Mostrando postagens com marcador Jacques Villeneuve. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jacques Villeneuve. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 6 de abril de 2020
Fórmula 1 1997 #1 - Introdução
Na quarentena, o blog está de volta com a promessa de relembrar aos fãs da Fórmula 1 que estão em casa (ou mesmo ainda trabalhando) a temporada de 1997 da categoria, um dos melhores anos para o esporte naquela década, com o surgimento de uma rivalidade promissora, muitas alternativas e polêmicas - tudo aquilo que torna a F1 maravilhosa. Com esse intuito, este será um post introdutório, curto, mas que apresente um calendário provisório de "nossa temporada".
O mundo era um lugar muito diferente ao fim de 1996. Aquele que vos escreve sequer havia nascido. O Brasil era governado por Fernando Henrique Cardoso. Bill Clinton e Boris Iéltsin haviam sido reeleitos em seus países. Nelson Mandela assinava uma nova constituição que bania o apartheid na África do Sul. E a Ovelha Dolly se tornava o primeiro mamífero a ser clonado na história.
No esporte, a Seleção Olímpica de Futebol havia sido derrotada dolorosamente pela Nigéria de Kanu na semi-final das Olimpíadas de Atlanta. Muhammad Ali havia acendido a pira olímpica, a Palestina participava pela primeira vez dos Jogos, e o Brasil era ouro e prata no voleibol de praia. A Juventus derrotara o River Plate para ser campeão do mundial de clubes, e o campeonato brasileiro era vencido pelo Grêmio comandado por Luiz Felipe Scolari.
Na Fórmula 1, Damon Hill finalmente conquistava seu primeiro título mundial antes de ser chutado pela Williams. Jacques Villeneuve fez o suficiente para impressionar a equipe e se tornar primeiro piloto em um ano que prometia ser conturbado para o time de Grove. O julgamento da morte de Ayrton Senna começaria a causar reboliço em todo paddock. Era um ponto a mais a ser explorado por Schumacher e pela Ferrari em 1997.
Durante essa semana, vocês serão apresentados às equipes, pilotos e como o circo chegava para mais um ano de competições pelo globo. Espero que gostem. Aproveitem!
CALENDÁRIO PROVISÓRIO DO BLOG:
07/04/2020 (terça-feira): Lola e Stewart;
08/04/2020 (quarta-feira): Minardi e Tyrrell;
09/04/2020 (quinta-feira): Sauber e Prost;
10/04/2020 (sexta-feira): Jordan e McLaren;
11/04/2020 (sábado): Benetton e Ferrari;
12/04/2020 (domingo): Williams e Arrows;
Depois disso, tentarei trazer corridas diariamente, como nos velhos tempos.
CALENDÁRIO DA FÓRMULA 1 1997:
Rodada 1 - 09/03 - GP da Austrália - Albert Park;
Rodada 2 - 30/03 - GP do Brasil - Interlagos;
Rodada 3 - 13/04 - GP da Argentina - Buenos Aires;
Rodada 4 - 27/04 - GP de San Marino - Imola;
Rodada 5 - 11/05 - GP de Mônaco - Monte Carlo;
Rodada 6 - 25/05 - GP da Espanha - Barcelona;
Rodada 7 - 05/06 - GP do Canadá - Montreal;
Rodada 8 - 29/06 - GP da França - Magny-Cours;
Rodada 9 - 13/07 - GP da Grã-Bretanha - Silverstone;
Rodada 10 - 27/07 - GP da Alemanha - Hockenheimring;
Rodada 11 - 10/08 - GP da Hungria - Hungaroring;
Rodada 12 - 24/08 - GP da Bélgica - Spa-Francorchamps;
Rodada 13 - 07/09 - GP da Itália - Monza;
Rodada 14 - 21/09 - GP da Áustria - A1-Ring;
Rodada 15 - 28/09 - GP de Luxemburgo - Nürburgring;
Rodada 16 - 12/10 - GP do Japão - Suzuka;
Rodada 17 - 26/10 - GP de Portugal - Estoril;
Já adianto meus agradecimentos à todos os canais no YouTube onde pude encontrar as provas de 1997, aos perfis F1 1997 e F1 in the 1990s do Twitter, às equipes do Atlas F1 e do STATS F1 pelo trabalho fenomenal e grande suporte que dão aos bloggers e fãs. Qualquer adendo será feito nos posts.
Imagens tiradas dos perfis F1 in the 1990s e Legendary F1.
sábado, 30 de julho de 2016
10 anos - A última vitória de Schumacher na Alemanha
Fernando Alonso parecia imbatível até aquele momento do campeonato. Mas, uma reviravolta colocaria a emoção que faltou na Fórmula 1 dos seis anos anteriores. E o mais incrível: Schumacher traria de volta esse ingrediente que sagrou a categoria como a melhor do esporte a motor. Após duas conquistas seguidas, o alemão chegava ao GP da Alemanha confiante em busca de uma terceira vitória consecutiva, algo que Alonso temia.
