terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Coluna Semanal 6# - Talentos Perdidos - Parte 3



Eu gostaria de relembrar a todos, que o nome "Talentos Perdidos", não quer dizer sobre todos aqueles que morreram, mas sim para outros pilotos que eram promessas, mas nunca correram numa equipe que possibilitassem mostrar seu talento, ou foram segundos pilotos. Lembre-se também que essa é a minha opinião, mas caso você discorde, comente.


Riccardo Patrese: Se houvesse 20 GPs a cada ano como há atualmente, Patrese não teria participado de 258 corridas, e sim de 360 corridas. Riccardo Patrese correu em equipes de ponta, e de trás, foi dado como culpado de uma morte (eu não o culpo, já que muitos outros largaram ainda em movimento) e foi quem "basicamente deu o titulo á Mansell em 1992". Riccardo era um bom piloto, mas teve azar de sempre ser o segundo piloto, mas isso não o atrapalhava, ele era querido de todos. Teve seu melhor ano em 1992, quando terminou em 2º. Patrese venceu 6 provas, foi 37 vezes ao pódio, e fez 8 poles.


Gilles Villeneuve: Estreou na F-1 em 1977 na McLaren, no final do ano foi chamado pela Ferrari onde faria história, para ler sobre toda a carreira de Gil entre no link: "Piloto Memorável - Gilles Villeneuve"

René Arnoux - Marcado por sua disputa com Gilles Villeneuve em Dijon, René passou por equipes grandes como a Renault e Ferrari, mas nunca chegou a disputar titulos. Teve desafetos como Alain Prost, na época de Renault. Na Ferrari fez corridas fenomenais e venceu 3 GPs, e teve uma vitória, que foi um segundo lugar, no GP de Dallas, quando René saiu da última colocação e terminou em 2º. Terminou sua carreira na Ligier, quando já tinha 7 vitórias, 22 pódios e 18 poles.


Eddie Cheever: Como Patrese, chegou a estar em uma equipe grande, mas não teve condições de brigar pelo titulo, já que era o segundo piloto de Alain Prost. Passou quase toda carreira e equipes pequenas e médias, e apenas em 1983 foi para uma grande equipe, a Renault, mesmo assim Eddie não se mostrou consistente como Prost que foi vice, enquanto o norte-americano foi apenas o 7º.


Elio de Angelis: Fez seu ano de estreia na terrível Shadow, mesmo assim brilhou, na última prova, nos EUA, de Angelis foi 4º, isso fez com que Colin Chapman o contratasse para a Temporada de 1980. Elio, logo na sua segunda corrida, terminou em segundo, mas só voltou a pontuar no fim do ano. Em 1981 teve um ano ótimo, ficando nos pontos regularmente. Em 1982 ganhou seu primeiro GP de forma incrível, segurando Keke Rosberg até a linha de chegada. Voltou a vencer no GP de San Marino de 1985, após o DSQ de Alain Prost. Foi para a Brabham em 1986, e lá, infelizmente, morreu após seu carro pegar fogo em testes em Paul Ricard.


Andrea de Cesaris: Não quero mimimi sobre o nosso MITO, mas de Cesaris era bom sim, seu problema era seus acidentes, que renderam-o apelido de de Crasheris. Estreou na Alfa Romeo em 1980, e em 1981 foi transferido para a McLaren, onde destruiu quase todos os chassis disponíveis para a temporada e a carreira também. Retornou a fraca Alfa Romeo e conquistou seu primeiro pódio no GP de Mônaco de 1982. Voltou ao pódio nos GPs da Alemanha e África do Sul em 1983, Bélgica em 1987, e Canadá em 1989. Morreu no dia 5 de outubro de 2014, um dos dias mais tristes da história do automobilismo, já que horas antes, Jules Bianchi tinha sofrido seu grave acidente. E como eu disse, ele era rápido, mas tinha uma coisinha que o imposibilitava vencer, bater muito.


Michele Alboreto: Chegou a disputar títulos, mas a minha "regra" para entrar nos "Talentos Perdidos", é não ter ganho Campeonato. Alboreto começou na Tyrrell em 1981, e em 1982 teve carro para disputar por pódios, e até mesmo por vitória, como ele fez em Las Vegas. No GP do Leste dos EUA em 1983 conquistou a última vitória da equipe Tyrrell. Foi para a Ferrari, onde venceu 3 corridas, e chegou a liderar o Campeonato em 1985, mas perdeu para o "Professor", depois disso "Albo" teve decadência de desempenho, fazendo com que ele pilotasse apenas por nanicas a partir de 1989. Terminou sua carreira em 1994 na Minardi, após conquistar 5 vitórias, 23 pódios e 2 poles. Acabou morrendo em 2001 em um teste da Audi para LeMans


Derek Warwick: O britânico começou sua carreira na equipe Toleman, que nos seus dois primeiros anos, não deu um bom carro para Derek, que no final de 1983 pontuou nas 4 últimas provas. Após esse ótimo desempenho, foi contratado pela Renault, criando grande alvoroço para os ingleses. Infelizmente a Renault começou sua decadência, e Warwick acabou tendo apenas 4 pódio, e uma corrida que estava quase ganha no Brasil. O tempo foi passando, e Warwick acabou sendo esquecido por todos.


