quarta-feira, 1 de julho de 2015

Coluna Semanal 25# - Os Pioneiros - Pilotos


Agora uma pausa nas surpresas no pódio, decidi fazer hoje um post muito importante, pela história que ela vai contar, a de quem foi os pioneiros de cada país. Quem dá importância a isso sabe verdadeiramente o valor que essas pessoas deram ao automobilismo de seu país, atraindo mais e mais pessoas para o esporte, como no caso do Brasil...

Argentina - 25 Pilotos - Juan Manuel Fangio: Quem poderia ser o primeiro "hermano" na Fórmula 1? Apenas ele, Juan Manuel Fangio, que estreou no GP da Grã-Bretanha de 1950, se classificando em 3º, e abandonando há 8 voltas do fim, por vazamento de óleo. Apesar de ter 5 títulos mundiais no bolso, Fangio atraiu poucos argentinos para o automobilismo, é só relembrar qual foi a última estrela da Argentina e também seu último piloto.

Austrália - 17 Pilotos - Tony Gaze: Tony se inscreveu com o próprio nome, e estando á bordo de um HWM Alta 51, um modelo um pouco mais antigo do que o usado pela equipe oficial. Nos treinos, Gaze foi apenas o 16º, enquanto na corrida levou 6 voltas, mas pelo menos terminou, em último lugar. Para a sorte da Austrália, o desempenho de Tony não foi repetido pelos sucessores, que conquistaram 4 títulos.


Áustria - 16 Pilotos - Jochen Rindt: Por incrível que pareça, Rindt foi o primeiro austríaco na categoria, correndo logo no primeiro GP da Áustria valido para o Mundial. Em casa, Jochen se classificou em 13º e viu seu Brabham ter problemas na metade da corrida, com problemas no esterçamento. Ele ainda teria muita estrada para andar, se tornando o único campeão póstumo e também incentivando a entrada de outros nomes como Niki Lauda e Gerhard Berger. Infelizmente, a Áustria nem sempre teve sorte na categoria, quase tirando a vida dos dois citados, fazendo Helmut Marko perder a visão deu um olho, e matando Helmut Koinigg.

Bélgica - 21 Pilotos - Johnny Claes: Sua estreia foi logo na primeira corrida da Fórmula 1, em Silverstone, tendo uma participação medíocre, sendo o último do grid a largar e a terminar a prova. Pelo menos entrou para a história sendo o primeiro "último colocado" da categoria, além de ser belga. Além dele, pilotos como Jacky Ickx e Thierry Boutsen escreveram sua história lá, e ainda temos Stoffel Vandoorne se aproximando dela.


Brasil - 31 Pilotos - Chico Landi: Na minha opinião, deveria ser respeitado tanto quanto pilotos como Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna, por ser o pioneiro de nosso país, se tornando também o primeiro a pontuar vindo de nosso querido Brasil. Depois dele... aí todos já devem saber, Emmo, Nelsão, Senna... e por ai vai, pena que não temos tanta sorte como eles tinham em suas épocas...

Canadá - 13 Pilotos - Peter Ryan: Peter Ryan não vale nada perto das lendas canadenses, mas ele conseguiu, pelo menos, fazer uma corrida na categoria. É claro que ele, em seu desempenho, mal lembra o que Gilles e Jacques fizeram pelo seu país, se tornando lenda e campeão respectivamente, além do MITO, Allen Berg...


Chile - 1 Piloto - Eliseo Salazar: Quando se fala nesse nome, nos lembramos do GP da Alemanha de 1982, quando o chileno tirou Piquet da prova, e ainda levou alguns supapos do brasileiro, que estava enfurecido com seu feito. As suas 24 corridas disputadas, foram as únicas disputadas por um chileno...

Colômbia - 3 Pilotos - Ricardo Londoño: Olha só que história estranha na primeira participação de um colombiano na F-1. Ricardo não tinha a superlicença e acabou cedendo o carro para Surer, mas seu nome ainda está lá, gravado como um dos inscritos para o GP do Brasil de 1981, disputado em Jacarepaguá e vencido por Carlos Reutemann.


