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sexta-feira, 2 de junho de 2017

TOP 10 - Pilotos mais jovens a vencer na F1


A vitória de Max Verstappen no GP da Espanha de 2016 levantou uma interessante discussão que envolve a idade dos pilotos que hoje desfilam nos mais famosos autódromos do mundo. No último meio século, a idade média de um piloto da categoria caiu quase que pela metade, chegando ao extremo de vermos um piloto de apenas 17 anos estrear em 2015.

No post na qual apresentei os dez mais velhos vencedores da Fórmula 1, disse que isso [queda da média de idade] é um sinal de evolução. Porém, como tudo há um "porém", existem gigantescos pontos negativos em vermos pilotos cada vez mais jovens entrando na categoria. Jaime Alguersuari havia estreado aos 19, e, já aos 25, anunciou sua aposentadoria prematura das pistas. E isso é ou não ruim?

Apesar da clara falta de experiência, pilotos mais jovens vem sofrendo cada vez mais com a pressão de serem consideradas uma promessa, o que tende a joga-los contra si mesmos em diversas ocasiões. Antigamente, era necessário evoluir passo-a-passo para finalmente atingir o pico de sua carreira na Fórmula 1, porém, com aquilo que chamo de evolução, isto se inverteu, com o piloto passando "os melhores anos de sua vida" quando ainda é jovem e inexperiente. Quem ganha com isso são categorias como WEC e DTM, que crescem cada dia mais enquanto a F1 se afunda com sua maior necessidade: pay drivers (ou Lance Strolls da vida).

Indo direto ao ponto, quais foram os dez pilotos mais jovens a vencer na Fórmula 1 e a receber toda uma carga de pressão que podiam atrapalha-los? Eis a lista:


10º lugar: Michael SCHUMACHER - 23 anos, 7 meses e 27 dias

Como não lembrar daquele último fim-de-semana de agosto em 1992? O circo estava mais uma vez em Spa-Francorchamps, com sua movimentada Silly Season a todo vapor enquanto Nigel Mansell ainda vivia a euforia de ser campeão mundial. Após confirmar seu retorno à Ferrari, Berger não teve um bom desempenho na Bélgica, batendo nos treinos e não conseguindo largar no domingo.

Ayrton Senna até que pulou na ponta no momento da largada, mas não teria equipamento suficiente para resistir aos ataques das Williams de Mansell e Patrese. Mais atrás, Brundle iniciava uma estupenda recuperação, chegando a superar Michael Schumacher na disputa pelo quarto posto. Após as paradas, o alemão conseguiria reverter a situação, retomando a posição perdida enquanto Senna não conseguia ter uma boa performance na pista molhada.

Perto do fim, Mansell e Patrese foram aos boxes para efetuarem a última parada, retornando atrás de Schumacher que tomou a ponta. Martin Brundle até tinha ultrapassado o alemão voltas antes, mas, com estratégia diferente, seria obrigado a fazer sua parada. Agora na frente, Schumacher guiava para uma surpreendente vitória na Bélgica, conquistada aos 23 anos, 7 meses e 27 dias.


9º lugar: Jacky ICKX - 23 anos, 6 meses e 6 dias

A temporada de 1968 chegava a sua metade em Rouen, na França, onde Jackie Stewart tentaria outra ofensiva sobre Graham Hill, líder do campeonato de pilotos. Naquele fim-de-semana, a Honda decidiu estrear seu novo bólido com John Surtees, o RA301, mas, após algumas voltas, o inglês se recusaria a correr, exigindo novos testes. Como Sochiro Honda estava na França e iria acompanhar a prova, a equipe decidiu correr atrás do veterano francês Joseph Schlesser, que aceitou correr.

Nos treinos, Jacky Ickx conquistou um terceiro posto, logo atrás de Jochen Rindt e Jackie Stewart. Líder do campeonato, Hill era apenas o nono, enquanto Schlesser conseguiu qualificar-se na décima sexta colocação. A leve chuva que cairia sobre o circuito na hora da partida seria determinante para o resultado da prova.

Ickx escolhera os pneus de chuva, enquanto todos os outros arriscavam com compostos intermediários. A escolha do belga seria de bom grado, pois, ao fim da primeira volta, estaria no primeiro posto após superar Rindt e Stewart. Logo após completar o segundo giro, Jo Schlesser perde seu Honda e vai de encontro com a mureta, incendiando-se. As chamas se espalharam por toda a pista, dificultando a passagem até mesmo dos outros carros.

O socorro seria incapaz de retirar o corpo do francês enquanto as chamas iam sendo controladas, protagonizando algumas das cenas mais lamentáveis da história do esporte a motor. Aos 40 anos, Joseph Schelesser perdia a vida em sua primeira corrida de Fórmula 1.

A chuva voltaria a atormentar os pilotos durante o resto da corrida, que sequer foi interrompida para que o socorro à Schlesser ocorresse de maneira correta. Após abandonar, Graham Hill trocaria de viseira com Jo Siffert, protagonizando outra simbólica imagem daqueles tempos de Fórmula 1...

No fim, Jacky Ickx venceria seu primeiro GP aos 23 anos, 6 meses e 6 dias, se tornando o primeiro belga vencedor de Grand Prix. O triste pódio seria completado por John Surtees, companheiro de Schlesser, e Jackie Stewart, que se aproximara de Graham Hill na disputa pelo título.


