EXPECTATIVAS
Para 1985, a McLaren mantinha seu time de outro que havia alcançado o título em 1984, com John Barnard preparando uma versão melhorada do MP4/2 e Alain Prost ao lado de Niki Lauda se mantendo como pilotos. É, parece que o domínio iria continuar...
A Williams vinha com o FW10, evoluído do FW09B, tendo uma nova pintura, um novo piloto e maiores ambições. O motor Honda havia evoluído, mas ainda não atingira seu grande potencial, deixando Keke Rosberg e Nigel Mansell na mão pelo menos no início da temporada, com grandes esperanças para a partir de Mônaco.
A Brabham mantinha suas esperanças em Nelson Piquet, agora com a BMW prometendo um motor mais confiável para o BT54 desenvolvido pelo velho conhecido Gordon Murray. A nova parceria com a fornecedora de pneus Pirelli parecia ser mal negócio se relacionado com os últimos anos da marca italiana, porém, com os rigorosos testes realizado no Rio de Janeiro e em Kyalami parecia que tudo podia sair bem. Com a Parmalat dando mais liberdade à equipe, a escolha, chocante e estranha, foi de François Hesnault para ser segundo piloto.
A RAM tinha boas esperanças para 1985, aposentando o terrível 02 e contratando dois homens da falecida ATS: Gustav Brunner (projetista) e Manfred Winkelhock (piloto). Depois de alguns testes correndo com um belo verde predominante, ficou claro que a equipe havia evoluído e poderia sonhar mais alto em 1985, com Philippe Alliot mantendo-se como piloto.
Uma pré-temporada satisfatória para a Lotus animou os seus pilotos Ayrton Senna e Elio de Angelis para 1985, com a equipe se beneficiando do velho contrato da Goodyear, enquanto a McLaren ainda teria que se acostumar com a nova borracha, parecia que o novo 97T de Gerard Ducarouge foi uma ótima evolução se comparado ao de 1984.
O inverno havia sido difícil para Renault, que tomou outro grande golpe depois do fraco 1984 sem vitórias, algo que não acontecia desde 1978. A equipe francesa mantinha Patrick Tambay e Derek Warwick como seus pilotos, contratando um inexperiente Gerard Toth para substituir Gerard Larrousse, o que atrapalhava ainda mais o desenvolvimento do novo RE60.
Depois da parceira com a BMW ter apresentado poucos frutos na temporada de 1984, a Arrows esperava mais com seu novo chassis feito inteiramente de fibra de carbono, o A8. Com Thierry Boutsen se mantendo na equipe, e Marc Surer sendo mandado embora, Gerhard Berger assumia o carro número 17#.
A Toleman foi outra equipe que sofreu no inverno. Mesmo com seu novo TG185 já pronto, com Stefan Johansson contratado para ser primeiro piloto e John Watson sendo chamado para correr ao seu lado, a equipe ainda não tinha uma fornecedora de pneus: Michelin se retirou, Pirelli negou o pedido depois da discussão em 1984 e a Goodyear não revelou as causas. Mesmo após testar com pneus Avon, é difícil saber quando a Toleman fará sua estreia.
Sofrendo a cada prova, Spirit resistiu ao inverno europeu e participaria da temporada, mesmo com uma equipe tendo um número menor de funcionários a cada fim-de-semana. Mauro Baldi prestaria seus serviços até quando for possível, podendo ser mandado embora por causas financeiras. John Gentry desenvolveu o novo chassis 185T da Alfa Romeo, que ainda esperava melhores resultados com Patrese e Cheever depois de um fraco 1984.
Ainda usando o FA1F de 1984 nas primeiras etapas, apenas Piercarlo Ghinzani estaria esperando pelo novo FA1G, já que Jo Gartner acabou não conseguindo sua vaga na Toleman e decidiu focar na sua carreira nos sportscar. A Ligier passou a usar os pneus Pirelli, com Larrouse e Tetu chegado ao time com esperanças de melhora com o novo JS25 guiado por Andrea de Cesaris e pelo velho Jacques Laffite, de volta à equipe.
O chassis 126 finalmente foi abandonado, e as esperanças de bons resultados para o jovem Michele Alboreto e para o francês René Arnoux voltaram depois dos ótimos testes do 156/85. Nessa temporada, haveria uma nova equipe italiana para tentar a sorte na Fórmula 1, a famosa Minardi, que já tinha participações em categorias menores e andava crescendo.
Giancarlo Minardi arranjou um contrato com os motores Motori Moderni, desenvolvidos pelo ex-Alfa Romeo Carlos Chiti. O M185 foi projetado por Giancomo Caliri, tendo como piloto o talentoso italiano Alessandro Nannini, que mais tarde perderia vaga depois de ter a superlicença negada. A opção que sobrara para Minardi foi Pierluigi Martini, que havia testado pela Brabham e participado do GP da Itália de 1984 pela Toleman.
Erich Zachowski desenvolvia carros da Ford para corridas na Alemanha, e com isso esperava certo apoio da marca estadunidense, porém o alemão teve que apelar para motores depois que as negociações não deram certo. Testes com Winkelhock e Palmer foram feitos, com o piloto escolhido sendo o britânico, que guiaria o belo 841 apenas nas etapas europeias, quando a Zakspeed ganharia o patrocínio da West, deixando de usar o belo prata, azul e vermelho que vimos nos testes.
A última estreante no certame era a americana Beatrice Lola, comandada por Carl Haas, com participação até do grande Teddy Mayer. Alan Jones foi o piloto contratado para levar a equipe á glória, tendo o chassis desenvolvido pelo grupo FORCE, com motores Hart e pneus Goodyear. Uma ótima combinação que poderia dar bons frutos a partir de 1986, quando passariam a participar de todos os GPs.
A Brabham mantinha suas esperanças em Nelson Piquet, agora com a BMW prometendo um motor mais confiável para o BT54 desenvolvido pelo velho conhecido Gordon Murray. A nova parceria com a fornecedora de pneus Pirelli parecia ser mal negócio se relacionado com os últimos anos da marca italiana, porém, com os rigorosos testes realizado no Rio de Janeiro e em Kyalami parecia que tudo podia sair bem. Com a Parmalat dando mais liberdade à equipe, a escolha, chocante e estranha, foi de François Hesnault para ser segundo piloto.
Uma pré-temporada satisfatória para a Lotus animou os seus pilotos Ayrton Senna e Elio de Angelis para 1985, com a equipe se beneficiando do velho contrato da Goodyear, enquanto a McLaren ainda teria que se acostumar com a nova borracha, parecia que o novo 97T de Gerard Ducarouge foi uma ótima evolução se comparado ao de 1984.
O inverno havia sido difícil para Renault, que tomou outro grande golpe depois do fraco 1984 sem vitórias, algo que não acontecia desde 1978. A equipe francesa mantinha Patrick Tambay e Derek Warwick como seus pilotos, contratando um inexperiente Gerard Toth para substituir Gerard Larrousse, o que atrapalhava ainda mais o desenvolvimento do novo RE60.
Johansson testando pela Toleman |
A Toleman foi outra equipe que sofreu no inverno. Mesmo com seu novo TG185 já pronto, com Stefan Johansson contratado para ser primeiro piloto e John Watson sendo chamado para correr ao seu lado, a equipe ainda não tinha uma fornecedora de pneus: Michelin se retirou, Pirelli negou o pedido depois da discussão em 1984 e a Goodyear não revelou as causas. Mesmo após testar com pneus Avon, é difícil saber quando a Toleman fará sua estreia.
Sofrendo a cada prova, Spirit resistiu ao inverno europeu e participaria da temporada, mesmo com uma equipe tendo um número menor de funcionários a cada fim-de-semana. Mauro Baldi prestaria seus serviços até quando for possível, podendo ser mandado embora por causas financeiras. John Gentry desenvolveu o novo chassis 185T da Alfa Romeo, que ainda esperava melhores resultados com Patrese e Cheever depois de um fraco 1984.
Watson testando pela Toleman |
O chassis 126 finalmente foi abandonado, e as esperanças de bons resultados para o jovem Michele Alboreto e para o francês René Arnoux voltaram depois dos ótimos testes do 156/85. Nessa temporada, haveria uma nova equipe italiana para tentar a sorte na Fórmula 1, a famosa Minardi, que já tinha participações em categorias menores e andava crescendo.
Giancarlo Minardi arranjou um contrato com os motores Motori Moderni, desenvolvidos pelo ex-Alfa Romeo Carlos Chiti. O M185 foi projetado por Giancomo Caliri, tendo como piloto o talentoso italiano Alessandro Nannini, que mais tarde perderia vaga depois de ter a superlicença negada. A opção que sobrara para Minardi foi Pierluigi Martini, que havia testado pela Brabham e participado do GP da Itália de 1984 pela Toleman.
Winkelhock andou de Zaks antes da temporada começar |
A última estreante no certame era a americana Beatrice Lola, comandada por Carl Haas, com participação até do grande Teddy Mayer. Alan Jones foi o piloto contratado para levar a equipe á glória, tendo o chassis desenvolvido pelo grupo FORCE, com motores Hart e pneus Goodyear. Uma ótima combinação que poderia dar bons frutos a partir de 1986, quando passariam a participar de todos os GPs.
GRANDES PRÊMIOS
Grande Prêmio do Brasil - Jacarepaguá - 5, 6 e 7 de abril de 1985
Pole position: Michele Alboreto - Scuderia Ferrari
Vencedor: Alain Prost - McLaren TAG-Porsche
Com a abertura da temporada mais uma vez no Rio de Janeiro, o principal problema dos pilotos se tornava o forte calor brasileiro, deixando a prova ainda mais tumultuada com Nigel Mansell, Keke Rosberg e Michele Alboreto abrindo caminho para outra vitória de Alain Prost, com René Arnoux marcando seus últimos pontos pela Ferrari, antes de sair da equipe.
Grande Prêmio de Portugal - Estoril - 19, 20 e 21 de abril de 1985
Pole position: Ayrton Senna - Lotus Renault
Vencedor: Ayrton Senna - Lotus Renault
No retorno de Stefan Bellof à categoria, com Stefan Johansson assumindo o cockpit da Ferrari e a Zakspeed estreando, Ayrton Senna volta ao local onde havia conseguido sua melhor posição de largada, conquistando a pole position. No domingo, com forte chuva, o brasileiro fez prova impecável para vencer sua primeira prova, com Stefan Bellof sendo outro grande nome conquistando um sexto lugar.
Grande Prêmio de San Marino - Imola - 3, 4 e 5 de maio de 1985
Pole position: Ayrton Senna - Lotus Renault
Vencedor: Elio de Angelis - Lotus Renault
Numa das melhores provas da temporada, Ayrton Senna duelou com Elio de Angelis, Michele Alboreto e Alain Prost para caminhar pra sua segunda vitória, perdendo-a depois que o combustível de sua Lotus chegou ao final. Johansson fez grande prova de recuperação e vinha para vencer no lugar de Senna, mas o mesmo azar atingiu o sueco enquanto Alain Prost assumia a liderança para conquistar a vitória. Horas mais tarde, o francês foi desclassificado cedendo a conquista para Elio de Angelis, com Thierry Boutsen e Patrick Tambay fechando o pódio.
Grande Prêmio de Mônaco - Monte Carlo - 16, 17, 18 e 19 de maio de 1985
Pole position: Ayrton Senna - Lotus Renault
Vencedor: Alain Prost - McLaren TAG-Porsche
Ayrton Senna mais uma vez era o poleman no GP que marcava o retorno da Toleman depois da desistência da Spirit, porém o brasileiro acabou não conseguindo completar a prova marcada pelo acidente entre Riccardo Patrese e Nelson Piquet além da grande performance de Michele Alboreto, que perdeu a vitória por causa de seu azar. Andrea de Cesaris fez grande prova e terminou em quarto.
Grande Prêmio do Canadá - Montreal - 14, 15 e 16 de junho de 1985
Pole position: Elio de Angelis - Lotus Renault
Vencedor: Michele Alboreto - Scuderia Ferrari
Mesmo com a Lotus dominando a primeira fila, as duas Ferrari acabaram por conquistar o GP do Canadá, com Michele Alboreto sagrando-se vencedor com Stefan Johansson e Alain Prost fechando o pódio. Keke Rosberg e Nigel Mansell começavam a engatinhar no campeonato, conquistando mais alguns pontinhos em Montreal.
Grande Prêmio dos EUA - Detroit - 21, 22 e 23 de junho de 1985
Pole position: Ayrton Senna - Lotus Renault
Vencedor: Keke Rosberg - Williams Honda
Em outra grande prova de 1985, ambas as Tyrrell voltam a surpreender nas esdrúxulas condições do circuito de Detroit, com Martin Brundle guiando magnificamente até ser atingido por Philippe Alliot, quando estava na quarta colocação. Stefan Bellof também não fez feio, seguiu o companheiro e assumiu seu posto, terminando colado em Michele Alboreto. Rosberg e Mansell fizeram grande prova, porém foi o finlandês que conseguiu terminar e vencer o grande prêmio...
Grande Prêmio da França - Paul Ricard - 5, 6 e 7 de julho de 1985
Pole position: Keke Rosberg - Williams Honda
Vencedor: Nelson Piquet - Brabham BMW
A parceira entre Brabham e Pirelli daria o primeiro grande resultado apenas no meio da temporada, em Paul Ricard, quando o calor beneficiou os compostos italianos. Num fim-de-semana marcado pela estreia do bólido turbo da Tyrrell para Martin Brundle e a apresentação do RE60B da Renault para Patrick Tambay, Nigel Mansell acabou não participando da corrida depois de sofrer forte acidente no último GP da França realizado no layout original de Paul Ricard.
Grande Prêmio da Grã-Bretanha - Silverstone - 19, 20 e 21 de julho de 1985
Pole position: Keke Rosberg - Williams Honda
Vencedor: Alain Prost - McLaren TAG-Porsche
Com a disputa pelo título começando a esquentar, e sem Lauda, o GP da Grã-Bretanha viu Keke Rosberg fazer uma volta fantástica para cravar a pole, não se beneficiando numa corrida marcada pela lentidão do Tyrrell Ford de Bellof e pela fenomenal largada de Ayrton Senna, liderando boa parte da prova até abandonar com problemas na injeção. Andrea de Cesaris também vinha tendo ótimo desempenho, mas quem alegrou a Ligier foi o velho e bom Jacques Laffite, que conquistou um fantástico pódio.
