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domingo, 2 de outubro de 2016

10 anos - A última vitória de Schumacher


Ainda é difícil de acreditar que Schumacher enfrente o momento mais difícil de sua vida a mais de 1000 dias. E tudo isso fica ainda pior sabendo que, dez anos atrás, na China, o alemão conquistava sua 91º e última vitória na Fórmula 1. Era a conquista que faltava para que Schumi voltasse a liderar um campeonato de pilotos e se enchesse de confiança para as duas últimas etapas da temporada, em Suzuka e Interlagos.

Naquele primeiro fim-de-semana de outubro de 2006, a circo estava em Xangai para o terceiro GP da China. Apesar de anos de domínio, Michael Schumacher nunca havia conquistado bons resultados no país, colecionando fracassos e alguns de seus piores desempenhos da carreira. E era isso que a Renault iria explorar naquele fim-de-semana. Após perder a liderança do mundial de construtores para a Ferrari, que vinha de duas vitórias em Monza e Istambul, o time francês precisava vencer para estabelecer a confiança de um bicampeonato.

Depois de um empolgante teste na McLaren, Lewis Hamilton foi cotado como substituto de Pedro de la Rosa em Xangai, mas o bom desempenho do espanhol após a saída de Juan Pablo Montoya fez a equipe de Woking mantê-lo como titular até o final do ano. Na Red Bull, mudanças. Sem nenhuma boa performance, Christian Klien foi chutado pelo time austríaco, que buscou na Holanda seu novo piloto: Robert Doornbos.


Nos treinos, enormes problemas para Felipe Massa, Takuma Sato e Christijan Albers. O motor quase indestrutível da Ferrari abriu o bico na sexta (prenuncio de Suzuka?) e obrigou o brasileiro a troca-lo, perdendo assim dez posições no grid de largada. Sato também enfrentou problemas com seu motor Honda, sendo punido da mesma forma. Já Albers, que renovou com a Spyker para 2007, estava abaixo do peso na hora da pesagem nos treinos, tendo seu tempo deletado.

Com mais de meio segundo de vantagem para seu companheiro Fisichella, Fernando Alonso era o poleman na China. A segunda fila era toda da Honda, com Barrichello em terceiro e Button em quarto. Confiante apesar do quinto lugar, Kimi Räikkönen, tendo ao seu lado o heptacampeão Schumacher. Fechando o top ten estavam Pedro de la Rosa, Nick Heidfeld, Robert Kubica e um surpreendente Robert Doornbos.

Scott Speed conseguiu se enfiar entre os carros da Red Bull, na décima primeira posição, enquanto Liuzzi era apenas o décimo terceiro. Webber e Rosberg eram apenas décimo quarto e décimo quinto colocados, com Ralf Schumacher e Jarno Trulli logo atrás. Tiago Monteiro era o melhor num Midland, na décima oitava posição. Sakon Yamamoto e Felipe Massa dividiam a penúltima fila, enquanto Takuma Sato e Christijan Albers partiam do fundo do grid.

Para alegria dos franceses, choveu forte na manhã de domingo, molhando toda a pista e favorecendo os compostos da Michelin, enquanto os Bridgestone, que calçavam inclusive as Ferraris, eram os maiores prejudicados. Tudo apontava para outra vitória de Alonso, que poderia sair de Xangai com uma boa vantagem para Schumacher.

Jenson Button deu show nas últimas voltas da corrida

Na partida, Alonso e Fisichella mantém as posições enquanto Räikkönen faz bela manobra para superar Button e Barrichello, que larga mal e cai para quinto. Kubica e Doornbos vão para o fundo do pelotão depois de um toque, com Scott Speed escapando ileso da situação para assumir o oitavo lugar com Heidfeld em nono e Liuzzi em décimo.

No oitavo giro, Michael Schumacher supera Barrichella e assume o quinto posto, e, mais atrás, Heidfeld retoma o oitavo lugar de Speed. Se recuperando, Felipe Massa já era décimo terceiro colocado na volta doze, tendo ultrapassado Ralf, Trulli, Rosberg e Coulthard. Pressionando Fisichella desde o começo, Räikkönen foi conseguir fazer a manobra sobre o italiano apenas na volta doze, quando Schumacher também superaria Button na disputa pelo quarto posto.

