Mostrando postagens com marcador GP de Mônaco. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador GP de Mônaco. Mostrar todas as postagens

sábado, 3 de junho de 2017

GP Memorável 4# - Mônaco 1984


Semanas depois do GP da França, disputado pela última vez em Dijon-Prenois, o circo estava no Principado de Mônaco, um dos lugares mais glamorosos do mundo. Porém, nem tudo era uma maravilha para a ACM e Michel Boeri. Jean-Marie Balestre havia lançado um ultimato após a organização vender seus direitos de transmissão para a ABC americana, sendo assim, parcela do rendimento econômico do evento também.

Duro, Balestre ameaçou a presença do GP de Mônaco no calendário. Para evitar que isto acontecesse, o Príncipe Rainier III fez uma queixa ao tribunal da FIA. As coisas começam a esquentar. Um dia antes do primeiro treino livre, o julgamento acontecesse sem dar resultados... mesmo assim, a corrida acontecerá. Além do problema com os organizadores, Baleste está envolvido em polêmicas com os jornalistas.

Na tentativa de se reconciliar, o francês janta com Bernard Cahier e Gérard Crombac. No Mônaco, o presidente da FISA volta a fazer caridade em seu nome perto dos jornalistas, agora no Hotel Hermitage de Monte Carlo, no tradicional banquete de gala oferecido pela Marlboro. Os mais brincalhões, mais uma vez, apresentaram os vencedores da laranja (de piloto mais simpático) e do limão (de menos simpático). Patrick Tambay levou a laranja e Keke Rosberg o limão, não gostando nada.


Renault, Ligier e Lotus apresentam novos turbos, que melhoram o desempenho de seu V6 nas pistas mais lentas. Recuperado do acidente em Dijon-Prenois, Derek Warwick deve correr no Mônaco. Na McLaren, os novos turbos da TAG-Porsche chegam, enquanto, na Ligier, a Elf traz um combustível diferente daquele usada em etapas anteriores. Thierry Boutsen deve correr com o A7 turbo em Mônaco, enquanto Surer fica renegado ao A6. Sem patrocinadora no carro de Martin Brundle, a Tyrrell assina com a Yardley.

Na Brabham, Corrado Fabi substitui seu irmão Teo, que está correndo na IndyCar. Para resolver os múltiplos problemas ainda existentes com o motor BMW, Gordon Murray faz diversas mudanças para dar à Nelson Piquet a chance de uma vitória em Mônaco. Já Ayrton Senna recebe os novos motores Hart, equipados com um sistema eletrônico de injeção e quatro injetores por cilindro, o que melhora a resposta do L4. A Candy ainda daria mais apoio financeiro à crescente Toleman.

Como de costume, apenas vinte carros largariam no Mônaco, colocando a presença de sete bólidos em cheque. Sem nenhum rival à altura, Alain Prost cravou a pole position antes de ver um surpreendente Nigel Mansell quase o supera-lo. Foram apenas 0,091s de diferença. A segunda fila era composta pelos ferraristas, com Arnoux em terceiro e Alboreto em quarto, e a terceira pelos carros da Renault, Warwick em quinto e Tambay em sexto.


Apesar de bater com Patrese, Andrea de Cesaris conseguiu ser o sétimo mais rápido. Niki Lauda, que foi atrapalhado por Mauro Baldi, era apenas oitavo colocado. Com problema no turbo BMW, Nelson Piquet foi nono, logo a frente de um insatisfeito Keke Rosberg. Com problemas de sobreviragem, Elio de Angelis era décimo primeiro. Partindo da décima segunda posição, Manfred Winkelhock precisou da ajuda de Willy Dungl, terapeuta de Lauda, para se recuperar das dores que sentia nos ligamentos do ombro esquerdo após sofrer forte acidente no Casino Square.

O melhor da Toleman, Ayrton Senna era décimo terceiro, ao lado de Riccardo Patrese. Corrado Fabi, também com problemas em seu BMW, foi décimo quinto, com Jacques Laffite, François Hesnault e Johnny Cecotto logo atrás. Restando apenas duas vagas no grid, a forca era enorme. Eram nove carros disputando aquele lugar: Brundle, Bellof, Surer, Boutsen, Baldi, Alliot, Palmer, Ghinzani e Cheever.

Diferentemente do que acontecera nos anos anteriores, o motor Cosworth não se sobressaiu no sinuoso circuito de Monte Carlo. Piercarlo Ghinzani, com seu turbo da Alfa Romeo, conseguiu o décimo nono posto, enquanto o último lugar seria disputado por Brundle, Bellof e um problemático Cheever, que sofre com o V8t de seu Alfa Romeo.