8º lugar: Robert KUBICA - 23 anos, 6 meses e 1 dia

Lewis Hamilton tinha mais uma vitória em mãos no circuito Gilles Villeneuve quando o inesperado aconteceu. A luz vermelha estava acesa no final do pit lane, obrigando os pilotos que fizeram suas trocas pararem e esperarem que a luz verde fosse ativada. Assim, o inglês acabaria batendo na traseira de Kimi Räikkönen, enquanto ainda seria atingido por Nico Rosberg.

Quem escapou ileso agradeceu, sobretudo Felipe Massa, que ficava a um passo da vitória. Infelizmente, a Ferrari cometeria um erro na parada do brasileiro, obrigando-o retornar aos boxes quando a prova já tinha bandeira verde e Nick Heidfeld assumia a ponta. Sem McLaren e sem Ferrari, as equipes médias tinham sua melhor chance durante o ano.

Kubica iniciava sua recuperação enquanto Heidfeld liderava. Trulli e Glock tinham o desafio de superar ambas as Red Bull a sua frente, com Barrichello em segundo e Nakajima em terceiro. Após as paradas, a BMW Sauber colocava seus dois carros nas duas primeiras posições, caminhando para uma surpreendente dobradinha.

No final da prova, Robert Kubica se tornaria o primeiro polonês a vencer na Fórmula 1 aos 23 anos, 6 meses e 1 dia. Nick Heidfeld foi segundo com David Coulthard, conquistando seu último pódio, em terceiro. Timo Glock seguraria defenderia bravamente o quarto posto de Felipe Massa, que se contentou com o quinto lugar. Fechando os lugares pontuáveis ficaram Trulli, Barrichello e Vettel.


7º lugar: Kimi RÄIKKÖNEN - 23 anos, 5 meses e 6 dias

Fernando Alonso se tornou o primeiro espanhol a conquistar uma pole position ao marcar o melhor tempo nos treinos para o GP da Malásia de 2003, mas seria incapaz de resistir aos fortes ataques de Kimi Räikkönen. Na largada, Jarno Trulli, que partiu de segundo, foi tocado por Michael Schumacher, perdendo sua melhor chance de vitória desde então.

O finlandês da McLaren agradeceu aos problemas enfrentados pelos ponteiros, tomando a segunda colocação de Nick Heidfeld apenas duas voltas após a largada. A liderança de Alonso estava em risco. Mais atrás, o jovem Justin Wilson lutava contra as estonteantes dores no ombro, que vinha batendo de um lado e de outro dentro do cockpit após o HANS se soltar depois da primeira parada do inglês. Perto do fim, Wilson abandonaria, exausto e sem condições de se levantar do carro.

Fernando Alonso fez sua parada na volta 14, entregando a ponta para Kimi Räikkönen, que não enfrentaria dificuldades para mante-la mesmo quando fez sua troca de pneus. No fim, o finlandês conquistaria sua primeira vitória na Fórmula 1 aos 23 anos, seguido por Rubens Barrichello e Fernando Alonso no pódio malaio.


6º lugar: Lewis HAMILTON - 22 anos, 5 meses e 3 dias

Pela primeira vez na história, um negro largava na pole position de um grande prêmio da Fórmula 1. Lewis Hamilton, fenômeno da temporada, ainda não tinha vencido, mas, em Montreal, parecia que sua vez havia finalmente chegado. Isso ficou claro quando o britânico pulou pra ponta quando as luzes se apagaram, enquanto Alonso não conseguia manter a segunda posição e caia para o terceiro posto.

A corrida se manteria calma até Adrian Sutil bater num dos muros do autódromo canadense, obrigando a entrada do Safety Car. Após as paradas, Hamilton ainda se mantinha na ponta quando a prova foi reinicia - com um susto! Robert Kubica sofreu um grave acidente perto do hairpin, sendo atendido e levado ao hospital com ferimentos leves.

Quando a corrida se reiniciou, novamente, Fernando Alonso perdeu rendimento: problema nos freios. O espanhol não tinha muito o que fazer em tal situação, e era certo que ele perderia o último lugar do pódio. Felipe Massa e Giancarlo Fisichella seriam desclassificados após se envolverem num estranho incidente nos boxes, enquanto Albers e Liuzzi mudariam o destino da prova após sofrerem acidentes.

Surpreendentemente, Takuma Sato pressionava Alonso, querendo um espetacular sexto posto para a Super Aguri. Há 3 voltas do fim, o espanhol não teria condições de segurar o japonês, que andou bem durante todo o fim-de-semana. No fim, Hamilton venceria, e assumiria a liderança do campeonato, com Nick Heidfeld em segundo e Alexander Wurz em terceiro.


5º lugar: Bruce McLAREN - 22 anos, 3 meses e 12 dias

Jack Brabham, Stirling Moss e Tony Brooks chegaram à última etapa da temporada de 1959 com chances de título. Pela primeira vez o circo estaria em Sebring, realizando o primeiro Grande Prêmio dos EUA de Fórmula 1. Tentando se popularizar no continente americano, a categoria convidou Rodger Ward, vencedor da edição de 1959 das 500 Milhas de Indianapolis, para participar da prova.