Grande Prêmio da Alemanha - Nürburgring - 2, 3 e 4 de agosto de 1985
Pole position: Teo Fabi - Toleman Hart
Vencedor: Michele Alboreto - Scuderia Ferrari
50 anos depois da memorável edição de 1935, o GP da Alemanha voltava a ser realizado em Nürburgring, com o público aguardando uma prova tão disputada quanto aquela que sagrou ainda mais a carreira de Tazio Nuvolari. À bordo de um carro vermelho com o logo de Enzo Ferrari pintado ao seu lado, Michele Alboreto venceu a prova que marcava a estreia do 014 para Stefan Bellof. Jacques Laffite duelou com Nigel Mansell bravamente para conquistar um segundo pódio consecutivo. Isso que não falei da pole da Toleman...
Grande Prêmio da Áustria - Österreichring - 16, 17 e 18 de agosto de 1985
Pole position: Alain Prost - McLaren TAG-Porsche
Vencedor: Michele Alboreto - Scuderia Ferrari
Com o circo estando mais vazio sem Manfred Winkelhock, morto na última semana em decorrência de seu acidente em Mosport, a RAM anunciava Kenny Acheson como seu piloto substituto. Ghinzani, vindo da Osella, estreava como companheiro de Fabi enquanto Alain Prost fazia um fim-de-semana impecável para vencer e assumir a ponta do campeonato, empatado com Michele Alboreto.
Grande Prêmio da Holanda - Zandvoort - 23, 24 e 25 de agosto de 1985
Pole position: Nelson Piquet - Brabham BMW
Vencedor: Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche
A partir do GP da Holanda, Michele Alboreto passaria a perder o controle da situação, com a Ferrari entrando de cabeça numa forte crise. Quem surpreendeu na prova foi Niki Lauda, que finalmente teve condições para batalhar pela vitória, segurando Alain Prost até o final da corrida para vencer pela última vez.
Grande Prêmio da Itália - Monza - 6, 7 e 8 de setembro de 1985
Pole position: Ayrton Senna - Lotus Renault
Vencedor: Alain Prost - McLaren TAG-Porsche
Uma semana depois de mais uma triste perda, agora do promissor alemão Stefan Bellof, o circo estava em Monza. Mesmo com Keke Rosberg e Nigel Mansell dando show, o motor Honda de suas Williams acabaram cedendo a vitória para Alain Prost, enquanto Nelson Piquet finalizava em segundo e Ayrton Senna passava sufoco para segurar a última posição do pódio em cima de Marc Surer. Alboreto, que vinha para o quarto lugar, abandonou...
Grande Prêmio da Bélgica - Spa-Francorchamps - 13, 14 e 15 de setembro de 1985
Pole position: Alain Prost - McLaren TAG-Porsche
Vencedor: Ayrton Senna - Lotus Renault
Depois de quase ser cancelado por falta de estrutura, o GP da Bélgica passou para o meio do mês de setembro, quando nem Bellof, nem Winkelhock e nem Palmer estavam no circo. Christian Danner foi chamado para substituir o britânico, enquanto Ayrton Senna dava show embaixo de chuva para conquistar sua segunda vitória, com Mansell chegando em segundo: seu melhor resultado até então.
Grande Prêmio da Europa - Brands Hatch - 4, 5 e 6 de outubro de 1985
Pole position: Ayrton Senna - Lotus Renault
Vencedor: Nigel Mansell - Williams Honda
Na melhor prova de 1985, Nigel Mansell conquistou sua primeira vitória após se beneficiar do toque entre Ayrton Senna e Keke Rosberg, que também tirou Nelson Piquet da corrida. Outros que deram show foram Jacques Laffite e Marc Surer, que sequer terminaram o GP, que ficou marcado por dar o primeiro título da Fórmula 1 para a França, quando Alain Prost fechou na quarta colocação depois do abandono de Michele Alboreto.
Grande Prêmio da África do Sul - Kyalami - 17, 18 e 19 de outubro de 1985
Pole position: Nigel Mansell - Williams Honda
Vencedor: Nigel Mansell - Williams Honda
O controverso GP da África do Sul de 1985 viu Nigel Mansell conquistar sua segunda pole position, algo que não garantiu sua vitória no domingo, já que, com apenas 20 carros conseguindo largar, Keke Rosberg deu um show incrível durante todas as voltas, assumindo a ponta antes de rodar no óleo e retornar com força para ainda terminar na segunda colocação.
Grande Prêmio da Austrália - Adelaide - 1, 2 e 3 de novembro de 1985
Pole position: Ayrton Senna - Lotus Renault
Vencedor: Keke Rosberg - Williams Honda
Na outra melhor prova de 1985, Keke Rosberg voltou a dar show para superar Ayrton Senna, que encarnou Gilles Villeneuve, cometendo grandes erros e fazendo a alegria do público. Beneficiando-se de abandonos, ambas as Ligier conquistaram um pódio mesmo após se tocarem nas últimas voltas, com Frank Williams subindo para pegar seu troféu pela última vez...
EQUIPES
Marlboro McLaren International - McLaren TAG-Porsche - MP4/2B - Goodyear - Lauda / Watson / Prost
Apesar de um domínio menos eficaz do que em 1984, a McLaren teve muito o que comemorar em 1985, com o título de Alain Prost e seu primeiro bicampeonato consecutivo. Mesmo sem ter o melhor carro e o melhor motor, a equipe britânica conseguiu superar as Lotus, as Ferraris e as Williams graças a sua confiabilidade, levando o 'Professor' até as primeiras colocações enquanto Senna, Alboreto e Rosberg enfrentavam problemas.
Tyrrell Racing Organisation - Tyrrell Ford / Tyrrell Renault - 012 / 014 - Goodyear
Brundle / Johansson / Bellof / Streiff / Capelli
Brundle / Johansson / Bellof / Streiff / Capelli
No meio da temporada, a Tyrrell acabou trocando seus convencionais motores Cosworth por um turbo Renault, o mesmo que a equipe poderia ter utilizado quase 10 anos antes. O 014 tinha futuro, mas o desenvolvimento lento acabou por atrapalhar a maior probabilidade de pontos ainda em sua temporada de estreia. Stefan Bellof pontuou duas vezes com o antigo 012, falecendo depois de correr apenas três vezes no bólido turbo.
Martin Brundle ficou marcado pelo seu azar, especialmente quando se envolveu num acidente com Philippe Alliot em Detroit, enquanto Ivan Capelli e Philippe Streiff dividira o cockpit do número 4# depois da morte do alemão, com o italiano conquistando os primeiros pontos turbo da Tyrrell na confusa prova de Adelaide.
Canon Williams Honda - Williams Honda - FW10 - Goodyear - Mansell / Rosberg
Na segunda temporada completa da parceria Williams-Honda, a equipe britânica conseguiu resultados brilhantes a partir da segunda metade do campeonato, sendo beneficiada pelo ótimo desenvolvimento do motor Honda e da melhora na confiabilidade do FW10, que havia deixado Mansell e Rosberg meio que fora da festa no início do ano.
Keke Rosberg fez sua melhor temporada, conquistando duas vitórias em Detroit e em Adelaide, perdendo em Silverstone, Nürburgring, Zandvoort, Monza, Brands Hatch e Kyalami por causa de seu azar. O Leão conquistou ótimos resultados nas últimas etapas, se beneficiando dos problemas do companheiro além de agir de modo mais racional.
Motor Racing Developments - Brabham BMW - BT54 - Pirelli - Piquet / Hesnault / Surer
Com Nelson Piquet ainda batalhando para melhorar a confiabilidade dos motores BMW, a Pirelli acabou evoluindo com a parceria feita entre ela e a Brabham, algo que resultou em uma ótima vitória em Paul Ricard, aquela que se tornaria a última da equipe. Apesar de evoluir, a marca alemã ainda deixara nas mãos os seus pilotos.
Marc Surer substituiu François Hesnault depois que o francês se machucou, pilotando de maneira constante e acompanhando o ritmo de Piquet, algumas vezes até superando-o. Terminar o ano sem pódio foi uma injustiça para o suiço, que fica sem vaga na equipe para 1986...
Skoal Bandit Formula 1 Team - RAM Hart - 03 - Pirelli - Winkelhock / Alliot / Acheson
A chegada de Gustav Brunner e Manfred Winkelhock animou a equipe, e os ótimos testes com o 03 mostraram ser mais um motivo para se alegrarem. Porém, a RAM mais uma vez se decepcionou, com o alemão sofrendo para guiar o carro e Philippe Alliot não sabendo liderar a equipe depois do falecimento de Winkelhock.
A contratação de Kenny Acheson mostrou que a RAM necessitava de mais fundos para se manter na Fórmula 1, ignorando John Watson e René Arnoux que estavam desempregados. Com o campeonato perto do fim, o britânico perdeu seu carro e Alliot passou a ser o único piloto da equipe que nem sequer viajou para Kyalami e Adelaide, em busca de melhoras para 1986.
John Player Special Team Lotus - Lotus Renault - 97T - Goodyear - de Angelis / Mansell
Depois de uma boa temporada de 1984, sagrando Elio de Angelis terceiro colocado na tabela de pilotos, a Lotus veio ainda mais forte com Ayrton Senna em 1985. A consistência do italiano aliada à velocidade do brasileiro parecia ser uma combinação fatal para o domínio da McLaren, porém o que sobrou de carro faltou de confiabilidade, deixando Ayrton na mão em boa parte das corridas, incluindo em algumas na qual a vitória era questão de chegar ao fim.
de Angelis repetia o que havia feito em cima de Mansell em 1984, superando Senna até a metade do campeonato, quando, misteriosamente, os problemas do brasileiro passaram a acontecer com o italiano, que era o piloto mais próximo do duelo entre Alboreto e Prost, deixando pistas que a Lotus não tinha condições de colocar dois carros nas mesmas condições.
Para piorar, a dupla parecia ficar cada vez mais distante, com Senna assinando contrato para 1986 enquanto Elio de Angelis foi obrigado a sair da equipe quando parecia que finalmente seria campeão do mundo usando a mesma estratégia de Alain Prost.
Equipe Renault Elf - Renault - RE60 / RE60B - Goodyear - Hesnault / Tambay / Warwick
Apenas dois anos antes, a equipe francesa estava batalhando pelo título antes de anunciar sua saída da categoria, envergonhada pelo fracasso de não conquistarem um título em apenas nove anos de uma história que mudou a trajetória da Fórmula 1. A falta de experiência de Gerard Toth mostrou ser outro golpe duro durante a temporada, com o RE60 sendo ainda pior do que o antecessor.
A falta de confiabilidade e velocidade do RE60 colocava eles atrás de Lotus e Ligier, equipes motorizadas com o turbo Renault. No fim, 1985 só viu a equipe francesa servir para uma coisa: uso da câmera onboard ao vivo durante a corrida, com François Hesnault na Alemanha e Patrick Tambay na Inglaterra e na Austrália.
Barclay Arrows BMW - Arrows BMW - A8 - Goodyear - Berger / Boutsen
Com o desenvolvimento dos motores BMW e o primeiro chassis de fibra de carbono da equipe, a Arrows fez uma grande evolução em 1985. Com uma interessante dupla de pilotos, a construtora de Jackie Oliver conquistou ótimos resultados na temporada, entre eles um pódio com o consistente Thierry Boutsen, em Imola, quando abandonos beneficiaram o belga que terminou em segundo.
Gerhard Berger sofreu mais do que o companheiro, porém mostrou ser rápido e agressivo, conquistando seus melhores resultados nas últimas etapas. Se mantendo no meio do grid, deixando os problemas de fundo do pelotão para trás, a Arrows tem um bom futuro pela frente.
Toleman Group Motorsport - Toleman Hart - TG185 - Pirelli - Fabi / Ghinzani
Depois de fazer sua melhor temporada de 1984, a Toleman parecia estar no caminho certo para uma evolução em 1985, contratando Stefan Johansson e John Watson como pilotos. Mas os problemas encontrados depois da retirada da Michelin da categoria, deixaram a equipe descalça para o início do ano, deixando seus pilotos fugirem enquanto tentavam arranjar um novo contrato.
Por sorte, a Spirit vendeu o contrato da Pirelli para a Benetton que deu esse contrato para a Toleman, resultando na estreia apenas em Mônaco. Teo Fabi mostrou ser tão rápido quando Johansson e Watson, fez uma pole fantástica em Nürburgring e teve um desempenho invejável na Áustria, mesmo usando o motor Hart. A falta de confiabilidade ficou ainda mais evidente quando colocaram Ghinzani no segunda carro. Acabou sendo uma injustiça fecharem o ano zerados.
Spirit Enterprises Ltd - Spirit Hart - 101D - Pirelli - Baldi
Com a terceira evolução do 101, o 101D, a Spirit chegou em 1985 usando os mesmos motores Hart e os mesmos compostos Pirelli. Mauro Baldi novamente era o kamikaze dessa bomba mecânica, que pelo menos resistia tão bem quanto uma Minardi. Com a irresistível oferta da Benetton pelo contrato com os pneus Pirelli, a Spirit foi obrigada a desaparecer da temporada, prometendo um retorno em 1986.
Pagavam por algo que sofreram: a traição da Honda.
Benetton Team Alfa Romeo - Alfa Romeo - 185T / 184TB - Goodyear - Patrese / Cheever
"O que aconteceu com a Alfa Romeo?" Aqueles mais espertos, em 1986, perceberam a falta dos carros italianos no grid e ainda mais os poucos comentários sobre a sua saída no fim da temporada, algo despercebido. Com Eddie Cheever e Riccardo Patrese sofrendo com a equipe desde 1984, a gota d'água foi quando tiveram que retornar ao velho 184T no meio do ano.
Usando o 185T no início da temporada, a Alfa Romeo mal conseguia se aproximar das últimas voltas, sendo obrigada a desenvolver uma nova versão do bólido de 1984, o 184TB, que pelo menos conseguiu terminar algumas poucas provas para a equipe. Para piorar, terminaram atrás das compatriotas Osella e Minardi, sem nenhum ponto.
Osella Squadra Corse - Osella Alfa Romeo - FA1F / FA1G - Pirelli - Ghinzani / Rothengatter
Depois de sua melhor temporada de 1984, a Osella se viu com mais problemas em 1985, não conseguindo evoluir para seguir os passos da Arrows. A saída de Jo Gartner também foi um golpe difícil para a equipe, que inscreveu apenas um carro para Piercarlo Ghinzani, correndo gratuitamente apenas por diversão apesar dos problemas do antigo FA1F e do novo FA1G.