Sem poder se qualificar, deixando o caminho aberto para um dos pilotos da Tyrrell, Eddie Cheever não corre em Monte Carlo. Stefan Bellof marcaria 1:26.177, conseguindo o vigésimo lugar. Depois de uma melhor primeira parcial, em relação ao seu companheiro, Martin Brundle caminha para qualificação. Na entrada da Tabac, o inglês perde o controle de seu Tyrrell e impacta fortemente o guard-rail do lado de fora.

Em choque, Brundle é rapidamente socorrido pelos fiscais de pista. Ainda querendo a vaga de Bellof, ele retorna à garagem e entra no carro reserva, mas Ken Tyrrell desliga o 012 antes que o inglês pudesse arrancar. Com muita sorte, o alemão consegue se qualificar, se beneficiando dos problemas de seu companheiro e da Alfa de Cheever.

No sábado, a prova de Fórmula 3 seria vencida por Ivan Capelli, seguindo por Gerhard Berger e James Weaver. Também participaram da corrida: Tommy Byrne, Allen Berg, Franco Forini, Frabrizio Barbazza, David Hunt, Adrian Campos, Pierre-Henri Raphanel, Claudio Langes, Johnny Dumfries, Luiz Pérez Sala e Paolo Barilla.


No domingo, a previsão de concretizou. O céu caiu em Monte Carlos. As nuvens cobriam as montas em volta do Principado, dando indicação que a chuva não deveria parar pelo resto do dia. De manhã, Lauda foi o mais rápido do Warm-Up e, de tarde, também seria o mesmo Lauda a pedir a Bernie Ecclestone para que molhassem a pista dentro do túnel. A largada foi atrasada em vinte minutos, mas a chuva não diminuiu.

Na Toleman, uma aposta arriscada para a corrida de Ayrton Senna. Os mecânicos encheram apenas dois terços do tanque, acreditando que a prova acabaria no limite de duas horas. Caso isso aconteça, o brasileiro pode ser a grande surpresa da corrida. Lá na frente do grid, Jacky Ickx, que foi convidado para ser diretor de prova, e Derek Ongaro sinalizam que a prova deve começar.

A largada é conturbada. Prost mantém a liderança com Mansell em segundo. Apontando na terceira posição, Warwick seria jogado por Arnoux na barreira de pneus. Sem conseguir desviar, Patrick Tambay atingiu em cheio seu companheiro. Patrese e de Angelis também ficariam com seus caminhos obstruídos, mas conseguiriam retornar à prova.


de Cesaris também danificou seu carro na confusão, abandonando. Warwick sairia mancando de seu carro, enquanto Tambay precisou ser carregado pelos fiscais após fraturar uma das pernas. Prost lidera com Mansell em segundo, Arnoux em terceiro, Alboreto quarto, Lauda quinta, Rosberg sexto, Winkelhock sétimo, Laffite oitavo, Senna nono e um surpreendente Stefan Bellof na décima posição, tendo superado meio grid em apenas uma volta!

Logo na segunda volta, Johnny Cecotto roda e abandona na Sainte-Dévote. Senna supera Laffite e sobe para oitavo, enquanto Lauda toma o quarto posto de Alboreto na Loews e tenta se aproximar de Arnoux. Prost e Mansell escapam à frente, enquanto Piquet está nas últimas posições. Perdendo muitas posições, Corrado Fabi agora é último, com um surpreendente François Hesnault que, mesmo sem asa dianteira, ganha posições, ataca Riccardo Patrese. O resultado era inevitável: o italiano é tocado e deve vir aos boxes para reparar os danos.

Lauda supera Arnoux na Beaurivage, enquanto Senna passa Winkelhock e Bellof toma o nono posto de um cauteloso Laffite. Na volta seguinte, Hesnault vai reto na Saint-Dévote, escapando por sorte de um terrível acidente. O francês consegue voltar à pista sem perder muitas posições. No giro nove, Alboreto roda na Mirabeau e cai para a última posição.


Laffite para nos boxes para trocar os pneus - o francês pensa ter um deles furados. Seu companheiro, Keke Rosberg sofre com a pressão de Ayrton Senna, enquanto, lá na frente, na volta dez, Alain Prost atinge um comissário que havia pulado o guard-rail para empurrar Corrado Fabi de volta à corrida. Por sorte o francês estava lento, ferindo levemente uma das perdas do comissário. Aproveitando-se do incidente, Nigel Mansell assume a ponta.