Sem um equipamento decente, Ward largou em último, enquanto Moss era pole com Brabham em segundo e Brooks em quarto. Bruce McLaren era apenas o décimo colocado. Na partida, não houveram mudanças nas primeiras duas posições, mas, logo atrás, um jovem neozelandês fez fila para assumir o terceiro posto - era McLaren!

Cinco voltas depois, Moss abandonou, facilitando o caminho de Brabham em busca de seu primeiro título. Muito atrasado, Tony Brooks não tinha condições humanas para se recuperar e vencer a prova, e, consequentemente, o campeonato. Apesar disso, o final da prova foi tão emocionante quanto a decisão do título.

Na última volta Jack Brabham ficou sem combustível, pulou de seu Cooper e cruzou a linha de chegando em quarto, entregando a vitória para Bruce McLaren, que, aos 22 anos, 3 meses 12 dias, se tornou o mais jovem piloto a vencer na Fórmula 1*. 

* sem contar Troy Ruttman, vencedor da Indy 500 de 1952.


4º lugar: Troy RUTTMAN - 22 anos, 2 meses e 19 dias

Quando as 500 Milhas de Indianapolis ainda faziam parte do calendário oficial da Fórmula 1, poucos nomes do circo tentaram se aventurar nos EUA, mesmo este valendo importantíssimos pontos para o campeonato. Em 1952, pela primeira e única vez, a Ferrari inscreveu um carro para a prova. Alberto Ascari sofreu, mas mesmo assim conseguiu colocar seu bólido entre os 33 melhores.

Na corrida, surpresa! O italiano ganhou posições e já era um dos dez primeiros. Infelizmente, problemas no 375 tiraram Ascari da prova, na única ocasião em que ele não venceu naquele ano. Lá na frente, Bill Vukovich se aproximava de sua primeira vitória em Indianápolis, porém, restando nove voltas para o fim, a barra de direção de seu Kurtis Kraft ficou danificado, deixando a liderança para um jovem de nome Troy Ruttman.

Nascido em Mooreland, no estado de Oklahoma, o americano venceria aos 22 anos, 2 meses e 19 dias, mantendo este recorde até mesmo depois de sua morte, em 1997, e só perdendo-o para Fernando Alonso, em 2003, mais de 51 anos depois.



3º lugar: Fernando ALONSO - 22 anos e 26 dias

Fernando Alonso já havia conquistado sua primeira pole position na Malásia, mas o espanhol teria de esperar por quase seis meses para finalmente vencer. Também partindo da primeira fila, Alonso havia feito seu vigésimo segundo aniversário poucos dias antes daquele fim-de-semana na Hungria. Com Räikkönen e Schumacher apenas em sétimo e oitavo, respectivamente, a única maior preocupação do asturiano seria a presença de Juan Pablo Montoya.

Surpreendentemente, as Williams largaram muito mal, deixando Alonso sem nenhum rival à altura para disputar pela vitória. Sem equipamento, Mark Webber tinha a missão de apenas terminar no pódio, algo que, infelizmente, não conseguiria, graças à grande performance de Kimi Räikkönen. Enquanto Trulli e Schumacher não se destacavam, Rubens Barrichello abandonava de forma misteriosa, após uma grave quebra de sua suspensão traseira.

Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya recuperariam seu território perdido, mas não o suficiente para vencer Räikkönen e, é claro, Alonso, que cruzou a linha de chegada para se tornar o mais jovem vencedor da história da Fórmula 1. Pela primeira vez, o hino espanhol foi tocado no pódio. E sem dúvida não seria a última...


2º lugar: Sebastian VETTEL - 21 anos, 2 meses e 11 dias

Cinco anos depois de Alonso, uma nova sensação surgia da velha Minardi. Sebastian Vettel, de forma histórica, alinhou um Toro Rosso na primeira posição para o GP da Itália. Sem qualquer carro da Ferrari ou da McLaren nas primeira filas (exceto a presença de Kovalainen), Gerhard Berger, chefe da equipe na época, viu Sébastien Bourdais ser quarto no treino, tornando aquele molhado sábado de setembro histórico.

Por ter o melhor equipamento, Heikki Kovalainen era favorito à vitória. Com Bourdais não conseguindo largar, para desespero da equipe, toda a pressão caía, de uma vez só, nas costas de um jovem Sebastian Vettel. No primeiro GP da Itália sob chuva na história da Fórmula 1, o alemão surpreendeu a todos.

Kovalainen e Webber fracassaram na tentativa de acompanhar Vettel, que não cometeu nenhum erro, clássico de jovens pilotos, especialmente naquelas condições, enquanto Hamilton subia na classificação após largar nas últimas filas. Felipe Massa, já dentro do top eight, não conseguiria, como seu rival na busca pelo título, ganhar posições.

No fim, Sebastian Vettel venceu de forma histórica, com Kovalainen e Kubica completando o mais jovem pódio, em média de idade, da história da Fórmula 1. 23 anos e 350 dias. Seria também o primeiro e único pódio, até hoje, da Toro Rosso, que perderia no ano seguinte a figura de Gerhard Berger. 


