Nascido no dia 2 abril de 1926 nos subúrbios de Sydney, mais precisamente em Hurtsville, John Arthur Brabham era filho de um merceeiro, já sabendo dirigir os caminhões da loja de seu pai aos doze anos de idade. Abandonou a escola quando jovem para se dedicar ao trabalho numa oficina, servindo a RAAF (Força Aérea Australiana), como mecânico, logo após completar os 18 anos.
O fim da Guerra, como para todo mundo, significou um novo começo na vida de Brabham, que foi convidado por seu amigo Johnny Schoenberg para assistir uma corrida de midget car. Apesar de criticar a postura daqueles "loucos", Jack concordou em construir um carro para seu camarada norte-americano. Pouco tempo depois, a esposa de Schoenberg proibiu o marido de correr - proibição que levou Brabham ao volante.
Logo, percebe-se ter um talento para isso, conquistando títulos estaduais e nacionais na virada da década de 40 para 50. Com a empolgação de passar da terra para o asfalto, compra um Cooper para participar de suas primeiras provas em circuitos fechados, sendo ainda impedido pela CAMS, confederação australiana de esporte à motor, de usar um patrocínio na lateral de seu bólido (os tempos eram completamente diferentes).
Mas como dinheiro não era tudo na época, Brabham esbanjava talento o suficiente para que todos se impressionassem. Já como um dos melhores pilotos australianos, participava dos Grandes Prêmios da Nova Zelândia, realizados em Ardmore. Sendo a prova um palco recheado de estrelas do automobilismo britânico, Jack aproveitou uma de suas oportunidades para chamar a atenção de Dean Delamont, do RAC.
O convite de passar uma temporada na Grã-Bretanha feita por Delamont é inegável, e Brabham vai morar onde passaria os mais vitoriosos anos de sua vida. Depois de conquistar um relacionamento mais forte com John Cooper, e vencer outras importantes provas como o GP da Austrália de 1955, Jack vê a chance de mudar sua família para as ilhas britânicas.
Sua amizade com Cooper foi extremamente importante em sua carreira |
Depois de duas participações esporádicas em 1955 e 1956, o australiano volta à categoria no GP de Mônaco de 1957, com um Cooper T43. Sua performance é digna de um prêmio, guiando num magnífico terceiro lugar até enfrentar problemas que lhe custaram os pontos. Apesar do triste fim, era algo que não abalava Brabham, que sabia da evolução do modelo e de seu possível potencial.
Os novos bólidos de John Cooper são espetaculares, o que dão à Brabham sua primeira chance real de título a partir de 1959. Começava a jornada tricampeã mundial de um dos melhores pilotos de todos os tempos.
Apelidado de Black Jack pelo seus cabelos negros, sua personalidade quieta e seu estilo de pilotagem implacável, Brabham se tornara um dos grandes ícones do automobilismo mundial, não podendo ser esquecido mesmo após sua morte em 2014.
Se vivo, estaria fazendo 90 anos hoje.
Imagens tiradas do Google Imagens
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