Max Verstappen, tendo muita sorte ao terminar na segunda colocação após os problemas enfrentados pela Red Bull com as paralisações, que destruíram as estratégias do holandês e de Daniel Ricciardo, que, apesar de tudo, fez uma corrida apagada, ofuscada pela sua punição ainda nas primeiras voltas.

Verstappen deu show, arrancando elogios até dos mais críticos, mas esse desempenho nos fez levantar uma hipótese: os pilotos teriam perdido a magia de como pilotar sob chuva? Verstappen e Ocon, dois dos mais jovens do grid fizeram a alegria dos fãs com uma performance magnífica, coisa que não é rara de se ver em categorias de base, onde outros pilotos, ainda menos experientes, se arriscam tanto que arrancam suspiros daqueles que os assistem. Talvez, o excesso de cautela dos mais velhos venha destruindo o show. Apenas talvez...

De qualquer forma, é inegável que o holandês tenha impressionado todos em Interlagos. Desde seu desejo de iniciar a prova sem mais enrolação até sua última ultrapassagem, sobre Sérgio Pérez, vimos um garoto que estava disposto a arriscar, a cometer erros e, sobretudo, a vencer, mesmo enfrentado os dois melhores carros do grid. É um piloto como Max Verstappen que falta à Fórmula 1. São pilotos com sua garra, com sua marra e com seu talento que os fãs tanto anseiam.


Porém, gostaria de destacar um ponto. O holandês demorou cerca de uma volta para superar uma Manor! Algo assustador pelo fato dele ter pneus mais novos e estar superando todos com tanta facilidade. Mas neste carro azul, branco e vermelho estava ninguém menos do que Esteban Ocon, o francês que derrotou Verstappen na Fórmula 3 e foi campeão da GP3, com muitos méritos, em 2015. Sua contratação pela Force India, tão contestada, sobretudo pelos brasileiros, não foi por acaso, e já expliquei o motivo num de meus últimos posts aqui no blog. O jovem francês, que agora é o piloto mais alto da categoria, soube segurar um carro muito superior e teve azar em não conseguir conquistar seus primeiros pontos numa corrida tão fantástica como essa. Infelizmente, as coisas são assim...

Se Max Verstappen não venceu por falta de sorte, Esteban Ocon não pontuou por falta de equipamento...

No outro carro da Manor, Pascal Wehrlein agora anda ofuscado pelo companheiro, não na pista, mas nos bastidores. O alemão perdeu sua grande (e quem sabe primeira) chance de correr numa equipe média, e agora passa por um momento em que Ocon vem conquistando resultados tão interessantes quanto os seus, tendo o francês participado apenas da metade das provas da temporada. Estive enganado ao apontar Wehrlein na Force India, mas já havia imaginado a sinuca em que a equipe se encontrava...


Voltando à ponta do grid, a Ferrari continua sofrendo com falta de organização interna. Com o pódio de Verstappen, a Red Bull assegurou o vice-campeonato e, agora, o que resta para o time italiano é fazer Sebastian Vettel ficar a frente do jovem holandês no campeonato de pilotos. O dia não foi bom para a dupla ferrarista. Primeiro, o tetracampeão decidiu brincar na grama e rodar e, logo depois, foi a vez de Kimi Räikkönen sem perder em plena reta dos boxes de Interlagos. Por pouco escapou de uma tragédia...

Vettel ainda foi bravo para recuperar as posições perdidas e terminar em quinto, mas demorar tanto para passar Sainz Jr foi fatal para que Verstappen não tivesse muitas dificuldades em supera-lo. É uma pena a Ferrari estar terminando a temporada dessa forma...

A Williams viveu um misto de emoções durante todo o fim-de-semana. Desde os surpreendentes resultados na sexta-feira até o fim de tudo no muro da Subida do Café, Felipe Massa teve altos e baixos, enquanto Valtteri Bottas tentava o impossível com um carro que ainda não aprendeu a andar na chuva. Foi triste ver o brasileiro acabar sua corrida batendo? Foi! Mas o destino quis que fosse assim, e que ele tivesse uma das despedidas mais emocionantes que a categoria já havia visto. Ser aplaudido por Mercedes, Ferrari e Williams não é para qualquer um...


A performance do carro parece não ter melhorado, e agora resta esperar para 2017, com um novo regulamento e com um novo piloto. Quem sabe a Williams não consiga voltar aos dias de glória? É difícil, mas nunca sabemos quando algo surpreendente pode aparecer.

E mais uma vez, o azar ousou tirar Nico Hülkenberg do pódio em Interlagos. Após assinar com a Renault, o alemão ganhou tanta confiança que, frequentemente, supera Sergio Pérez nos treinos classificatórios e, no último domingo, parecia que finalmente havia chegado a vez do vencedor de Le Mans subir ao pódio. Infelizmente, no acidente de Räikkönen, um pedaço da asa da Ferrari foi parar na frente de Hülkenberg, que cruzava a reta dos boxes no meio de todo o spray.