A substituição pelo holandês Huub Rothengatter foi necessário, com o sorridente holandês mantendo a mesma animação e alegria mesmo com os crescentes problemas durante o ano. Na última etapa, se não fosse a persistência de Gerhard Berger, Rothengatter teria conquistado seus primeiros pontos na categoria.
Equipe Ligier - Ligier Renault - JS25 - Pirelli - de Cesaris / Streiff / Laffite
Depois de duas fracas temporadas na Williams, Jacques Laffite voltou para casa onde havia conquistado todas as suas vitórias, voltando a sonhar com as conquistas caso a evolução continuasse. Andrea de Cesaris mostrou ser tão rápido quanto o experiente francês, conquistando um encorajador resultado em Mônaco e uma ótima performance em Silverstone antes de sair da equipe depois de estar farto com a falta de confiabilidade do carro, segundo o próprio.
A escolha por Philippe Streiff foi boa, com o francês andando no mesmo nível do companheiro e até mesmo superando-o no grid de largada em Brands Hatch. Porém, o mesmo erro tosco cometido por de Cesaris na Áustria, Streiff cometeu em Adelaide, quando se arriscou de maneira boba e colocou em xeque seu único pódio. Laffite, por outro lado, conquistou três pódios além de ter um desempenho monstruoso em Brands Hatch, numa de suas melhores temporadas.
Se recuperando de um péssimo fim de temporada em 1984, a Ferrari tinha um bom carro e uma ótima dupla de pilotos, porém a equipe foi incapaz de aproveitar a qualidade de seu bólido na segunda metade do campeonato, quando Michele Alboreto decaiu junto com Stefan Johansson. Em circuitos irregulares, o carro não era bem ajustado, atrapalhando ainda mais o trabalho dos pilotos.
Alboreto guiou magistralmente para vencer em Montreal e em Nürburgring, superando até mesmo a McLaren e a Lotus e, ao invés de Ayrton Senna, quem estava perseguindo Alain Prost era o italiano, que estava perto de ser campeão. Mas, como em 1984, a Ferrari entrou numa forte crise, decaiu, e tirou o título das mãos de Michele.
Minardi Team SpA - Minardi Ford / Minardi Motori Moderni - M185 - Pirelli - Martini
Giancarlo Minardi se mostrava animado com Alessandro Nannini como piloto à bordo de um carro com motor Alfa Romeo, porém problemas mudaram toda a trajetória da equipe: Pierluigi Martini seria o homem que dirigiria o M185 com motores Motori Moderni, de Carlos Chiti. Apesar de estar sendo desenvolvido, o V6t italiano era tão problemático quanto o Alfa Romeo, deixando alguém inexperiente como Pierluigi Martini ainda mais em apuros.
A disputa com a rival italiana Osella mostrou-se ferrenha, mas a falta de qualidade do equipamento da Minardi deixaram Huub Rothengatter supera-los.
West Zakspeed Racing - Zakspeed - 841 - Goodyear - Palmer / Danner
Outra novata de 1985, a Zakspeed arriscou com chassis e motor próprio, mas nada que tirasse a motivação de uma equipe que tinha Jonathan Palmer fazendo o desenvolvimento. O rápido britânico participou de boa parte das provas, ficando de fora apenas das corridas na América antes de quebrar a perna nos 1000Km de Spa-Fracorchamps.
Christian Danner foi selecionado para ser seu substituto, mas a falta de qualidade do equipamento atrapalharam ainda mais uma carreira em ascensão.
Team Haas (USA) Ltd - Lola Hart - THL1 - Goodyear - Jones
Preparando-se para uma temporada completa em 1986, a Beatrice Lola comandada por Carl Haas tem tudo para um futuro brilhante, fazendo as provas de 1985 apenas um campo de testes, com a qualidade de Alan Jones entrando em xeque antes de seu ótimo desempenho em Adelaide.
PILOTOS
1 - AUT - Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche
Apesar de passar por sua pior temporada em anos, o décimo lugar conquistado pelo tricampeão fechou sua carreira na Fórmula 1. A sorte que havia tido em 1984 não se repetiu em 1985, enfrentando sérios problemas de confiabilidade em sua McLaren. Em provas como o GP da Áustria e da Austrália tinha grandes chances de vitória, porém o azar tirou duas ótimas conquistas para o austríaco.
Outro exemplo que demonstra o azar de Lauda durante o ano foi seu acidente em Spa-Francorchamps, onde quebrou o pulso e foi impossibilitado de correr durante semanas. No GP da Holanda, uma das poucas provas que terminou, conseguiu ultrapassar Alain Prost e aguentar a pressão do futuro campeão, conquistando sua última vitória numa das melhores corridas da temporada.
1985: Problemas e mais problemas fizeram Lauda fechar sua carreira numa fraca e pouco representativa 10º colocação. Mesmo assim, além dos azares, isso já mostrava o aumento da concorrência em cima da McLaren.
1 - IRN - John Watson - McLaren TAG-Porsche
O velho norte-irlandês tinha planos de retornar ao grid à bordo da crescente Toleman, só que os problemas enfrentados com os pneus e sua solução obrigaram Watson a dizer um breve adeus á Fórmula 1. Porém, quando seu amigo Niki Lauda sofreu um forte acidente na Bélgica, John voltou aos holofotes sendo contatado para correr no carro número #1.
Pela última vez na história, um não-campeão dirigiu o carro número #1, com John Watson não conseguindo muito na chance que teve. Correndo perto da torcida, em Brands Hatch, o norte-irlandês estava enferrujado em sem muita animação para combater os grandes rivais, só recuperando um bom ritmo na segunda metade da corrida. No fim, um 7º lugar decretou o fim da carreira de Watson.
1985: Na lista dos campeões morais, John Watson conseguiu correr pela única vez à bordo do carro 1# em sua última participação num grande prêmio. Infelizmente, sua última prova havia sido apenas em 1983, enferrujando e não tendo condições de acompanhar o ritmo de Alain Prost.
2 - FRA - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche
(ALELUIA!) E finalmente Alain Prost chegou ao título mundial de pilotos, depois de perder por dois anos seguidos. A sua consistência deu uma aula para pilotos da estirpe de Ayrton Senna, Keke Rosberg e Nigel Mansell que, mesmo tendo um carro certas vezes melhor do que o McLaren, forçavam até quebrar.
O francês recebeu o apelido de 'Professor' tão merecidamente quanto foi campeão, superando Niki Lauda de maneira fácil e não se sentindo pressionado com a momentânea ameaça de Michele Alboreto no meio da temporada.
1985: Pela primeira vez os franceses comemoraram um título na Fórmula 1, e, diferentemente daquilo que se acreditava, não veio pela Renault e sim por um de seus pilotos. A escola europeia fez bem produzindo grandes nomes como Arnoux, Depailler, Jabouille, Laffite, Jarier e Pironi, mas apenas Prost conseguiu conquistar um título.
3 / 4 - GBR - Martin Brundle - Tyrrell Ford / Tyrrell Renault
Martin Brundle sempre andou tão bem como seus quatro diferentes companheiros na Tyrrell: Stefan Johansson, Stefan Bellof, Ivan Capelli e Philippe Streiff, muitas vezes superando-os. Porém nunca foi capaz de marcar pontos com o 012 e menos ainda com o 014, colecionando três 7º lugares durante o ano. Depois de sofrer um golpe duro em 1984, Brundle mantinha a busca pelos primeiros pontos oficiais para 1986.
Antes de se lesionar em Dallas, o britânico havia conquistado seu melhor resultado em Detroit, onde terminou logo atrás de Nelson Piquet e iniciou todo o processo que resultaria no banimento da Tyrrell. Em 1985, Martini voltou a andar bem pelas estabanadas ruas da cidade americana, estando na quarta colocação antes de ser vítima de uma das loucuras de Alliot.
1985: Cheio de azar, Martin Brundle tem muito para aspirar em 1986, sendo líder de uma equipe renovada com o motor turbo. Sua determinação e força nas ruas de Detroit mostraram que o britânico tem tudo a crescer caso encontre um carro no nível de seu talento.
4 / 3 - ALE - Stefan Bellof - Tyrrell Ford / Tyrrell Renault
O promissor alemão Stefan Bellof, segundo muitos, já tinha pré-contrato com a Ferrari para 1986, estando prestas a assinar antes de vim á falecer nos 1000Km de Spa-Francorchamps. Uma perda, como a de Manfred Winkelhock, que deixou o paddock mais triste e menos sorridente. O talento acabou conseguindo resultados ótimos quando as condições nivelavam os motores.
Em Estoril, retornando à categoria, deu show como Senna, terminando na sexta colocação mesmo depois de bater em Winkelhock (que triste coincidência) e perder parte da asa. Nos EUA, da mesma forma de Brundle, andou entre os seis primeiros durante boa parte da prova, herdando a quarta posição do companheiro após seu acidente. Correu apenas três vezes com propulsores turbo, algo que deixa em nossas mentes o quão bem Bellof poderia ter ido com eles...
1985: Uma segunda morte em apenas um mês foi muito para a Fórmula 1, e agora, para piorar mais ainda, era de um dos maiores talentos que já haviam aparecido pela categoria nos últimos anos. De qualquer forma, Bellof não deixou se abalar com o velho 012 de motor aspirado, conquistando cinco ótimos pontos.
4 / 28 - SUE - Stefan Johansson - Tyrrell Ford / Scuderia Ferrari
Com a vaga garantida na Toleman, Stefan Johansson voltou a ser azarão depois que a equipe enfrentou problemas com as fornecedoras de motor, obrigando o sueco á buscar uma vaga em outros times. A Tyrrell, já havia sido a casa de Johansson, e agora voltara a ser para o GP do Brasil com Stefan Bellof estando fora.
Depois de substituir o alemão, Johansson voltou aos holofotes com a estranha demissão de Arnoux, substituindo o francês na Ferrari. Apesar dos péssimos desempenhos nas qualificações, Stefan começou a ser amado pelos tifosi a partir do GP de San Marino, quando quase levou a vitória depois de Senna ficar sem combustível. Mesmo com a equipe se afundando, Johansson conquistou pontos preciosos no fim da temporada, algo que Alboreto falhou em fazer.
1985: Em sua primeira chance real, Stefan Johansson mostrou que podia ser um fiel escudeiro ao não se importar com isso, deixando de lado todas as promessas entorno de si. De qualquer forma, o sueco demonstrou sua rapidez durante as corridas e uma certa consistência, que garantiu sua vaga para 1986.
4 - ITA - Ivan Capelli - Tyrrell Renault
Escalado como substituto de Bellof na Tyrrell, Ivan Capelli estreou num lugar que nenhum piloto gostaria de pilotar um Fórmula 1 pela primeira vez: Brands Hatch. Um fim-de-semana duro, com múltiplos erros e uma péssima posição de largada, resultando numa fraca prova que acabou nos pneus. Seu péssimo desempenho colocou Streiff no cockipt para o GP da África do Sul.
Porém, voltou ao grid em Adelaide para fazer grande prova, resistindo às paredes do circuito australiano e aos problemas que a Tyrrell ainda enfrentava com o motor turbo. Enquanto todos acreditavam que seria Brundle o primeiro piloto do "Tio Ken" a marcar pontos com o propulsor turbinado, Capelli conquistou um surpreendente quarto lugar.
1985: Em suas duas primeiras provas, Ivan foi "do inferno ao céu", tendo bons e maus desempenhos que não garantiram sua vaga para a temporada seguinte. Mesmo assim, Capelli cravou seu nome como o primeiro piloto a marcar pontos com um Tyrrell turbo.
5 - GBR - Nigel Mansell - Williams Honda
As primeiras provas de Nigel Mansell na Williams ainda mostravam um Leão batalhador, esforçado mas muito errático, conseguindo alguns bons resultados com um carro ainda evoluindo. Depois de tomar uma panca na cabeça em Paul Ricard, e ficar fora da prova, parece que Mansell finalmente havia a maior parte dos fios plugados na cabeça.
Sua segunda metade da temporada, já mais familiarizado com o clima da Williams, foi estrondosa, superando Keke Rosberg diversas vezes e conquistando suas duas primeiras vitórias depois de ótimos desempenhos em Monza e Spa-Francorchamps.
1985: É provavelmente um dos candidatos ao título em 1986, tendo terminado 1985 de maneira astronômica após anos em busca da primeira vitória, cometendo vários erros quando ela parecia inevitável. Bater de frente com o estilo acrobático de Rosberg é para poucos, e é mais um exemplo de como ele é esforçado e batalhador como um Leão...
6 - FIN - Keke Rosberg - Williams Honda
Alguém tinha dúvidas que este homem era o showman depois da morte de Gilles Villeneuve? Acredito que não, mas como há gente para tudo, 1985 é o exemplo a ser dado para alguém que ainda tenha dúvida. O finlandês voava, especialmente quando o carro passou a ser o melhor do grid, evoluindo até catar o terceiro posto de Elio de Angelis e Ayrton Senna.
Suas performances em Detroit, Monza, Brands Hatch, Kyalami e Adelaide, quando derrotou seu grande rival nos shows diários, mostrou que ele finalmente estava de volta ao topo da Fórmula 1, se tornando um grande favorito para 1986. Porém, foi nesse momento que Rosberg cometeu o maior erro de sua carreira: ir para a McLaren.
1985: Seus shows acrobáticos, especialmente em Kyalami e Brands Hatch, quando não venceu, foram suficientemente boas para considerarmos ele um campeão moral, tendo grandes performances quando parecia impossível brigar pela vitória.
7 - BRA - Nelson Piquet - Brabham BMW
Em sua última temporada pela Brabham, parecia que Piquet não estava muito animado para melhorar e solucionar os problemas enfrentados. Apesar da evolução do motor BMW, o grande problema do brasileiro foi o chassis BT54, que não era tão incrível como os antecessores. Para piorar, a parceira com a Pirelli rendeu poucos frutos, já que em boa parte da temporada o carro simplesmente perdia rendimento causado pelos compostos italianos.
Quando andava bem, Nelson tinha que contar com a sorte para chegar ao fim, no que resultado em apenas dois pódios, um deles com a surpreendente vitória em Paul Ricard, onde o calor beneficiou os pneus Pirelli.
1985: A McLaren se mantinha no topo, a Williams cresceu, a Lotus passou estar sempre entre os primeiros e a Ferrari até batalhou pelo título enquanto Nelson Piquet sofria com a decadência da Brabham. Mesmo assim, o brasileiro se manteve firme para conquistar a última vitória da equipe além de protagonizar algumas boas performances, como em Monza e Brands Hatch.