Sem chances de voltar, Fabi abandona. Atacando Rosberg, Senna erra na chicane e sobe na calçada, danificando sua suspensão. De qualquer forma o brasileiro conseguiria superar o finlandês duas voltas depois, enquanto, mais atrás, François Hesnault finalmente abandonava com problemas elétricos. Na vigésima quarta volta, Ayrton passa Arnoux e já é quarto, para surpresa de todos.

Nessa altura, Nigel Mansell é o mais rápido em pista, com Lauda já sendo perseguido por Senna. Na volta dezesseis, o líder da prova aquaplana na Beaurivage e roda, batendo no guard-rail externo. Com a suspensão traseira danificada, Mansell é superado por Prost e para na Loews. É o fim de corrida para o inglês, que perde sua primeira grande chance de vencer na Fórmula 1.


Na décima primeira posição, Nelson Piquet também abandona com problemas elétricos em seu motor BMW. E, finalmente, Stefan Bellof conseguiria superar Manfred Winkelhock para assumir o sexto posto. Surpreendentemente, Ayrton Senna era terceiro, atrás apenas dos carros da McLaren, sendo Niki Lauda pressionado pelo brasileiro.

Com dificuldades na quarta posição, Arnoux é atacado por Rosberg e Bellof. Na volta dezenove Ayrton Senna finalmente supera Lauda e o ultrapassa de forma incrível antes da Sainte-Dévote. O jovem piloto da Toleman era agora segundo colocado! No mesmo giro, de Angelis passou por Ghinzani e assumiu o oitavo posto.

Logo depois, Bellof ultrapassa Rosberg e vai à caça de Arnoux, que já tem em sua visão a McLaren de Lauda. Se aproximando do finlandês da Williams, Winkelhock forçou sua passagem e acabou rodando. Era o fim de prova para o alemão da ATS, que, tal como seu compatriota, ia fazendo um ótimo trabalho.


Na volta seguinte, Lauda roda no Casino Square e deixa seu motor apagar, abandonando a corrida enquanto era terceiro. São pontos perdidos na disputa pelo título com Prost, que ainda é líder. Escalando o pelotão, Alboreto passa Ghinzani e é sétimo. No vigésimo quarto giro, Senna faz a melhor volta da prova, enquanto Arnoux é atacado por Bellof.

Patrese para perto do túnel com problemas na volta vinte e seis. Depois disso, Bellof tenta superar Arnoux na Beaurivage, mas o francês não deixa espaço. Na Mirabeau, novamente, o alemão vai para o ataque e finalmente passa pelo ferrarista, que fechou tanto a porta que obrigou Bellof à subir na calçada.

Tirando três segundos por volta de Alain Prost, Ayrton Senna vira favorito à vitória. Pela primeira vez, Stefan Bellof é o mais rápido em pista, mas por pouco tempo. As duas surpresas do dia dividem as melhores voltas entre si, com ambos se aproximando do líder Prost. Apenas nove carros continuam na pista, dentre eles um Osella, que está próximo das posições pontuáveis.


Na trigésima primeira volta, Prost sinaliza para os comissários pedindo a interrupção da prova. Jacky Ickx aparece com uma bandeira vermelha à beira da pista, enquanto outro funcionário da direção da corrida surge com a bandeira quadriculada, indicando que isto poderia ser o fim da corrida. Se arrastando na pista, Prost não seria o primeiro a cruzar a linha de chegada após encostar na saída dos boxes.

Senna cruzara na primeira posição, passando a comemorar aquela que poderia ser sua primeira vitória. Quando chegou aos boxes o brasileiro descobriu que havia sido apenas segundo colocado, pois segundo o regulamento, em caso de paralisação, o que sempre vale é a volta anterior. Há muita confusão. Muitas pessoas que não viram a bandeira quadriculada vão até a torre de controle para perguntar quando é a relargada.

Não havia sentido aquela interrupção. A baixa velocidade de Mônaco significava que os acidentes perigosos eram improváveis, enquanto as marcas no asfalto e as barreiras próximas facilitavam a situação em meio à visibilidade fraca. A drenagem do circuito também era ótima, o que evitava a criação de poças d'água no meio do traçado.


Parar a prova naquela circunstância criou inúmeras discussões. A Confederação Brasileira de Automobilismo criticou veemente a postura de Jacky Ickx, ligando sua equipe no WSC ao motor que Prost utiliza. Teria o belga beneficiado o francês só pelo fato dele correr com um TAG-Porsche? Ickx se defendeu dizendo que as condições eram perigosas demais e que mais alguém, além de Tambay e do fiscal de pista, poderiam se machucar.

