Há exatos 100 anos nascia uma das marcas mais influentes e fantásticas da história automotiva: a Bayerische Motoren Werke. Com a união entre as empresas de Gustav Otto e Karl Rapp, surgira uma nova construtora de aviões no meio da I Guerra Mundial. Sem excitar, era óbvio que a participação da BMW foi algo extremamente importante na sua história, especialmente pelo resultado final ao fim dos quatro anos de conflito.
O Tratado de Versalhes proibia, entre outras coisas, a construção de aviões por parte da Alemanha, dificultando o futuro de uma empresa que crescia a cada ano com suas inovações na aeronáutica. Se reinventando, a BMW cria sua primeira motocicleta em 1923, a bela e única R32. O grande sucesso do veículo e de seus sucessores entre o público e nas corridas trouxeram de volta a força da marca de Baviera.
R32 |
Construindo motos e automóveis, além de motores para aeronaves, a marca da hélice sob o céu de Baviera crescia a cada dia que passava, conquistando resultados grandiosos em competições, como a vitória na Mille Miglia de 1940 com um 328 Roadster dirigido por Fritz Huschke e Walter Bäuer.
Os fundadores |
Então veio a II Guerra Mundial... Uma parte da história da BMW que todos gostaríamos de apagar.
Com mais de 50 mil trabalhadores escravos dos campos de concentração, a marca voltara a construir aviões com um só objetivo: levar a Alemanha à conquista. Felizmente, o nazismo morreu ao lado de Adolf Hitler, mas houve algo que quase se afogou na crise que se instaurou no país depois da pior tragédia que a humanidade já sofreu.
Mesmo produzindo motos espetaculares, como a R68, e conquistando títulos com nos campeonatos de sidecar, a BMW não era tão badalada como era antes da guerra, se afundando em problemas e numa crise que quase levou à sua extinção. A Daimler-Benz esteve perto de comprar a rival em 1959, mas um nome como o de Herbert Quandt, acabou aparecendo para salvar a empresa.
Série 3 |
A construção de um novo escritório ao norte de Munique e o crescente sucesso dos Série 6 e 7 mostravam o crescimento de uma marca que, cerca de 20 anos antes, quase havia morrido.
Com a chegada da Era Turbo, e a busca por inovações na Fórmula 1, a Brabham se tornou a primeira equipe, desde a década de 50, a levar a BMW ao grid da categoria. Apesar do começo árduo, a marca alemã derrotou os criadores de uma das maiores revoluções da história da F-1 junto com Nelson Piquet em 1983: título de pilotos em 1983.
A década de 90 viu a BMW investir em novidades como automóveis elétricos e utilitários esportivos. Já no século XXI, a empresa retornou à Fórmula 1 com as chances de apagar a má fama, conquistando vitórias importantes com a dupla Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya enquanto empurrava os carros de Frank Williams.
Quando tiveram a chance, entre 2005 e 2006, finalmente se tornaram construtores. Até 2009, a equipe da BMW Sauber conquistou uma vitória e foi figurante como o melhor time não-Ferrari/McLaren.
Feliz centenário, BMW!
Imagens tiradas do Google Imagens
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