A empolgação de estar se aproximando do líder acabaria quando Räikkönen enfrentasse problemas no acelerador de sua McLaren. Era o fim de uma promissora prova para o finlandês. Na primeira janela de paradas, Fisichella e Schumacher manterão o mesmo jogo de pneus, enquanto Alonso, temendo maiores problemas com o desgaste, trocaria os dianteiros e manteria os traseiros, estratégia que acabaria tirando a vitória do espanhol.

Depois de uma rápida perseguição pelo líder, Giancarlo Fisichella e Michael Schumacher já o tinham na mira na metade da prova. O italiano tentou superar o companheiro na volta 29, mas falhou. No giro seguinte, não desperdiçou a oportunidade e assumiu a liderança, com Schumacher seguindo-o na volta 31. Em três voltas, Alonso caiu de primeiro para terceiro.


Numa estratégia diferente em relação ao do companheiro Button, Barrichello era quarto colocado com Nick Heidfeld em quinto e Pedro de la Rosa em sexto. Na 35º volta, Fernando Alonso faz uma desastrosa parada que custa quase 20s. Lá na frente, Fisichella se mantém na ponta, enquanto é perseguido por Michael Schumacher.

No giro 40, o alemão vai aos boxes trocar para os compostos de pista seca, estratégia que o ajudaria na volta seguinte, quando Fisichella fizesse sua parada. Ainda com os pneus frios, o italiano sofreu para contornar a primeira curva, deixando a porta aberta para que Michael Schumacher assumisse a liderança da corrida. Alonso agora estava numa situação desesperadora na quarta posição.

Após superar Heidfeld, o campeão espanhol fez de tudo para se aproximar de Fisichella, apostando que Flavio Briatore resolvesse as coisas. E na volta 47, o que todos imaginavam se concretizou: Alonso agora era segundo. Mais atrás, Mark Webber superava David Coulthard na batalha pelo oitavo lugar.

Restando menos de 10 voltas para o fim, Michael Schumacher administrou como sempre, mantendo a liderança sem sustos até cruzar a linha de chegada, conquistando sua 91º e última vitória na Fórmula 1. Fernando Alonso e Giancarlo Fisichella completaram o pódio, enquanto a batalha pelo quarto lugar durou até a última volta, quando Button superou Barrichello e Heidfeld, que se tocaram na penúltima curva, para conquistar mais cinco pontos.

Rejuvenescido, Schumacher agora era líder do campeonato

E pela primeira vez desde 2004, Michael Schumacher era líder do campeonato de pilotos, com 116 pontos, o mesmo número de Fernando Alonso, que só não mantinha a ponta por ter menos vitórias do que o alemão. Com o pódio, Fisichella superou Massa e agora era terceiro colocado, um ponto a frente do brasileiro. Mesmo após o abandono, Räikkönen manteve o quinto posto com 57 pontos. Já no campeonato de construtores, a Renault voltou a liderar por 1 ponto sobre a Scuderia Ferrari.

E assim o circo saía de Xangai para Suzuka, com Schumacher mais confiante do que nunca e Alonso tentando se reerguer após outra queda da Renault sob o poderio da Ferrari. Faltando apenas duas etapas para o fim, a temporada de 2006 se tornava uma das melhores da primeira década do novo milênio...

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sábado, 30 de julho de 2016

10 anos - A última vitória de Schumacher na Alemanha


Fernando Alonso parecia imbatível até aquele momento do campeonato. Mas, uma reviravolta colocaria a emoção que faltou na Fórmula 1 dos seis anos anteriores. E o mais incrível: Schumacher traria de volta esse ingrediente que sagrou a categoria como a melhor do esporte a motor. Após duas conquistas seguidas, o alemão chegava ao GP da Alemanha confiante em busca de uma terceira vitória consecutiva, algo que Alonso temia.

