quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Fórmula 1 1956 - Expectativas


Nesse ano, a temporada de 1956 estará aqui no blog para que todos possam reviver momentos espetaculares da jovem categoria que conquistaria o mundo. Espero que apreciem.

A tragédia de Le Mans em 1955 havia mudado completamente a história do automobilismo, e a Mercedes-Benz, temendo uma analogia ao nazismo pelo triste acontecimento envolvendo um de seus carros, decidiu se retirar da categoria, e pior, desativar todo seu programa no esporte a motor, abandonando completamente o automobilismo. Isso foi um choque para todos os seus pilotos, especialmente para Juan Manuel Fangio e Stirling Moss, as estrelas da equipe que teriam de buscar nova casa em 1956.

Nürburgring e Reims anunciaram que retornariam ao calendário da Fórmula 1 depois de cancelarem suas corridas em 1955 por motivos óbvios, porém, Bremgartnen e Pedralbes acabaram caindo em desuso, e um decorrente abandono, depois que as autoridades da Suiça e da Espanha ainda se mantiveram firmes em banir corridas nos seus territórios. O caso de Zandvoort, que ainda recebeu o GP da Holanda no ano anterior, era uma exceção, com os organizadores tendo problemas e confirmado a ausência da prova no calendário.


Depois de um ano sofrido, a Scuderia Ferrari estava disposta a voltar ao topo em 1956, comprando o revolucionário chassis D50 da Lancia e tendo Vittorio Jano para supervisionar o desenvolvimento do novo bólido ferrarista. De todos os pilotos que passaram pela equipe no ano anterior, apenas o talentoso Eugenio Castellotti se mantinha em Maranello.

Para liderar a equipe, Juan Manuel Fangio foi a principal contratação de toda a temporada, com Luigi Musso, vindo da Maserati, e o jovem promissor britânico Peter Collins formando a equipe de quatro pilotos, todos com grandes chances de disputarem o título entre si.

Ainda com o 250F de 1955, a Maserati tinha problemas a resolver, como os medianos resultados de um carro tão rápido e promissor. Para tentar ajudar, Stirling Moss foi contratado pela equipe do tridente, com Jean Behra se tornando um mero segundo piloto. Com poucas opções depois da aposentadoria de Roberto Meires, a Maserati ainda busca outros dois nomes para ocuparem seus carros, que também foram o objeto de uso de muitas equipes privadas, como Ecurie Rosier, Owen Racing, Horace Gould, Scuderia Centro Sud, Scuderia Guastalla e Gilby Engineering.


A Gordini vinha sofrendo uma terrível crise financeira, tentando sobreviver durante toda a temporada de 1955 enquanto a imprensa francesa metralhava de críticas os bólidos azuis. O novo T32 ainda era lento, e o desenvolvimento era nada animador com poucas mudanças antes do início de 1956, quando a equipe se mantinha com seus três pilotos: Robert Manzon, André Pilette e Hermano da Silva Ramos.

Depois de altos e baixos em seus primeiros anos, Tony Vandervell e sua equipe parecia estar no caminho certo para o sucesso, mantendo Harry Schell como primeiro piloto, graças a suas duas vitórias em provas extra-campeonato, e contratando o experiente, e consistente, francês Maurice Trintignant.

Apesar do relativo sucesso do Type B, a Connaught continuava sofrendo com terríveis problemas financeiros, forçando a equipe mirar provas apenas no Reino Unido, deixando-a de fora de toda a temporada, exceto o GP da Grã-Bretanha. De 1955, apenas Jack Fairman havia sido mantido.

Depois de pagar mico com o V16 do P15, a BRM desenvolveu por anos um novo bólido para competições, o P25. Promissor, o carro ainda precisava ser desenvolvido para chegar aos pontos, e por isso a Owen Racing teve de buscar nomes que realmente fizesse a diferença, como o jovem Tony Brooks, o rápido Mike Hawthorn e Ron Flockhart.


Rumores e mais rumores dava á entender que a Bugatti estava preparando um retorno aos Grand Prix, isso mesmo, a Bugatti retornaria aos Grand Prix! Depois de anos de mera especulação, a imprensa francesa finalmente solidificou a ideia de como seria o novo carro da marca, o T251, que poderia vir com um motor L8 montado transversalmente e colocado atrás do piloto, isso mesmo, um motor traseiro como nos velhos tempos de Auto Union.

O designer já era conhecido, aquele que havia criado o Alfa Romeo 158 e a Ferrari 125, o italiano Gioacchino Colombo. Apesar dos problemas financeiros enfrentados pela fabricante francesa, um retorno ainda era esperado pela imprensa...

Assim se iniciava a temporada de 1956 da Fórmula 1... sem Mercedes, com Ferrari favorita, Maserati tentando se aproximar da conterrânea, Vanwall crescendo, Godini e Connaught se afundando, BRM se reerguendo e Bugatti tentando retornar aos Grand Prix... Bons e velhos tempos.

Imagens tiradas do Google Imagens

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