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segunda-feira, 6 de abril de 2020

Fórmula 1 1997 #1 - Introdução


Na quarentena, o blog está de volta com a promessa de relembrar aos fãs da Fórmula 1 que estão em casa (ou mesmo ainda trabalhando) a temporada de 1997 da categoria, um dos melhores anos para o esporte naquela década, com o surgimento de uma rivalidade promissora, muitas alternativas e polêmicas - tudo aquilo que torna a F1 maravilhosa. Com esse intuito, este será um post introdutório, curto, mas que apresente um calendário provisório de "nossa temporada".

O mundo era um lugar muito diferente ao fim de 1996. Aquele que vos escreve sequer havia nascido. O Brasil era governado por Fernando Henrique Cardoso. Bill Clinton e Boris Iéltsin haviam sido reeleitos em seus países. Nelson Mandela assinava uma nova constituição que bania o apartheid na África do Sul. E a Ovelha Dolly se tornava o primeiro mamífero a ser clonado na história.

No esporte, a Seleção Olímpica de Futebol havia sido derrotada dolorosamente pela Nigéria de Kanu na semi-final das Olimpíadas de Atlanta. Muhammad Ali havia acendido a pira olímpica, a Palestina participava pela primeira vez dos Jogos, e o Brasil era ouro e prata no voleibol de praia. A Juventus derrotara o River Plate para ser campeão do mundial de clubes, e o campeonato brasileiro era vencido pelo Grêmio comandado por Luiz Felipe Scolari.

Na Fórmula 1, Damon Hill finalmente conquistava seu primeiro título mundial antes de ser chutado pela Williams. Jacques Villeneuve fez o suficiente para impressionar a equipe e se tornar primeiro piloto em um ano que prometia ser conturbado para o time de Grove. O julgamento da morte de Ayrton Senna começaria a causar reboliço em todo paddock. Era um ponto a mais a ser explorado por Schumacher e pela Ferrari em 1997.


Durante essa semana, vocês serão apresentados às equipes, pilotos e como o circo chegava para mais um ano de competições pelo globo. Espero que gostem. Aproveitem!

CALENDÁRIO PROVISÓRIO DO BLOG:
07/04/2020 (terça-feira): Lola e Stewart;
08/04/2020 (quarta-feira): Minardi e Tyrrell;
09/04/2020 (quinta-feira): Sauber e Prost;
10/04/2020 (sexta-feira): Jordan e McLaren;
11/04/2020 (sábado): Benetton e Ferrari;
12/04/2020 (domingo): Williams e Arrows;
Depois disso, tentarei trazer corridas diariamente, como nos velhos tempos.

CALENDÁRIO DA FÓRMULA 1 1997:
Rodada 1 - 09/03 - GP da Austrália - Albert Park;
Rodada 2 - 30/03 - GP do Brasil - Interlagos;
Rodada 3 - 13/04 - GP da Argentina - Buenos Aires;
Rodada 4 - 27/04 - GP de San Marino - Imola;
Rodada 5 - 11/05 - GP de Mônaco - Monte Carlo;
Rodada 6 - 25/05 - GP da Espanha - Barcelona;
Rodada 7 - 05/06 - GP do Canadá - Montreal;
Rodada 8 - 29/06 - GP da França - Magny-Cours;
Rodada 9 - 13/07 - GP da Grã-Bretanha - Silverstone;
Rodada 10 - 27/07 - GP da Alemanha - Hockenheimring;
Rodada 11 - 10/08 - GP da Hungria - Hungaroring;
Rodada 12 - 24/08 - GP da Bélgica - Spa-Francorchamps;
Rodada 13 - 07/09 - GP da Itália - Monza;
Rodada 14 - 21/09 - GP da Áustria - A1-Ring;
Rodada 15 - 28/09 - GP de Luxemburgo - Nürburgring;
Rodada 16 - 12/10 - GP do Japão - Suzuka;
Rodada 17 - 26/10 - GP de Portugal - Estoril;

Já adianto meus agradecimentos à todos os canais no YouTube onde pude encontrar as provas de 1997, aos perfis F1 1997 e F1 in the 1990s do Twitter, às equipes do Atlas F1 e do STATS F1 pelo trabalho fenomenal e grande suporte que dão aos bloggers e fãs. Qualquer adendo será feito nos posts.