Os treinos em Hockenheim foram um tanto quanto interessantes. Depois de fazerem todo o possível para estarem entre os primeiros na casa da Renault, Alonso e Fisichella enfrentaram dificuldades em solo alemão, com Kimi Räikkönen levando a melhor com seu McLaren Mercedes. Acompanhando o finlandês na primeira fila, ele, Michael Schumacher, de volta a luta pelo título.

Fazendo sua parte, Felipe Massa largava em terceiro, com Jenson Button ao seu lado. Durante todo o fim-de-semana, Giancarlo Fisichella foi superior á Fernando Alonso, que conseguiu um mero sétimo lugar no grid enquanto o companheiro era quinto. Entre eles, Rubens Barrichello de Honda. Fechando o top ten estavam Ralf Schumacher, Pedro de la Rosa e David Coulthard.

Na casa da Mercedes, Kimi trabalhou bem para alegrar a equipe

Sofrendo com a falta de equipamento, Mark Webber partia apenas na décima primeira posição, ao lado de de Christian Klien. Jarno Trulli marcou o décimo terceiro tempo, mas seria punido com dez posições após trocar de motor. Villeneuve foi o melhor da BMW, com o décimo quarto lugar. Heidfeld foi apenas o décimo sexto, deixando Nico Rosberg entre ele e seu companheiro de equipe. Fechando o grid estavam Vitantonio Liuzzi, Christijan Albers, Takuma Sato, Tiago Monteiro, o estreante Sakon Yamamoto e Scott Speed.

No domingo, o céu aberto indicava nenhuma possibilidade de chuva. Na partida, Räikkönen tomou a ponta com Schumacher em segundo e Massa em terceiro. Apesar de ter pulado bem, Button contornou mal a primeira curva e perdeu o quarto posto para Fisichella, enquanto Alonso tomava o sexto lugar de Barrichello, que caiu para nono. De décimo primeiro, Mark Webber agora era sétimo.

Alonso sofreu dificuldades durante todo o fim-de-semana

Ainda na primeira volta, Nico Rosberg bateria na entrada do Estádio. Logo depois, Button já recuperava o quarto posto de Fisichella. Quem não gostou nenhum pouco do primeiro giro foi o time da BMW, que viu seus dois carros se envolverem em acidentes e caírem para as últimas posições. de la Rosa seria obrigado a abandonar com problemas em seu McLaren, enquanto, lá na frente, Räikkönen resistia à pressão da dupla ferrarista.

Na volta dez, o finlandês foi aos boxes para sua parada de troca de pneus e reabastecimento, sofrendo problemas que colocavam sua liderança e até seu pódio em risco. O próximo ponteiro a parar seria Jenson Button, que até voltaria atrás de Räikkönen, mas tomaria o sexto posto do finlandês na volta seguinte, enquanto Barrichello, logo após sair dos boxes, amargava outro abandono por causa do motor Honda.

Schumacher e Massa fizeram suas paradas e mantiveram a liderança, enquanto Räikkönen amargava um fraco quinto lugar mesmo após Fisichella e Alonso pararem. O italiano teve sorte, mas o espanhol ficaria preso atrás do tráfego e teria sua corrida ainda mais comprometida. Na terceira posição, Mark Webber fazia o impossível com sua Williams Cosworth. Na vigésima oitava volta o australiano foi aos boxes, da mesma forma que Kimi Räikkönen voltaria a fazer uma parada.

Villeneuve fecharia sua carreira na F1 com um acidente

Webber voltou entre os carros da Renault, enquanto o finlandês caiu para o sétimo posto, logo atrás do atual campeão. Dez voltas depois, Fisichella enfrentaria problemas em sua parada e perderia a posição para Fernando Alonso. Jogo de equipe por parte da Renault? Logo depois foi a vez de Jenson Button fazer sua segunda passagem pelos boxes, voltando na quinta posição, atrás de Räikkönen.

Após os lideres fecharem seu programa de paradas com a segunda de Massa e Schumacher, a corrida já estava definida, pelo menos nas duas primeiras posições. Com uma interessante estratégia, Mark Webber só faria sua última parada nas últimas 20 voltas, retornando à pista na quinta posição e com grandes chances de pódio. Na volta 55, Räikkönen faria sua terceira e última parada voltando lado a lado com o australiano, que não conseguiria a ultrapassagem e se manteria em quinto.

