Grande Prêmio da Itália de 1971. Fim da 47º volta: Ronnie Peterson lidera com François Cevert, Chris Amon, Mike Hailwood e Howden Ganley. A disputa é feroz, com os pilotos disputando a liderança em todas as curvas do veloz circuito de Monza que, na época, não tinha chicanes. March, Tyrrell, Matra, Surtees e BRM estão todas no páreo pelo vitória, isso com a equipe do "Tio Ken" prestes a se tornar campeã de construtores - efeito Monza...
Até aquele 5 de setembro, um britânico chamado Peter Gethin só havia tido fracassos na Fórmula 1, mesmo correndo na crescente McLaren ao lado de Denny Hulme. Bruce McLaren havia morrido em Goodwood, e Gethin havia sido escolhido como substituto, porém jamais apresentara um grande potencial, tendo conquistado apenas um sexto lugar no GP do Canadá de 1970.
Para piorar, o M19A não era tão bom quanto seu antecessor, com o campeão de 1967 sofrendo para terminar uma prova e Gethin se arrastando no fundo do pelotão. Seus péssimos desempenhos com a equipe que havia-o colocado no automobilismo mundial, primeiramente na Can-Am, culminaram numa demissão. Porém, a morte de Pedro Rodríguez fez a BRM procurar um novo piloto para seu cockpit, e como o britânico buscava uma nova casa, a proposta foi inevitável.
Em foco, Gethin e Ganley |
Na prova, Peter vê o tetracampeão de motociclismo Mike Hailwood recuperar posições de maneira fantástica, assumindo o quarto posto ainda nas voltas inicias, entrando na disputa pela vitória após largar na DÉCIMA SÉTIMA COLOCAÇÃO. Nesse momento, Gethin era apenas oitavo, entre Chris Amon e Jackie Oliver.
E como tudo podia acontecer em Monza naqueles tempos, as Ferraris de Jacky Ickx e Clay Regazzoni, além da Tyrrell do campeão Jackie Stewart, acabaram abandonando, deixando a disputa para Peterson, Cevert, Hailwood, Siffert e Ganley. O suiço, há mero mês antes de sua morte, estava liderando quando começou a ter problemas na caixa de câmbio.
O crescente Chris Amon entra na briga, voltando a ter esperanças de conquistar sua primeira vitória. Enquanto isso, Peter Gethin começa a tirar a diferença para os cinco primeiros, tendo Howden Ganley já nos olhares na 47º volta, onde paramos no início do post...
Gethin perseguindo Amon |
No 53º giro, Hailwood é ultrapassado por Cevert, que assume a terceira posição. Na penúltima volta, Peter Gehtin perde a liderança e cai para a quarta colocação, com Peterson liderando Cevert e Hailwood.
55º volta! É Cevert que lidera com Peterson e Gehtin sendo as maiores ameaças: Ganley tenta atacar Hailwood. Estamos no último giro, prestes a entrar na última curva, com Ronnie assumindo a ponta e Peter fazendo uma manobra arriscada, freando tarde e indo para a parte de dentro. Saindo da Parabólica: Peterson lidera Gethin, Cevert, Hailwood e Ganley.
Temendo um erro da cronometragem italiana, Gethin ergue o braço para sinalizar que é o primeiro colocado. |
Peter Gethin - 1:18:12.60
Ronnie Peterson - +0.01s
François Cevert - +0.09s
Mike Hailwood - +0.18s
Howden Ganley - +0.61s
Assim, o GP da Itália de 1971 entrou para a história por ter a menor diferença entre o primeiro e o segundo colocado e entre o primeiro e o quinto colocado. Incrível!
Para assistir um dos melhores Grandes Prêmios da história, eis o link:
www.youtube.com/watch?v=5_GVEMo7mVY
Imagens tiradas do F1-History.deviantart.com - Google Imagens - GPExpert.com
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