1º lugar: Max VERSTAPPEN - 18 anos, 7 meses e 15 dias

Em sua controversa estreia pela Red Bull, Max Verstappen conseguiu a melhor posição de grid para um holandês, repetindo o feito de Jan Lammers. O quarto lugar do novo piloto da equipe austríaca nem se aproxima do que estava prestes a acontecer logo no dia seguinte. Para a surpresa de todos (só que não), a primeira fila era totalmente da Mercedes, com Hamilton, tentando se recuperar no campeonato, a frente de Rosberg.

Na largada o alemão foi melhor que seu companheiro, tomou a ponta e, depois de uma controversa fechada, foi atingido. Ambas as Mercedes estavam fora. Tanto Hamilton quando Rosberg foram parar na brita, sem chances para voltar à pista. Abalado, o inglês parecia longe de finalmente rivalizar com seu colega de equipe em 2016.

Com o caminho aberto, Red Bull e Ferrari lutaram pela vitória com seus quatro pilotos. Daniel Ricciardo, mesmo assim, não estava ameaçado de perder sua vitória. Max Verstappen, que era segundo, só viria o primeiro lugar cair do céu após o australiano fazer mais uma parada, num raro erro de estratégia da equipe de Christian Horner.

Agora sem chances de ver o australiano no pódio, Verstappen se tornou o centro das atenções para a Red Bull. Apesar da pressão de Kimi Räikkönen, o holandês de 18 anos teria a frieza de vencer sua primeira corrida por cerca de meio segundo, se tornando o primeiro piloto dos Países Baixos a conquistar tal feito na Fórmula 1. Para a surpresa de todos, um garoto, male má adulto, vencera um Grande Prêmio, se tornando também o mais jovem de todos os tempos.

Imagens tiradas do Google Imagens - F1-fanatic.com - F1-fansite.com

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Gregory, o piloto que comemorava o aniversário a cada 4 anos


29 de fevereiro, dia exclusivo de anos bissextos como este 2016 que vivemos. A Fórmula 1, com seus 66 anos e mais de 500 pilotos, é claro que não conseguiu escapar dessa data. Masten Gregory, apelidado de "The Kansas City Flash", por ter nascido em Kansas, participou de apenas 47 GPs na Fórmula 1, o que foi suficiente para escrever a história.

Carrol Shelby já chamou de "o americano mais rápido de sempre a ir lá e correr num carro de Grand Prix", enquanto o mítico Jim Clark considerava-o seu herói. Se o Brasil teve Chico Landi, os EUA teve Masten Gregory como um dos primeiros a correr regularmente numa jovem categoria chamada pelos europeus de 'Fórmula 1'. Além do mais, ele era um dos raros pilotos que usavam óculos em competições. Sua miopia era tão absurda que Shelby descreveu seus óculos como uma garrafa de Coca-Cola, de tão espessa que era.

Seu pai tinha uma empresa de seguros, mas após a sua morte, a mãe de Gregory acabou decidindo vender o estabelecimento. O dinheiro arrecadado seria dado aos seus três filhos, incluindo Masten, quando completassem 21 anos, mas como o caçula acabou se casando aos 19 anos, sem terminar o último ano de ensino médio, o dinheiro acabou sendo a catapulta para sua vida no automobilismo.

Desde jovem ele já era um grande entusiasta, e, quando comprou um sportscar Allard, um sonho se tornou realidade. Sua primeira corrida foi numa prova SCCA de 50 milhas em Caddo Mills, Texas. Depois de enfrentar problemas, abandonando a corrida, Gregory acabou investindo num motor Chrysler para a próxima prova, em Sebring, também marcado pelo seu abandono.


Em Stillwater, Oklahoma, Masten conquista sua primeira vitória, iniciando uma sequência de interessantes resultados e performances. Sua conquista na Guardsman Trophy (com 50 mil espectadores) e sua desclassificação na base área de Chanute foram seus grandes momentos nesse tempo, antes de ser convidado para participar dos 1000Km de Buenos Aires em 1954. O 14º lugar conquistado, apesar dos problemas enfrentados, não desanimou Gregory.

Seu tamanho e seu peso acabavam mascarando os 22 anos de vida que Masten já tinha, resultando em reclamações de pilotos mais experientes. Mesmo assim, o jovem americano conquistava resultados interessantes em provas de sportscar, como uma vitória em sua classe no trágico Tourist Trophy de 1955. Depois de passar um ano competindo em diversas corridas da SCCA, Gregory chamou atenção ao vencer na Argentina no início de 1957.

em Pescara

Mimo Dei, chefe da Scuderia Centro Sud se interessou pelo norte-americano, contratando-o para o GP de Mônaco de 1957. À bordo de um Maserati 250F privado, lá estava Masten Gregory na décima colocação do grid se preparando para uma das mais importantes provas do mundo. Sem se envolver com confusões, o piloto de Kansas escalava o pelotão se beneficiando dos abandonos, assumindo a quinta colocação há poucas voltas do fim.

Em sua frente? Nada mais nada menos do que Jack Brabham e Mike Hawthorn, que em poucas voltas estariam parando seus bólidos para abrir alas pro jovem estadunidense assumir a terceira posição. Há meros quatro giros do fim, Gregory era terceiro colocado para não perder mais, terminando sua primeira corrida num pódio surpreendente: resultado raríssimo de se acontecer.