8 / 14 - FRA - François Hesnault - Brabham BMW / Renault Elf
Talvez uma das mais estranhas contratações da história da Fórmula 1 seja a de François Hesnault para o segundo carro da Brabham. Muitos desacreditaram no que estavam vendo, porém a equipe britânica havia feito a escolha certa, já que a decadência possibilitava apenas que um equipamento andasse bem, enquanto o outro seria um mero figurante. Para piorar, o BT54 não era tão bom quanto os antecessores, e a séria falta de apoio que Hesnault teve resultou na substituição.
Três abandonos seguidos por uma não-qualificação em Mônaco já colocavam sua presença em xeque, e depois que François sofreu grave acidente em Paul Ricard, a Brabham finalmente decidiu contatar um novo nome. Depois de se recuperar, Hesnault voltou ao cockpit de um F-1 no GP da Alemanha, quando a Renault inscreveu três carros para a estreia da câmera onboard.
1985: Depois de um fraco 1984, a segunda temporada de Hesnault na Fórmula 1 foi pior ainda, servindo apenas para ser "segundão" de Nelson Piquet e estrear a câmera onboard no GP da Alemanha.
8 - SUI - Marc Surer - Brabham BMW
Depois de competir anos sem conquistar um pódio sequer, Marc Surer decidiu abandonar a Fórmula 1 em 1985, não participando das primeiras etapas. Porém, quando Hesnault bateu em Paul Ricard e a Brabham fez a proposta, o suiço não teve como negar a maior chance de sua carreira. O duro início para se desenvolver com o BT54 deixou ele longe de Piquet, mas quando pontuou em Silverstone, Surer deu uma virada no campeonato.
Se aproximando cada vez mais do companheiro, Marc Surer passou a ser centro das atenções a partir do quarto lugar conquistado em Monza, quase superando Ayrton Senna na última volta. Em Brands Hatch e Adelaide, um pódio era inevitável até que seu motor BMW abriu o bico. Mesmo assim, as performances do suiço deveram coloca-lo numa vaga para 1986.
1985: Em sua única grande chance da carreira, Surer fez bonito, mas a falta de equipamento e sorte foram fatais para que fechasse sua passagem pela categoria sem pódio. Mesmo assim, Marc voltou para a Arrows em 1986 sonhando com melhores resultados, deixando uma Brabham prestes a viver seus piores dias.
9 - ALE - Manfred Winkelhock - RAM Hart
Liderando a RAM, Manfred Winkelhock tinha tudo para se dar bem em 1985 com o novo carro da equipe, mas os problemas voltaram a aparecer e o alemão ficou sem fazer. Seguindo abandonos atrás de abandonos, Winkelhock se aproximava de um triste fim depois de abandonar o GP da Alemanha, morrendo na semana seguinte vitima de um acidente em Mosport.
Seu falecimento deixou o paddock chocado, especialmente por causa da maneira que foi, competindo onde ele mais se destacava.
1985: Infelizmente, Winkelhock enfrentou os mesmos problemas que havia enfrentado na ATS. Sem equipamento, preferia focar no World Sportscar Championship do que na Fórmula 1, o que, para a tristeza de todos, acabou levando-o para a morte.
10 / 9 - FRA - Philippe Alliot - RAM Hart
Philippe Alliot voltou a colecionar fracassos pelo segundo ano seguido na RAM, agora sendo o escudeiro de Manfred Winkelhock que tentava levar o trem verde e branco para a frente, em vão. Depois de ficar metade do ano ajudando o alemão, Alliot viu sua grande chance surgir depois da morte do companheiro, se tornando o piloto número um para tentar alcançar resultados quase impossíveis.
Seu erro em Spa-Francorchamps, quando rodou e bateu logo após sair dos boxes, selaram de vez as esperanças que a RAM tinha nele.
1985: Seu segundo ano de erros e mais erros, os maiores cometidos em Detroit, quando tirou o meteórico Brundle da prova, e Spa.
10 - GBR - Kenny Acheson - RAM Hart
Sua primeira passagem pela RAM tinha sido uma catástrofe em 1983, com apenas uma qualificação em sete GPs disputados. No ano seguinte, recuperou sua reputação perdida, retornando à Fórmula 1 por um dos motivos mais tristes: a morte de Winkelhock. Sua volta foi apenas para fazer número e ajudar a RAM cumprir seus contratos com os patrocinadores, sendo abandonado depois do GP da Itália...
1985: No fim, Kenny Acheson foi apenas usado pela RAM...
11 - ITA - Elio de Angelis - Lotus Renault
A chegada de Ayrton Senna na Lotus pareceu não abalar o italiano no início do ano, com ótimos resultados nas primeiras etapas incluindo uma vitória em Imola. Porém, aos poucos o brasileiro começou a tomar o lugar de de Angelis, com a equipe sendo incapaz de colocar dois carros nas mesmas condições.
Mesmo assim, Elio se mantinha consistente entre os primeiros, se beneficiando dos problemas de Senna, Rosberg, Mansell, Alboreto, Johansson e Piquet. Com o terceiro lugar na mão, perto do fim da temporada, de Angelis viu a situação na Lotus se inverter, com Senna sendo beneficiado para conquistar resultados que no fim não valeriam sequer a terceira posição, com Rosberg superando ambos.
1985: A cada etapa que passava, Elio de Angelis ficava ainda mais desmotivado, resultando numa má quinta colocação na tabela de pilotos. Mesmo assim, os melhores momentos do italiano foram vividos no início da temporada, com a vitória em Imola e seus últimos pódios.
12 - BRA - Ayrton Senna - Lotus Renault
Depois de ser o melhor estreante em 1984, Ayrton Senna fez o que devia em 1985, conquistando suas primeiras vitórias de maneira fantástica e colecionando voltas atrás de voltas na liderança. Sua força nos treinos de qualificação se assemelhava ao de Nelson Piquet na temporada anterior, mas na corrida o jovem brasileiro ainda deixa a desejar, sofrendo com a falta de sorte durante boa parte do ano.
Seus abandonos em Imola e Silverstone já eram um sinal que a Lotus não conseguia colocar dois carros em condições iguais, e quando Senna passou a ser beneficiado, já parecia tarde demais para se aproximar de Alboreto e Prost, ainda tendo que ultrapassar de Angelis. A performance em Adelaide mostrou que Ayrton podia ser genial em certos momentos e louco noutros, porém isso não diminuiu seu brilho e vontade para 1986.
1985: Duas vitórias ficaram de ótimo tamanho para um jovem azarado como Ayrton, especialmente por ser logo em seu primeiro ano na Lotus. Após desmotivar e tirar Elio de Angelis da Lotus, Senna tem grandes chances brilhar mais uma vez em 1986, mas com a iminente chegada de Derek Warwick isso pode ficar um pouco mais difícil.
15 - FRA - Patrick Tambay - Renault Elf
Há meros dois anos estava na Ferrari sendo cotado como futuro campeão, e agora se arrastava perto do fim do pelotão com uma decadente Renault sem experiência em seu time técnico. Patrick Tambay já podia se aposentar aos 36 anos, mas preferia estender seu sonho de pilotar um carro de Fórmula 1. Seus desempenhos mais brilhantes do que os de Warwick acabaram rendendo um contrato mais promissor com a Beatrice-Lola, porém, com algo de médio prazo, era de se esperar que Tambay simplesmente desenvolvesse o carro e caísse fora.
Mesmo assim, o francês deu o mesmo banho que Warwick havia dado nele em 1984, conquistando os últimos bons resultados da Renault com um carro problemático, entre eles dois pódios em Imola e Estoril.
1985: Já perto da aposentadoria, Patrick Tambay queria apenas fechar a carreira de maneira digna para um piloto que já havia passado pela Ferrari e pela McLaren, mas como a Renault não havia dado condições para o francês fazer um bom trabalho no fim da temporada, apenas uma câmera onboard em Adelaide e Brands Hatch, posso dizer que foi uma boa escolha ir para a Beatrice em 1986.
16 - GBR - Derek Warwick - Renault Elf
Depois de negar a proposta que a Williams fez pelos seus serviços, Derek Warwick talvez esteja arrancando os cabelos após ver a equipe do "Tio Frank" conquistar quatro vitórias na temporada, duas com o lugar que estava destinado á ele. A escolha de manter-se na Renault mostrava que Warwick ainda acreditava numa recuperação da equipe francesa, mas depois de uma infeliz renovação de staff técnico, tudo foi por água abaixo.
Seus resultados também não eram os mesmos daquele jovem promissor britânico que havíamos conhecido, colecionando fracassos e apenas dois quintos lugares como melhor resultado. Na Bélgica, serviu para fechar o caixão de pontos da Renault anotando um sexto lugar depois de resistir aos problemas do RE60B.
1985: A escolha de ir para a Lotus em 1986 é boa como a de seu companheiro, porém também pode afetar sua carreira caso a equipe britânica seja realmente incapaz de colocar dois carros na mesma condição. De resto, 1985 foi um ano para esquecer, conquistando menos pontos do que aqueles anotados no fim de 1983, ainda pela Toleman.
17 - AUT - Gerhard Berger - Arrows BMW
Para substituir Marc Surer, a Arrows contratou o jovem piloto austríaco que mais parecia uma locomotiva sem freios, fazendo exibições pífias em comparação aos de seu companheiro Thierry Boutsen. Enquanto o belga conquistou um fantástico segundo lugar em Imola, Berger era incapaz de chegar ao fim da prova diversas vezes.
Porém isso começou a mudar no meio do ano, quando passou a andar no mesmo ritmo do companheiro: pontos era questão de tempo. Com a decadência de qualidade do A8, Berger via o sonho de conquistar os primeiros pontos oficiais longe demais para sua disposição mental e técnica, mas quando o mundo se abriu em Kyalami, e Thierry Boutsen não teve como enfrentar sua força, um quinto lugar foi conquistado. Com a confiança tinindo, Gerhard voltou a pontuar em Adelaide depois de não bater em nenhum muro (apenas na barreira de pneus). Incrível!
1985: Um ano de provação para Berger, que ainda não arranjou um cockpit para 1986 por não passar nem perto dos resultados conquistados por Boutsen. De qualquer forma, é impossível dizer que o austríaco não evoluiu, passando de mero 'batedor' para promissor depois de finalmente conquistar uma confiança que ainda não era vista.
18 - BEL - Thierry Boutsen - Arrows BMW
Na liderança da equipe, conquistando os melhores resultados dela e não cometendo erros, essa foi a temporada de 1985 de Thierry Boutsen. O pódio em Imola, conquistado aos empurrões de seu Arrows até a linha de chegada, foi o melhor momento de todo ano. Diferentemente de seu companheiro Berger, Boutsen mostrou que sabia usar a cabeça e ser um piloto com uma tocada suave e calma.
Os mínimos erros cometidos por ele durante toda a temporada mostravam ainda mais o talento que a Arrows tinha nas mãos, porém havia algo que Boutsen falhava: não sabia partir bem. Em diversas ocasiões, o jovem belga se viu duas, três posições atrás daquela que havia largado, diminuindo as chances de pontos caso a prova fosse promissora.
1985: Digno piloto que qualquer equipe da época sonharia ter: consistente, sabendo domar os carros apesar de sua suavidade na condução, que o beneficiava sobre pilotos da estirpe de seu companheiro. É uma pena que se manterá na Arrows para 1986...
19 - ITA - Teo Fabi - Toleman Hart
A injusta demissão de Fabi da Brabham acabou por, momentaneamente, destruir sua carreira na Fórmula 1. Parecia que o veloz italiano não voltaria a ter chances, porém surgira a Benetton comprando a Toleman, exigindo um piloto italiano no cockpit do TG185. Então lá estava Teo, no GP de Mônaco, finalmente estreando o novo bólido da equipe inglesa.
O piloto que só sabia correr em circuitos rápidos calou críticos quando conquistou uma fantástica pole position para o GP da Alemanha, porém a falta de confiabilidade causada pelo pouco tempo de testes da Toleman foi fatal para que Fabi fechasse o ano sem pontos. Mesmo assim, uma performance de Fabi que gostaria de ressaltar foi na Áustria, quando chegou a andar em sexto no início da prova antes de abandonar. Isso utilizando motor Hart em Österreichring...
1985: O que o "rei das poles" jamais fez foi feito por um italiano qualquer que tinha passado boa parte da carreira na CART. Teo Fabi mostrou ainda mais que os pontos naquela época só serviam para classificar quem seria o campeão, já que em uma série de performances interessantes, nunca anotou pontos, terminando atrás de pilotos como Alliot, Palmer, Ghinzani, Martini e Rothengatter.
21 - ITA - Mauro Baldi - Spirit Hart
Haviam dois pilotos italianos no grid que viviam trabalhando em dois lugares, mas em apenas um conseguiam o tão amado salário: Mauro Baldi e Piercarlo Ghinzani, ambos pilotos da Lancia no WSC. Baldi estava distante de ser o centro da atenção no mercado de pilotos, com nenhuma equipe se interessando pelo seu trabalho a não ser a Spirit.
Depois de descarta-lo por metade de 1984, a equipe necessitava do italiano para 1985, sofrendo para se manter no grid. Andando sempre entre os últimos, o único momento que Baldi apareceu na transmissão foi quando rodou no Estoril. Com a Benetton comprando o contrato da Pirelli, a Spirit fechou, e Mauro deixou a Fórmula 1...
1985: Fim da Spirit, fim de Mauro Baldi (pelo menos na Fórmula 1).
22 - ITA - Riccardo Patrese - Benetton Team Alfa Romeo
O grande momento de 1984 havia sido o surpreendente pódio em Monza, e em 1985 surpresas estavam longe de acontecer para a dupla da Alfa Romeo. Riccardo Patrese colecionou fracassos, se contentou em andar no meio do pelotão e abandonar antes da metade da prova, finalizando um ano marcado apenas pelo seu acidente com Piquet em Mônaco.
1985: Chega ser cômico, um acidente sendo o melhor momento da temporada de alguém como Riccardo Patrese.
23 - EUA - Eddie Cheever - Benetton Team Alfa Romeo
Enquanto Patrese teve como melhor momento um acidente, Eddie Cheever pode se orgulhar de ter andando na quarta colocação durante algumas voltas no mesmo GP de Mônaco. O norte-americano foi mais uma vez a maior vitima dos problemas da Alfa Romeo, mesmo tentando de tudo para sair do meio do pelotão.
1985: Resta saber para onde ele irá em 1986, porque 1985 não existe mais para a dupla da Alfa...