Quando a bandeira verde sinalizou o reinicio da prova, o alemão foi obrigado a parar após um furo: era o fim das chances de pódio. Com isso, Sergio Pérez assumiu uma quarta posição que, voltas depois, se tornaria um terceiro lugar, com a parada de Max Verstappen. O desempenho do mexicano também não deixou a desejar, só não perseguindo Nico Rosberg por falta de equipamento e sendo superado pela Red Bull pelo mesmo motivo.


Um piloto que também teve um desempenho brilhante no Brasil, mas que passou despercebido, foi Carlos Sainz Jr. O jovem espanhol da Toro Rosso partiu da décima quinta posição e já na volta 20 ocupava o sexto posto. Beneficiado pelas marmeladas ferraristas e da Red Bull, Sainz chegou a estar na quarta colocação antes de finalmente fechar em sexto. Apesar do brilhante desempenho do espanhol, a Toro Rosso não viu o mesmo com Daniil Kvyat, que enfrentou problemas com um desgovernado Renault...

Falando de Renault, a renovação de Jolyon Palmer foi vista como idiotice por boa parte dos torcedores, com exceção dos britânicos, que ainda acreditam no talento de um campeão da GP2. É bom lembrar que o inglês derrotou Felipe Nasr em 2014 na categoria, mas mesmo assim só teve sua primeira chance num carro feito para receber o motor Mercedes e com um chassis velho da Lotus. Apesar de todas as burradas, Palmer merece uma chance...

Enquanto isso, Kevin Magnussen foi chutado da equipe e encontrou refúgio na Haas, onde, fontes internas dizem, estão atrasados no desenvolvimento do carro de 2017. Em apenas três temporadas na categoria, o dinamarquês foi do céu ao inferno com McLaren, Renault e, agora pode ir também, com a Haas.


Rumores dizem que a renovação de Palmer foi uma estratégia da Renault para contratar Bottas em 2018, o que poderia abrir uma vaga na Williams para Felipe Nasr, caso o mesmo consiga se manter na Fórmula 1 por mais um ano, ou ainda para Pascal Wehrlein, já que Toto Wolff se tornou grande negociador nos bastidores da categoria.

Aproveitando que Nasr foi citado, vamos falar de seu maravilhoso desempenho em Interlagos, onde, dias antes, havia dito que esta seria a maior oportunidade para marcar pontos: e conseguiu! Um piloto que sai da última fila com um carro da estirpe do C35 para aparecer no top ten em apenas dez voltas merece respeito e, pelo menos, um contrato assinado para próxima temporada. Com a saída do Banco do Brasil, os negócios de Felipe Nasr na Fórmula 1 podem chegar ao fim de uma das maneiras mais tristes de sempre.


Um desempenho tão louvável em comparação ao de Marcus Ericsson, que bateu ainda no início da prova, deveria garantir sua vaga em 2017, mas, se tratando de uma equipe que ainda luta para sobreviver, não devemos esperar nada. Para piorar, a vaga do brasileiro estaria ameaçada por nada menos nada mais do que Esteban Gutiérrez, um dos pilotos mais fracos do grid atual, que só não pontuou em 2016 por falta de sorte.

Chegando agora à Haas, onde não há muito o que dizer. Romain Grosjean imitou o maior ídolo francês, só que de maneira ainda mais bizarra: ele ainda estava na volta de saída até o grid. Curiosamente, ele não foi o único a culpar os pneus de chuva extrema da Pirelli. Kimi Räikkönen disse que os compostos de doze anos atrás (o finlandês estava na McLaren, assim, ele usava os Michelin) eram muito melhores.

Concordo com ambos. Se existe algo tão inútil no mundo da Fórmula 1, isso é o pneu de chuva extrema da Pirelli: ele pouco é usado porque o Safety Car sempre está presente em situações onde a chuva aperta e, ainda, quando é, não consegue trabalhar direito, deixando os pilotos na mão como aconteceu com Grosjean e Räikkönen em Interlagos.


A Pirelli tem muito a melhorar para 2017, sobretudo nos pneus de chuva, e ela tem essa chance com tantas baterias de testes que já vem acontecendo. E que a marca italiana traga bons compostos para uma nova Fórmula 1 no ano que vem...

Se a corrida de Grosjean não durou muito, a de Gutiérrez foi pífia: o mexicano largou mal e ainda teve uma performance muito abaixo do esperado pelas condições do tempo, digo, da temperatura.

Agora, para terminar, a equipe que mais virou motivo de piada nos últimos dois anos. Chuva e Interlagos trazem boas lembranças para a McLaren, que venceu pela última vez dessa forma em 2012 com Jenson Button, mas agora ela virou motivo de pesadelo para o campeão de 2009. Enquanto Fernando Alonso lutava para estar nas posições pontuáveis, o inglês amargava as últimas colocações em sua penúltima corrida da carreira.

O fim-de-semana no Brasil também marcou o fim de uma era: Ron Dennis, depois de 35 anos no comando do grupo McLaren, foi mandado embora após conflitos internos com acionistas chineses. É o fim da linha para Dennis na segunda maior equipe vencedora na Fórmula 1...


Sobre a corrida...