Imagens tiradas dos perfis F1 in the 1990s e Legendary F1.

sábado, 8 de outubro de 2016

10 anos - Quando o motor Ferrari entregou o bi para Alonso


Uma semana depois de Xangai, o circo estava em Suzuka para o vigésimo segundo GP do Japão de Fórmula 1, onde Fernando Alonso e Michael Schumacher lutariam para embarcar pro Brasil com a liderança isolada do campeonato. Quem terminasse na frente sairia com vantagem, mas apenas Schumacher tinha chances de conquistar o oitavo título já no Japão, minímas, mas ainda sim existentes. Para conquistar o octocampeonato, o alemão precisaria vencer enquanto o espanhol não pontuasse.

Melhorando ainda mais a perspectiva de título de Schumi, a Ferrari dominou os treinos para fazer uma primeira fila toda vermelha, com Felipe Massa na pole e Michael Schumacher em segundo. Alegrando ainda mais o heptacampeão, a Toyota surpreendeu as Renault conquistando a segunda fila do grid, com Ralf em terceiro e Jarno Trulli em quarto. Fernando Alonso teve de se contentar com o quinto posto ao lado de Giancarlo Fisichella. Fechando o top ten estavam Jenson Button, Rubens Barrichello, Nick Heidfeld e Nico Rosberg.

Em décimo primeiro, Kimi Räikkönen era o melhor da McLaren, com Robert Kubica ao seu lado. Pedro de la Rosa era décimo terceiro, Mark Webber décimo quarto, Vitantonio Liuzzi décimo quinto, Christijan Albers décimo sexto, David Coulthard décimo sétimo, Robert Doornbos décimo oitavo, Scott Speed décimo nono, Takuma Sato vigésimo, Tiago Monteiro vigésimo primeiro e Sakon Yamamoto era vigésimo segundo e último colocado no grid.


O céu azul de domingo não lembrava nenhum pouco o chuvoso fim-de-semana em Xangai. Agora, sem condições adversas, Schumacher teria ainda mais facilidade para confirmar sua provável vitória. Na partida, Alonso se vê bloqueado pelas Toyota, mas consegue superar Trulli e assumir o quarto posto, enquanto lá na frente Massa lidera Michael e Ralf. Fisichella largou mal e perdeu a posição para Jenson Button, enquanto, com problemas, Barrichello ia de oitavo para o fundo do pelotão.

Não demoraria muito para que Schumacher superasse Felipe Massa e assumisse a liderança, enquanto Fernando Alonso ainda sofria atrás de Ralf. Na volta cinco, Fisichella supera Button e recupera o sexto posto. As posições seriam mantidas até a primeira parada, quando Alonso finalmente ultrapassaria Schumacher e, ainda mais, assumiria a segunda colocação. A parada da Ferrari não foi das melhores para Massa, que retornou à pista na terceira posição. Outro piloto que deu show na estratégia foi Kimi Räikkönen, que tomou o oitavo posto de Nick Heidfeld nos boxes.

A classificação da corrida agora era a seguinte: Schumacher em primeiro, Alonso em segundo, Massa em terceiro, Trulli em quarto, Ralf em quinto, Fisichella em sexto, Button em sétimo e Räikkönen em oitavo. Lá na frente, o espanhol ia tirando a diferença para o alemão que continuava forçando sua Ferrari para se manter na liderança mesmo após a segunda parada.


Quando a segunda rodada de pit stops começou, não deu outra para a Toyota: Trulli e Ralf perderam as posições para um surpreendente Räikkönen de McLaren. Poucas voltas após sua última parada para reabastecimento e troca de pneus, Michael Schumacher se mantinha a frente de Fernando Alonso que já tinha o alemão na mira.