Os treinos em Hockenheim foram um tanto quanto interessantes. Depois de fazerem todo o possível para estarem entre os primeiros na casa da Renault, Alonso e Fisichella enfrentaram dificuldades em solo alemão, com Kimi Räikkönen levando a melhor com seu McLaren Mercedes. Acompanhando o finlandês na primeira fila, ele, Michael Schumacher, de volta a luta pelo título.
Fazendo sua parte, Felipe Massa largava em terceiro, com Jenson Button ao seu lado. Durante todo o fim-de-semana, Giancarlo Fisichella foi superior á Fernando Alonso, que conseguiu um mero sétimo lugar no grid enquanto o companheiro era quinto. Entre eles, Rubens Barrichello de Honda. Fechando o top ten estavam Ralf Schumacher, Pedro de la Rosa e David Coulthard.
Na casa da Mercedes, Kimi trabalhou bem para alegrar a equipe |
No domingo, o céu aberto indicava nenhuma possibilidade de chuva. Na partida, Räikkönen tomou a ponta com Schumacher em segundo e Massa em terceiro. Apesar de ter pulado bem, Button contornou mal a primeira curva e perdeu o quarto posto para Fisichella, enquanto Alonso tomava o sexto lugar de Barrichello, que caiu para nono. De décimo primeiro, Mark Webber agora era sétimo.
Alonso sofreu dificuldades durante todo o fim-de-semana |
Schumacher e Massa fizeram suas paradas e mantiveram a liderança, enquanto Räikkönen amargava um fraco quinto lugar mesmo após Fisichella e Alonso pararem. O italiano teve sorte, mas o espanhol ficaria preso atrás do tráfego e teria sua corrida ainda mais comprometida. Na terceira posição, Mark Webber fazia o impossível com sua Williams Cosworth. Na vigésima oitava volta o australiano foi aos boxes, da mesma forma que Kimi Räikkönen voltaria a fazer uma parada.
Villeneuve fecharia sua carreira na F1 com um acidente |
Webber voltou entre os carros da Renault, enquanto o finlandês caiu para o sétimo posto, logo atrás do atual campeão. Dez voltas depois, Fisichella enfrentaria problemas em sua parada e perderia a posição para Fernando Alonso. Jogo de equipe por parte da Renault? Logo depois foi a vez de Jenson Button fazer sua segunda passagem pelos boxes, voltando na quinta posição, atrás de Räikkönen.
Após os lideres fecharem seu programa de paradas com a segunda de Massa e Schumacher, a corrida já estava definida, pelo menos nas duas primeiras posições. Com uma interessante estratégia, Mark Webber só faria sua última parada nas últimas 20 voltas, retornando à pista na quinta posição e com grandes chances de pódio. Na volta 55, Räikkönen faria sua terceira e última parada voltando lado a lado com o australiano, que não conseguiria a ultrapassagem e se manteria em quinto.
A batalha agora era pelo último lugar do pódio. Jenson Button não pararia mais, enquanto, com pneus mais novos, Kimi Räikkönen e Mark Webber perseguiriam o inglês. Infelizmente, o pacote Williams-Cosworth voltaria a trair o australiano, que abandonaria nas últimas voltas, enquanto o finlandês superava o piloto da Honda e caminhava para seu terceiro pódio em cinco provas.
No campeonato de pilotos, Schumi ficou apenas 11 pontos atrás de Fernando Alonso, esquentando a disputa pelo título. Com o segundo lugar, Felipe Massa superou Räikkönen e Fisichella, tomando o terceiro lugar com 50 pontos. Montoya ainda era sexto com 26 pontos, enquanto Button tinha 21 e Barrichello apenas 16. Fechando os dez melhores colocados na tabela, Ralf e Nika Heidfeld tinham 13.
E para mim, a corrida foi mais que especial. O GP da Alemanha de 2006 é a primeira lembrança que tenho de uma corrida de Fórmula 1. Posso me lembrar das milhares de vezes que pedi ao meu pai para que me acordasse cedo para acompanhar um grande prêmio antes disso, mas a primeira lembrança de estar assistindo verdadeiramente uma corrida de Fórmula 1 vem de Hockenheim. De Schumacher cruzando a linha de chegada. Daquele carro vermelho. Daquele hino italiano. Daquele carro prata. Daquele hino alemão. De 10 anos atrás...