Ainda em 1957, Gregory acabaria na oitava colocação no fantástico GP da Alemanha, seguido por um quarto lugar em Pescara e outro quarto posto em Monza, mostrando ao mundo todo seu talento. Ao fim da temporada, Masten havia marcado 10 invejosos pontos com uma equipe privada, quase superando nomes da estirpe de Brooks, Hawthorn e Musso.


A maluquice de se jogar do carro antes dele bater era cometida por Gregory, resultando em inúmeras lesões que quase tiraram-o da temporada de 1958. Seu melhor resultado conquistado em solo foi um sexto lugar no GP de Marrocos, num tempo em que apenas os cinco primeiros pontuavam. Apesar de suas doidices, Masten teve sua grande chance pela Cooper em 1959, sendo o terceiro piloto de Brabham e McLaren.

Em Mônaco, na primeira prova oficial como companheiro de uma dupla incrível da Cooper, Gregory tem um desempenho apagado, abandonando ainda no início da corrida. Semanas depois, em Zandvoort, dá show ao disputar pela vitória com Joakim Bonnier, terminando apenas na terceira colocação após Brabham e Moss se aproximarem de uma potencial vitória.

No GP da França, Masten novamente faz uma corrida marcada pelas suas primeiras voltas, pulando para segundo antes de enfrentar problemas que culminaram em seu abandono. Na Inglaterra ele volta a fazer uma prova apagada, retornando ao bom ânimo em AVUS, no último GP da Alemanha realizado no circuito de Berlim, onde disputou pela vitória com Tony Brooks até seu Cooper ter problemas enquanto liderava.

Brooks e Gregory na "Curva da Morte"

Em Monsanto ele volta a andar bem, superando o companheiro Bruce McLaren para terminar na segunda colocação, seu melhor resultado de todos. Infelizmente, em Goodwood, Gregory volta a velha rotina de 'abandonar o navio' de seu Jaguar, se machucando e ficando impossibilitado de fazer as últimas duas provas da temporada da Fórmula 1. No fim, o americano marcou os mesmos 10 pontos de 1957, terminando em oitavo.

A não-renovação de contrato de 1960 foi um golpe em sua carreira, com o público ficando dividido entre dois motivos: Cooper só inscreveria dois carros em 1960 ou Gregory era mais rápido do que Brabham? Para muitos, o americano era tão rápido quanto o tricampeão do mundo, jamais tendo a chance de mostrar tal talento. Andando consistentemente mais rápido do que McLaren, e no mesmo nível de 'Black Jack', parecia ser estranha a decisão de Cooper ao manter o neozelandês.

Antes de voltar a falar sobre sua carreira nos sportscar, sem muitas condições, Gregory foi um dos primeiros de muitos pilotos que tiveram seus talentos gastos de Fórmula 1 e utilizados com sucesso em provas de resistência. Seus últimos resultados decentes na categoria máxima do automobilismo foi um sexto lugar no GP dos EUA de 1962, um sétimo no GP da Grã-Bretanha também em 1962 e um oitavo no GP da Alemanha de 1965.

Como resultados oficiais não valem muito, Gregory pode ser lembrado por um ótimo desempenho no GP da França de 1962, onde estava perseguindo a terceira colocação de Dan Gurney (futuro vencedor da prova) antes de abandonar. Em sua última prova na Fórmula 1, Masten abandonou enquanto estava nas últimas colocações, fechando uma carreira coroada de azar na categoria. Mesmo assim, havia algo para se orgulhar além dos feitos que já destaquei: Gregory venceu a Kanonloppet (prova extra-oficial na Suécia) de 1962, sua única vitória à bordo de um fórmula.


Sua dedicação ao automobilismo era tão grande que ele se mudou, junto à sua família, para a Itália, perto da fábrica da Ferrari. Enzo ofereceu uma oferta para Gregory, que só não aceitou porque seria o quarto piloto do time italiano. Uma pena...

Apesar de ser ruim para a Fórmula 1, a demissão da Cooper fez crescer o nome de Gregory em provas como as 24 Horas de Le Mans, onde ele teve grandes performances como na edição de 1960, quando estava tão rápido que o helicóptero não o conseguia acompanhar na reta Mulsanne. Quatro anos depois, com algumas vitórias marcantes como nos 1000Km de Nürburgring de 1961, Masten entrou para a equipe da Ford, que tinha o objetivo de bater a Ferrari na tradicional prova de 24h.

Dividindo o GT40 com o ótimo Richie Ginther, Gregory viu o pódio ir pelos ares quando a caixa de câmbio teve problemas. No ano seguinte, pela NART, à bordo de uma Ferrari 250LM e ao lado de Jochen Rindt, o estadunidense finalmente conquistou a vitória de maior importância em sua carreira, as 24 Horas de Le Mans, a primeira em uma prova internacional para a Goodyear e a última da Ferrari na prestigiada prova.


Também em 1965, Gregory se aventurou pela única vez nas 500 Milhas de Indianapolis, se tornando um dos poucos pilotos a participar da Triplíce Coroa do Automobilismo e vencer uma de suas provas. Num BRP Ford, Masten estava na frente de casa e ansioso para mostrar todo seu talento, apesar da 31º colocação do grid.

Na primeira volta, 14 carros já haviam visto a traseira do BRP ultrapassando-os, mostrando que Gregory havia vindo para brigar pela vitória. Infelizmente, problemas no motor fizeram o estadunidense abandonar quando era (pasmem!) quinto colocado. Sua carreira nos sportscar ainda não havia chegado ao fim, conquistando mais e mais vitórias até a edição de 1972 das 24 Horas de Le Mans.

