Há alguma palavra que descreve James Clark Jr? Não é possível falar sobre o escocês de maneira simplória e sem exaltação, especialmente pelo seus feitos na pista e seu modo de viver fora delas. Fazendeiro à ponto de se considerar um homem do campo mais do que piloto, uma pessoa humilde e simples que gostava daquilo que fazia.
Numa época em que os problemas mecânicos eram normais, Clark tinha uma habilidade natural de evitar eventuais problemas nos carros tão instáveis feitos por Colin Chapman. A sua maneira suave de dirigir é uma referência, sem maltratar o carro ao simplesmente deixa-lo guiar até a vitória. Seus feitos apenas engrandecem um homem que já era amado no paddock.
Hill queria voltar ao topo, mas para isso deveria ir para Maranello ou voltar para os braços de Colin Chapman. A escolha foi óbvia, mas faltava algo para coloca-lo de volta ao páreo: a aprovação de Clark. Diferentemente de muitos nomes que discutimos atualmente, o humilde escocês voador aceitou o novo desafio.
Fatalidades atrás de fatalidades eram apenas um presságio do que estava por vim a partir de 1968. Clark mesmo assim se mantinha firme como piloto, mostrando que o amor pelo automobilismo pode superar qualquer medo ou problema na vida. Suas cinco participações nas 500 Milhas de Indianápolis, as miseras três vezes em que correu nas 24 Horas de Le Mans, seu tricampeonato na Tasman Series, suas várias vitórias espalhadas por corridas extra-campeonatos, além de outras na Fórmula 2, e as milhares de participações em diversas categorias pelo mundo mostram a grandeza e o amor que esse homem sentia pelo que fazia. Um piloto versátil, duro de se achar nos dias de hoje.
Jimmy ao lado de Dan |
De muitos nomes que já correram ao seu lado, Jim temia apenas um: Dan Gurney. De todos em que correu junto, Masten Gregory era seu herói. E de todos que já haviam sido os melhores, Juan Manuel Fangio era sua inspiração.
Se Jim Clark sofresse um acidente, todos sabiam que era por uma falha mecânica, já que o erro humano seria impossível para alguém com tanta suavidade e inteligência atrás do voltante. Sem nenhum ataque de loucura que caracteriza Gilles Villeneuve e Nigel Mansell, o escocês voador alcançou a Fórmula 1, derrotou os melhores pilotos do Novo e do Velho Mundo, e só não venceu a morte...
Imagens tiradas do Google Imagens
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