É da maneira mais triste que escrevo esse post. Torcia para escreve-lo apenas daqui há algumas décadas, mas, infelizmente, não deu. Jules nasceu dia 3 de agosto de 1989, em Nice na França. Vindo de uma família com um histórico de automobilismo, era difícil não vê-lo correndo no futuro, e foi o que aconteceu. Depois de começar no kart estreou em 2007 nos monopostos.
Em treze corridas, venceu cinco em sua temporada de estreia na Fórmula Renault 2.0 Francesa, se tornando campeão. No ano seguinte esteve na ART, competindo na Fórmula 3, conquistando duas vitórias em 20 corridas e se sagrando terceiro colocado na classificação final. Já no seu segundo ano na categoria dominou boa parte das provas e se tornou, mais uma vez, campeão.
A ART não perdeu a chance de contrata-lo para correr na GP2 em 2010. Mesmo sem conquistar uma vitória sequer, Bianchi foi regular o suficiente para terminar na terceira colocação que seria repetida no ano seguinte, quando se tornou o piloto de testes da Ferrari. Em 2009 entrou pela primeira vez num carro de F-1, e logo na equipe que começaria a apoia-lo até seu último dia de vida...
Em 2012 correu na Fórmula Renault 3.5, onde terminou em segundo no fim da temporada. Seus desempenhos nos treinos de sexta-feira com a Force India foram o bastante para ser contratado pela Marussia em 2013. Começava agora sua, pequena, aventura na categoria máxima do automobilismo, tentando chegar ao estrelato sendo apoiado pela Ferrari...
Na corrida, ele foi o único do "clube dos quatro" (vamos chamar assim as Marussias e Caterhams) á não levar 2 voltas do líder, terminando na 15º colocação. Na corrida seguinte, Bianchi mais uma vez é o mais rápido nos treinos, e repete o feito da primeira corrida, terminando na magnífica 13º colocação, que se tornaria seu melhor resultado no ano.
Em Mônaco, enfrentou problemas nos treinos e na corrida, não resistindo ás 78 voltas. No GP do Canadá ele deu um belo show no seu clube, superando até Charles Pic que havia largado na frente de Romain Grosjean. Parecia que sua temporada inteira seria uma batalha com o compatriota, que largou e terminou na sua frente, novamente, em Silverstone.
Na Hungria, largou na última fila e fez uma prova apagada, não conseguindo superar nenhuma Caterham. Semanas depois, a categoria estava em Spa, onde a chuva finalmente apareceu para embaralhar o grid. Ambas as Marussias passaram para o Q2, mas acabaram não conseguindo superar o único carro verde que estava na sessão.
Manteve-se na equipe para 2014, mais uma vez ao lado de Chilton. Agora teria como maior rival Kamui Kobayashi, que voltava á F-1. Sua segunda temporada seria muito mais agressiva, cometendo certos erros que não havia cometido em 2013, como por exemplo, o acidente com Maldonado na Malásia. Nos treinos para o GP da Austrália, não conseguiu superar Chilton e teve um 18º lugar para a prova.
Na corrida, a primeira disputada de noite em 2014, ele foi punido pelo toque em Adrian Sutil, que abandonou. No GP seguinte, conseguiu superar Koba na corrida, e terminou na 17º colocação. Na Espanha, o carro andou melhor do que os negros e verdes, dando a Bianchi a chance de uma melhor colocação, que veio com o 18º lugar...
Em Mônaco, Jules conseguiu o 19º lugar, mas saiu da 21º colocação por causa de uma punição, que não faria nenhuma diferença no fim das 78 voltas. Numa corrida fantástica, o francês fez grandes ultrapassagens e foi beneficiado pelos problemas de outros pilotos, inclusive alguns incidentes, como o de Räikkönen e Magnussen.
Sua ultrapassagem em Kobayashi rendeu uma punição, mas não foi capaz de tirar alegria da Marussia no fim da prova. Jules cruzou em 8º, mas se classificou em 9º, conquistando seus primeiros dois pontos, da mesma forma de sua equipe, que comemorou mais do que um título... Era o começo do surgimento de uma grande temporada.
No Q1, Jules foi o 4º colocado, colocando-se no Q2, onde mais uma vez fez um ótimo tempo, mas que não foi suficiente para passar pro Q3. A 12º posição já era ótima, e ficou melhor ainda depois da confusão na primeira volta, mas ele, infelizmente, ficou apenas na 14º colocação. Na Alemanha, mais uma vez foi o mais rápido do seu clube, seja nos treinos, seja na corrida.
Em Hungaroring, ele fez um Q1 fantástico, mesmo no seco conseguiu tirar Kimi da segunda parte dos treinos. Na corrida, foi o 15º. Em Spa, mais uma vez foi beneficiado pela chuva no sábado, mas na corrida nada o ajudou, tendo que abandonar nas últimas voltas. A volta de Kobayashi mostrava que ele voltaria a ter um adversário à altura, especialmente quando terminou atrás do japonês no fim da prova...
No GP da Cingapura, conseguiu um belo 16º posto, terminando na mesma volta do vencedor... infelizmente, foi a última vez que Jules terminou uma corrida... Semanas depois, os pilotos estavam em Suzuka, palco, mais uma vez, do GP do Japão. Eu aqui, entrei nos resultados da corrida e vejo ao lado do nome de Jules Bianchi: "Fatal accident"... é muito triste ver isso...
Na volta 40, Sutil, que estava logo atrás do francês, rodou e bateu. Uma volta depois, a chuva estava muito mais intensa, e um trator retirava o carro do alemão da pista, e no meio de tudo isso.... Jules Bianchi perde o controle, escapa da pista e passa por baixo do guindaste, que quebrou o santantonio e fez com que o francês sofresse uma brutal desaceleração.
É pessoal, foi difícil para mim escrever esse post, pois é a primeira morte que vejo acontecer na categoria máxima do automobilismo, que evoluiu muito desde os falecimentos de Ayrton e Roland..
Homenagem que fiz na escola, no último sábado... |
Minha Opinião - 8,9: Sem dúvida tinha um talento para se tornar um futuro campeão, mas infelizmente, como pilotos como Stefan Bellof, Tony Brise, Tom Pryce e outros, não teve tempo para chegar lá... Para as pessoas que conheciam, Jules era uma pessoa carismática, respeitosa, confiante e contagiante. Penso que o circo da F-1 não perdeu mais um piloto, mas, mais um amigo...
Adeus, Jules... |
Imagens tiradas do Google Imagens
Melhora esse português ai amigo, vá em frente! abraço!
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