Na volta 37, na entrada da Degner Curve, eis que o motor Ferrari do heptacampeão explode e leva embora todas as chances de um oitavo título para o alemão. Antes mesmo de encostar o carro, Schumacher já havia sido superado por Alonso, que agora só precisaria terminar a prova para colocar 10 enormes pontos de vantagem para o piloto da Ferrari. Era o fim do sonho do octocampeonato.

Nada maria nas últimas voltas, e a vitória acabou ficando com Fernando Alonso, que basicamente garantia o bicampeonato e a festa em São Paulo. Felipe Massa e Giancarlo Fisichella completaram o pódio, enquanto Jenson Button, Kimi Räikkönen, Jarno Trulli, Ralf Schumacher e Nick Heidfeld fecharam os oito primeiros lugares.


Alonso saía de Suzuka com dez pontos de vantagem para Schumacher, o que colocou a Renault perto de um bicampeonato de construtores. Felipe Massa recuperou o terceiro posto no campeonato de pilotos, mas agora com apenas um ponto de vantagem para Fisichella. Räikkönen se mantinha em sexto, agora com 61 pontos, e Button na quinta colocação com 50.

Foi a primeira quebra de motor para Michael Schumacher desde o GP da França de 2000.

Naquele dia se completavam seis anos do tricampeonato do alemão na mesma Suzuka, sobre Häkkinen.

Imagens tiradas do Google Imagens - GPExpert.com.br

domingo, 2 de outubro de 2016

10 anos - A última vitória de Schumacher


Ainda é difícil de acreditar que Schumacher enfrente o momento mais difícil de sua vida a mais de 1000 dias. E tudo isso fica ainda pior sabendo que, dez anos atrás, na China, o alemão conquistava sua 91º e última vitória na Fórmula 1. Era a conquista que faltava para que Schumi voltasse a liderar um campeonato de pilotos e se enchesse de confiança para as duas últimas etapas da temporada, em Suzuka e Interlagos.

Naquele primeiro fim-de-semana de outubro de 2006, a circo estava em Xangai para o terceiro GP da China. Apesar de anos de domínio, Michael Schumacher nunca havia conquistado bons resultados no país, colecionando fracassos e alguns de seus piores desempenhos da carreira. E era isso que a Renault iria explorar naquele fim-de-semana. Após perder a liderança do mundial de construtores para a Ferrari, que vinha de duas vitórias em Monza e Istambul, o time francês precisava vencer para estabelecer a confiança de um bicampeonato.

Depois de um empolgante teste na McLaren, Lewis Hamilton foi cotado como substituto de Pedro de la Rosa em Xangai, mas o bom desempenho do espanhol após a saída de Juan Pablo Montoya fez a equipe de Woking mantê-lo como titular até o final do ano. Na Red Bull, mudanças. Sem nenhuma boa performance, Christian Klien foi chutado pelo time austríaco, que buscou na Holanda seu novo piloto: Robert Doornbos.


Nos treinos, enormes problemas para Felipe Massa, Takuma Sato e Christijan Albers. O motor quase indestrutível da Ferrari abriu o bico na sexta (prenuncio de Suzuka?) e obrigou o brasileiro a troca-lo, perdendo assim dez posições no grid de largada. Sato também enfrentou problemas com seu motor Honda, sendo punido da mesma forma. Já Albers, que renovou com a Spyker para 2007, estava abaixo do peso na hora da pesagem nos treinos, tendo seu tempo deletado.

Com mais de meio segundo de vantagem para seu companheiro Fisichella, Fernando Alonso era o poleman na China. A segunda fila era toda da Honda, com Barrichello em terceiro e Button em quarto. Confiante apesar do quinto lugar, Kimi Räikkönen, tendo ao seu lado o heptacampeão Schumacher. Fechando o top ten estavam Pedro de la Rosa, Nick Heidfeld, Robert Kubica e um surpreendente Robert Doornbos.

Scott Speed conseguiu se enfiar entre os carros da Red Bull, na décima primeira posição, enquanto Liuzzi era apenas o décimo terceiro. Webber e Rosberg eram apenas décimo quarto e décimo quinto colocados, com Ralf Schumacher e Jarno Trulli logo atrás. Tiago Monteiro era o melhor num Midland, na décima oitava posição. Sakon Yamamoto e Felipe Massa dividiam a penúltima fila, enquanto Takuma Sato e Christijan Albers partiam do fundo do grid.