  • MELHOR PILOTO: Felipe Nasr
  • SORTUDO: Nico Rosberg
  • AZARADO: Lewis Hamilton
  • SURPRESA: Esteban Ocon
Nasr brilhou na chuva, segurou o top ten no braço e conquistou dois importantíssimos pontos para a Sauber; já Nico Rosberg teve sorte com as bandeiras vermelhas que destruíram a estratégia de Max Verstappen, o que também afetou Lewis Hamilton na briga pelo título; Ocon surpreendeu com a Manor, se manteve entre os dez por boa parte da corrida e deu show com um carro que jamais voltará a ter outra chance de pontuar: uma pena que o francês não teve condições para segurar por mais tempo o décimo tempo. Foi uma lição para quem acha que sua ida à Force India só foi por causa da força de alguém como Toto Wolff...

Até o próximo fim-de-semana em Abu Dhabi!

Imagens tiradas do f1fanatic.co.uk.

sábado, 8 de outubro de 2016

10 anos - Quando o motor Ferrari entregou o bi para Alonso


Uma semana depois de Xangai, o circo estava em Suzuka para o vigésimo segundo GP do Japão de Fórmula 1, onde Fernando Alonso e Michael Schumacher lutariam para embarcar pro Brasil com a liderança isolada do campeonato. Quem terminasse na frente sairia com vantagem, mas apenas Schumacher tinha chances de conquistar o oitavo título já no Japão, minímas, mas ainda sim existentes. Para conquistar o octocampeonato, o alemão precisaria vencer enquanto o espanhol não pontuasse.

Melhorando ainda mais a perspectiva de título de Schumi, a Ferrari dominou os treinos para fazer uma primeira fila toda vermelha, com Felipe Massa na pole e Michael Schumacher em segundo. Alegrando ainda mais o heptacampeão, a Toyota surpreendeu as Renault conquistando a segunda fila do grid, com Ralf em terceiro e Jarno Trulli em quarto. Fernando Alonso teve de se contentar com o quinto posto ao lado de Giancarlo Fisichella. Fechando o top ten estavam Jenson Button, Rubens Barrichello, Nick Heidfeld e Nico Rosberg.

Em décimo primeiro, Kimi Räikkönen era o melhor da McLaren, com Robert Kubica ao seu lado. Pedro de la Rosa era décimo terceiro, Mark Webber décimo quarto, Vitantonio Liuzzi décimo quinto, Christijan Albers décimo sexto, David Coulthard décimo sétimo, Robert Doornbos décimo oitavo, Scott Speed décimo nono, Takuma Sato vigésimo, Tiago Monteiro vigésimo primeiro e Sakon Yamamoto era vigésimo segundo e último colocado no grid.


O céu azul de domingo não lembrava nenhum pouco o chuvoso fim-de-semana em Xangai. Agora, sem condições adversas, Schumacher teria ainda mais facilidade para confirmar sua provável vitória. Na partida, Alonso se vê bloqueado pelas Toyota, mas consegue superar Trulli e assumir o quarto posto, enquanto lá na frente Massa lidera Michael e Ralf. Fisichella largou mal e perdeu a posição para Jenson Button, enquanto, com problemas, Barrichello ia de oitavo para o fundo do pelotão.

Não demoraria muito para que Schumacher superasse Felipe Massa e assumisse a liderança, enquanto Fernando Alonso ainda sofria atrás de Ralf. Na volta cinco, Fisichella supera Button e recupera o sexto posto. As posições seriam mantidas até a primeira parada, quando Alonso finalmente ultrapassaria Schumacher e, ainda mais, assumiria a segunda colocação. A parada da Ferrari não foi das melhores para Massa, que retornou à pista na terceira posição. Outro piloto que deu show na estratégia foi Kimi Räikkönen, que tomou o oitavo posto de Nick Heidfeld nos boxes.

A classificação da corrida agora era a seguinte: Schumacher em primeiro, Alonso em segundo, Massa em terceiro, Trulli em quarto, Ralf em quinto, Fisichella em sexto, Button em sétimo e Räikkönen em oitavo. Lá na frente, o espanhol ia tirando a diferença para o alemão que continuava forçando sua Ferrari para se manter na liderança mesmo após a segunda parada.


Quando a segunda rodada de pit stops começou, não deu outra para a Toyota: Trulli e Ralf perderam as posições para um surpreendente Räikkönen de McLaren. Poucas voltas após sua última parada para reabastecimento e troca de pneus, Michael Schumacher se mantinha a frente de Fernando Alonso que já tinha o alemão na mira.

Na volta 37, na entrada da Degner Curve, eis que o motor Ferrari do heptacampeão explode e leva embora todas as chances de um oitavo título para o alemão. Antes mesmo de encostar o carro, Schumacher já havia sido superado por Alonso, que agora só precisaria terminar a prova para colocar 10 enormes pontos de vantagem para o piloto da Ferrari. Era o fim do sonho do octocampeonato.

Nada maria nas últimas voltas, e a vitória acabou ficando com Fernando Alonso, que basicamente garantia o bicampeonato e a festa em São Paulo. Felipe Massa e Giancarlo Fisichella completaram o pódio, enquanto Jenson Button, Kimi Räikkönen, Jarno Trulli, Ralf Schumacher e Nick Heidfeld fecharam os oito primeiros lugares.