A batalha agora era pelo último lugar do pódio. Jenson Button não pararia mais, enquanto, com pneus mais novos, Kimi Räikkönen e Mark Webber perseguiriam o inglês. Infelizmente, o pacote Williams-Cosworth voltaria a trair o australiano, que abandonaria nas últimas voltas, enquanto o finlandês superava o piloto da Honda e caminhava para seu terceiro pódio em cinco provas.


No fim, Michael Schumacher voltou a erguer os dois braços para comemorar outra vitória na Fórmula 1, a 89º e antepenúltima de sua carreira. Felipe Massa fez sua parte e terminou em segundo, com o guerreiro Kimi Räikkönen finalizando em terceiro mesmo com uma fraca estratégia de três paradas. Os lugares pontuáveis seriam fechados por Button, Alonso, Fisichella, Trulli e Klien.

No campeonato de pilotos, Schumi ficou apenas 11 pontos atrás de Fernando Alonso, esquentando a disputa pelo título. Com o segundo lugar, Felipe Massa superou Räikkönen e Fisichella, tomando o terceiro lugar com 50 pontos. Montoya ainda era sexto com 26 pontos, enquanto Button tinha 21 e Barrichello apenas 16. Fechando os dez melhores colocados na tabela, Ralf e Nika Heidfeld tinham 13.


No campeonato de construtores, outra dobradinha da Ferrari colocou a equipe perto de tomar a liderança da Renault, com a McLaren isolada na terceira posição. A Honda tinha 37 pontos e era quarta colocada, com Toyota e BMW lutando pelo quinto posto. A equipe alemã voltaria a crescer no campeonato após substituir Jacques Villeneuve por Robert Kubica, assim, o GP da Alemanha de 2006 foi o último do campeão da temporada de 1997 da Fórmula 1.

E para mim, a corrida foi mais que especial. O GP da Alemanha de 2006 é a primeira lembrança que tenho de uma corrida de Fórmula 1. Posso me lembrar das milhares de vezes que pedi ao meu pai para que me acordasse cedo para acompanhar um grande prêmio antes disso, mas a primeira lembrança de estar assistindo verdadeiramente uma corrida de Fórmula 1 vem de Hockenheim. De Schumacher cruzando a linha de chegada. Daquele carro vermelho. Daquele hino italiano. Daquele carro prata. Daquele hino alemão. De 10 anos atrás...

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domingo, 3 de abril de 2016

10 Anos - Erro que custou oitavo título


Há dez anos os pilotos estavam em Albert Park para a terceira etapa da temporada de 2006. Pela primeira vez, Melbourne não sediava a abertura do campeonato mundial, mas mesmo assim o GP da Austrália estava prestes a se tornar um dos mais importantes para o resultado final da disputa entre Michael Schumacher e Fernando Alonso naquele ano.

Nos treinos, a Honda viveu a decepção de ver Rubens Barrichello fora do Q2 e a euforia de acompanhar a primeira pole position de Jenson Button. A Renault foi surpreendida pelo ótimo desempenho dos japoneses, colocando Fisichella na segunda posição e Alonso na terceira. Räikkönen era quarto, Montoya quinto, Ralf Schumacher sexto, Webber sétimo, Heidfeld oitavo, Villeneuve nono e Trulli no décimo posto do grid.

Michael Schumacher era apenas décimo primeiro, com Felipe Massa na décima sexta colocação. Entre eles estavam David Coulthard, Vitantonio Liuzzi, Christian Klien e Nico Rosberg. Nas últimas posições: Albers, Speed, Monteiro, Sato e, obviamente, Yuji Ide. O tempo no dia da corrida era fechado, mas as chances de chuva eram baixas.



Na primeira partida, Montoya e Fisichella enfrentam problemas que adiam a largada para a próxima volta, onde Felipe Massa acabaria encaixotado por Klien e Rosberg, batendo logo depois da curva um. Jarno Trulli forçaria em David Coulthard, tocando no escocês, que continua, enquanto o italiano obriga a entrada do Safety Car.