Republica Tcheca - 1 Piloto - Tomás Enge: A República Tcheca teve apenas um piloto, mas que, diferentemente de Eliseo Salazar, não é muito lembrado pelos fãs da categoria. Enge substituiu Luciano Burti na Prost em 2001, fazendo 3 corridas, e sendo mais lembrado pela sua pancada em Suzuka.

Dinamarca - 5 Pilotos - Tom Belso: Esse dinamarquês largou apenas duas vezes, sendo que em uma teve seu carro "roubado" pelo companheiro Ganley. Pelo menos, seu país quase tem mais pilotos do que o Chile, a Colômbia e a Republica Tcheca juntos, olha só...


Alemanha Oriental - 4 Pilotos - Rudolf Krause / Ernst Klodwig: É claro que pilotos desse esquecido país deveriam estar na lista, Krause e Klodwig fizeram apenas duas corridas cada um, ambas em Nürburgring. Rudolf tinha mais chances de se destacar, tendo um chassis da BMW, mas foi Ernst que seu deu melhor, terminando ambas as provas que fez com seu Heck Eigenbau.

Finlândia - 9 Pilotos - Leo Kinnunen: Quando se fala em pilotos vindo desse belo país da Escandinávia, lembramos de Keke Rosberg, Mika Häkkinen, Kimi Räikkönen e Valtteri Bottas, mas também devemos dar a importância ao seu pioneiro, Leo Kinnunen, que tentou 6 vezes correr, mas em apenas uma conseguiu largar, e foi logo na vizinha Suécia...

França - 70 Pilotos - Yves Giraud-Cabantous / Eugène Martin / Louis Rosier / Philippe Étancelin: Quatro franceses marcando a estreia da Fórmula 1 em Silverstone, e nenhum deles disputando pela vitória. É claro que a coisa não se repetiu nos anos seguintes, com pilotos da estirpe de François Cevert, René Arnoux e Alain Prost surgindo para a alegria do país do famoso "pão". Infelizmente, eles só viram um título em 1985, quando a categoria tinha mais de 35 anos de vida...


Alemanha - 51 Pilotos - Paul Pietsch: Alemanha, o país que criou o carro, a Mercedes, a Auto Union, a BMW, o Porsche, o Fusca, o AVUS, o Nürburgring e várias outras coisas. Além de marcas, a fama também é feita por pessoas, e o esporte é uma das maneiras mais fáceis de consegui-la. Paul quebrou um quase tabu alemão de não participar das corridas da nova categoria. Infelizmente, sua estreia nem durou uma volta, coisa que nem se reflete no resto da história de seu país na F-1, tendo pilotos como Wolfgang von Trips, Stefan Bellof, Michael Schumacher e Sebastian Vettel.

Hungria - 1 Piloto - Zsolt Baumgartner: Baumgartner estreou em casa pela Minardi em 2003, tentando fazer bonito, mas não conseguindo. Pelo menos ele conseguiu fazer um feito digno de prêmio, pontuar com uma Minardi, no GP dos EUA de 2004, quando resistiu a todos os problemas e acidentes da prova...


India - 2 Pilotos - Narain Karthikeyan: O GP da Austrália de 2005 foi marcante na história moderna da F-1. Nos primeiros anos dele, ninguém imaginava algum indiano guiando um carro, mas isso aconteceu, quase 55 anos depois de seu início. Narain marcou a categoria com suas grandes manobras e conquistas, a maior no GP dos EUA de 2005, quando foi o 4º colocado...

Irlanda - 5 Pilotos - Joe Kelly: Apesar de ter apenas 5 pilotos, o país do trevo de 4 folhas tem uma bela história recente na categoria, digo, de 1991 á 1999, quando Irvine e Jordan conseguiam bons resultados, chegando a disputar o título em 1999. Mas voltando á Kelly, ele estreou logo em Silverstone, sendo tão lento á ponto de não ser classificado, que vergonha...