Alonso saía de Suzuka com dez pontos de vantagem para Schumacher, o que colocou a Renault perto de um bicampeonato de construtores. Felipe Massa recuperou o terceiro posto no campeonato de pilotos, mas agora com apenas um ponto de vantagem para Fisichella. Räikkönen se mantinha em sexto, agora com 61 pontos, e Button na quinta colocação com 50.

Foi a primeira quebra de motor para Michael Schumacher desde o GP da França de 2000.

Naquele dia se completavam seis anos do tricampeonato do alemão na mesma Suzuka, sobre Häkkinen.

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sábado, 30 de julho de 2016

10 anos - A última vitória de Schumacher na Alemanha


Fernando Alonso parecia imbatível até aquele momento do campeonato. Mas, uma reviravolta colocaria a emoção que faltou na Fórmula 1 dos seis anos anteriores. E o mais incrível: Schumacher traria de volta esse ingrediente que sagrou a categoria como a melhor do esporte a motor. Após duas conquistas seguidas, o alemão chegava ao GP da Alemanha confiante em busca de uma terceira vitória consecutiva, algo que Alonso temia.

Os treinos em Hockenheim foram um tanto quanto interessantes. Depois de fazerem todo o possível para estarem entre os primeiros na casa da Renault, Alonso e Fisichella enfrentaram dificuldades em solo alemão, com Kimi Räikkönen levando a melhor com seu McLaren Mercedes. Acompanhando o finlandês na primeira fila, ele, Michael Schumacher, de volta a luta pelo título.

Fazendo sua parte, Felipe Massa largava em terceiro, com Jenson Button ao seu lado. Durante todo o fim-de-semana, Giancarlo Fisichella foi superior á Fernando Alonso, que conseguiu um mero sétimo lugar no grid enquanto o companheiro era quinto. Entre eles, Rubens Barrichello de Honda. Fechando o top ten estavam Ralf Schumacher, Pedro de la Rosa e David Coulthard.

Na casa da Mercedes, Kimi trabalhou bem para alegrar a equipe

Sofrendo com a falta de equipamento, Mark Webber partia apenas na décima primeira posição, ao lado de de Christian Klien. Jarno Trulli marcou o décimo terceiro tempo, mas seria punido com dez posições após trocar de motor. Villeneuve foi o melhor da BMW, com o décimo quarto lugar. Heidfeld foi apenas o décimo sexto, deixando Nico Rosberg entre ele e seu companheiro de equipe. Fechando o grid estavam Vitantonio Liuzzi, Christijan Albers, Takuma Sato, Tiago Monteiro, o estreante Sakon Yamamoto e Scott Speed.

No domingo, o céu aberto indicava nenhuma possibilidade de chuva. Na partida, Räikkönen tomou a ponta com Schumacher em segundo e Massa em terceiro. Apesar de ter pulado bem, Button contornou mal a primeira curva e perdeu o quarto posto para Fisichella, enquanto Alonso tomava o sexto lugar de Barrichello, que caiu para nono. De décimo primeiro, Mark Webber agora era sétimo.

Alonso sofreu dificuldades durante todo o fim-de-semana

Ainda na primeira volta, Nico Rosberg bateria na entrada do Estádio. Logo depois, Button já recuperava o quarto posto de Fisichella. Quem não gostou nenhum pouco do primeiro giro foi o time da BMW, que viu seus dois carros se envolverem em acidentes e caírem para as últimas posições. de la Rosa seria obrigado a abandonar com problemas em seu McLaren, enquanto, lá na frente, Räikkönen resistia à pressão da dupla ferrarista.

Na volta dez, o finlandês foi aos boxes para sua parada de troca de pneus e reabastecimento, sofrendo problemas que colocavam sua liderança e até seu pódio em risco. O próximo ponteiro a parar seria Jenson Button, que até voltaria atrás de Räikkönen, mas tomaria o sexto posto do finlandês na volta seguinte, enquanto Barrichello, logo após sair dos boxes, amargava outro abandono por causa do motor Honda.

Schumacher e Massa fizeram suas paradas e mantiveram a liderança, enquanto Räikkönen amargava um fraco quinto lugar mesmo após Fisichella e Alonso pararem. O italiano teve sorte, mas o espanhol ficaria preso atrás do tráfego e teria sua corrida ainda mais comprometida. Na terceira posição, Mark Webber fazia o impossível com sua Williams Cosworth. Na vigésima oitava volta o australiano foi aos boxes, da mesma forma que Kimi Räikkönen voltaria a fazer uma parada.

Villeneuve fecharia sua carreira na F1 com um acidente

Webber voltou entre os carros da Renault, enquanto o finlandês caiu para o sétimo posto, logo atrás do atual campeão. Dez voltas depois, Fisichella enfrentaria problemas em sua parada e perderia a posição para Fernando Alonso. Jogo de equipe por parte da Renault? Logo depois foi a vez de Jenson Button fazer sua segunda passagem pelos boxes, voltando na quinta posição, atrás de Räikkönen.