24 / 20 - ITA - Piercarlo Ghinzani - Osella Alfa Romeo / Toleman Hart
Piercarlo Ghinzani estava pilotando pelo puro prazer e diversão de estar na Fórmula 1, não recebendo uma nota sequer para competir pela Osella. Sua lealdade, como a de Baldi pela Spirit, era incrível, e quando conseguiu terminar a maior parte das provas que largou, era notável que Ghinzani fazia tudo para causar menos prejuízo para Enzo Osella. Sua saída estava clara quando Huub Rothengatter trouxe novos patrocínios para a equipe...
Foi quando surgiu a maior chance de sua carreira, com a Toleman fazendo uma proposta irresistível para alguém que só havia corrido com a Osella. Ghinzani foi azarado na escolha, se afundando em abandonos ao não conseguir acompanhar Teo Fabi nas primeiras provas, e quando finalmente estava próximo do compatriota, era tarde demais para fazer algo.
1985: Fiel como Baldi, Ghinzani teve a chance que o compatriota não teve, mas acabou por errar em aceitar a proposta da Toleman que mal conseguia ter um carro em condições de terminar uma prova.
24 - HOL - Huub Rothengatter - Osella Alfa Romeo
O mitológico angariador de fundos com nome monstruosos estava de volta em 1985 depois de perder a vaga na Spirit. Sempre sorridente, Rothengatter não deixou se abalar apesar dos inúmeros problemas da Osella, conquistando um fantástico sétimo lugar no GP da Austrália. Já que a Spirit não estava mais no grid, Huub tinha apenas um rival: Pierluigi Martini.
1985: Batalhando com Martini e com o carro, Rothengatter fez tudo o que podia durante a temporada, sendo recompensado com o sétimo lugar conquistado em Adelaide (isso que Berger conseguiu voltar a pista, se não o holandês teria marcado pontos).
25 - ITA - Andrea de Cesaris - Ligier Renault
A volta de Jacques Laffite á Ligier talvez tenha dado otimismo para o velho Guy melhorar o carro, e consequentemente o beneficiado por isso seria Andrea de Cesaris. Depois dos fracassos de 1984, o italiano voltou a andar bem em 1985 conquistando um fantástico quarto lugar em Mônaco e um quase pódio em Silverstone, mas de Cesaris logo voltou a ser o antigo destruidor de chassis.
Em apenas um mês, Andrea havia tido um desempenho digno de aplausos e outro digno de uma demissão, que, segundo ele, jamais aconteceu. Sua saída da Ligier só foi causada pela falta de confiabilidade dos carros, segundo o próprio, mas algo que ele não pode negar é que aquele acidente na Áustria foi causado por um erro.
1985: Apesar de performances interessantes e um ótimo quarto lugar em Mônaco, de Cesaris marcou 1985 por protagonizar um dos mais espetaculares acidentes já gravados numa transmissão, quando errou, foi para o barranco e capotou, saindo ileso apenas com algumas manchas de lama.
25 / 4 - FRA - Philippe Streiff - Ligier Renault / Tyrrell Renault
Depois de estrear pela Renault em 1984, Philippe Streiff voltou a ter chance de guiar um carro da categoria pela Ligier, graças à saída de de Cesaris. Como o italiano, o jovem francês conseguiu algumas boas qualificação a frente de Jacques Laffite, mas na corrida deixava a desejar cometendo erros que até mesmo acabavam com sua prova.
Enquanto buscava lugar pro grid em 1986, foi até a Tyrrell para participar do GP da África do Sul, não impressionando e causando prejuízo para o "Tio Ken", acabando num dos muros de Kyalami. Na prova seguinte, vinha em um sólido terceiro posto quando arriscou para cima de Jacques Laffite, que fechou a porta e atingiu sua roda dianteira direita: suspensão quebrada.
1985: Apesar de alguns acidentes, Philippe Streiff tem potencial para evoluir e se tornar grande piloto caso encontre carro na Tyrrell em 1986.
26 - FRA - Jacques Laffite - Ligier Renault
Jacques Laffite estava em forma nessa temporada, esquecendo sua fraca passagem pela Williams em 1983 e 1984. Sua velocidade ainda era perceptível, porém era claro que os sinais da velhice começavam a aparecer, não conseguindo boas qualificações em todas as provas. Mesmo assim, Laffite se mantinha como o velho francês que conhecíamos desde a década de 70, furioso em certos momentos, fantástico em outros.
Sua experiência ajudou para escalar o pelotão e conquistar dois pódios consecutivos em Silverstone e Nürburgring, porém foi em Brands Hatch que ele voltou a dar show. Fazendo uma prova fantástica, foi triste ver quando sua Ligier parou com problemas no motor Renault, algo que facilitou a vida de Mansell, Senna e Rosberg. Em Adelaide, revoltou-se com Streiff, fechando o jovem compatriota até se chocarem. Enquanto Philippe se arrastou com a suspensão quebrada, Laffite terminou em segundo, superando Lauda na tabela de pilotos.
1985: Talvez uma das melhores temporadas de Laffite na Fórmula 1, mostrando que pode conquistar resultados superiores aos do companheiro mesmo tendo um fraco fim-de-semana (pelo menos até o domingo a tarde). Seus ataques de raiva no volante continuavam, como vimos em Adelaide, quando gesticulou como louco para Streiff. Esse é o velho e bom Jacques Laffite...
27 - ITA - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari
A primeira metade da temporada de Alboreto foi animadora, com ótimos resultados conquistado em Jacarepaguá e no Estoril. O seu abandono em Imola não o abalou, voltando com força em Monte Carlo, onde poderia ter ganho caso o azar não fizesse perder a ponta duas vezes. Michele se mostrava consistente, conquistando uma ótima vitória no Canadá antes de ser terceiro em Detroit.
Até esse momento, o campeonato estava nas mãos do italiano, porém a Ferrari acabaria tacando fora a única grande chance de sua carreira. Não sabendo configurar carros para as pistas velozes, a Scuderia decairia drasticamente, levando seu piloto para uma surpreendente conquista em Nürburgring e um pódio na Áustria. Depois disso, os resultados não eram nada animadores, com Prost conquistando vitórias enquanto o azar voltou a atormentar Alboreto. No fim, o italiano conquistou o vice graças aos problemas de Rosberg, Senna e de Angelis, nunca mais voltando à forma que esteve no início do ano.
1985: Em sua melhor temporada, Michele Alboreto fez o que podia com a Ferrari afundada na crise, conquistando ótimos resultados nos primeiras etapas e tristes abandonos nas últimas, fechando o ano com cinco provas seguidas sem ver a bandeira quadriculada.
28 - FRA - René Arnoux - Scuderia Ferrari
René Arnoux só fez uma prova em 1985, sendo demitido logo depois dela apesar do bom resultado. O francês já estava na sua terceira temporada pela Scuderia, mas já não agradava como antes, tendo desempenhos genias em certas provas e pífios em outras. Quando Johansson foi anunciado como seu substituto, logo foi esquecido, especialmente com os fortes rumores que a Ferrari impediu ele de arranjar outro cockpit durante a temporada.
1985: A história de amor que parecia estar prestes a dar certo acabou repentinamente, com Arnoux na rua e a Ferrari desfalcada para Estoril. O francês deixaram a escuderia italiana, mas sem dúvida estaria de volta em 1986...
29 - ITA - Pierluigi Martini - Minardi Ford / Minardi Motori Moderni
O jovem italiano que não conseguiu qualificação para o GP da Itália do ano anterior estava no grid em 1985, mesmo que isso foi algo quase despercebido pelas transmissões. Tendo que desenvolver chassis e motor, a escolha por Martini foi algo péssimo, especialmente pela sua falta de experiência. Erros atrás de erros pioravam sua reputação, sendo superados apenas pelos problemas enfrentados pelo carro Minardi.
Quando tudo estava em condição mais favorável, Martini mostrava ser um piloto rápido, mas como isso pouco aconteceu durante a temporada, seu grande momento foi quando obliterou Berger em Paul Ricard.
1985: Em sua temporada de estreia, o jovem italiano sofreu demasiada pressão para desenvolver uma equipe inteira, porém tenho certeza que ele poderá ser recompensado num futuro próximo.
30 - GBR - Jonathan Palmer - Zakspeed Racing
Como Martini, Palmer teria o duro trabalho de desenvolver um novo chassis e um novo motor numa equipe novata. Porém, o britânico já tinha demonstrado mais talento do que o italiano e teria mais condições de desenvolver o bólido, especialmente por ele só estaria presente em provas europeias. Para melhorar, 841 de Erich Zachowski era tão rápido quanto o M185, conseguindo superar os italianos pelo menos nos treinos qualificatórios.
Depois que Palmer conquistou um fantástico 11º lugar em Mônaco, ele só correu para ver até onde o carro resistia, nunca terminando. Seu árduo desenvolvimento tinha que reder frutos em 1986, e para garantir isso a Zakspeed manteve o britânico mesmo depois dele quebrar a perna nos trágicos 1000Km de Spa-Francorchamps.
1985: Em sua terceira temporada participada, Jonathan Palmer parecia estar no caminho certo com um projeto tão promissor como o da Zakspeed.
30 - ALE - Christian Danner - Zakspeed Racing
Competindo na Fórmula 3000, Danner foi pego de surpresa com a proposta da Zakspeed para substituir Palmer em Spa e Brands Hatch, dois circuitos extremamente dificeis para se iniciar uma carreira. Mesmo assim, o jovem alemão aceitou empurrado pelas expectativas de seu país, que havia perdido Winkelhock e Bellof no último mês.
O bom trabalho de Jonathan Palmer ficou evidente quando Christian Danner chegou à equipe, batalhando simplesmente para chegar ao fim da prova e acumular uma quilometragem boa para arranjar uma equipe em 1986.
1985: Christian Danner fez o que podia com um carro problemático como o Zakspeed, e agora era ver se alguém gostaria de contrata-lo depois do desempenho medonho em Brands Hatch.
33 - AUS - Alan Jones - Team Haas
Depois de uma passagem apagada pela Arrows no início de 1983, Alan Jones estava de volta ao grid em 1985, agora arriscando no promissor projeto da Beatrice Lola. Comandado por Carl Haas, o campeão de 1980 parecia estar mais preparado para o desafio de desenvolver uma equipe com grande potencial.
Apesar dos problemas enfrentados com o motor Hart (seria uma prévia pelo que estava por vim com o motor Forde, em 1986?), Jones fez uma trabalho fantástico enfrente a sua torcida no primeiro Grande Prêmio da Austrália valido para o calendário, dando show até um esperado problema elétrico o tirar da prova.
1985: Volta difícil, mas futuro promissor para os últimos dias de Jones na Fórmula 1.
Antes de se lesionar em Dallas, o britânico havia conquistado seu melhor resultado em Detroit, onde terminou logo atrás de Nelson Piquet e iniciou todo o processo que resultaria no banimento da Tyrrell. Em 1985, Martini voltou a andar bem pelas estabanadas ruas da cidade americana, estando na quarta colocação antes de ser vítima de uma das loucuras de Alliot.
1985: Cheio de azar, Martin Brundle tem muito para aspirar em 1986, sendo líder de uma equipe renovada com o motor turbo. Sua determinação e força nas ruas de Detroit mostraram que o britânico tem tudo a crescer caso encontre um carro no nível de seu talento.
4 / 3 - ALE - Stefan Bellof - Tyrrell Ford / Tyrrell Renault
O promissor alemão Stefan Bellof, segundo muitos, já tinha pré-contrato com a Ferrari para 1986, estando prestas a assinar antes de vim á falecer nos 1000Km de Spa-Francorchamps. Uma perda, como a de Manfred Winkelhock, que deixou o paddock mais triste e menos sorridente. O talento acabou conseguindo resultados ótimos quando as condições nivelavam os motores.
Em Estoril, retornando à categoria, deu show como Senna, terminando na sexta colocação mesmo depois de bater em Winkelhock (que triste coincidência) e perder parte da asa. Nos EUA, da mesma forma de Brundle, andou entre os seis primeiros durante boa parte da prova, herdando a quarta posição do companheiro após seu acidente. Correu apenas três vezes com propulsores turbo, algo que deixa em nossas mentes o quão bem Bellof poderia ter ido com eles...
1985: Uma segunda morte em apenas um mês foi muito para a Fórmula 1, e agora, para piorar mais ainda, era de um dos maiores talentos que já haviam aparecido pela categoria nos últimos anos. De qualquer forma, Bellof não deixou se abalar com o velho 012 de motor aspirado, conquistando cinco ótimos pontos.
4 / 28 - SUE - Stefan Johansson - Tyrrell Ford / Scuderia Ferrari
Com a vaga garantida na Toleman, Stefan Johansson voltou a ser azarão depois que a equipe enfrentou problemas com as fornecedoras de motor, obrigando o sueco á buscar uma vaga em outros times. A Tyrrell, já havia sido a casa de Johansson, e agora voltara a ser para o GP do Brasil com Stefan Bellof estando fora.
Depois de substituir o alemão, Johansson voltou aos holofotes com a estranha demissão de Arnoux, substituindo o francês na Ferrari. Apesar dos péssimos desempenhos nas qualificações, Stefan começou a ser amado pelos tifosi a partir do GP de San Marino, quando quase levou a vitória depois de Senna ficar sem combustível. Mesmo com a equipe se afundando, Johansson conquistou pontos preciosos no fim da temporada, algo que Alboreto falhou em fazer.
1985: Em sua primeira chance real, Stefan Johansson mostrou que podia ser um fiel escudeiro ao não se importar com isso, deixando de lado todas as promessas entorno de si. De qualquer forma, o sueco demonstrou sua rapidez durante as corridas e uma certa consistência, que garantiu sua vaga para 1986.
4 - ITA - Ivan Capelli - Tyrrell Renault
Escalado como substituto de Bellof na Tyrrell, Ivan Capelli estreou num lugar que nenhum piloto gostaria de pilotar um Fórmula 1 pela primeira vez: Brands Hatch. Um fim-de-semana duro, com múltiplos erros e uma péssima posição de largada, resultando numa fraca prova que acabou nos pneus. Seu péssimo desempenho colocou Streiff no cockipt para o GP da África do Sul.
Porém, voltou ao grid em Adelaide para fazer grande prova, resistindo às paredes do circuito australiano e aos problemas que a Tyrrell ainda enfrentava com o motor turbo. Enquanto todos acreditavam que seria Brundle o primeiro piloto do "Tio Ken" a marcar pontos com o propulsor turbinado, Capelli conquistou um surpreendente quarto lugar.
1985: Em suas duas primeiras provas, Ivan foi "do inferno ao céu", tendo bons e maus desempenhos que não garantiram sua vaga para a temporada seguinte. Mesmo assim, Capelli cravou seu nome como o primeiro piloto a marcar pontos com um Tyrrell turbo.