Naquele ano, o já experiente, e amigo de Masten, Jo Bonnier acabou falecendo na corrida, o que abalou o norte-americano que tinha, até então, 40 anos. Gregory jamais anunciou sua aposentadoria, mas deu um tempo para o automobilismo depois da morte do amigo, lembrando outros graves acidentes que havia sofrido durante a carreira, sendo até rotulado como 'destruidor'.

Quando morreu, aos 53 anos, de ataque cardíaco enquanto dormia em sua casa de inverno na Itália, é claro que em nossas memórias havia ficado algumas citações feitas por ele: "Francamente, se eu não fosse para o automobilismo eu teria que fazer alguma coisa que envolvesse perigo, porque é o momento de risco que faz o resto da vida suportável, valioso ou delicioso".


Gregory também é lembrado por outro conto: "Quando eu tinha uns 32 ou 33 anos, isto veio até mim, que até aquele momento da minha vida eu nunca tinha acreditado que eu viveria até os 30. Eu não fiz nenhum plano porque não parecia valer a pena. Stirling Moss me disse categoricamente que eu ia me matar logo depois de chegar à Europa. Todo mundo pensou que eu me mataria, e olhando para trás, eu estou surpreso que isso não aconteceu. Eu estava dirigindo, principalmente, sobre os reflexos. Eu realmente não conhecia nada sobre corridas. Eu só tinha um pouco de habilidade natural, eu acho."

Masten sempre foi um piloto agressivo, alguém que não se preocupava em correr com o pé-embaixo durante a corrida inteira. Seu estilo era único, estando à frente de seu tempo para a qualidade dos pilotos formados pelos EUA até então, caindo no esquecimento até mesmo por muitos moradores de sua cidade natal, que não dão o devido valor a alguém que arriscou a sua vida e escapou da morte ao mesmo tempo em que gravava o nome na história do automobilismo.

Esse era Masten Gregory, um dos milhares de pilotos subestimados pela sua cidade, pelo seu país e pelo mundo, esquecido no tempo como uma foto velha que ninguém gostaria de tirar do baú. Gregory não merecia o tratamento que recebe até hoje...

Fonte: www.atlasf1.com

Imagens tiradas do Google Imagens

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Morreu Tyler Alexander

Adeus, Tyler Alexander

Infelizmente 2016 já começou com uma baixa para o automobilismo, e não é de um piloto, coisa que não diminui a importância de um cidadadão americano nascido no dia 2 de setembro de 1940, que morreu ontem aos 75 anos por causas não anunciadas pela família. Tyler Alexander foi um dos fundadores da equipe McLaren, e também uma das pessoas que estiveram lá para manter a equipe viva mesmo depois da morte de Bruce McLaren, se tornando glorioso com os títulos de Emerson Fittipaldi e James Hunt até vender o time britânico para um jovem chamado Ron Dennis.

Mesmo assim, por ser amigo de Dennis, Alexander continuou a trabalhar na McLaren, marcando a vida de outros nomes como Ayrton Senna, Gerhard Berger, Mika Häkkinen, David Coulthard, Kimi Räikkönen e Lewis Hamilton. É com grande tristeza que damos adeus para este grande nome: Tyler Alexander...

Imagens tiradas do Google Imagens

sábado, 12 de dezembro de 2015

GP Memorável 62# - EUA 1959


Depois do cancelamento do GP do Marrocos, que seria realizado em outubro, a Fórmula 1 só retornou depois de quase três meses entre os GPs da Itália e dos EUA. O ano que acabaria se tornando o único a não ter nenhum campeão participando das provas, chegara a sua última etapa, em Sebring, na Flórida com três pilotos disputando o título, algo inédito até então.

Tony Brooks havia sofrido uma quebra em Monza, e por isso acabara perdendo a segunda colocação na tabela de pilotos para Stirling Moss, que era o mais próximo de ameaçar Jack Brabham na batalha pelo título nos EUA. Para ser campeão, o australiano precisava ser primeiro ou segundo com Moss atrás dele, sendo possível também uma terceira colocação, mas com a volta mais rápida (que valia pontos) enquanto o britânico era segundo. Caso abandonasse, Jack ainda poderia ser campeão com Brooks em segundo e Moss em terceiro.

Já o piloto de Rob Walker precisava de uma vitória, mas ainda com chances caso terminasse em segundo com Jack Brabham atrás dele e Brooks não marcando a volta mais rápida. Já para o britânico de Maranello, a situação era mais difícil, com ele precisando de uma vitória com a volta mais rápida e Brabham fora do segundo posto...


O sonho de Alec Ulmann se tornava realidade com 19 pilotos se inscrevendo para o primeiro Grande Prêmio dos Estados Unidos de Fórmula 1. Seis desses bravos homens eram estadunidenses, o que deixava Ulmann ainda mais orgulhoso do evento. Sem nenhum campeão na pista, o carro número acabou ficando para Rodger Ward, vencedor das 500 Milhas naquele ano, com seus Kurtis Kraft-Offy.