Após os lideres fecharem seu programa de paradas com a segunda de Massa e Schumacher, a corrida já estava definida, pelo menos nas duas primeiras posições. Com uma interessante estratégia, Mark Webber só faria sua última parada nas últimas 20 voltas, retornando à pista na quinta posição e com grandes chances de pódio. Na volta 55, Räikkönen faria sua terceira e última parada voltando lado a lado com o australiano, que não conseguiria a ultrapassagem e se manteria em quinto.

A batalha agora era pelo último lugar do pódio. Jenson Button não pararia mais, enquanto, com pneus mais novos, Kimi Räikkönen e Mark Webber perseguiriam o inglês. Infelizmente, o pacote Williams-Cosworth voltaria a trair o australiano, que abandonaria nas últimas voltas, enquanto o finlandês superava o piloto da Honda e caminhava para seu terceiro pódio em cinco provas.


No fim, Michael Schumacher voltou a erguer os dois braços para comemorar outra vitória na Fórmula 1, a 89º e antepenúltima de sua carreira. Felipe Massa fez sua parte e terminou em segundo, com o guerreiro Kimi Räikkönen finalizando em terceiro mesmo com uma fraca estratégia de três paradas. Os lugares pontuáveis seriam fechados por Button, Alonso, Fisichella, Trulli e Klien.

No campeonato de pilotos, Schumi ficou apenas 11 pontos atrás de Fernando Alonso, esquentando a disputa pelo título. Com o segundo lugar, Felipe Massa superou Räikkönen e Fisichella, tomando o terceiro lugar com 50 pontos. Montoya ainda era sexto com 26 pontos, enquanto Button tinha 21 e Barrichello apenas 16. Fechando os dez melhores colocados na tabela, Ralf e Nika Heidfeld tinham 13.


No campeonato de construtores, outra dobradinha da Ferrari colocou a equipe perto de tomar a liderança da Renault, com a McLaren isolada na terceira posição. A Honda tinha 37 pontos e era quarta colocada, com Toyota e BMW lutando pelo quinto posto. A equipe alemã voltaria a crescer no campeonato após substituir Jacques Villeneuve por Robert Kubica, assim, o GP da Alemanha de 2006 foi o último do campeão da temporada de 1997 da Fórmula 1.

E para mim, a corrida foi mais que especial. O GP da Alemanha de 2006 é a primeira lembrança que tenho de uma corrida de Fórmula 1. Posso me lembrar das milhares de vezes que pedi ao meu pai para que me acordasse cedo para acompanhar um grande prêmio antes disso, mas a primeira lembrança de estar assistindo verdadeiramente uma corrida de Fórmula 1 vem de Hockenheim. De Schumacher cruzando a linha de chegada. Daquele carro vermelho. Daquele hino italiano. Daquele carro prata. Daquele hino alemão. De 10 anos atrás...

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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Pós-GP: Faltou o Safety Car...


O GP da Hungria já estava começando a ficar estranho: duas ótimas corridas nos dois últimos anos, e nenhum sinal de que isso poderia mudar. Porém, isso acabou mudando logo em 2016, quando estamos tendo uma temporada verdadeiramente interessante. E o que faltou para termos uma corrida emocionante em Budapest? O mesmo que aconteceu em 2014 e 2015 - chuva ou Safety Car.

Hungaroring nunca foi produtor de corridas super interessantes, mas, de vez em quando, sempre nos proporciona algumas obras-primas que ficam guardadas como "uma das melhores corridas da temporada". A prova de 2016 acabou sendo ruim pela falta daquilo que tanto criticamos nas últimas dias: o Safety Car. Pode parecer loucura, mas vale lembrar que em 2015 tivemos quase 50 voltas de monotonia total para, só depois do SC, já nos últimos 20 giros, termos algo tão emocionante quanto qualquer outro GP daquele ano.

A Fórmula 1 não é mais com antigamente, e qualquer corrida mais emocionante já é motivo de comemoração. Infelizmente, muitas vezes precisamos ver elementos que deveriam ser secundários acontecerem para que possamos ter uma corrida de verdade. E após tanta reclamação sobre a largada do GP da Grã-Bretanha com o Safety Car, parece que sentimos falta dele no GP da Hungria, pelo menos no meio da corrida.


Começamos o fim-de-semana com uma polêmica pole position de Nico Rosberg, enquanto nada de muito surpreendente acontecia no restante do grid, exceto o décimo quarto posto de Kimi Räikkönen. Depois de horas de conversa, ficou decidido que o alemão iria sim largar na primeira posição no domingo. Uma decisão estranha, polêmica e um sinal de quão incompetentes, ou melhor, irregulares podem ser os comissários da FIA.

Na corrida, a largada valeu como ouro. Quem não conseguiu posições na largada, dificilmente teria chances de conquistar durante a corrida. Mais uma vez, Räikkönen foi uma exceção. Com uma estratégia diferente, o finlandês não demorou muito para chegar na briga contra as Red Bull. Sebastian Vettel herdou a posição de Max Verstappen nos boxes, enquanto o holandês enfrentava problemas com o tráfico.


