Há exatos 35 anos acontecia o GP do Canadá de 1980, vencido por Alan Jones seguido por Carlos Reutemann e Didier Pironi. A prova acabou sendo marcante para uma das melhores temporadas da Fórmula 1 até então, afinal, foi nela que Alan Jones conquistou seu único título, em cima de Nelson Piquet. Tá, mas e a controvérsia?
Vamos começar revisando rapidamente a temporada de 1980. Depois de um ótimo fim de ano, a Williams era a favorita para o título, começando logo com o pé direito com a vitória de Alan Jones na Argentina. Semanas depois, no Brasil, é a vez da Renault contra-atacar, com Jabouille fazendo a pole e René Arnoux conquistando a vitória, que seria repetida em Kyalami.
Sob pressão, Reutemann vence em Mônaco para se aproximar dos lideres. No fantástico Paul Ricard, Alan Jones sai vencedor mais uma vez, e semanas depois, em Silverstone, repete o feito para abrir seis pontos para Nelson Piquet. Arnoux e Pironi começam a perder fôlego. Depois do triste ocorrido com Patrick Depailler, a categoria vai de luto á Alemanha, onde Laffite vence em honra do amigo.
Em Ímola, o GP da Itália é vencido por Nelson Piquet, com Jones e Reutemann completando o pódio. Para a comemoração brasileira, Nelson liderava pela primeira vez um Campeonato, ascendendo ainda mais as chances de um terceiro título brasileiro. Agora, o circo chegava á Montreal, para outro GP do Canadá, que podia ver o australiano campeão graças á regra dos descartes.
Nos treinos, Piquet marcou 1:27.328 para ser pole, enquanto Jones conseguiu um tempo de 1:28.164 para fechar a primeira fila. Seguindo-os estavam Didier Pironi, Bruno Giacomelli, Carlos Reutemann, Keke Rosberg, John Watson, Andrea de Cesaris, Jacques Laffite e Hector Rebaque. Depois que se apagaram as luzes, Alan conseguiu ficar lado-a-lado com o brasileiro, que não aliviou.
Na primeira curva, Jones joga Piquet para o muro, resultando em acidentes multíplos envolvendo, além do brasileiro, Jean-Pierre Jarier, Derek Daly, Emerson Fittipaldi, Keke Rosberg, Mario Andretti, Gilles Villeneuve e Jochen Mass. Piquet, Emmo, Gil e Mario conseguiram relargar com os carros reservas, mas isso era péssimo para o piloto da Brabham, que tinha um motor Cosworth de treinos em seu novo carro. As chances dele estourar eram altíssimas.
Duas voltas depois, com a quebra da suspensão, Jean-Pierre Jabouille sofre um terrível acidente frontal, quebrando sua perna. Mesmo assim a corrida continua, com Pironi assumindo a liderança em cima de Jones, que precisava de uma vitória para se tornar campeão. Por um momento, parecia que ainda existia um pingo de esperança, mas logo souberam que o francês teria que pagar uma punição de 1 minuto por queimar a largada.
Nelson Piquet ainda pareceu feliz ao dizer: "Não tenho o que reclamar. Venci três corridas, terminei vice-campeão e serei um forte candidato o ano que vem.". Depois do GP canadense, ainda tinha a prova de Watkins Glen, que acabaria sendo vencida por Alan Jones após Nelson Piquet rodar a abandonar. No ano seguinte, o australiano se tornaria elemento chave para a conquista do brasileiro, que curiosamente estava na Brabham, equipe do australiano Jack Brabham...
Imagens tiradas do Google Imagens - GPExperts.com.br - F1-history.deviantart.com
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