Para alegria dos franceses, choveu forte na manhã de domingo, molhando toda a pista e favorecendo os compostos da Michelin, enquanto os Bridgestone, que calçavam inclusive as Ferraris, eram os maiores prejudicados. Tudo apontava para outra vitória de Alonso, que poderia sair de Xangai com uma boa vantagem para Schumacher.

Jenson Button deu show nas últimas voltas da corrida

Na partida, Alonso e Fisichella mantém as posições enquanto Räikkönen faz bela manobra para superar Button e Barrichello, que larga mal e cai para quinto. Kubica e Doornbos vão para o fundo do pelotão depois de um toque, com Scott Speed escapando ileso da situação para assumir o oitavo lugar com Heidfeld em nono e Liuzzi em décimo.

No oitavo giro, Michael Schumacher supera Barrichella e assume o quinto posto, e, mais atrás, Heidfeld retoma o oitavo lugar de Speed. Se recuperando, Felipe Massa já era décimo terceiro colocado na volta doze, tendo ultrapassado Ralf, Trulli, Rosberg e Coulthard. Pressionando Fisichella desde o começo, Räikkönen foi conseguir fazer a manobra sobre o italiano apenas na volta doze, quando Schumacher também superaria Button na disputa pelo quarto posto.

A empolgação de estar se aproximando do líder acabaria quando Räikkönen enfrentasse problemas no acelerador de sua McLaren. Era o fim de uma promissora prova para o finlandês. Na primeira janela de paradas, Fisichella e Schumacher manterão o mesmo jogo de pneus, enquanto Alonso, temendo maiores problemas com o desgaste, trocaria os dianteiros e manteria os traseiros, estratégia que acabaria tirando a vitória do espanhol.

Depois de uma rápida perseguição pelo líder, Giancarlo Fisichella e Michael Schumacher já o tinham na mira na metade da prova. O italiano tentou superar o companheiro na volta 29, mas falhou. No giro seguinte, não desperdiçou a oportunidade e assumiu a liderança, com Schumacher seguindo-o na volta 31. Em três voltas, Alonso caiu de primeiro para terceiro.


Numa estratégia diferente em relação ao do companheiro Button, Barrichello era quarto colocado com Nick Heidfeld em quinto e Pedro de la Rosa em sexto. Na 35º volta, Fernando Alonso faz uma desastrosa parada que custa quase 20s. Lá na frente, Fisichella se mantém na ponta, enquanto é perseguido por Michael Schumacher.

No giro 40, o alemão vai aos boxes trocar para os compostos de pista seca, estratégia que o ajudaria na volta seguinte, quando Fisichella fizesse sua parada. Ainda com os pneus frios, o italiano sofreu para contornar a primeira curva, deixando a porta aberta para que Michael Schumacher assumisse a liderança da corrida. Alonso agora estava numa situação desesperadora na quarta posição.

Após superar Heidfeld, o campeão espanhol fez de tudo para se aproximar de Fisichella, apostando que Flavio Briatore resolvesse as coisas. E na volta 47, o que todos imaginavam se concretizou: Alonso agora era segundo. Mais atrás, Mark Webber superava David Coulthard na batalha pelo oitavo lugar.

Restando menos de 10 voltas para o fim, Michael Schumacher administrou como sempre, mantendo a liderança sem sustos até cruzar a linha de chegada, conquistando sua 91º e última vitória na Fórmula 1. Fernando Alonso e Giancarlo Fisichella completaram o pódio, enquanto a batalha pelo quarto lugar durou até a última volta, quando Button superou Barrichello e Heidfeld, que se tocaram na penúltima curva, para conquistar mais cinco pontos.