Lá na frente, Hamilton se mantinha cerca de um segundo a frente de Rosberg, administrando muito bem a vantagem para o companheiro. Semelhantemente ao ocorrido no ano passado, as últimas voltas tiveram certa emoção, com Vettel se aproximando de Ricciardo e Räikkönen tentando ultrapassar Verstappen, que defendeu de forma valente, porém duvidosa.

O toque do finlandês com o jovem piloto da Red Bull foi um incidente de corrida, sobretudo pelo fato de que Verstappen mudou de direção apenas uma vez. No fim das contas, Räikkönen mais chorou do que seu próprio companheiro, e isso já virou um p*rre para a Fórmula 1. Mesmo com os enormes problemas na administração da categoria, os pilotos se preocupam em brigar sobre quem deve ou não receber punição.

É triste saber que a Fórmula 1 chegou nesse ponto, mas é verdade. Os pilotos deveriam saber usar suas vozes para mudar o regulamento, para algo que realmente fosse útil, que não punisse um piloto a cada 5 dias. Eles tem a voz, só não sabem usa-la. Ou talvez, não podem...


No mais, devo retornar ao assunto. Se qualquer acidente ou incidente tivesse acontecido pela volta 50, teríamos garantido um final de prova tão memorável quanto o de 2015, mas como isso não aconteceu, temos que nos contentar a esperar por semana que vem, quando Hockenheimring estará de volta ao calendário com o GP da Alemanha.

E com mais uma vitória, Lewis Hamilton finalmente assume a liderança do campeonato. Agora é ver se Nico Rosberg vai reagir, sendo este um momento crítico da temporada. Restando apenas uma prova antes das férias, quem se sair bem na Alemanha irá para Spa-Francorchamps com a confiança lá em cima. Até domingo...

Não vi nada de espetacular na corrida, mas, para não perder o costume...


  • MELHOR PILOTO: Kimi Räikkönen
  • SORTUDO: Sebastian Vettel
  • AZARADO: Max Verstappen
  • SURPRESA: N/H
Räikkönen foi o piloto que mais se destacou. Largou em décimo quarto, escalou o pelotão e terminou numa digníssima sexta posição. Vettel só conseguiu o quarto posto graças aos problemas enfrentados por Verstappen, e quase arrancou o pódio de Ricciardo no fim da prova.

Imagens tiradas de F1.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Pré-GP: China 2016 - É loucura, mas funcionaria

"#racingUnited
or in Bernie words:
#windbagsunited"

Nos últimos dias, uma curiosa foto tirada por Nico Rosberg que mostrava um jantar entre quase todos os pilotos do grid, sendo aqueles que preferiram viajar mais cedo para se adaptar ao fuso horário chinês, chamou a atenção de todos, sobretudo por causa de sua legenda, considerada uma forma de intimidação aos dirigentes da categoria. Com nomes de força presentes, criou-se a expectativa de que os pilotos poderão tomar alguma importante decisão neste fim-de-semana do GP da China.

Apesar do retorno do antigo formato de treinos, a Fórmula 1 vive uma grande crise, mais claramente no âmbito de sua direção, o que vem causando grandes discussões desde o início da pré-temporada. As loucuras cada vez maiores, e os erros altistas cometidos pelos dirigentes vem sendo apedrejados pelo público, que, de certa forma, gostaria de melhorar o espetáculo. A GPDA, para tentar resolver isso, lançou em carta sua opinião sobre o assunto (criticada por John Watson).

Já comentei sobre a greve dos pilotos em 1982 e a quase impossível realização de um novo protesto da estirpe em 2016. Mas a foto de Rosberg fez um sonho antigo voltar à tona: estariam os pilotos preparados para as consequências de alguma investida sobre os dirigentes ou isso seria apenas tempestade em copo d'água criada pelos fãs?

Independentemente da resposta, seria belíssimo ver os pilotos não comparecendo ao autódromo no dia da prova, mostrando toda sua insatisfação com a atual situação da Fórmula 1, que se perde em críticas feitas por todos os lados sendo incapaz de melhorar si mesma. As caduquices de seus comandantes parecem levar a categoria para a sepultura junto com eles.

Pode ser loucura, mas acredito que a única forma de derrubar os dirigentes seria haver um poderoso ataque vindo de todos os pilotos, até daqueles que não estão na GPDA. Além de aumentar seu respeito dentro do próprio circo, os showmans passariam a ser vistos como "heróis" pelos fãs, que poderiam esquecer a ideia de que "todo piloto atual é medíocre".

A greve seria a única grande solução, mas, como já disse, parece ser impossível acontecer pela enorme quantidade de dinheiro envolvido na Fórmula 1. Voltando para o que realmente importa: o que podemos esperar do Grande Prêmio?

Hamilton tem uma coleção de vitórias em Xangai, mas a sequência de conquistas de Nico Rosberg impõe respeito e certa dedicação por parte do inglês caso queria superar o companheiro. A perca de cinco posições no grid dificulta ainda mais o trabalho de Hamilton, prometendo assim um emocionante início de prova no domingo. Mas uma vitória ainda é possível.