Após três voltas atrás do carro de segurança, os pilotos voltam a acelerar no Albert Park com Fernando Alonso tomando a ponta de Jenson Button e Ralf Schumacher sendo duplamente superado por Webber e Montoya. Mais atrás, Giancarlo Fisichella inicia sua recuperação enquanto Christian Klien perde posições antes de se chocar com o muro, muito provavelmente por causa de uma suspensão avariada em seu Red Bull.

A corrida continua por mais duas voltas antes da volta do SC. Após ser ultrapassado por Alonso na primeira relargada, Button seria a vitima de Kimi Räikkönen na segunda saída do Safety Car, perdendo a segunda posição para o finlandês. Mais atrás, Fisichella ultrapassaria Coulthard, Sato e Barrichello para assumir o décimo segundo posto.



Na volta seguinte, surpresa com Vitantonio Liuzzi passando por Michael Schumacher, tomando o oitavo lugar do alemão. Tentando ultrapassar Button, Montoya vai aos boxes uma volta antes do inglês, superando o piloto da Honda após este fazer sua parada. No vigésimo terceiro giro, Webber abandona enquanto era líder da prova graças as paradas dos ponteiros.


Se beneficiando de estratégias completamente diferentes, Heidfeld e Schumacher ganham posições valiosas após voltarem dos boxes. Nesse período, a classificação era a seguinte: Alonso primeiro, segundo Räikkönen, terceiro Montoya, quarto Heidfeld, quinto Button, sexto Schumacher, sétimo Villeneuve e oitavo Ralf, fechando os lugares pontuáveis. O alemão da Ferrari perseguia o poleman, quando cometeu um erro que seria fatal na decisão do campeonato.

Schumacher espalhou na saída da última curva, se atrapalhou na grama e foi para o muro, abandonando após destruir sua Ferrari. O Safety Car voltaria a pista num momento de tensão, com vários retardatários entre os ponteiros, algo que poderia beneficiar alguns como também poderia prejudicar outros. Foi o caso de Nick Heidfeld, que atrapalhado pelos Midlands, perdeu a posição para Räikkönen e Ralf Schumacher, que foi extremamente beneficiado na relargada.

Vitantonio Liuzzi bateu enquanto disputava posição com Villeneuve, causando uma leve confusão que custou boas posições para alguns pilotos. Ralf agora era terceiro, logo atrás de Räikkönen e Alonso no retorno do Safety Car. Poucas voltas depois, Alonso novamente pularia na ponta para não ser ameaçado mais, enquanto Räikkönen não teria dificuldades para segurar a Toyota de Schumacher.



Tentando se aproximar do alemão, Montoya enfrentaria problemas eletrônicos em sua McLaren, deixando as últimas voltas ainda mais monótonas. No último giro, Fisichella ainda disputa o quinto posto com Button, mas parecia ser impossível uma manobra do italiano naquele momento da prova. Fernando Alonso cruzou a linha de chegada em primeiro, vencendo mais uma vez na temporada, enquanto Räikkönen e Ralf fecharam e pódio.

E quando mais ninguém apostava em surpresas, eis que o motor Honda de Jenson Button vai pelos ares. Fisichella superaria o britânico, conquistando o quinto posto, enquanto o piloto do time japonês teria de se contentar com o péssimo décimo lugar que na época ainda não dava ponto. Scott Speed se beneficiou para terminar em oitavo, mas uma punição de 25s deu o último lugar pontuável para Coulthard.



Assim terminara o GP da Austrália de 2006, com Fernando Alonso no topo mais uma vez e Schumacher cometendo um erro que seria fatal na decisão do campeonato. Em contrapartida para a família mais vitoriosa da Fórmula 1, Ralf conquistou seu último pódio na categoria, dando uma das poucas alegrias da Toyota em 2006.

Após Albert Park, o campeonato estaria nas mãos da dupla da Renault enquanto Räikkönen, Schumacher e Button parecem estar longe de atingirem o real potencial de seus carros. A próxima etapa seria daqui duas semanas, em Imola, na última edição do GP de San Marino. Até lá, a Ferrari precisaria acertar-se caso quisesse alcançar a Renault.