Existe uma historieta interessante sobre a entrada do estadunidense no GP. Ulmann, louco para chamar pilotos de casa para a corrida, ligou para o campeão e ofereceu uma vaga na prova e um pouco de dinheiro, algo inegável para alguém como Ward. Em sua autobiografia, John Cooper conta: Na noite anterior dos treinos livres, John Cooper e seus pilotos encontraram com Rodger no hotel, que disse que estava no GP para correr com um carro de pista de terra.

Jack Brabham perguntou atônito: "No Grande Prêmio?"

Ward respondeu: "Claro. E vocês terão uma surpresa os esperando! Porque, vou joga-los para fora da pista em todas as curvas!"

O estadunidense continuou: "... Eu sei que isso (seu carro) pode fazer uma curva mais rapidamente do que qualquer outro carro esporte que vocês tem na Europa. Vocês podem ser mais rápidos nas retas, mas quando se trata de curvas vocês não terão chance. Sebring tem várias curvas, não é?"


Para a surpresa dos europeus, o carro de Rodger estava dentro das especificações e iria correr, mas durante a primeira volta dos treinos, era visível a semelhante velocidade dos carros com motor traseiro da Cooper com o de motor dianteiro da Kurtis Kraft. Depois disso, Ward foi conversar com a equipe britânica: "Eu preciso falar a você. Esses buggies europeus sem dúvida fazem curvas rápidas!".

Com um carro fraco, Ward estaria ali apenas para fazer número, saindo da última colocação do grid. Lá na frente, Stirling Moss havia marcado a pole position com um tempo de 3:00.0, seguido por Jack Brabham e Tony Brooks numa configuração de grid 3-2-3. De uma hora para outra, o terceiro lugar foi herdade por Harry Schell, o que causou um grande furor nos boxes da Ferrari que reclamaram do feito do estadunidense que havia, misteriosamente, perdido seis segundos de seu tempo. O feito, mais tarde, foi descoberto ao saberem que Shell havia cortado a pista, herdando a primeira fila de maneira irregular.


Os protestos foram em vão, com Harry Schell e seu Cooper a saírem da primeira fila. Fechando o grid estavam Maurice Trintignant em quinto, Wolfgang von Trips em sexto, Cliff Allison em sétimo, Phil Hill em oitavo, Innes Ireland em nono, Bruce McLaren em décimo, Roi Salvadori em décimo primeiro, Alan Stacey em décimo segundo, Bob Said em décimo terceiro, Alessandro de Tomaso em décimo quarto, George Constantine em décimo quinto, Harry Blanchard em décimo sexto, Fritz d'Orey em décimo sétimo, Phil Cade em décimo oitavo e Rodger Ward em último.

Na largada, Moss e Brabham pulam na frente, com Schell caindo para o nono posto e Bruce McLaren, se beneficiando da confusão no acidente entre von Trips e Brooks, companheiros de Ferrari que se tocaram na primeira curva (o que afundava as chances de título do britânico), pulando para a terceira colocação.


Hill era quarto para a alegria dos norte-americanos, mas por pouco tempo, já que Ireland e Allison ultrapassariam-o. Lá atrás, Brooks agora tentaria remar a partir da décima quinta colocação para conquistar alguma posição honrosa mesmo sabendo que suas chances de título se esvaziaram. Ward havia assumido a décima quarta posição e vinha fazendo prova consistente. O único brasileiro na prova, Fritz d'Orey, era o décimo segundo.


Stirling Moss abria muito em relação á Jack Brabham, mas na volta cinco viu seu câmbio quebrar e suas chances de título mais uma vez acabarem. Brooks foi para o nono posto depois de passar por d'Orey, Schell, Constantine, Ward e de Tomaso. Lá na frente, o ferrarista Cliff Allison tomava a terceiro colocação sendo fortemente ameaçado por Wolfgang von Trips e Maurice Trintignant.

Com problemas no clutch, o britânico começa a perder desempenho caindo para a quinta colocação. Tony Brooks, que também já havia passado por Roi Salvadori, agora tinha na mira seu companheiro de equipe, que não dificultou a passagem do compatriota. von Trips batalhava bravamente para se manter na terceira colocação, mas a superioridade dos carros de motor traseiro da Cooper colocaram o experiente Trintignant no pódio.


Jack Brabham começa a ter problemas mecânicos em seu Cooper, mas seu leal companheiro Bruce McLaren se mantém como escudeiro na segunda colocação. Depois da grande burrada que havia feito, Wolfgang von Trips se via na frente de Tony Brooks, que pouco tinha chances de superar o companheiro a não ser que um problema o assolasse, coisa que aconteceu. Brooks quarto.

Há um pouco mais de 500 metros da linha de chegada, na última volta, Jack Brabham vê seu Cooper começar a parar, sem combustível, o que faz a equipe se contorcer de dor depois de ter avisado o australiano que deveria ter enchido mais o tanque. Companheiro, escudeiro e amigo fiel, Bruce McLaren começa a diminuir também para tentar ajudar Brabham, que sinaliza como louco, balançando os braços e a cabeça para que McLaren voltasse a acelerar para vencer a prova.

"And there comes the CHAMPION!!"

