sábado, 19 de março de 2016

10 Anos - A última vitória de um italiano na Fórmula 1


Após começar de maneira bombástica a temporada de 2005, Giancarlo Fisichella perdeu desempenho monstruosamente, perdendo o posto de primeiro piloto e entregando o título para Fernando Alonso no decorrer do ano. Seus erros e acidentes mostraram ainda mais sua incapacidade de liderar uma equipe de ponta, deixando o espanhol com o caminho livre para começar a temporada de 2006 na ponta.

Depois de vencer o GP do Bahrein, Fernando Alonso se viu na pífia oitava colocação do grid para o GP da Malásia, apenas uma semana depois da prova em Sakhir. Para piorar, Fisichella foi o pole position com um tempo de 1:33.840, colocando Jenson Button no chinelo. A surpresa no ainda novo formato de qualificação ficou por parte de Nico Rosberg, que cravou a terceira colocação na frente de Schumacher e Webber.


Juan Pablo Montoya alinhava em sexto, com Kimi Räikkönen em sétimo e Fernando Alonso em oitavo. Fechando o top ten estavam Christian Klien e Ralf Schumacher. David Coulthard era décimo primeiro, Rubens Barrichello décimo segundo, Jarno Trulli décimo terceiro, Jacques Villeneuve décimo quarto, Nick Heidfeld décimo quinto e Felipe Massa apenas décimo sexto, tendo de largar na vigésima primeira colocação após trocar de motor. O grid era fechado por Scott Speed, Vitantonio Liuzzi, Christijan Albers, Tiago Monteiro, Takuma Sato e Yuji Ide.

No dia da corrida, tempo limpo, sem chances remotas de chuva. Como era de costume, Fernando Alonso fez uma largada espetacular para assumir a terceira colocação, enquanto o jovem Nico Rosberg perdia posições importantes para cair no sétimo posto. Mais atrás, Kimi Räikkönen é atingido por Klien, quebra a suspensão e bate, abandonando a prova... O azar continua para o finlandês.

Kimi Räikkönen continua com azar

Felipe Massa inicia sua forte recuperação, tomando a décima terceira posição de Scott Speed. Tentando se recuperar da péssima partida, Rosberg assume o sexto posto antes de estourar o motor Cosworth de seu Williams. A corrida não estava muito emocionante, com Fisichella liderando Button e Alonso nas primeiras posições e Mark Webber abandonando na décima quinta volta.

Logo, as paradas nos boxes começaram a mexer com as posições, colocando Jenson Button momentaneamente na liderança da prova. Na trigésima volta, a classificação dos dez primeiros é a seguinte: Fisichella, Button, Alonso, Montoya, Heidfeld, Schumacher, Barrichello, Massa, Villeneuve e Trulli. Enquanto seu companheiro disputa pelo pódio, o brasileiro da Honda é obrigado a fazer um stop go após exceder o limite de velocidade nos boxes.


Na volta 39 é a vez de Fisichella fazer sua última parada, dando chances para Alonso voltar a frente de Button, que agora enfrenta retardatários. Alguns giros depois, o espanhol vai para os boxes e retorna à pista na frente do inglês, encaminhando uma dobradinha da Renault em Sepang. Outro piloto que não se deu bem com essa segunda rodada de paradas foi Michael Schumacher, que perdeu o sexto posto para Felipe Massa.

Para acabar com a monotonia as últimas voltas, Nick Heidfeld perdeu seu motor enquanto era quinto colocado, colocando Massa numa posição ainda mais confortável, mesmo com a pressão de ter Schumacher logo atrás. No fim, foi Giancarlo Fisichella o vencedor do GP da Malásia de 2006, se tornando o último piloto italiano a vencer um Grande Prêmio de Fórmula 1.

Fernando Alonso completou em segundo para a alegria da Renault, enquanto Jenson Button fechou o pódio. Montoya foi quarto, com Massa em quinto, Schumacher em sexto, Jacques Villeneuve em sétimo e Ralf Schumacher conquistando um misericordioso ponto após partir da última colocação do grid.


No campeonato de pilotos, o campeão se mantinha na liderança com 18 pontos, sete a mais do que Schumacher e Button que dividem o segundo lugar. Giancarlo Fisichella é quarto com 10 pontos e Juan Pablo Montoya é quinto com 9. Já na tabela de construtores, a Renault já coloca 13 pontos na frente da Ferrari.

A próxima prova seria daqui a duas semanas, em Albert Park. Até lá, Fisichella tentaria recuperar a confiança para se tornar um piloto de ponta numa equipe que dava essas condições...

E pensar que, há meros 50 anos até aquele dia, a Itália dominava a Fórmula 1...

Imagens tiradas do GPExpert.com.br - f1-fansite.com/f1-wallpapers

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