Itália - 98 pilotos - Giuseppe Farina / Luigi Fagioli: A Itália teve dois pilotos competindo a primeira corrida da categoria, fazendo a dobradinha com seus Alfas. Infelizmente, parece que o fanatismo pela Ferrari pode ter estragado a carreira de muitos outros italianos depois de Farina e Ascari, que se tornaram os únicos pilotos de seu país a serem campeões.

Japão - 20 Pilotos - Hiroshi Fushida: Da mesma forma da Itália, o Japão é mais famoso pelas equipes, e motores, do que pelos seus pilotos. Fushida fez sua estreia no GP da Holanda de 1975, e marcou a estreia dos "orientais" na categoria, que ainda teve nomes como Suzuki, Nakajima, Katayama, Sato e Kobayashi...


Liechtenstein - 1 Piloto - Rikky von Opel: Dito como um dos piores pilotos de todos os tempos, von Opel foi o único vindo do Principado de Liechtenstein, um dos menores paises do Mundo. Em suas 10 provas largadas, ele conseguia levar um número enorme de voltas do vencedor, esse o motivo de ser considerado um dos piores pilotos.

Malásia - 1 Piloto - Alex Yoong: Mais um país que surgiu nesses novos tempos da categoria, vindo da Malásia, um dos mais mitosos pilotos de todos os tempos, Yoong. Sendo o único malaio da categoria, Alex não se classificou para quatro provas, um número absurdo para esses tempos, mas mesmo assim ele continuava na Minardi, muito provavelmente abastecendo-a...

México - 6 Pilotos - Ricardo Rodríguez: Quem diria que o mais novo Hermano Rodríguez seria o primeiro a estrear na categoria, abandonando no GP da Itália de 1961. O México tenta, desde a morte de Pedro, conquistar mais uma vitória na F-1, mas Sergio Pérez acabou errando no GP da Malásia de 2012, perdendo essa chance. Além disso, o país ainda teve Esteban Gutierrez, que foi apenas uma decepção dos latinos...


Mônaco - 3 Pilotos - Louis Chiron: Chiron estreou ao lado da categoria em Silverstone, e ainda, semanas depois, se tornou o primeiro monegasco a conquistar um pódio em casa, pelo menos na Fórmula 1, feito que jamais voltou a ser conquistado, nem por Testut, nem por Beretta.

Marrocos - 1 Piloto - Robert La Caze: Marrocos não tem boas lembranças da categoria, tendo sediado apenas uma corrida, que foi trágica, com a morte de Stuart Lewis-Evans. Já o único marroquino a correu na categoria, fez uma prova apagada, largou em 23º e terminou em 14º, na frente de Graham Hill e na mesma volta de Bruce McLaren.

Holanda - 16 Pilotos - Jan Flinterman / Dries van der Lof: Os holandeses jamais foram uma força na F-1, mas acabaram de entrar para a história por terem Max Verstappen, o mais jovem de todos os tempos. Na primeira corrida com pilotos vindo da Holanda, logo em casa, nenhum deles conseguiu completar as 90 voltas em Zandvoort.


Nova Zelândia - 8 Pilotos - Bruce McLaren: Um país que teve uma safra de ouro na década de 60, mas que depois disso sumiu do cenário mundial. McLaren é o mais famoso de seu país, após estrear no GP da Alemanha de 1958, se tornando o primeiro neozelandês na categoria. Mas, ele não conseguiu o que Denny Hulme conseguiu, um título mundial.

Polônia - 1 Piloto - Robert Kubica: Quem sabe não voltemos a vê-lo na categoria? Tomara... mas voltando ao que importa, Kubica também se tornou o primeiro a conquistar uma vitória para a Polônia, um país sem muita tradição do cenário mundial, mas que mesmo assim comemorou muito com seu narigudo...

Portugal - 5 Pilotos - Mário Araújo de Cabral: Os portugueses não tem muita história na F-1, mas pelo menos viram pilotos marcarem seu nome na categoria. de Cabral estrou no GP de Portugal de 1959, terminando na 10º e última colocação. A maior marca deles foi conquistado por Monteiro, nos EUA em 2005, quando o piloto da Jordan foi ao pódio.