Trintignant estava muito próximo do jovem Bruce, que conseguiu se safar e terminar na primeira colocação há meros 0.6s do francês. Mesmo cansado, Jack pula de seu Cooper e começa a empurra-lo para a linha de chegada, mas antes perdendo o pódio para Brooks que se safou por cerca de 1 minuto e 57 segundos em relação ao australiano que conseguiu o quarto lugar de maneira fantástica.

E depois de 23 anos, o mundo voltava a ver um carro com motor traseiro ganhando um campeonato, agora com o Cooper de Jack Brabham depois da Auto Union de Bernd Rosemyer. A alegria era enorme nos boxes de John Cooper, que acreditou no projeto ao lado de seus dois pilotos que fizeram uma fantástica temporada.

Brabham foi campeão, mas o vencedor da prova foi Bruce McLaren, o mais jovem piloto da história da categoria a vencer uma prova oficial, aos 22 anos e 104 dias, feito que só foi superado duas vezes, uma por Alonso em 2003 e outra por Vettel em 2008. O neozelandês, mesmo recebendo uma coroa de laranjas, tinha o que comemorar ao beijar a Miss Sebring...


RESULTADOS:

  1. 9 - NZE - Bruce McLaren - Cooper Car Company- Cooper Climax - 2:12:35.7 - 8pts
  2. 6 - FRA - Maurice Trintignant - Rob Walker Racing Team - Cooper Climax - +06s - 7pts
  3. 2 - GBR - Tony Brooks - Scuderia Ferrari - Ferrari - +3:00.9s - 4pts
  4. 8 - AUS - Jack Brabham - Cooper Car Company - Cooper Climax - +4:57.3s - 3pts
  5. 10 - GBR - Innes Ireland - Team Lotus - Lotus Climax - +3 Voltas - 2pts
  6. 4 - ALE - Wolfgang von Trips - Scuderia Ferrari - Ferrari - Motor
  7. 17 - EUA - Harry Blanchard - Blanchard Automobile Co. - Porsche - 4 Voltas
  8. 3 - GBR - Cliff Allison - Scuderia Ferrari - Ferrari - Embreagem - OUT
  9. 12 - GBR - Roi Salvadori - High Efficiency Motors - Cooper Maserati - Transmissão - OUT
  10. 1 - EUA - Rodger Ward - Leader Cards Inc. - Kurtis Kraft Offenhauser - Embreagem - OUT
  11. 14 - ARG - Alejandro de Tomaso - OSCA Automobili - Cooper OSCA - Freios - OUT
  12. 5 - EUA - Phil Hill - Scuderia Ferrari - Ferrari - Embreagem - OUT
  13. 15 - BRA - Fritz d'Orey - Camoradi USA - Tec-Mec Maserati - Vazamento de Óleo - OUT
  14. 7 - GBR - Stirling Moss - Rob Walker Racing Team - Cooper Climax - Transmissão - OUT
  15. 19 - EUA - Harry Schell - Ecurie Bleue - Cooper Climax - Embreagem - OUT
  16. 16- EUA- George Constantine - Taylor-Crawley Racing Team - Cooper Borgward - Superaquecimento-OUT
  17. 11 - GBR - Alan Stacey - Team Lotus - Lotus Climax - Embreagem - OUT
  18. 18 - EUA - Bob Said - Connaught Cars-Paul Emery - Connaught Alta - Acidente - OUT
  19. 22 - EUA - Phil Cade - Phil Cade - Maserati - DNS
Volta Mais Rápida: Maurice Trintignant - 3:05.0 - Volta 39

Curiosidades: 
- 84º GP
- 1º Vitória de Bruce McLaren
- Vitória Mais Jovem da História
- 1º e Única Melhor Volta de Maurice Trintignant
- 7º Vitória da Cooper
- 7º Vitória do Motor Climax
- 1º Título de Jack Brabham
- Última Corrida Até o GP de Mônaco de 1994 Sem Nenhum Campeão


  • MELHOR PILOTO: Bruce McLaren / Tony Brooks
  • SORTUDO: Jack Brabham
  • AZARADO: Stirling Moss / Tony Brooks
  • A HONRA: Bruce McLaren
Brooks foi o melhor piloto e poderia ter levado o título caso não tivesse o azar de ser atingido por von Trips, enquanto Moss novamente perdeu a chance de ser campeão, agora por problemas em seu próprio carro. Brabham teve sorte em ver seus dois rivais terem problemas, pois, quem sabe, poderia ter perdido o título por falta de combustível. E por último, o mais honroso dos prêmios vai para Bruce McLaren, que mostrou como os mais jovens respeitavam os mais velhos antigamente, sendo fiel ao seu companheiro de equipe.


Campeonato de Pilotos:
  1. AUS - Jack Brabham - Cooper Car Company - Cooper Climax - 31 pontos (34 pontos)
  2. GBR - Tony Brooks - Scuderia Ferrari - Ferrari - 27 pontos
  3. GBR - Stirling Moss - Rob Walker Racing Team - Cooper Climax - 25,5 pontos
  4. EUA - Phil Hill - Scuderia Ferrari - Ferrari - 20 pontos
  5. FRA - Maurice Trintignant - Rob Walker Racing Team - Cooper Climax - 19 pontos
Campeonato de Construtores:
  1. Cooper Climax - 40 pontos (53 pontos)
  2. Ferrari - 32 pontos (40 pontos)
  3. BRM - 18 pontos
  4. Lotus Climax - 5 pontos
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