Imagens tiradas do F1-fansite.com

Pré-Corrida: Sakhir desde 2004


Um autódromo belíssimo montado sobre as areias do Bahrein, com um traçado atraente que muitas vezes proporciona provas emocionantes e um cenário que a cada ano vislumbra ainda mais os espectadores. A noite no deserto pode ser fria, mas é linda quando você está num lugar como esse. Horas antes do início da corrida, que tal relembrar como foram as edições do GP do Bahrein?

2004: No meio do nada, o GP foi realizado logo após as pouco emocionantes provas na Austrália e na Malásia. O domínio de Michael Schumacher, Rubens Barrichello e Ferrari estavam maiores do que nunca, e agora não tinham ninguém para realmente desafia-los. Enquanto a McLaren se contorcia em busca de pontos, a Williams viu Montoya perder um pódio para Jenson Button, que com sua BAR já havia conquistado seu primeiro top three na prova anterior. Em 2004, a vitória ficou, obviamente, para Schumacher.


2005: Agora sem muito brilho, a Ferrari tenta voltar ao topo após Fernando Alonso e Giancarlo Fisichella começarem com força a temporada de 2005. O espanhol não enfrentaria dificuldades para vencer a prova, enquanto Michael Schumacher abandonou as chances de conquistar um pódio após sua Ferrari enfrentar problemas hidráulicos. Quem teve mais sorte em 2005 foi Kimi Räikkönen, que mesmo com uma pouco confiável McLaren conseguiu um terceiro lugar logo atrás do surpreendente Jarno Trulli. A Toyota evoluía...


2006: Depois de sorte, azar para Räikkönen em 2006, batendo nos treinos e sendo obrigado a largar na última posição. Na primeira fila, a nova dupla da Ferrari parecia confiante para desbancar a Renault de Fernando Alonso, mas o espanhol estaria lá para estragar a festa italiana. Depois de superar Massa na largada, o piloto da equipe francesa ainda passaria por Michael Schumacher para vencer pela segunda vez em Sakhir. Depois de largar em último, Kimi Räikkönen conquistou a ótima terceira colocação.


2007: Já com mais experiência, Felipe Massa teve um desempenho impecável em 2007, vencendo sem deixar duvidas sobre sua real capacidade numa Ferrari. Mesmo após ter largado melhor do que Räikkönen, Alonso, correndo pela McLaren, não teve a mesma sorte dos anos anteriores, terminando apenas na quinta colocação enquanto seu companheiro, Lewis Hamilton, fechava no segundo posto.


2008: Largando na pole position para a BMW, Robert Kubica tinha sua primeira grande chance de vencer na Fórmula 1, porém as implacáveis Ferraris estragaram a festa do polonês, que se contentou com um misero terceiro lugar. Lewis Hamilton estava num de seus piores fins de semana, cometendo erros que custaram até mesmo um top ten. Mesmo com Räikkönen sempre escoltando, à espreita por qualquer erro, Felipe Massa conquistou sua segunda vitória consecutiva no Bahrein.


2009: Jarno Trulli e Timo Glock formavam a primeira fila para a alegria da Toyota, que finalmente via a sua melhor chance de vencer na Fórmula 1. Porém, com o decorrer da prova, o vexame foi pintado novamente, com Glock perdendo a ponta e Trulli não sendo capaz de batalhar contra a Brawn de Jenson Button, que largou em quarto antes de vencer sua terceira prova na temporada. Mais atrás, a prova foi marcada também pelas intensas disputas por posição.


2010: 24 pilotos, 12 equipes e apenas um título. O belo grid de 2010 faria qualquer fã da era mais idolatrada da Fórmula 1 abrir um enorme sorriso. Mesmo com as visíveis deficiências das equipes Lotus, Virgin e Hispania, a prova ficou mais marcada pelo retorno da Mercedes-Benz à competição, depois de passar mais de 50 anos fora. Apesar de ter um dupla formada por Schumacher e Rosberg, o time alemão não tinha condições de batalhar pela vitória que ficou com Fernando Alonso, agradecido aos problemas enfrentados por Vettel perto do fim da corrida.