Rejuvenescido, Schumacher agora era líder do campeonato

E pela primeira vez desde 2004, Michael Schumacher era líder do campeonato de pilotos, com 116 pontos, o mesmo número de Fernando Alonso, que só não mantinha a ponta por ter menos vitórias do que o alemão. Com o pódio, Fisichella superou Massa e agora era terceiro colocado, um ponto a frente do brasileiro. Mesmo após o abandono, Räikkönen manteve o quinto posto com 57 pontos. Já no campeonato de construtores, a Renault voltou a liderar por 1 ponto sobre a Scuderia Ferrari.

E assim o circo saía de Xangai para Suzuka, com Schumacher mais confiante do que nunca e Alonso tentando se reerguer após outra queda da Renault sob o poderio da Ferrari. Faltando apenas duas etapas para o fim, a temporada de 2006 se tornava uma das melhores da primeira década do novo milênio...

Imagens tiradas do Google Imagens e www.f1-fansite.com/f1-wallpapers/

sábado, 19 de março de 2016

10 Anos - A última vitória de um italiano na Fórmula 1


Após começar de maneira bombástica a temporada de 2005, Giancarlo Fisichella perdeu desempenho monstruosamente, perdendo o posto de primeiro piloto e entregando o título para Fernando Alonso no decorrer do ano. Seus erros e acidentes mostraram ainda mais sua incapacidade de liderar uma equipe de ponta, deixando o espanhol com o caminho livre para começar a temporada de 2006 na ponta.

Depois de vencer o GP do Bahrein, Fernando Alonso se viu na pífia oitava colocação do grid para o GP da Malásia, apenas uma semana depois da prova em Sakhir. Para piorar, Fisichella foi o pole position com um tempo de 1:33.840, colocando Jenson Button no chinelo. A surpresa no ainda novo formato de qualificação ficou por parte de Nico Rosberg, que cravou a terceira colocação na frente de Schumacher e Webber.


Juan Pablo Montoya alinhava em sexto, com Kimi Räikkönen em sétimo e Fernando Alonso em oitavo. Fechando o top ten estavam Christian Klien e Ralf Schumacher. David Coulthard era décimo primeiro, Rubens Barrichello décimo segundo, Jarno Trulli décimo terceiro, Jacques Villeneuve décimo quarto, Nick Heidfeld décimo quinto e Felipe Massa apenas décimo sexto, tendo de largar na vigésima primeira colocação após trocar de motor. O grid era fechado por Scott Speed, Vitantonio Liuzzi, Christijan Albers, Tiago Monteiro, Takuma Sato e Yuji Ide.

No dia da corrida, tempo limpo, sem chances remotas de chuva. Como era de costume, Fernando Alonso fez uma largada espetacular para assumir a terceira colocação, enquanto o jovem Nico Rosberg perdia posições importantes para cair no sétimo posto. Mais atrás, Kimi Räikkönen é atingido por Klien, quebra a suspensão e bate, abandonando a prova... O azar continua para o finlandês.

Kimi Räikkönen continua com azar

Felipe Massa inicia sua forte recuperação, tomando a décima terceira posição de Scott Speed. Tentando se recuperar da péssima partida, Rosberg assume o sexto posto antes de estourar o motor Cosworth de seu Williams. A corrida não estava muito emocionante, com Fisichella liderando Button e Alonso nas primeiras posições e Mark Webber abandonando na décima quinta volta.

Logo, as paradas nos boxes começaram a mexer com as posições, colocando Jenson Button momentaneamente na liderança da prova. Na trigésima volta, a classificação dos dez primeiros é a seguinte: Fisichella, Button, Alonso, Montoya, Heidfeld, Schumacher, Barrichello, Massa, Villeneuve e Trulli. Enquanto seu companheiro disputa pelo pódio, o brasileiro da Honda é obrigado a fazer um stop go após exceder o limite de velocidade nos boxes.


Na volta 39 é a vez de Fisichella fazer sua última parada, dando chances para Alonso voltar a frente de Button, que agora enfrenta retardatários. Alguns giros depois, o espanhol vai para os boxes e retorna à pista na frente do inglês, encaminhando uma dobradinha da Renault em Sepang. Outro piloto que não se deu bem com essa segunda rodada de paradas foi Michael Schumacher, que perdeu o sexto posto para Felipe Massa.