A Ferrari tem condições de batalhar contra a Mercedes, e após um bom desempenho nos treinos livres, Kimi Räikkönen parece estar mais confiante após o pódio conquistado em Sakhir. Mas devemos ficar atentos para ver até quando essa confiança servirá sobre Sebastian Vettel. O alemão é, naturalmente, o único que pode aparecer no meio das flechas de prata e surpreender.

A Red Bull mostra sua clara evolução em seus quatro carros, com todos os seus pilotos fazendo ótimos trabalhos que podem render bons pontos  na corrida. Porém, a guerra, até agora verbal, entre Verstappen e Sainz Jr poderá estourar neste fim-de-semana, enquanto Kvyat parece afundado na dúvida se vai ficar ou não no time austríaco em 2017, o que acarreta numa onda de falta de confiança após dois resultados nada animadores.

No fim-de-semana que marca mais um aniversário de Frank Williams, o time de Grove está preso no mesmo nível da Force India, com Valtteri Bottas usando o novo bico enquanto Felipe Massa volta a utilizar o antigo. Apesar de não ter demonstrado bom desempenho no Bahrein, a nova frente do FW38 poderá evoluir durante esses três dias, dando condições para Bottas surpreender as Red Bulls.

Já a equipe indiana tem boas chances de se recuperar no campeonato, tendo uma animadora aproximação em cima das rivais do meio do pelotão. Hülkenberg e Pérez conseguiram bons tempos nos primeiros treinos livres, elevando ainda mais a confiança da dupla para esta prova em Xangai. Depois de resultados surpreendentes, a Haas finalmente poderá voltar de onde conseguiu sair, mas agora, confiante que pode bater Renault e McLaren.

Outro time que teve uma ótima performance em Sakhir foi a Manor, que, com Rio Haryanto quase em casa, poderá ver o piloto indonésio com um pouco mais de vontade para alcançar o que já pareceu impossível: superar Pascal Wehrlein. O alemão conquistou um incrível resultado no GP do Bahrein, e volta disposto para repetir a dose na China com uma provável evolução do MRT05.

McLaren e Renault se mantém na tentativa de sobreviver no fim do pelotão, com o retorno de Fernando Alonso ao certame mesmo ainda com dores nas costelas. Kevin Magnussen e Jolyon Palmer poderão finalmente demonstrar o que a equipe francesa pode ter evoluído após esses dois primeiros GPs da temporada.

Enquanto isso, no fim de tudo, Sauber continua tentando sobreviver, agora literalmente. As propostas vindas de dois interessantes nomes pouco servirão a curto prazo para a equipe, o que degrada ainda mais a imagem de Marcus Ericsson, e especialmente de Felipe Nasr na busca por um novo assento em 2017. Os problemas continuam, e nenhuma resolução parece pronta.

Os estranhos problemas enfrentados pelos pneus Pirelli de Massa e Magnussen levaram muitos à previsões precipitadas (inclusive eu), comparando esse estranho início de GP com o ocorrido em Indianapolis em 2005, quando apenas seis carros largaram após o boicote das equipes com borracha francesa. 

Curiosamente, a ideia de boicote poderia camuflar um certo "golpe" que se chamaria "greve dos pilotos". É loucura? É! Mas a crise não deve ser mascarada da forma que vem sendo, com poucas notícias ou novidades relacionadas aos problemas na direção da categoria. Todos os fãs querem mudar isso antes que seja tarde demais...

No fim, o GP da China continua sendo um dos mais imprevisíveis do ano, onde nós poderemos ver Ferrari finalmente batalhando com Mercedes e uma provável chuva podendo embaralhar o grid daqui alguns instantes. 

Até...

domingo, 3 de abril de 2016

Pré-Corrida: Sakhir desde 2004


Um autódromo belíssimo montado sobre as areias do Bahrein, com um traçado atraente que muitas vezes proporciona provas emocionantes e um cenário que a cada ano vislumbra ainda mais os espectadores. A noite no deserto pode ser fria, mas é linda quando você está num lugar como esse. Horas antes do início da corrida, que tal relembrar como foram as edições do GP do Bahrein?

2004: No meio do nada, o GP foi realizado logo após as pouco emocionantes provas na Austrália e na Malásia. O domínio de Michael Schumacher, Rubens Barrichello e Ferrari estavam maiores do que nunca, e agora não tinham ninguém para realmente desafia-los. Enquanto a McLaren se contorcia em busca de pontos, a Williams viu Montoya perder um pódio para Jenson Button, que com sua BAR já havia conquistado seu primeiro top three na prova anterior. Em 2004, a vitória ficou, obviamente, para Schumacher.


2005: Agora sem muito brilho, a Ferrari tenta voltar ao topo após Fernando Alonso e Giancarlo Fisichella começarem com força a temporada de 2005. O espanhol não enfrentaria dificuldades para vencer a prova, enquanto Michael Schumacher abandonou as chances de conquistar um pódio após sua Ferrari enfrentar problemas hidráulicos. Quem teve mais sorte em 2005 foi Kimi Räikkönen, que mesmo com uma pouco confiável McLaren conseguiu um terceiro lugar logo atrás do surpreendente Jarno Trulli. A Toyota evoluía...


