terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Coluna Semanal 2# - Carros - Parte 1


Peço desculpas pela falta de postagens, e também por não ter colocado o Coluna Semanal no sábado passado.

Uma coisa que sempre pensei foi que os carros são a 2º coisa mais importante da F-1, logo atrás dos pilotos, e a frente de equipes e circuitos. Mas nos últimos anos, e décadas, vimos um piloto se tornar um elemento secundário na F-1, perdendo a ponta para os carros, que evoluiram muito tecnologicamente.


Acredito que a primeira mudança surpreendente na F-1, foi com o Cooper de 1958, com motor atrás do piloto, era uma grande inovação na época, parecia que a ideia não iria dar certo, como várias outras, mas acabou dando os dois primeiros titulos fora da Europa e América do Sul, Jack Brabham conquistou 2 de seus 3 titulos com a Cooper.


Nos anos seguintes a F-1 mudaria muito, especialmente os carros, que ficariam baixos, e com motor central. Já era meados dos anos 60, quando Colin Chapman criou o chassis monocoque (não tenho certeza se esse é o nome), para seu Lotus que dominaria os Campeonatos seguintes. Já no final dos anos 60, vimos uma revolução aerodinâmica, com várias asas, na frente e atrás, mas foi percebido após acidentes, que aquele tipo de asa podia machucar, por isso foi banido, mas as equipes tinham uma carta na manga, e fizeram uma asa traseira parecida com a que conhecemos.


No final da década de 70, Colin Chapman mais uma vez mudou a F-1, criando o efeito asa, a Lotus dominou o ano de 1978, mas a felicidade da Lotus duraria pouco, já que as outras equipes copiaram a ideia, e se deram bem, mas isso durou pouco, já que anos depois o efeito foi banido.


A nova nova revolução aero só apareceria em 1986, com o projetista Gary Murray, criando um Brabham com "cintura baixa", apesar do triste desfecho, com a morte de de Angelis, Murray apostou novamente na ideia quando foi para a McLaren em 1988, e deu muito certo, os ingleses só perderam 1 das 16 etapas. Todas as equipes também aderiram a moda, mas a McLaren ainda continuava a ser a melhor.


Em 1992 a Williams criou um carro com suspensão ativa, que mais tarde em 1993, se tornaria o carro mais avançado tecnologicamente que a F-1 já fez, com vários outros componentes eletronicos. Já com a proibição de vários componentes, a F-1 nunca mais viria outra revolução eletronica como antigamente, ás vezes alguns engenheiros chegam a criar uma inovação, mas rapidamente já tem suas invenções banidas.

Em relação aos motores, a F-1 não mudou muito, ficando apenas nos aspirados e turbos, mas no inicio de tudo a busca pelo motor mais potente era a preocupação das equipes, por isso até mesmo, existiu um carro da BRM, apto para correr na F-1 em 1950, tendo um V-16, falando assim parecia que o carro seria um foguete, mas os ingleses produziram um péssimo carro, se tornando vexame.

No final dos anos 70, a Renault introduziu á F-1, os motores turbos, muito mais potentes do que os aspirados, que voltariam em 1989, mas sairiam de cena em 2013. Já os motores V-10 são lendários na F-1, até mais do que os V-12, por isso quando saíram em 2005, deixaram saudades em muita gente, que teve que aguentar um V-8, que ainda tinha "som de F-1", que sumiria em 2014, com um V-6.

Na minha opinião a F-1 devia liberar para as equipes escolherem como elas quisessem os motores, poderia ser V-12, V-10 ou V-8, turbo ou aspirado.


Os carros fazem parte do espetáculo, mas é ruim quando tomam o lugar daquele que é o centro do espetáculo, o piloto, vimos até hoje pilotos que batalharam para levar um carro inferior, e conquistaram vitórias, e disputaram titulos (até certo ponto), Senna em 93 e 92, Prost em 86 e 87, Raikkonen em 2007 e várias outras surpresas.

Sábado que vem tem mais, com as Surpresas do Circo...

Estou pensando em fazer uma 2º parte desse tema, o que voces acham?

Imagens tiradas do Google Imagens

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