Para acabar com a monotonia as últimas voltas, Nick Heidfeld perdeu seu motor enquanto era quinto colocado, colocando Massa numa posição ainda mais confortável, mesmo com a pressão de ter Schumacher logo atrás. No fim, foi Giancarlo Fisichella o vencedor do GP da Malásia de 2006, se tornando o último piloto italiano a vencer um Grande Prêmio de Fórmula 1.

Fernando Alonso completou em segundo para a alegria da Renault, enquanto Jenson Button fechou o pódio. Montoya foi quarto, com Massa em quinto, Schumacher em sexto, Jacques Villeneuve em sétimo e Ralf Schumacher conquistando um misericordioso ponto após partir da última colocação do grid.


No campeonato de pilotos, o campeão se mantinha na liderança com 18 pontos, sete a mais do que Schumacher e Button que dividem o segundo lugar. Giancarlo Fisichella é quarto com 10 pontos e Juan Pablo Montoya é quinto com 9. Já na tabela de construtores, a Renault já coloca 13 pontos na frente da Ferrari.

A próxima prova seria daqui a duas semanas, em Albert Park. Até lá, Fisichella tentaria recuperar a confiança para se tornar um piloto de ponta numa equipe que dava essas condições...

E pensar que, há meros 50 anos até aquele dia, a Itália dominava a Fórmula 1...

Imagens tiradas do GPExpert.com.br - f1-fansite.com/f1-wallpapers

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Os Jejuns da F-1

Fisico comemora sua última vitória na F-1, na Malásia em 2006
Vou fazer mais um post para hoje, falando sobre o jejum, seja de título, seja de vitória de alguns países. É claro que os brasileiro reclamam por não ver um outro BR vencer o Mundial, mas eles deveria agradecer por não estar em um jejum como o dos italianos ou dos argentinos.

Itália: Quando se fala da Itália na F-1, a primeira coisa que vem na mente é a Ferrari, mas em relação aos pilotos, que atualmente o país nem tem no grid, mau lembramos de alguns, talvez de Jarno Trulli e Giancarlo Fisichella. O último grande nome que poderia ter dado um título ao seu país foi Michele Alboreto, que em 1985 chegou a liderar o campeonato.

A última vitória do país dos tifosi foi em 2006 com Giancarlo Fisichella no GP da Malásia, e o último título foi em 1953, isso mesmo, há 61 anos, com Alberto Ascari. Então você deve pensar na tristeza dos italianos em relação aos seus pilotos, mas pelo menos eles tem a Ferrari para se alegrar.

José Froilan Gonzalez conquistando a primeira vitória da Ferrari na F-1

Argentina: Para nós brasileiros, a Argentina é nosso rival, nosso inimigo, mas é porque somos o "país do futebol", onde a rivalidade é tão pequena quanto a repercussão. Mas fora do futebol, Brasil e Argentina poderiam se considerar amigos, porque quase tudo que aprendemos sobre o automobilismo veio dos hermanos. Atualmente nós temos Nasr e Massa, mas a Argentina não tem nem sequer um piloto na categoria máxima do automobilismo.

O último deles foi Gáston Mazzacane, que correu a temporada de 2000 pela Minardi e apenas 4 provas pela Prost em 2001, depois disso jamais vimos um argentino passar perto de colocar seu carro na F-1. A última vitória veio com Carlos Reutemann no GP da Bélgica de 1981, ou seja, há 34 anos. Agora vamos para o último título, que é claro, foi conquistado por Juan Manuel Fangio em 1957, há meros 58 anos atrás.

E pensar que já houve uma década dominada por argentinos e italianos, Juan Manuel Fangio, José Froilan Gonzalez, Onofre Marimon, Giuseppe Farina, Alberto Ascari e Luigi Fagioli. Todos disputando títulos e vitórias, sem temer nenhum britânico ou alemão, quanto menos brasileiros ou filandeses.