2006: Depois de sorte, azar para Räikkönen em 2006, batendo nos treinos e sendo obrigado a largar na última posição. Na primeira fila, a nova dupla da Ferrari parecia confiante para desbancar a Renault de Fernando Alonso, mas o espanhol estaria lá para estragar a festa italiana. Depois de superar Massa na largada, o piloto da equipe francesa ainda passaria por Michael Schumacher para vencer pela segunda vez em Sakhir. Depois de largar em último, Kimi Räikkönen conquistou a ótima terceira colocação.


2007: Já com mais experiência, Felipe Massa teve um desempenho impecável em 2007, vencendo sem deixar duvidas sobre sua real capacidade numa Ferrari. Mesmo após ter largado melhor do que Räikkönen, Alonso, correndo pela McLaren, não teve a mesma sorte dos anos anteriores, terminando apenas na quinta colocação enquanto seu companheiro, Lewis Hamilton, fechava no segundo posto.


2008: Largando na pole position para a BMW, Robert Kubica tinha sua primeira grande chance de vencer na Fórmula 1, porém as implacáveis Ferraris estragaram a festa do polonês, que se contentou com um misero terceiro lugar. Lewis Hamilton estava num de seus piores fins de semana, cometendo erros que custaram até mesmo um top ten. Mesmo com Räikkönen sempre escoltando, à espreita por qualquer erro, Felipe Massa conquistou sua segunda vitória consecutiva no Bahrein.


2009: Jarno Trulli e Timo Glock formavam a primeira fila para a alegria da Toyota, que finalmente via a sua melhor chance de vencer na Fórmula 1. Porém, com o decorrer da prova, o vexame foi pintado novamente, com Glock perdendo a ponta e Trulli não sendo capaz de batalhar contra a Brawn de Jenson Button, que largou em quarto antes de vencer sua terceira prova na temporada. Mais atrás, a prova foi marcada também pelas intensas disputas por posição.


2010: 24 pilotos, 12 equipes e apenas um título. O belo grid de 2010 faria qualquer fã da era mais idolatrada da Fórmula 1 abrir um enorme sorriso. Mesmo com as visíveis deficiências das equipes Lotus, Virgin e Hispania, a prova ficou mais marcada pelo retorno da Mercedes-Benz à competição, depois de passar mais de 50 anos fora. Apesar de ter um dupla formada por Schumacher e Rosberg, o time alemão não tinha condições de batalhar pela vitória que ficou com Fernando Alonso, agradecido aos problemas enfrentados por Vettel perto do fim da corrida.


2012: A tensões de 2011 para a não-realização da prova foram fortes o suficientes para que o circo não viajasse para o Bahrein. Assim, os pilotos e as equipes só estavam de volta no ano seguinte, quando a nova Lotus estava se estabelecendo como equipe de médio-grande porte. Na corrida, Kimi Räikkönen deu show em seu retorno ao deserto barenita, saindo do décimo primeiro posto para terminar em segundo. Outro piloto que voltou a fazer as pazes com o sucesso foi Sebastian Vettel, que finalmente venceu sua primeira prova em 2012. Destaque também para Romain Grosjean, que não cometeu erros para conquistar seu primeiro pódio.


2013: Com uma Mercedes crescendo cada vez mais, Sebastian Vettel não enfrenta muitas dificuldades para vencer no Bahrein, especialmente após os carros alemães demostrarem sérios problemas envolvendo o desgaste dos pneus. Quem surpreendeu a todos foi Paul di Resta, que batalhou pelo pódio ao lado de Kimi Räikkönen e Mark Webber antes de perde-lo para Romain Grosjean. O top three da prova acabou sendo o mesmo da corrida de 2012.


2014: No 900º GP, e claramente um dos melhores da história da Fórmula 1, Lewis Hamilton e Nico Rosberg finalmente disputam pela vitória mano-a-mano, com o britânico conquistando o primeiro lugar de maneira incrível. Na disputa por pódio e pelas demais colocações, batlhas e mais batalhas que esquentaram todas as 57 voltas da primeira prova noturna no Bahrein. Todos os pilotos gostaram, todas as equipes gostaram e os fãs amaram...


2015: Depois de Sebastian Vettel vencer na Malásia, a edição de 2014 voltaria a ter uma versão um pouco mais "light" em 2015, com a dupla da Ferrari surpreendendo os homens da Mercedes. Hamilton venceu mais uma, enquanto Vettel ficou preso atrás de Bottas para entregar o segundo posto para Kimi Räikkönen. Afundando em crise, Nico Rosberg ficou apenas na terceira colocação. Apesar de menos disputas em relação ao ano anterior, a prova ficou marcada pelos shows das faíscas que voltaram à Fórmula 1.

Daqui a pouco veremos o que a categoria poderá nos dar na 12º edição do GP do Bahrein, e caso seja como ou melhor do que o GP da Austrália, já sabemos que há boa coisa por vim...

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