5 - GBR - Nigel Mansell - Williams Honda
As primeiras provas de Nigel Mansell na Williams ainda mostravam um Leão batalhador, esforçado mas muito errático, conseguindo alguns bons resultados com um carro ainda evoluindo. Depois de tomar uma panca na cabeça em Paul Ricard, e ficar fora da prova, parece que Mansell finalmente havia a maior parte dos fios plugados na cabeça.
Sua segunda metade da temporada, já mais familiarizado com o clima da Williams, foi estrondosa, superando Keke Rosberg diversas vezes e conquistando suas duas primeiras vitórias depois de ótimos desempenhos em Monza e Spa-Francorchamps.
1985: É provavelmente um dos candidatos ao título em 1986, tendo terminado 1985 de maneira astronômica após anos em busca da primeira vitória, cometendo vários erros quando ela parecia inevitável. Bater de frente com o estilo acrobático de Rosberg é para poucos, e é mais um exemplo de como ele é esforçado e batalhador como um Leão...
6 - FIN - Keke Rosberg - Williams Honda
Alguém tinha dúvidas que este homem era o showman depois da morte de Gilles Villeneuve? Acredito que não, mas como há gente para tudo, 1985 é o exemplo a ser dado para alguém que ainda tenha dúvida. O finlandês voava, especialmente quando o carro passou a ser o melhor do grid, evoluindo até catar o terceiro posto de Elio de Angelis e Ayrton Senna.
Suas performances em Detroit, Monza, Brands Hatch, Kyalami e Adelaide, quando derrotou seu grande rival nos shows diários, mostrou que ele finalmente estava de volta ao topo da Fórmula 1, se tornando um grande favorito para 1986. Porém, foi nesse momento que Rosberg cometeu o maior erro de sua carreira: ir para a McLaren.
1985: Seus shows acrobáticos, especialmente em Kyalami e Brands Hatch, quando não venceu, foram suficientemente boas para considerarmos ele um campeão moral, tendo grandes performances quando parecia impossível brigar pela vitória.
7 - BRA - Nelson Piquet - Brabham BMW
Em sua última temporada pela Brabham, parecia que Piquet não estava muito animado para melhorar e solucionar os problemas enfrentados. Apesar da evolução do motor BMW, o grande problema do brasileiro foi o chassis BT54, que não era tão incrível como os antecessores. Para piorar, a parceira com a Pirelli rendeu poucos frutos, já que em boa parte da temporada o carro simplesmente perdia rendimento causado pelos compostos italianos.
Quando andava bem, Nelson tinha que contar com a sorte para chegar ao fim, no que resultado em apenas dois pódios, um deles com a surpreendente vitória em Paul Ricard, onde o calor beneficiou os pneus Pirelli.
1985: A McLaren se mantinha no topo, a Williams cresceu, a Lotus passou estar sempre entre os primeiros e a Ferrari até batalhou pelo título enquanto Nelson Piquet sofria com a decadência da Brabham. Mesmo assim, o brasileiro se manteve firme para conquistar a última vitória da equipe além de protagonizar algumas boas performances, como em Monza e Brands Hatch.
8 / 14 - FRA - François Hesnault - Brabham BMW / Renault Elf
Talvez uma das mais estranhas contratações da história da Fórmula 1 seja a de François Hesnault para o segundo carro da Brabham. Muitos desacreditaram no que estavam vendo, porém a equipe britânica havia feito a escolha certa, já que a decadência possibilitava apenas que um equipamento andasse bem, enquanto o outro seria um mero figurante. Para piorar, o BT54 não era tão bom quanto os antecessores, e a séria falta de apoio que Hesnault teve resultou na substituição.
Três abandonos seguidos por uma não-qualificação em Mônaco já colocavam sua presença em xeque, e depois que François sofreu grave acidente em Paul Ricard, a Brabham finalmente decidiu contatar um novo nome. Depois de se recuperar, Hesnault voltou ao cockpit de um F-1 no GP da Alemanha, quando a Renault inscreveu três carros para a estreia da câmera onboard.
1985: Depois de um fraco 1984, a segunda temporada de Hesnault na Fórmula 1 foi pior ainda, servindo apenas para ser "segundão" de Nelson Piquet e estrear a câmera onboard no GP da Alemanha.
8 - SUI - Marc Surer - Brabham BMW
Depois de competir anos sem conquistar um pódio sequer, Marc Surer decidiu abandonar a Fórmula 1 em 1985, não participando das primeiras etapas. Porém, quando Hesnault bateu em Paul Ricard e a Brabham fez a proposta, o suiço não teve como negar a maior chance de sua carreira. O duro início para se desenvolver com o BT54 deixou ele longe de Piquet, mas quando pontuou em Silverstone, Surer deu uma virada no campeonato.
Se aproximando cada vez mais do companheiro, Marc Surer passou a ser centro das atenções a partir do quarto lugar conquistado em Monza, quase superando Ayrton Senna na última volta. Em Brands Hatch e Adelaide, um pódio era inevitável até que seu motor BMW abriu o bico. Mesmo assim, as performances do suiço deveram coloca-lo numa vaga para 1986.
1985: Em sua única grande chance da carreira, Surer fez bonito, mas a falta de equipamento e sorte foram fatais para que fechasse sua passagem pela categoria sem pódio. Mesmo assim, Marc voltou para a Arrows em 1986 sonhando com melhores resultados, deixando uma Brabham prestes a viver seus piores dias.
9 - ALE - Manfred Winkelhock - RAM Hart
Liderando a RAM, Manfred Winkelhock tinha tudo para se dar bem em 1985 com o novo carro da equipe, mas os problemas voltaram a aparecer e o alemão ficou sem fazer. Seguindo abandonos atrás de abandonos, Winkelhock se aproximava de um triste fim depois de abandonar o GP da Alemanha, morrendo na semana seguinte vitima de um acidente em Mosport.
Seu falecimento deixou o paddock chocado, especialmente por causa da maneira que foi, competindo onde ele mais se destacava.
1985: Infelizmente, Winkelhock enfrentou os mesmos problemas que havia enfrentado na ATS. Sem equipamento, preferia focar no World Sportscar Championship do que na Fórmula 1, o que, para a tristeza de todos, acabou levando-o para a morte.
10 / 9 - FRA - Philippe Alliot - RAM Hart
Philippe Alliot voltou a colecionar fracassos pelo segundo ano seguido na RAM, agora sendo o escudeiro de Manfred Winkelhock que tentava levar o trem verde e branco para a frente, em vão. Depois de ficar metade do ano ajudando o alemão, Alliot viu sua grande chance surgir depois da morte do companheiro, se tornando o piloto número um para tentar alcançar resultados quase impossíveis.
Seu erro em Spa-Francorchamps, quando rodou e bateu logo após sair dos boxes, selaram de vez as esperanças que a RAM tinha nele.
1985: Seu segundo ano de erros e mais erros, os maiores cometidos em Detroit, quando tirou o meteórico Brundle da prova, e Spa.
10 - GBR - Kenny Acheson - RAM Hart
Sua primeira passagem pela RAM tinha sido uma catástrofe em 1983, com apenas uma qualificação em sete GPs disputados. No ano seguinte, recuperou sua reputação perdida, retornando à Fórmula 1 por um dos motivos mais tristes: a morte de Winkelhock. Sua volta foi apenas para fazer número e ajudar a RAM cumprir seus contratos com os patrocinadores, sendo abandonado depois do GP da Itália...
1985: No fim, Kenny Acheson foi apenas usado pela RAM...
11 - ITA - Elio de Angelis - Lotus Renault
A chegada de Ayrton Senna na Lotus pareceu não abalar o italiano no início do ano, com ótimos resultados nas primeiras etapas incluindo uma vitória em Imola. Porém, aos poucos o brasileiro começou a tomar o lugar de de Angelis, com a equipe sendo incapaz de colocar dois carros nas mesmas condições.
Mesmo assim, Elio se mantinha consistente entre os primeiros, se beneficiando dos problemas de Senna, Rosberg, Mansell, Alboreto, Johansson e Piquet. Com o terceiro lugar na mão, perto do fim da temporada, de Angelis viu a situação na Lotus se inverter, com Senna sendo beneficiado para conquistar resultados que no fim não valeriam sequer a terceira posição, com Rosberg superando ambos.
1985: A cada etapa que passava, Elio de Angelis ficava ainda mais desmotivado, resultando numa má quinta colocação na tabela de pilotos. Mesmo assim, os melhores momentos do italiano foram vividos no início da temporada, com a vitória em Imola e seus últimos pódios.
12 - BRA - Ayrton Senna - Lotus Renault
Depois de ser o melhor estreante em 1984, Ayrton Senna fez o que devia em 1985, conquistando suas primeiras vitórias de maneira fantástica e colecionando voltas atrás de voltas na liderança. Sua força nos treinos de qualificação se assemelhava ao de Nelson Piquet na temporada anterior, mas na corrida o jovem brasileiro ainda deixa a desejar, sofrendo com a falta de sorte durante boa parte do ano.
Seus abandonos em Imola e Silverstone já eram um sinal que a Lotus não conseguia colocar dois carros em condições iguais, e quando Senna passou a ser beneficiado, já parecia tarde demais para se aproximar de Alboreto e Prost, ainda tendo que ultrapassar de Angelis. A performance em Adelaide mostrou que Ayrton podia ser genial em certos momentos e louco noutros, porém isso não diminuiu seu brilho e vontade para 1986.
1985: Duas vitórias ficaram de ótimo tamanho para um jovem azarado como Ayrton, especialmente por ser logo em seu primeiro ano na Lotus. Após desmotivar e tirar Elio de Angelis da Lotus, Senna tem grandes chances brilhar mais uma vez em 1986, mas com a iminente chegada de Derek Warwick isso pode ficar um pouco mais difícil.
15 - FRA - Patrick Tambay - Renault Elf
Há meros dois anos estava na Ferrari sendo cotado como futuro campeão, e agora se arrastava perto do fim do pelotão com uma decadente Renault sem experiência em seu time técnico. Patrick Tambay já podia se aposentar aos 36 anos, mas preferia estender seu sonho de pilotar um carro de Fórmula 1. Seus desempenhos mais brilhantes do que os de Warwick acabaram rendendo um contrato mais promissor com a Beatrice-Lola, porém, com algo de médio prazo, era de se esperar que Tambay simplesmente desenvolvesse o carro e caísse fora.
Mesmo assim, o francês deu o mesmo banho que Warwick havia dado nele em 1984, conquistando os últimos bons resultados da Renault com um carro problemático, entre eles dois pódios em Imola e Estoril.
1985: Já perto da aposentadoria, Patrick Tambay queria apenas fechar a carreira de maneira digna para um piloto que já havia passado pela Ferrari e pela McLaren, mas como a Renault não havia dado condições para o francês fazer um bom trabalho no fim da temporada, apenas uma câmera onboard em Adelaide e Brands Hatch, posso dizer que foi uma boa escolha ir para a Beatrice em 1986.
16 - GBR - Derek Warwick - Renault Elf
Depois de negar a proposta que a Williams fez pelos seus serviços, Derek Warwick talvez esteja arrancando os cabelos após ver a equipe do "Tio Frank" conquistar quatro vitórias na temporada, duas com o lugar que estava destinado á ele. A escolha de manter-se na Renault mostrava que Warwick ainda acreditava numa recuperação da equipe francesa, mas depois de uma infeliz renovação de staff técnico, tudo foi por água abaixo.
Seus resultados também não eram os mesmos daquele jovem promissor britânico que havíamos conhecido, colecionando fracassos e apenas dois quintos lugares como melhor resultado. Na Bélgica, serviu para fechar o caixão de pontos da Renault anotando um sexto lugar depois de resistir aos problemas do RE60B.
1985: A escolha de ir para a Lotus em 1986 é boa como a de seu companheiro, porém também pode afetar sua carreira caso a equipe britânica seja realmente incapaz de colocar dois carros na mesma condição. De resto, 1985 foi um ano para esquecer, conquistando menos pontos do que aqueles anotados no fim de 1983, ainda pela Toleman.
17 - AUT - Gerhard Berger - Arrows BMW
Para substituir Marc Surer, a Arrows contratou o jovem piloto austríaco que mais parecia uma locomotiva sem freios, fazendo exibições pífias em comparação aos de seu companheiro Thierry Boutsen. Enquanto o belga conquistou um fantástico segundo lugar em Imola, Berger era incapaz de chegar ao fim da prova diversas vezes.
Porém isso começou a mudar no meio do ano, quando passou a andar no mesmo ritmo do companheiro: pontos era questão de tempo. Com a decadência de qualidade do A8, Berger via o sonho de conquistar os primeiros pontos oficiais longe demais para sua disposição mental e técnica, mas quando o mundo se abriu em Kyalami, e Thierry Boutsen não teve como enfrentar sua força, um quinto lugar foi conquistado. Com a confiança tinindo, Gerhard voltou a pontuar em Adelaide depois de não bater em nenhum muro (apenas na barreira de pneus). Incrível!
1985: Um ano de provação para Berger, que ainda não arranjou um cockpit para 1986 por não passar nem perto dos resultados conquistados por Boutsen. De qualquer forma, é impossível dizer que o austríaco não evoluiu, passando de mero 'batedor' para promissor depois de finalmente conquistar uma confiança que ainda não era vista.
18 - BEL - Thierry Boutsen - Arrows BMW
Na liderança da equipe, conquistando os melhores resultados dela e não cometendo erros, essa foi a temporada de 1985 de Thierry Boutsen. O pódio em Imola, conquistado aos empurrões de seu Arrows até a linha de chegada, foi o melhor momento de todo ano. Diferentemente de seu companheiro Berger, Boutsen mostrou que sabia usar a cabeça e ser um piloto com uma tocada suave e calma.
Os mínimos erros cometidos por ele durante toda a temporada mostravam ainda mais o talento que a Arrows tinha nas mãos, porém havia algo que Boutsen falhava: não sabia partir bem. Em diversas ocasiões, o jovem belga se viu duas, três posições atrás daquela que havia largado, diminuindo as chances de pontos caso a prova fosse promissora.
1985: Digno piloto que qualquer equipe da época sonharia ter: consistente, sabendo domar os carros apesar de sua suavidade na condução, que o beneficiava sobre pilotos da estirpe de seu companheiro. É uma pena que se manterá na Arrows para 1986...