Thierry Boutsen: O belga começou na Arrows, equipe que o deu seu primeiro pódio, no GP de San Marino de 1985. Depois de mostrar ser bom de mais para ficar preso na Arrows, foi contratado pela Benetton, que conquistou 6 pódio com ele. Em 1989 foi para Williams, equipe que o deu suas 3 vitórias. Infelizmente (rumores) foi vetado por Nigel Mansell para correr na Williams em 1991, com isso Boutsen foi para a Ligier, onde teve sua decadência. Seu último ano foi na Jordan, equipe que favorecia Rubens Barrichello, que era quem verdadeiramente cabia no carro. Com os problemas Boutsen abandonou a F-1 no GP da Bélgica de 1993, pouco mais de 10 anos após sua estreia.


Philippe Alliot: Como Andrea de Cesaris, Philippe era um piloto rápido, mas penava por causa de seus acidentes. Alliot também sofreu por começar na equipe errada, a RAM. Foi o substituto de Jacques Laffite na Ligier. Foi para Lola onde conquistou 6 pontos. Ainda voltou a Ligier, equipe que ganhou seu primeiro ponto em 1986. Seu "apice" foi no GP da Hungria de 1994, quando participou pela McLaren, mas acabou abandonando


Philippe Streiff: Streiff era mais uma promessa francesa na F-1, que infelizmente correu em equipes mediocres, mas teve seu pódio, no GP da Austrália e 1985, quando disputava pela segunda posição com Laffite, que o fechou quebrando sua suspensão, mesmo assim Philippe terminou em 3º. Correu pela Tyrrell que estava em decadência, e pela fraquíssima AGS, equipe que ele terminou a carreira no Rio de Janeiro, local de seu grava acidente...


Pierluigi Martini: Poderia se chamar "Sr Minardi", já que ele correu, basicamente, só pela Minardi: "Piloto Memorável - Pierluigi Martini"


Stefan Bellof: Esse eu não sei nem o que falar, é um outro idolo meu como Gil, de Cesaris, Patrese, de Angelis e Arnoux. Bellof foi melhor que Senna em Mônaco em 1984. Pilotou muito bem com a Tyrrell com motor aspirado o ano inteiro, conquistando pontos, que seriam tirados dele por causa da DSQ da Tyrrell...
Ainda farei um especial só dele, aguardem...


Martin Brundle: Começou na mesma Tyrrell de Bellof, e fez bonito logo no Brasil, pontuando, mas acabou sendo DSQ do Campeonato. Brundle ainda sofreria em equipes pequenas, mas sempre mostrando ser bom. Seus primeiros pódio só vieram em 1992 pela Benetton, que já dava preferencia a Michael Schuamcher. Brundle correu pela McLaren em 1994, mas sem muito brilho, já que teve apenas 2 pódio. Terminou sua carreira na Jordan em 1996.


Ivan Capelli: Capelli começou na Tyrrell, na pior situação possível, foi um dos substitutos de Stefan Bellof. Capelli surpreendeu nas corridas de 1988, seu melhor ano, com a March, Ivan conquistou seus 3 pódio, o mais surpreendente foi em 1990, ano difícil da equipe, e na corrida que antecedia o GP da França, Capelli nem sequer se classificou, mas em Paul Ricard foi o 2º colocado. Foi para a Ferrari em 1992, mas pegou uma equipe fraca, que favorecia Jean Alesi. Capelli ganhou apenas 3 pontos. Foi para a Jordan em 1993, onde só disputou 2 corridas.

Alessandro Nannini: Como Pierluigi Martini e Capelli, eram promessas italianas, mas Nannini tinha tudo para ser Campeão: "Piloto Memorável - Alessandro Nannini"


Stefano Modena: Um dia atrás eu escrevi sobre ele: "Piloto Memorável - Stefano Modena


Gabriele Tarquini: Outro piloto que como Caffi, acabou correndo apenas em equipes nanicas. Tarquini chegou a pontuar com a AGS, mas sua carreira na F-1 não "andava", pois ele sempre ficava nas equipes pequenas, que também o demitiram, buscando outro alguém para destruir a carreira. Mas Tarquini não teve sua carreira destruida na F-1, já que no Turismos tornou um dos melhores pilotos.

Obrigado por lerem, espero que tenham gostado, peço desculpas por qualquer erro de português, ou de expressão, ou até mesmo com palavras faltando...

2 comentários:

  1. Lamentável dizer que o Patrese foi culpado de uma morte, é não ir fundo na história....

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    1. É verdade, eu sinceramente não o culpo, já que não foi só ele que largou em movimento, muitos outros também fizeram isso, pq não havia a "bandeira verde" ao fundo do pelotão

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