Imagens tiradas do Google Imagens - GPExpert.com.br - f1-fansite.com
Marcadores:
2006,
Felipe Massa,
Fernando Alonso,
Ferrari,
GP da Alemanha,
Hockenheimring,
Jacques Villeneuve,
Jenson Button,
Kimi Räikkönen,
Michael Schumacher,
Renault
sábado, 9 de abril de 2016
Um pouco de Jacques Villeneuve...
Obviamente, por ser filho de nada mais nada menos do que Gilles Villeneuve, Jacques Villeneuve enfrentou uma pressão ainda maior logo quando estreou na Fórmula 1 em 1996, como se não bastasse a de estar numa das três equipes de ponta. Mesmo assim, vindo de dois ótimos anos na CART, o jovem canadense não se sentiu incomodado por toda aquela gente apreensiva pelo nascimento do novo "Gilles Villeneuve", algo que, com o passar dos anos, não se confirmou.
Jacques nunca gostou de comentar muito sobre o pai, mas a comparação era inevitável, e mesmo que ele tenha levado o título da temporada de 1997 da Fórmula 1, muitos creditam à Gilles uma soberba superioridade técnica sobre o filho. Além do mais, por quase perder o campeonato de pilotos daquele ano para uma defasada Ferrari de Michael Schumacher, Villeneuve se tornou mal-visto pelo público em geral.
Aquilo que muitos queriam para confirmar toda a fraqueza de Jacques veio em 1998 e 1999, quando o canadense foi incapaz de desenvolver um fraco FW20 e preferiu uma bolada de milhões vindas da BAT ao invés de ficar mais tempo num time que sem dúvida daria condições para que ele voltasse aos dias de glória.
Em apenas duas temporadas, Villeneuve conquistou 11 vitórias, número superior, por exemplo, ao de Lewis Hamilton no mesmo período. O canadense havia demonstrado todo seu potencial de maneira arrojada nas categorias de base, chegando à CART em 1994, onde se tornou campeão e entrou no hall dos vencedores das 500 Milhas de Indianapolis antes de estrear na Fórmula 1 com estilo na equipe Williams. Onde Jacques errou para adquirir tanta antipatia entre o público?
Depois de um duro 1999 pela BAR, Villeneuve conquistou resultados interessantes em 2000 para uma equipe que havia terminado atrás de Arrows e Minardi na temporada anterior. A evolução era perceptível, mas até onde ela chegaria? Após confuso GP da Alemanha de 2001, lá estava Jacques no pódio, naquele que, sem ninguém imaginar, seria a última vez de um canadense entre os três primeiros.
A partir de 2002 os resultados começaram a ficar cada vez mais distantes da realidade de um campeão do mundo, e mesmo após superar com tranquilidade nomes como Ricardo Zonta e Olivier Panis, Villeneuve não conseguiu parar um promissor Jenson Button em 2003, quando sequer participou da última etapa em Suzuka, sendo substituído por Takuma Sato.
A carreira do campeão de 1997 estava no fim, e caso ele não mostrasse nem uma ponta do brilho que teve em seus dois primeiros anos, a porta da aposentadoria já estaria aberta. Mesmo assim, o canadense teve outras chances na Renault, na Sauber e na BMW, nunca conseguindo resultados que condizem para um vencedor da Indy 500 e um campeão mundial.
Sua demissão na segunda metade de 2006 pôs o ponto final para sua carreira na Fórmula 1, e se tornou mais uma deixa pra que os críticos passassem a considerar Jacques Villeneuve o pior campeão de todos os tempos. O canadense ainda tentou retornar nos anos seguintes, mas essas histórias são tão apagadas a ponto daquilo que realmente nos preocupa é o que Jacques se tornou.
Um piloto nômade que compete uma corrida aqui, duas ali e três noutro lugar, nunca conseguindo mostrar algum grande resultado sequer desde 2008. Essa falta de consistência tira um pouco daquilo que um dia ele foi.
O simples motivo de vencer uma 500 Milhas de Indianapolis já engrandece o respeito de um piloto, e junto ao título de Fórmula 1, seja como foi, deveríamos saber respeitar um Villeneuve que fez escolhas erradas da mesma forma de nomes tão idolatrados, como Jean Alesi.
Quando se assiste uma corrida com Jacques Villeneuve, o show muito provavelmente já está marcado. Lembram de sua participação na primeira etapa da Stock Car em 2015? Todos nós deliramos com seu estilo arrojado e maluco de pilotagem.
Mesmo não tendo todo talento que seu pai tinha, acredito que Jacques deveria ser respeitado por aquilo que fez na década de 90. A vida é marcada por erros e acertos, e o grande erro do canadense foi trocar a chance de um bicampeonato por milhões vindos de uma tabagista. Basicamente, podemos dizer que Villeneuve se vendeu para ser taxado como algo que ele não é.
Por último, meu feliz aniversário ao único campeão do Canadá: Parabéns Jacques!
Assinar:
Postagens (Atom)