19 - ITA - Teo Fabi - Toleman Hart
A injusta demissão de Fabi da Brabham acabou por, momentaneamente, destruir sua carreira na Fórmula 1. Parecia que o veloz italiano não voltaria a ter chances, porém surgira a Benetton comprando a Toleman, exigindo um piloto italiano no cockpit do TG185. Então lá estava Teo, no GP de Mônaco, finalmente estreando o novo bólido da equipe inglesa.
O piloto que só sabia correr em circuitos rápidos calou críticos quando conquistou uma fantástica pole position para o GP da Alemanha, porém a falta de confiabilidade causada pelo pouco tempo de testes da Toleman foi fatal para que Fabi fechasse o ano sem pontos. Mesmo assim, uma performance de Fabi que gostaria de ressaltar foi na Áustria, quando chegou a andar em sexto no início da prova antes de abandonar. Isso utilizando motor Hart em Österreichring...
1985: O que o "rei das poles" jamais fez foi feito por um italiano qualquer que tinha passado boa parte da carreira na CART. Teo Fabi mostrou ainda mais que os pontos naquela época só serviam para classificar quem seria o campeão, já que em uma série de performances interessantes, nunca anotou pontos, terminando atrás de pilotos como Alliot, Palmer, Ghinzani, Martini e Rothengatter.
21 - ITA - Mauro Baldi - Spirit Hart
Haviam dois pilotos italianos no grid que viviam trabalhando em dois lugares, mas em apenas um conseguiam o tão amado salário: Mauro Baldi e Piercarlo Ghinzani, ambos pilotos da Lancia no WSC. Baldi estava distante de ser o centro da atenção no mercado de pilotos, com nenhuma equipe se interessando pelo seu trabalho a não ser a Spirit.
Depois de descarta-lo por metade de 1984, a equipe necessitava do italiano para 1985, sofrendo para se manter no grid. Andando sempre entre os últimos, o único momento que Baldi apareceu na transmissão foi quando rodou no Estoril. Com a Benetton comprando o contrato da Pirelli, a Spirit fechou, e Mauro deixou a Fórmula 1...
1985: Fim da Spirit, fim de Mauro Baldi (pelo menos na Fórmula 1).
22 - ITA - Riccardo Patrese - Benetton Team Alfa Romeo
O grande momento de 1984 havia sido o surpreendente pódio em Monza, e em 1985 surpresas estavam longe de acontecer para a dupla da Alfa Romeo. Riccardo Patrese colecionou fracassos, se contentou em andar no meio do pelotão e abandonar antes da metade da prova, finalizando um ano marcado apenas pelo seu acidente com Piquet em Mônaco.
1985: Chega ser cômico, um acidente sendo o melhor momento da temporada de alguém como Riccardo Patrese.
23 - EUA - Eddie Cheever - Benetton Team Alfa Romeo
Enquanto Patrese teve como melhor momento um acidente, Eddie Cheever pode se orgulhar de ter andando na quarta colocação durante algumas voltas no mesmo GP de Mônaco. O norte-americano foi mais uma vez a maior vitima dos problemas da Alfa Romeo, mesmo tentando de tudo para sair do meio do pelotão.
1985: Resta saber para onde ele irá em 1986, porque 1985 não existe mais para a dupla da Alfa...
24 / 20 - ITA - Piercarlo Ghinzani - Osella Alfa Romeo / Toleman Hart
Piercarlo Ghinzani estava pilotando pelo puro prazer e diversão de estar na Fórmula 1, não recebendo uma nota sequer para competir pela Osella. Sua lealdade, como a de Baldi pela Spirit, era incrível, e quando conseguiu terminar a maior parte das provas que largou, era notável que Ghinzani fazia tudo para causar menos prejuízo para Enzo Osella. Sua saída estava clara quando Huub Rothengatter trouxe novos patrocínios para a equipe...
Foi quando surgiu a maior chance de sua carreira, com a Toleman fazendo uma proposta irresistível para alguém que só havia corrido com a Osella. Ghinzani foi azarado na escolha, se afundando em abandonos ao não conseguir acompanhar Teo Fabi nas primeiras provas, e quando finalmente estava próximo do compatriota, era tarde demais para fazer algo.
1985: Fiel como Baldi, Ghinzani teve a chance que o compatriota não teve, mas acabou por errar em aceitar a proposta da Toleman que mal conseguia ter um carro em condições de terminar uma prova.
24 - HOL - Huub Rothengatter - Osella Alfa Romeo
O mitológico angariador de fundos com nome monstruosos estava de volta em 1985 depois de perder a vaga na Spirit. Sempre sorridente, Rothengatter não deixou se abalar apesar dos inúmeros problemas da Osella, conquistando um fantástico sétimo lugar no GP da Austrália. Já que a Spirit não estava mais no grid, Huub tinha apenas um rival: Pierluigi Martini.
1985: Batalhando com Martini e com o carro, Rothengatter fez tudo o que podia durante a temporada, sendo recompensado com o sétimo lugar conquistado em Adelaide (isso que Berger conseguiu voltar a pista, se não o holandês teria marcado pontos).
25 - ITA - Andrea de Cesaris - Ligier Renault
A volta de Jacques Laffite á Ligier talvez tenha dado otimismo para o velho Guy melhorar o carro, e consequentemente o beneficiado por isso seria Andrea de Cesaris. Depois dos fracassos de 1984, o italiano voltou a andar bem em 1985 conquistando um fantástico quarto lugar em Mônaco e um quase pódio em Silverstone, mas de Cesaris logo voltou a ser o antigo destruidor de chassis.
Em apenas um mês, Andrea havia tido um desempenho digno de aplausos e outro digno de uma demissão, que, segundo ele, jamais aconteceu. Sua saída da Ligier só foi causada pela falta de confiabilidade dos carros, segundo o próprio, mas algo que ele não pode negar é que aquele acidente na Áustria foi causado por um erro.
1985: Apesar de performances interessantes e um ótimo quarto lugar em Mônaco, de Cesaris marcou 1985 por protagonizar um dos mais espetaculares acidentes já gravados numa transmissão, quando errou, foi para o barranco e capotou, saindo ileso apenas com algumas manchas de lama.
25 / 4 - FRA - Philippe Streiff - Ligier Renault / Tyrrell Renault
Depois de estrear pela Renault em 1984, Philippe Streiff voltou a ter chance de guiar um carro da categoria pela Ligier, graças à saída de de Cesaris. Como o italiano, o jovem francês conseguiu algumas boas qualificação a frente de Jacques Laffite, mas na corrida deixava a desejar cometendo erros que até mesmo acabavam com sua prova.
Enquanto buscava lugar pro grid em 1986, foi até a Tyrrell para participar do GP da África do Sul, não impressionando e causando prejuízo para o "Tio Ken", acabando num dos muros de Kyalami. Na prova seguinte, vinha em um sólido terceiro posto quando arriscou para cima de Jacques Laffite, que fechou a porta e atingiu sua roda dianteira direita: suspensão quebrada.
1985: Apesar de alguns acidentes, Philippe Streiff tem potencial para evoluir e se tornar grande piloto caso encontre carro na Tyrrell em 1986.
26 - FRA - Jacques Laffite - Ligier Renault
Jacques Laffite estava em forma nessa temporada, esquecendo sua fraca passagem pela Williams em 1983 e 1984. Sua velocidade ainda era perceptível, porém era claro que os sinais da velhice começavam a aparecer, não conseguindo boas qualificações em todas as provas. Mesmo assim, Laffite se mantinha como o velho francês que conhecíamos desde a década de 70, furioso em certos momentos, fantástico em outros.
Sua experiência ajudou para escalar o pelotão e conquistar dois pódios consecutivos em Silverstone e Nürburgring, porém foi em Brands Hatch que ele voltou a dar show. Fazendo uma prova fantástica, foi triste ver quando sua Ligier parou com problemas no motor Renault, algo que facilitou a vida de Mansell, Senna e Rosberg. Em Adelaide, revoltou-se com Streiff, fechando o jovem compatriota até se chocarem. Enquanto Philippe se arrastou com a suspensão quebrada, Laffite terminou em segundo, superando Lauda na tabela de pilotos.
1985: Talvez uma das melhores temporadas de Laffite na Fórmula 1, mostrando que pode conquistar resultados superiores aos do companheiro mesmo tendo um fraco fim-de-semana (pelo menos até o domingo a tarde). Seus ataques de raiva no volante continuavam, como vimos em Adelaide, quando gesticulou como louco para Streiff. Esse é o velho e bom Jacques Laffite...
27 - ITA - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari
A primeira metade da temporada de Alboreto foi animadora, com ótimos resultados conquistado em Jacarepaguá e no Estoril. O seu abandono em Imola não o abalou, voltando com força em Monte Carlo, onde poderia ter ganho caso o azar não fizesse perder a ponta duas vezes. Michele se mostrava consistente, conquistando uma ótima vitória no Canadá antes de ser terceiro em Detroit.
Até esse momento, o campeonato estava nas mãos do italiano, porém a Ferrari acabaria tacando fora a única grande chance de sua carreira. Não sabendo configurar carros para as pistas velozes, a Scuderia decairia drasticamente, levando seu piloto para uma surpreendente conquista em Nürburgring e um pódio na Áustria. Depois disso, os resultados não eram nada animadores, com Prost conquistando vitórias enquanto o azar voltou a atormentar Alboreto. No fim, o italiano conquistou o vice graças aos problemas de Rosberg, Senna e de Angelis, nunca mais voltando à forma que esteve no início do ano.
1985: Em sua melhor temporada, Michele Alboreto fez o que podia com a Ferrari afundada na crise, conquistando ótimos resultados nos primeiras etapas e tristes abandonos nas últimas, fechando o ano com cinco provas seguidas sem ver a bandeira quadriculada.
28 - FRA - René Arnoux - Scuderia Ferrari
René Arnoux só fez uma prova em 1985, sendo demitido logo depois dela apesar do bom resultado. O francês já estava na sua terceira temporada pela Scuderia, mas já não agradava como antes, tendo desempenhos genias em certas provas e pífios em outras. Quando Johansson foi anunciado como seu substituto, logo foi esquecido, especialmente com os fortes rumores que a Ferrari impediu ele de arranjar outro cockpit durante a temporada.
1985: A história de amor que parecia estar prestes a dar certo acabou repentinamente, com Arnoux na rua e a Ferrari desfalcada para Estoril. O francês deixaram a escuderia italiana, mas sem dúvida estaria de volta em 1986...
29 - ITA - Pierluigi Martini - Minardi Ford / Minardi Motori Moderni
O jovem italiano que não conseguiu qualificação para o GP da Itália do ano anterior estava no grid em 1985, mesmo que isso foi algo quase despercebido pelas transmissões. Tendo que desenvolver chassis e motor, a escolha por Martini foi algo péssimo, especialmente pela sua falta de experiência. Erros atrás de erros pioravam sua reputação, sendo superados apenas pelos problemas enfrentados pelo carro Minardi.
Quando tudo estava em condição mais favorável, Martini mostrava ser um piloto rápido, mas como isso pouco aconteceu durante a temporada, seu grande momento foi quando obliterou Berger em Paul Ricard.
1985: Em sua temporada de estreia, o jovem italiano sofreu demasiada pressão para desenvolver uma equipe inteira, porém tenho certeza que ele poderá ser recompensado num futuro próximo.
30 - GBR - Jonathan Palmer - Zakspeed Racing
Como Martini, Palmer teria o duro trabalho de desenvolver um novo chassis e um novo motor numa equipe novata. Porém, o britânico já tinha demonstrado mais talento do que o italiano e teria mais condições de desenvolver o bólido, especialmente por ele só estaria presente em provas europeias. Para melhorar, 841 de Erich Zachowski era tão rápido quanto o M185, conseguindo superar os italianos pelo menos nos treinos qualificatórios.
Depois que Palmer conquistou um fantástico 11º lugar em Mônaco, ele só correu para ver até onde o carro resistia, nunca terminando. Seu árduo desenvolvimento tinha que reder frutos em 1986, e para garantir isso a Zakspeed manteve o britânico mesmo depois dele quebrar a perna nos trágicos 1000Km de Spa-Francorchamps.
1985: Em sua terceira temporada participada, Jonathan Palmer parecia estar no caminho certo com um projeto tão promissor como o da Zakspeed.
30 - ALE - Christian Danner - Zakspeed Racing
Competindo na Fórmula 3000, Danner foi pego de surpresa com a proposta da Zakspeed para substituir Palmer em Spa e Brands Hatch, dois circuitos extremamente dificeis para se iniciar uma carreira. Mesmo assim, o jovem alemão aceitou empurrado pelas expectativas de seu país, que havia perdido Winkelhock e Bellof no último mês.
O bom trabalho de Jonathan Palmer ficou evidente quando Christian Danner chegou à equipe, batalhando simplesmente para chegar ao fim da prova e acumular uma quilometragem boa para arranjar uma equipe em 1986.
1985: Christian Danner fez o que podia com um carro problemático como o Zakspeed, e agora era ver se alguém gostaria de contrata-lo depois do desempenho medonho em Brands Hatch.
33 - AUS - Alan Jones - Team Haas
Depois de uma passagem apagada pela Arrows no início de 1983, Alan Jones estava de volta ao grid em 1985, agora arriscando no promissor projeto da Beatrice Lola. Comandado por Carl Haas, o campeão de 1980 parecia estar mais preparado para o desafio de desenvolver uma equipe com grande potencial.
Apesar dos problemas enfrentados com o motor Hart (seria uma prévia pelo que estava por vim com o motor Forde, em 1986?), Jones fez uma trabalho fantástico enfrente a sua torcida no primeiro Grande Prêmio da Austrália valido para o calendário, dando show até um esperado problema elétrico o tirar da prova.
1985: Volta difícil, mas futuro promissor para os últimos dias de Jones na Fórmula 1.
SOBRE 1985
"Com o Brasil saindo do regime militar, a Fórmula 1 levava todo seu circo para o Rio de Janeiro onde, em Jacarepaguá, faziam a abertura da temporada pela terceira vez seguida. Os testes foram animadores para os 'anti-McLaren', mas todos sabiam que seria difícil evitar um bicampeonato da equipe de Woking. Os bólidos pintados com as cores da Marlboro continuavam no topo, porém agora com certa dificuldade enfrentada para superar as Ferraris, as Williams e as Lotus.
A temporada prometia, com o jovem Ayrton Senna querendo se firmar no pelotão da frente, Nelson Piquet se recuperando de uma azarada temporada de 1984, Nigel Mansell estreando na Williams e a dupla Alboreto / Arnoux tentando melhorar o clima dentro da Scuderia Ferrari. A vitória de Prost em Jacarepaguá não foi surpreendente, talvez até esperada, mas algo dava sinais que não se repetiria em 1985.