Olivier Panis no GP de Mônaco de 1996, última vitória francesa na F-1
França: França no futebol é um dos maiores, senão o maior, carrasco do Brasil. A França na F-1 é rival do Brasil, graças á uma disputa. Atualmente a França tem Romain Grosjean como representante, mas já houve uma época em que os franceses duelavam com os britânicos para ver que tem mais pilotos na F-1.

A última vitória completou 19 anos há alguns dias, no GP de Mônaco de 1996, com Olivier Panis levando sua Ligier á uma fantástica vitória quase que em casa. O último título foi conquistado por Alain Prost, em 1993, há 22 anos atrás. Depois disso o país ainda vibrou com a vitória de Alesi no Canadá e do próprio Panis em Mônaco, só! Agora eles esperam que a sorte sorria para Grosjean, e que ele consiga arrancar uma vitória o mais rápido possível.

Nelson Piquet, o primeiro tricampeão brasileiro

Brasil: O nosso "brasilzão" também está em jejum, não é verdade? Tendo Felipe Massa e Felipe Nasr nessa temporada, os brasileiros não veem uma sequer vitória em mais de 5 anos, e a última não nem sequer conquistada por Massa, e sim por Barrichello, no GP da Itália de 2009. As nossas esperanças estão em três nomes, sendo que dois deles são famosos. Felipe Nasr, Pietro Fittipaldi e Pedro Piquet.

O Brasil tem 8 títulos na categoria, dois de Fittipaldi em 1972 e 1974, três de Piquet em 1981, 1983 e 1987 e outros três de Senna em 1988, 1990 e 1991, esse último se tornou o último do Brasil na categoria. Já chegamos perto de ser campeões novamente, com o Massa em 2008, mas isso já virou passado, devemos olhar para o futuro e se preocupar com o que vai vim adiante.

Dan Gurney

Estados Unidos: Ok, os EUA não são não ligados com a F-1, mas mesmo assim contam, especialmente por causa de um nome: Mario Andretti. É claro que eles já tiveram pilotos como Phil Hill e Dan Gurney, mas Mario é mais famoso por ser o campeão mais novo e também pelo modo que foi. O último piloto do país da América do Norte foi Scott Speed, que correu na Toro Rosso.

A última vitória foi conquistada com o próprio Mario Andretti na Holanda em 1978, o mesmo ano do último título da "américa" na F-1. De resto, os EUA abandonaram a categoria, e o último piloto mais decente que passou por ela foi Eddie Cheever, que como Andretti, tinha vários laços com a Itália.

Ronnie Peterson no GP da Áustria de 1978, última vitória sueca

Suécia: Nesse ano, Marcus Ericsson levou sua país de volta aos pontos depois de 21 anos de jejum. Mas ele dificilmente conseguirá um pódio com seu carro da Sauber. Os três grandes nomes suecos da história da F-1 são Ronnie Peterson, Gunnar Nilsson e Stefan Johansson, e apenas um deles venceu algum Grande Prêmio, e foi o nosso querido Ronnie, que há 37 anos venceu o GP da Áustria de 1978.

O último pódio da Suécia foi com Johansson, e de maneira incrível. Depois de correr pela Ligier em 1988, ele partiu para a estreante Onyx em 1989. O carro não era aquelas coisas, mas quando eles chegaram no meio da temporada a equipe deu um boom e começou a crescer, á ponto de superar a Brabham. O pico de crescimento foi em Portugal, quando Stefan foi o 3º...

Jack Brabham, o primeiro campeão (tricampeão) australiano

Austrália: Nos últimos anos ela teve um piloto no primeiro pelotão, Mark Webber, e agora tem Daniel Ricciardo. Eles viram seu piloto do grande sorriso comemorar três vezes no ano passado, mas ele passou longe de um título. A última vez em que um australiano chegou na última corrida com chances de título foi Mark Webber em 2010, e a última vez que conquistaram o título foi com Alan Jones em 1980... E pensar que o país tem 4 títulos.

Esses são alguns paises que estão em jejum na F-1, espero que tenham gostado, se lembrar de mais algum comente... e quem sabe sai a parte 2?

Imagens tiradas do Google Imagens