2012: A tensões de 2011 para a não-realização da prova foram fortes o suficientes para que o circo não viajasse para o Bahrein. Assim, os pilotos e as equipes só estavam de volta no ano seguinte, quando a nova Lotus estava se estabelecendo como equipe de médio-grande porte. Na corrida, Kimi Räikkönen deu show em seu retorno ao deserto barenita, saindo do décimo primeiro posto para terminar em segundo. Outro piloto que voltou a fazer as pazes com o sucesso foi Sebastian Vettel, que finalmente venceu sua primeira prova em 2012. Destaque também para Romain Grosjean, que não cometeu erros para conquistar seu primeiro pódio.


2013: Com uma Mercedes crescendo cada vez mais, Sebastian Vettel não enfrenta muitas dificuldades para vencer no Bahrein, especialmente após os carros alemães demostrarem sérios problemas envolvendo o desgaste dos pneus. Quem surpreendeu a todos foi Paul di Resta, que batalhou pelo pódio ao lado de Kimi Räikkönen e Mark Webber antes de perde-lo para Romain Grosjean. O top three da prova acabou sendo o mesmo da corrida de 2012.


2014: No 900º GP, e claramente um dos melhores da história da Fórmula 1, Lewis Hamilton e Nico Rosberg finalmente disputam pela vitória mano-a-mano, com o britânico conquistando o primeiro lugar de maneira incrível. Na disputa por pódio e pelas demais colocações, batlhas e mais batalhas que esquentaram todas as 57 voltas da primeira prova noturna no Bahrein. Todos os pilotos gostaram, todas as equipes gostaram e os fãs amaram...


2015: Depois de Sebastian Vettel vencer na Malásia, a edição de 2014 voltaria a ter uma versão um pouco mais "light" em 2015, com a dupla da Ferrari surpreendendo os homens da Mercedes. Hamilton venceu mais uma, enquanto Vettel ficou preso atrás de Bottas para entregar o segundo posto para Kimi Räikkönen. Afundando em crise, Nico Rosberg ficou apenas na terceira colocação. Apesar de menos disputas em relação ao ano anterior, a prova ficou marcada pelos shows das faíscas que voltaram à Fórmula 1.

Daqui a pouco veremos o que a categoria poderá nos dar na 12º edição do GP do Bahrein, e caso seja como ou melhor do que o GP da Austrália, já sabemos que há boa coisa por vim...

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sábado, 19 de março de 2016

10 Anos - A última vitória de um italiano na Fórmula 1


Após começar de maneira bombástica a temporada de 2005, Giancarlo Fisichella perdeu desempenho monstruosamente, perdendo o posto de primeiro piloto e entregando o título para Fernando Alonso no decorrer do ano. Seus erros e acidentes mostraram ainda mais sua incapacidade de liderar uma equipe de ponta, deixando o espanhol com o caminho livre para começar a temporada de 2006 na ponta.

Depois de vencer o GP do Bahrein, Fernando Alonso se viu na pífia oitava colocação do grid para o GP da Malásia, apenas uma semana depois da prova em Sakhir. Para piorar, Fisichella foi o pole position com um tempo de 1:33.840, colocando Jenson Button no chinelo. A surpresa no ainda novo formato de qualificação ficou por parte de Nico Rosberg, que cravou a terceira colocação na frente de Schumacher e Webber.


Juan Pablo Montoya alinhava em sexto, com Kimi Räikkönen em sétimo e Fernando Alonso em oitavo. Fechando o top ten estavam Christian Klien e Ralf Schumacher. David Coulthard era décimo primeiro, Rubens Barrichello décimo segundo, Jarno Trulli décimo terceiro, Jacques Villeneuve décimo quarto, Nick Heidfeld décimo quinto e Felipe Massa apenas décimo sexto, tendo de largar na vigésima primeira colocação após trocar de motor. O grid era fechado por Scott Speed, Vitantonio Liuzzi, Christijan Albers, Tiago Monteiro, Takuma Sato e Yuji Ide.

