terça-feira, 8 de março de 2016

Dia Internacional da Mulher - A melhor de todas


A falta de qualquer homenagem feita para os homens aqui no blog tem motivos óbvios, já que eles constituem a maior parte do esporte à motor enquanto elas apenas uma pequena taxa. A quantidade de mulheres que ingressam no automobilismo nunca foi tão grande, talvez por falta de motivação ou por discriminação, mas o fato é que elas merecem nosso respeito por tudo que fizeram.

Em 2015, falei sobre aquelas que passaram pela categoria máxima do automobilismo, e hoje falo um pouco sobre Michèle Mouton, a mulher mais rápida de todos os tempos. Francesa nascida em Grasse, Mouton nunca havia mostrado interesse por ralis até que um de seus amigos, Jean Taibi, chamasse ela para ser sua co-piloto.


Mais tarde, ela participou do Rallye de Monte Carlo de 1973, como co-piloto de Taibi. No ano seguinte, seu pai comprou um Alpine-Renault A110 1800 com qual Michèle competiu no Tour de Corse, estreando no WRC. Mais tarde, seus ótimos desempenhos levaram ao título de mulheres dos ralis francês e europeu. A crescente fama da jovem levou ela para Le Mans em 1975, onde fez conseguiu a incrível façanha de vencer na classe S2.0: isso ao correr com pneus slicks no meio da chuva.

Até o fim da década de 70, Michèle já tinha um nome conhecido graças a seus resultados nos poucos ralis internacionais na qual participou pela Fiat. Quando a notícia de que a Audi havia contratado Mouton chegou ao mundo, muitos criticaram a decisão da marca alemã que entrara no mundial de rali para vencer com seu inovador Quattro.

Mas, rapidamente, as críticas foram se esvaindo com os desempenhos interessantes conquistados por Mouton em 1981 até o Rallye Sanremo, onde, se beneficiando também de problemas, se tornou a primeira mulher a conquistar a vitória numa prova internacional de rali. Um marco.

No Brasil, 1982

Então veio 1982, seu melhor ano, quando o título foi perdido para Walter Röhrl (curiosamente nascido um dia antes do Dia Internacional da Mulher) por apenas 12 pontos, Michèle deu show, venceu no clássico Rallye de Portugal além de outras vitórias na Grécia e no Brasil. Seu desempenho na temporada merece até um post especial para o dia de seu aniversário (aguardem!).

A partir de 1983, Mouton começa a decair, conquistando um segundo lugar no Rallye de Portugal como melhor resultado. Próximo do fim da parceria com a Audi, e também do Grupo B, Michèle também via sua carreira internacional acabar, mas antes, conseguiu conquistar outras vitórias importantes em âmbito mundial: bicampeã consecutiva (1984 e 1985) do Pikes Peak!


Ela continuou competindo em diversos ralis, inclusive sendo cofundadora da Race of Champions, que atualmente reúne diversos pilotos de várias categorias, além de ser uma cavalheira da Legião de Honra francesa e estar no Hall da Fama do Rally, mas como não vou me aprofundar nisto hoje, quero simplesmente desejar um feliz Dia Internacional da Mulher para todas que fazem o mundo um lugar menos chato e careta, com sua beleza e docilidade.

Imagens tiradas do Google Imagens

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