domingo, 25 de janeiro de 2015

Coluna Semanal 4# - Taletos Perdidos - Parte 2



Nos anos 70 vimos vários pilotos entrarem na F-1, e saírem em caixões, boa parte deles era uma esperança para a Grã-Bretanha voltar a dominar o automobilismo, que começava a ter dois novas "potências", os brasileiros (Fittipaldi e Pace) e áustriacos (Lauda). Mas como eu ia dizendo, muitos (3, se eu não me engano) pequenos britânicos poderiam escrever seu nome no HALL dos Campeões da F-1. Dessa vez serão 11 pilotos, e lembre-se essa é minha opinião.


Após ser bicampeão da F-3 inglesa, Roger Williamson foi chamado pela March para disputar o GP da Inglaterra de 73, no GP de casa Roger acabou abandonando após se envolver em uma "megacolisão" na largada, um de seus companheiros, David Purley, nem sequer conseguiu largar com problemas, já James Hunt, com a outra March, terminou em 4º. No seu segundo Gp, Roger largou em 18º, e na volta 7 bateu, seu carro capotou e houve o "efeito fósforo", fazendo que seu March pegasse fogo. Purley tentou salvar seu amigo, companheiro e compatriota, mas foi em vão... Roger acabou morrendo, sem ninguém saber se ele iria dar certo ou não na F-1.


François Cevert correu apenas na Tyrrell, e fez bonito para um "segundo piloto", já que o francês tinha Jackie Stewart ao seu lado. Cevert só conquistou um ponto no seu primeiro ano, mas a Tyrrell acabou dando mais uma chance a François, que não decepcionou, terminando em 3º no ano de 71, com sua úncia vitória em Watkins Glen, mesmo lugar, que 2 anos depois, acabaria morrendo, decapitado. Tinha tudo para ser campeão, pelo menos uma vez com a Tyrrell.


Tony Brise estreiou em 1975 na Williams, terminando em uma respeitável 7º colocação. Embassy Hill, a equipe de Graham acabaria contratando o britânico para o GP da Bélgica, na qual Tony não terminou, mas na Suécia voltou a andar bem, terminando novamente em 7º. Na Holanda conquistaria seu único ponto, com o 6º posto. Na França voltaria a terminar em 7º, mas nas últimas 5 corridas, só terminou 2, ambas em 15º. No dia 29 de novembro, em uma viagem com a equipe Hill, acabou falecendo, ao lado de um dos melhores pilotos de todos os tempos, Graham, que se eu não em engano, era quem estava dirigindo, mas eu não o culpo.


Tom Pryce estreou em 1974, com a nanica Token, o galês não terminou o GP belga, mas semanas depois, seria chamado pela Shadow, que o deu seu primeiro ponto. Em 75, Tom voltaria a pontuar, terminando 5 vezes entre os seis, e em uma dessas corridas, na Áustria, Pryce conquistaria seu primeiro pódio. O carro da Shadow começaria a perder rendimento em 1976, ano que Tom conquistou seu último pódio, no Brasil. Na sua segunda corrida de 77, após não se classificar no Brasil, Tom bate em Jansen van Vuuren, comissário de 19 anos que atravessou a pista para combater um principio de incêndio no outro Shadow, de Renzo Zorzi. O extintor do sulafricano atingiu a cabeça de Pryce, ambos morreram na hora.


José Carlos Pace morreria menos de 2 semanas depois, em um acidente aéreo. Moco estreou em 1972, conquistando 3 pontos. Em 73 conquistaria seu primeiro pódio na equipe Surtees, na Áustria. Pace teria um 74 um pouco mais difícil, mas isso não evitaria que o brasileiro conquistasse seu segundo pódio. Em 1975, logo na segunda corrida, tem sua primeira vitória, no Brasil. Voltaria ao pódio outras 2 vezes, com o 3º posto em Mônaco e 2º na Inglaterra. O carro da Brabham estava perdendo rendimento ao longo do ano, e em 1976, Moco só conquistou 7 pontos. Em 1977 começou bem, com 2º posto na Argentina, mas em sua última corrida, na África do Sul, Moco só terminaria em 13º.


Dessa vez é Ronnie Peterson, o melhor sueco da história da F-1. Depois de um péssimo primeiro ano, Ronnie conquistou um belo 2º lugar no Camepeonato de, obtendo 5 pódios, 4 deles com um 2º posto, e 1 com 3º lugar. Ronnie teria um 72 um pouco mais difícil, mas conquistaria um pódio. Em 1973 vai para a campeã Lotus, lá tem 4 vitória, mas só termina em 3º no Campeonato. Em 74 ainda tem 3 vitórias, mas a Lotus iria decair, trazendo Ronnie novamente ao topo do pódio em 1976, com uma super vitória, com a sorte de ter Hunt abandonando e Lauda ainda se recuperando. Em 1978, Ronnie seria o segundo de Mario, campeão, enquanto Peterson faleceu e terminou em 2º. Peterson morreu de embolia após seu acidente em Monza.


Jacky Ickx, o primeiro grande belga na F-1, conquistou seu ápice em 1970, ano em que disputou o título com o falecido Jochen Rindt. Ickx venceu 8 corrida, foi ao pódio 25 pódios e 13 poles, ele nunca foi um piloto para disputar vários titulos, mas era habilidoso e bom piloto.


Clay Regazzoni terminou em 3º logo em seu primeiro ano, na Ferrari, tendo uma vitória. A carreira de Clay foi marcada por ser o número 2 de Niki Lauda, Clay acabaria perdendo seu rendimento, após perder o titulo para Fittipaldi em 74, deixando Lauda mostrar seu talento. Clay acabaria indo para as pequenas equipes, onde acabaria ficando na cadeira de rodas após o acidente no GP do Oeste dos EUA.


O francês Patrick Depailler nunca teve o melhor equipamento, mas mostrava ser ótimo piloto. Foi o substituto de Cevert na Tyrrell, equipe que ele correu quase a carreira inteira. Na Suécia 74, terminou no pódio, seu primeiro. Os anos seguintes seriam mais difícies, mas Depailler era consistente, especialmente no âmbito dos pódios, que acabou conquistando 19. Seriam apenas 2 vitórias, uma em Mônaco 78 e outra na Espanha 79. Acabou morrendo em testes na Alemanha, em 1980, quando foi para a Alfa Romeo, que fez um péssimo carro.


Carlos Reutemann conseguiu ser pole em sua primeira corrida, mas teria um ano difícil, com apenas 3 pontos. Seu primeiro pódio seria na França em 73, sua primeira de 12 vitórias, seria na África do Sul. O último grande argentino na F-1 disputou o titulo em 1980 e 1981, contra Piquet e Jones, que se tornaria seu carrasco para sua retirada da F-1.

O último é Jacques Laffite, outro piloto que como Pace, Depailler e outros, não teve equipamento para disputar titulos. Laffite passaria a maior parte da carreira na Ligier que tinha um carro médio nos anos 70, Jacques venceria na Suécia. Seu ápice seria no início de 1979, quando ele ganhou as duas primeiras corridas do Campeonato, tendo grandes chances de um titulo que não veio. Em 1983 e 1984 passou pela Williams, mas fez feio, tendo nenhum pódio. No GP em que Laffite igualaria a marca de 176 GPs de Graham de Hill, o francês acabou batendo e quebrando ambas as pernas, abandonando a F-1 com 6 vitórias, 32 pódios, 228 pontos e 7 poles.

Essa foi a "Coluna Semanal" da semana, obrigado por ler, semana que vem tem anos 80.

Imagens tiradas do Google Imagens

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