No dia da corrida, tempo limpo, sem chances remotas de chuva. Como era de costume, Fernando Alonso fez uma largada espetacular para assumir a terceira colocação, enquanto o jovem Nico Rosberg perdia posições importantes para cair no sétimo posto. Mais atrás, Kimi Räikkönen é atingido por Klien, quebra a suspensão e bate, abandonando a prova... O azar continua para o finlandês.

Kimi Räikkönen continua com azar

Felipe Massa inicia sua forte recuperação, tomando a décima terceira posição de Scott Speed. Tentando se recuperar da péssima partida, Rosberg assume o sexto posto antes de estourar o motor Cosworth de seu Williams. A corrida não estava muito emocionante, com Fisichella liderando Button e Alonso nas primeiras posições e Mark Webber abandonando na décima quinta volta.

Logo, as paradas nos boxes começaram a mexer com as posições, colocando Jenson Button momentaneamente na liderança da prova. Na trigésima volta, a classificação dos dez primeiros é a seguinte: Fisichella, Button, Alonso, Montoya, Heidfeld, Schumacher, Barrichello, Massa, Villeneuve e Trulli. Enquanto seu companheiro disputa pelo pódio, o brasileiro da Honda é obrigado a fazer um stop go após exceder o limite de velocidade nos boxes.


Na volta 39 é a vez de Fisichella fazer sua última parada, dando chances para Alonso voltar a frente de Button, que agora enfrenta retardatários. Alguns giros depois, o espanhol vai para os boxes e retorna à pista na frente do inglês, encaminhando uma dobradinha da Renault em Sepang. Outro piloto que não se deu bem com essa segunda rodada de paradas foi Michael Schumacher, que perdeu o sexto posto para Felipe Massa.

Para acabar com a monotonia as últimas voltas, Nick Heidfeld perdeu seu motor enquanto era quinto colocado, colocando Massa numa posição ainda mais confortável, mesmo com a pressão de ter Schumacher logo atrás. No fim, foi Giancarlo Fisichella o vencedor do GP da Malásia de 2006, se tornando o último piloto italiano a vencer um Grande Prêmio de Fórmula 1.

Fernando Alonso completou em segundo para a alegria da Renault, enquanto Jenson Button fechou o pódio. Montoya foi quarto, com Massa em quinto, Schumacher em sexto, Jacques Villeneuve em sétimo e Ralf Schumacher conquistando um misericordioso ponto após partir da última colocação do grid.


No campeonato de pilotos, o campeão se mantinha na liderança com 18 pontos, sete a mais do que Schumacher e Button que dividem o segundo lugar. Giancarlo Fisichella é quarto com 10 pontos e Juan Pablo Montoya é quinto com 9. Já na tabela de construtores, a Renault já coloca 13 pontos na frente da Ferrari.

A próxima prova seria daqui a duas semanas, em Albert Park. Até lá, Fisichella tentaria recuperar a confiança para se tornar um piloto de ponta numa equipe que dava essas condições...

E pensar que, há meros 50 anos até aquele dia, a Itália dominava a Fórmula 1...

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domingo, 21 de fevereiro de 2016

LANÇAMENTO: McLaren Honda


A McLaren acabou deixando vazar fotos horas antes do lançamento programado, o que não mudou muita coisa com o carro sendo uma simples evolução do fracassado MP4/30. O novo MP4/31 tem poucas mudanças como o W07 e o FW38, mas será extremamente importante para vermos se a Honda evoluiu e o que ela poderá dar para Alonso e Button.

Imagens tiradas de www.mclaren.com

domingo, 9 de agosto de 2015

Dia dos Pais - John Button


Para os menos ligados, John Button não foi um piloto como os citados anteriormente. Mas para os mais atentos, John Button foi sim um piloto, e de rally.... Sua carreira na terra não foi tão vitoriosa quanto a do filho, mas qualquer pessoa que já andou á mais de 200Km/h em condições extremas merece o meu respeito independentemente de quem for.

Infelizmente, John nos deixou no começo de 2014, cerca de um ano antes de seu filho se casar...

Imagens tirada do Google Imagens