Niki Lauda ficou tomado pelo azar, apesar de cometer poucos erros, venceu apenas uma prova e fechou sua última temporada na fraca décima colocação, deixando livre o caminho para Alain Prost, que soube se acalmar quando percebeu que o título estava nas mãos. Depois da estranha demissão de René Arnoux, e sua substituição pelo sueco Stefan Johansson, a Ferrari tinha um Michele Alboreto inspirado nas primeiras provas.
Consistente, o italiano conquistou dois segundos lugares nas primeiras provas, dominando o GP de Mônaco mesmo após enfrentar um azar que, infelizmente, não rodeia um futuro campeão. Suas performances satisfatórias no Canadá, em Detroit e em Silverstone se esvaíram com a falta de competitividade deu seu 156/85, má configurado para as velozes provas finais da temporada.
Prost, com isso, foi sábio em suas decisões, se beneficiou dos problemas de Alboreto e conquistou um merecido título com duas provas de antecedência, mostrando o que todo seu talento era capaz. Porém, já quando levantou o caneco em Brands Hatch, era perceptível uma gigantesca evolução da Williams Honda de Nigel Mansell e Keke Rosberg.
Uma temporada que havia começado difícil para a equipe de Frank Williams acabou de maneira gloriosa, com quatro vitórias, duas para cada um de seus pilotos. A agressividade da dupla Mansell / Rosberg era espantosa, mas nada se comparava ao estilo de pilotagem do campeão finlandês, que deu show durante a maior parte da temporada, sendo vencedor moral de diversas provas. No fim, a classificação geral da Williams no campeonato não demonstra seu real esforço.
Ayrton Senna e Elio de Angelis, numa clássica briga de companheiros, deixaram a terceira colocação ser lançada aos homens da Williams, com o italiano fazendo um fantástico início de temporada para terminar desanimado e fora da equipe. O jovem brasileiro mostrou que veio para ficar, conquistando poles fantásticas e tendo performances ainda mais nas corridas, sendo tomado pelo azar de abandonar nas últimas voltas.
A Brabham de Nelson Piquet e Marc Surer agiu estranhamente em 1985, perdendo os terríveis problemas enfrentados com o motor BMW e iniciando uma promissora parceira com a Pirelli, mas não sendo capaz de fazer o BT54 um chassis decente. Resultado? Piquet teve sorte ao vencer em Paul Ricard e selar o caixão de vitórias da equipe na categoria.
No meio do grid, a Ligier voltou a ter forças com o retorno de Jacques Laffite, que conquistou três pódios. Porém a saída de Andrea de Cesaris deixou a equipe mais fraca, sendo ele substituído por Philippe Streiff que mais bateu do que correu no fim da temporada. No fim, a Ligier ainda foi capaz de ultrapassar a Renault na tabela de construtores.
Com problemas, a montadora francesa saiu da Fórmula 1 depois de revoluciona-la, mas não sendo capaz de conquistar um título. A Alfa Romeo também abandonou a categoria, mas de maneira discreta e sem alarde com Riccardo Patrese e Eddie Cheever batalhando para chegar ao fim de cada prova iniciada. Além das duas montadoras, a Spirit fechou o barraco de feira depois do GP de San Marino.
A situação estava difícil para a Fórmula 1, com três equipes saindo, porém outras três haviam chegado: Minardi, Zakspeed e Beatrice-Lola, todas com grandes ambições. Com a Minardi tantndo evoluir com um jovem inexperiente, a Zakspeed fez uma escolha mais feliz ao selecionar o britânico Jonathan Palmer, enquanto a Beatrice mostrou que viera para ser campeã do mundo ao contratar Alan Jones. Apesar de tanto, serviram apenas para tampar o pelotão junto com a Osella de Ghinzani e Rothengatter.
A Toleman vinha de sua melhor temporada, porém foi incapaz de colocar seu carro nas primeiras três etapas antes que a Benetton aparecesse com uma grande proposta. Fabi fez tudo que era possível, até uma pole, porém não anotou pontos. A Arrows estava no mesmo nível da compatriota britânica, porém tinha mais confiabilidade e um piloto que sabia controlar um carro com cerca de 1000cv de maneira suave o suficiente para chegar ao pódio em Imola.
Em 1985 houve tristeza, mas em que ano não há? Porém houveram duas tragédias que certamente mudaram o futuro do automobilismo mundial. Tentando evoluir uma afundada RAM, Manfred Winkelhock aparecia cada vez mais com desgosto no paddock da categoria, conquistando resultados mais decentes no WSC antes de vir a falecer num terrível acidente em Mosport. E que, como aconteceu com a Marussia em 2014, acabou culminando no fim da equipe.
Já a Tyrrell mantinha a talentosa dupla Brundle / Bellof, com a promessa de um novo chassis com motor turbo já no meio da temporada. O britânico foi o primeiro a andar, enquanto o alemão fez apenas três provas com o motor Renault empurrando-o antes de ir para o triste fim-de-semana dos 1000Km de Spa-Francorchamps. Jonathan Palmer quebrou a perna, enquanto Stefan Bellof acabou embatendo fatalmente na barreira de proteção após tocar com seu maior rival.
A Eau Rouge havia sido palco de uma tragédia antes de voltar a receber os pilotos do circo. Já reformado decentemente, o novo asfalto de Spa-Francorchamps viu Ayrton Senna dar seu segundo grande show em 1985, levando a vitória com um jovem Nigel Mansell conquistando seu melhor resultado até então.
A temporada de 1985 chegara ao seu final com Keke Rosberg dando show na sua perseguição por Alain Prost e Nigel Mansell em Kyalami, e, semanas depois, superando o 'showman' Senna em Adelaide.
1985 acabou como um ano cheio de alternativas, mas apesar da alta competitividade durante as corridas, os resultados mostram que essa foi uma das piores temporadas da década de 80, o que é mais um exemplo de que números não representam nada se tratando habilidade. Prost foi campeão, Alboreto fez seu melhor ano, Senna e de Angelis abririam o terceiro posto para Rosberg que deu show, Mansell finalmente venceu, Johansson tem agora sua chance e Piquet um grande futuro lhe aguardando na Williams...
Infelizmente, havíamos perdido o brilho do talento e da rapidez dos alemães Manfred Winkelhock e Stefan Bellof... Sempre serão lembrados...
PRÊMIOS DO MEMÓRIA F-1
MELHORES PILOTOS DA TEMPORADA:
1) Keke Rosberg
2) Ayrton Senna
3) Alain Prost
MELHORES EQUIPES DA TEMPORADA:
1) Marlboro McLaren International
2) Canon Williams Honda
2) Equipe Ligier
PERSONALIDADE DO ANO:
Keke Rosberg
ROOKIE OF THE YEAR:
1) Ivan Capelli
2) Christian Danner
MELHORES GPs:
Grande Prêmio da Europa - Grande Prêmio da Austrália
MELHOR PERFORMANCE:
Ayrton Senna e Stefan Bellof - GP de Portugal
O SORTUDO:
Alain Prost
O AZARADO:
Michele Alboreto
O ESFORÇADO:
Ayrton Senna
PIOR PILOTO DA TEMPORADA:
Kenny Acheson
PIOR EQUIPE DA TEMPORADA:
Benetton Team Alfa Romeo
MICO DO ANO:
Spa-Francorchamps
CLASSIFICAÇÃO GERAL
Campeonato de Pilotos: POS / Nº / País / Piloto / Construtor / Pontos
- 2 - FRA - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - 73 pontos (76 pontos)
- 27 - ITA - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - 53 pontos
- 6 - FIN - Keke Rosberg - Williams Honda - 40 pontos
- 12 - BRA - Ayrton Senna - Lotus Renault - 38 pontos
- 11 - ITA - Elio de Angelis - Lotus Renault - 33 pontos
- 5 - GBR - Nigel Mansell - Williams Honda - 31 pontos
- 4 / 28 - SUE - Stefan Johansson - Tyrrell Ford / Scuderia Ferrari - 26 pontos
- 7 - BRA - Nelson Piquet - Brabham BMW - 21 pontos
- 26 - FRA - Jacques Laffite - Ligier Renault - 16 pontos
- 1 - AUT - Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche - 14 pontos
- 18 - BEL - Thierry Boutsen - Arrows BMW - 11 pontos
- 15 - FRA - Patrick Tambay - Renault Elf - 11 pontos
- 8 - SUI - Marc Surer - Brabham BMW - 5 pontos
- 16 - GBR - Derek Warwick - Renault Elf - 5 pontos
- 25 / 4 - FRA - Philippe Streiff - Ligier Renault / Tyrrell Renault - 4 pontos
- 4 / 3 - ALE - Stefan Bellof - Tyrrell Ford / Tyrrell Renault - 4 pontos
- 25 - ITA - Andrea de Cesaris - Ligier Renault - 3 pontos
- 4 - ITA - Ivan Capelli - Tyrrell Renault - 3 pontos
- 28 - FRA - René Arnoux - Scuderia Ferrari - 3 pontos
- 17 - AUT - Gerhard Berger - Arrows BMW - 3 pontos
- 3 / 4 - GBR - Martin Brundle - Tyrrell Ford / Tyrrell Renault - 0 pontos
- 24 - HOL - Huub Rothengatter - Osella Alfa Romeo - 0 pontos
- 1 - IRN - John Watson - McLaren TAG-Porsche - 0 pontos
- 29 - ITA - Pierluigi Martini - Minardi Ford / Minardi Motori Moderni - 0 pontos
- 22 - ITA - Riccardo Patrese - Benetton Team Alfa Romeo - 0 pontos
- 23 - EUA - Eddie Cheever - Benetton Team Alfa Romeo - 0 pontos
- 24 / 20 - ITA - Piercarlo Ghinzani - Osella Alfa Romeo / Toleman Hart - 0 pontos
- 10 / 9 - FRA - Philippe Alliot - RAM Hart - 0 pontos
- 30 - GBR - Jonathan Palmer - Zakspeed Racing - 0 pontos
- 9 - ALE - Manfred Winkelhock - RAM Hart - 0 pontos
- 19 - ITA - Teo Fabi - Toleman Hart - 0 pontos
- 8 / 14 - FRA - François Hesnault - Brabham BMW / Ligier Renault - 0 pontos
- 33 - AUS - Alan Jones - Team Haas (USA) - 0 pontos
- 21 - ITA - Mauro Baldi - Spirit Hart - 0 pontos
- 30 - ALE - Christian Danner - Zakspeed Racing - 0 pontos
- 10 - GBR - Kenny Acheson - RAM Hart - 0 pontos
- Marlboro McLaren International - McLaren TAG-Porsche - MP4/2B - LAU/WAT/PRO - G - 90pts
- Scuderia Ferrari SpA SEFAC - Ferrari - 156/85 - ALB / ARN / JOH - G - 82 pontos
- Canon Williams Honda - Williams Honda - FW10 - MAN / ROS - G - 71 pontos
- John Player Special Team Lotus - Lotus Renault - 97T - ANG / SEN - G - 71 pontos
- Motor Racing Developments - Brabham BMW - BT54 - PIQ / HES / SUR - P - 26 pontos
- Equipe Ligier - Ligier Renault - JS25 - CES / STR / LAF - P - 23 pontos
- Equipe Renault Elf - Renault - RE60 / RE60B - HES / TAM / WAR - G - 16 pontos
- Barclay Arrows BMW - Arrows BMW - A8 - BER / BOU - G - 14 pontos
- Tyrrell Racing Organisation - Tyrrell Ford - 012 - BRU / BEL / JOH - G - 4 pontos
- Tyrrell Racing Organisation - Tyrrell Renault - 014 - BRU / BEL / CAP / STR - G - 3 pontos
- Osella Squadra Corse - Osella Alfa Romeo - FA1F / FA1G - GHI / ROT - P - 0 pontos
- Minardi Team SpA - Minardi Motori Moderni - M185 - MAR - P - 0 pontos
- Benetton Team Alfa Romeo - Alfa Romeo - 185T / 184TB - PAT / CHE - G - 0 pontos
- Skoal Bandit Formula 1 Team - RAM Hart - 03 - WIN / ALL / ACH - P - 0 pontos
- West Zakspeed Racing - Zakspeed - 841 - PAL / DAN - G - 0 pontos
- Toleman Group Motorsport - Toleman Hart - TG185 - FAB / GHI - P - 0 pontos
- Minardi Team SpA - Minardi Ford - M185 - MAR - P - 0 pontos
- Spirit Enterprises Ltd - Spirit Hart - 101D - BAL - P - 0 pontos
- Team Haas (USA) Ltd - Lola Hart - THL1 - JON - G - 0 pontos
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES:
Voltas lideradas por pilotos:
- 12 - BRA - Ayrton Senna - Lotus Renault - 270 voltas
- 6 - FIN - Keke Rosberg - Williams Honda - 232 voltas
- 2 - FRA - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - 178 voltas
- 5 - GBR - Nigel Mansell - Williams Honda - 141 voltas
- 27 - ITA - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - 99 voltas
- 1 - AUT - Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche - 52 voltas
- 7 - BRA - Nelson Piquet - Brabham BMW - 43 pontos
- 11 - BRA - Elio de Angelis - Lotus Renault - 16 pontos
- 28 - SUE - Stefan Johansson - Scuderia Ferrari - 1 volta
Voltas lideradas por construtores:
- GBR - Williams Honda - 373 voltas
- GBR - Lotus Renault - 286 voltas
- GBR - McLaren TAG-Porsche - 230 voltas
- ITA - Scuderia Ferrari - 100 voltas
- GBR - Brabham BMW - 43 voltas
Campeonato de Motores:
- FRA - Renault - 113 pontos
- ALE - TAG-Porsche - 90 pontos
- ITA - Ferrari - 82 pontos
- JAP - Honda - 71 pontos
- ALE - BMW - 40 pontos
- GBR - Cosworth - 4 pontos
Campeonato de Pneus:
- EUA - Goodyear - 351 pontos
- ITA - Pirelli - 49 pontos
Campeonato de Países:
- França - 107 pontos
- Itália - 92 pontos
- Brasil - 59 pontos
- Finlândia - 40 pontos
- Grã-Bretanha - 36 pontos
- Suécia - 26 pontos
- Áustria - 17 pontos
- Bélgica - 11 pontos
- Suiça - 5 pontos
- Alemanha - 4 pontos
Imagens tiradas do Google Imagens - GPExpert.com.br - f1-history.deviantart.com - counter-x.net
padrão.
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