Rodésia - 5 Pilotos - John Love: O que? Rodésia? O que é isso? País? Planeta? Continente? Galáxia? Marca? Provincia? Equipe? Piloto? Não, é apenas um país da África, que atualmente é conhecido como Zimbabue. Love estreou em 1962, e em 1967 quase venceu um GP na África dol Sul, quando subiu ao pódio de maneira surpreendente.

Rússia - 2 Pilotos - Vitaly Petrov: Famoso pelas ótimas largadas, Petrov subiu ao pódio na Austrália em 2011, mostrando que se tivesse carro poderia vencer. Atualmente temos Kvyat vindo do país da Sibéria, que ainda sonha com uma vitória...


África do Sul - 23 Pilotos - Tony Maggs: Maggs já subiu ao pódio 3 vezes, mas jamais disputou um título como Jody Scheckter, que aprendeu com as fatalidades de sua época para ser mais inteligente e conservador, a ponto de conquistar o título de 1979 por causa disso, superando Gilles Villeuve.

Espanha - 15 Pilotos - Paco Godia / Juan Jover: Um mico na estreia espanhola na F-1, com Jover abandonando e Godia terminando 10 voltas atrás do vencedor. Mas isso foi esquecido até a chegada de Fernando Alonso, que é dito como um dos melhores da história, graças á seus títulos em 2005 e 2006.


Suécia - 10 Pilotos - Joakim Bonnier: Famoso por ter Johansson e Peterson, a Suécia teve como pioneiro Jo Bonnier, que venceu apenas uma prova na F-1, mas que pelo menos escreveu o nome na história. Atualmente, eles tem Marcus Ericsson, que está na Sauber, sem chances de conquistar uma vitória, que é perseguida pelos suecos desde 1978.

Suiça - 24 Pilotos - Toulo de Graffenried: No começo da categoria, a Suiça tinha mais pilotos, mas depois do ocorrido em 1955, ela diminui muito a sua estirpe de "drivers" pelo Mundo. Mesmo assim, antes de tudo, Graffenried já havia feito sua estreia na categoria logo em 1950, mas, infelizmente, abandonando no meio da corrida.


Tailândia - 1 Piloto - Prince Bira: Nobre de seu país, Bira conquistou 8 pontos em 19 provas. Chegou a vencer duas corridas, mas não válidas para a categoria. Apenas ele, de seu país, correu na F-1, uma coisa, que se voltasse a acontecer, seria um pouco estranho.

Grã-Bretanha - 160 Pilotos - Reg Parnell / Peter Walker / Leslie Johnson / Bob Gerard / Cuth Harrison / David Hampshire / Geoffrey Crossley / David Murray / Joe Frey: Todos os citados estrearam em casa em 1950, nem sequer pontuando, com exceção de Parnell, que subiu ao pódio. O país ainda se tornou o mais vencedor da categoria, afinal, tem o maior número de pilotos...


Estados Unidos da América - 157 Pilotos - Harry Schell: Schell estreou em 1950, no GP de Mônaco, e conquistou, durante sua carreira, dois pódios. Esse número foi conquistado graças á década de 1950, quando a Indy 500 valia para o Mundial da F-1. Apesar do número, apenas dois pilotos foram campeões, Hill e Andretti, em 1961 e 1978, respectivamente.

Uruguai - 4 Pilotos - Eitel Cantoni: Estreou no GP da Grã-Bretanha de 1952, e fez apenas outras duas corridas, todas pela Escuderia Bandeirantes, a primeira equipe vinda do Brasil. Além dele, o país teve outros 3 pilotos, que tiveram o mesmo sucesso de Cantoni, ou seja, nenhum.


Venezuela - 3 Pilotos - Ettore Chimeri: Terra do MITO Pastor Maldonado, a Venezuela teve seu primeiro piloto em 1960, e manteve-se escondida do cenário mundial por quase 50 anos, quando Pastor estreou na F-1 e ainda conquistou uma vitória, preciso falar alguma coisa? Simplesmente MITO...

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Imagens tiradas do Google Imagens

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