Além disso, Ickx foi apontado como peça de Balestre para que se cumprissem os horários de transmissão, não deixando espaço para a realização de uma segunda bateria. O presidente da FISA, muito amigo de Alain Prost, também é dito como um dos homens que ordenou o fim da prova para beneficiar o francês. Mas isso tudo nunca se confirmou.

Há outra hipótese que sempre esteve rondando o ocorrido, mas pouco foi comentado até hoje. Jacky Ickx era companheiro de Stefan Bellof no mundial de protótipos e ambos alimentaram uma interessante rivalidade nos anos em que correram juntos. Rumores de que o belga sempre "se doeu" por não vencer, em circunstâncias semelhantes, a edição de 1972 da prova, somado ao fato dele já conhecer o estilo perigoso e arrojado de Bellof, influenciaram em sua decisão de dar a corrida por terminada, prejudicando não só o alemão, mas também Senna.


Ayrton estava convencido de que ele foi enganado. René Arnoux também fez critícas: "Isto é um ultraje! Desde o início estamos correndo nestas condições! Isso deveria acontecer só depois das duas horas!". Jacques Laffite pareceu ser o único a apoiar a decisão de Ickx.

No pódio, o Príncipe Rainier III, com uma capa de chuva cinza, recebeu apenas Senna e Prost com. O brasileiro está com a cara fechada. Bellof nunca apareceu na transmissão para receber o troféu, mas é de se acreditar que ele também não tenha visto a bandeira quadriculada, pensando que haveria outra largada, se dirigindo aos boxes e perdendo a cerimônia. Chega a ser cômica a falta de organização de um evento como o Grande Prêmio de Mônaco.

Após o pódio, Alain Prost disse: "[...] meus freios, em contato com a água, são mais difícil de controlar e tendem a travar. Quando vi Senna atrás de mim, eu não aumentei o ritmo por esse motivo. Como ele não oferece perigo para o campeonato mundial, eu prefiro ver ele vencendo e eu em segundo à arriscar e bater nos guard-rails e sair daqui em nenhum ponto. A decisão de para a corrida, portanto, é vantajosa para mim, como não poderia chama-la de sábia?"


Já Senna foi curto e grosso ao dizer que "eles me roubaram a vitória". Mas algo que o brasileiro não sabia é que sua corrida já estava perto do fim. Além do pouco combustível, que só deveria acabar depois das duas horas, ele havia danificado gravemente uma de suas suspensões, além de apresentar menores problemas nos freios e superaquecimento no seu motor Hart.

Então... quem venceria a prova? Vai ser sempre na história do "e se...", mas é de se acreditar que Stefan Bellof cruzaria a linha de chegada em primeiro. Porém, como a Tyrrell foi desclassificada de toda a temporada, René Arnoux poderia herdar a vitória, uma vez que Alain Prost e Ayrton Senna poderiam abandonar a qualquer momento.

Com os resultados, Prost abriu 10,5 pontos de vantagem para Lauda, enquanto Arnoux pulou para terceiro com 14,5 pontos. Bellof era nono, com cinco, e Senna décimo com quatro, empatado com Nigel Mansell em pontos. No campeonato de construtores, a McLaren continua na ponta, com Ferrari assumindo o segundo lugar e a Renault caindo para terceiro. Tyrrell era sexta colocada agora, com sete pontos.


RESULTADOS:
  1. 7 - FRA - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - 1:01:07.740s - 4,5pts
  2. 19 - BRA - Ayrton Senna - Toleman Hart - +7.446s - 3pts
  3. 4 - ALE - Stefan Bellof - Tyrrell Ford - 2pts
  4. 28 - FRA - René Arnoux - Scuderia Ferrari - +29.077s - 1,5pt / 2pts*
  5. 6 - FIN - Keke Rosberg - Williams Honda - +35.246s - 1pt / 1,5pt*
  6. 11 - ITA - Elio de Angelis - Lotus Renault - +44.439s - 0,5pts / 1pt*
  7. 27 - ITA - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - +1 Volta - 0pts / 0,5pts*
  8. 24 - ITA - Piercarlo Ghinzani - Osella Alfa Romeo - +1 Volta
  9. 5 - FRA - Jacques Laffite - Williams Honda - +1 Volta
  10. 22 - ITA - Riccardo Patrese - Alfa Romeo - Direção - OUT
  11. 8 - AUT - Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche - Rodada - OUT
  12. 14 - ALE - Manfred Winkelhock - ATS BMW - Rodada - OUT
  13. 12 - GBR - Nigel Mansell - Lotus Renault - Rodada - OUT
  14. 1 - BRA - Nelson Piquet - Brabham BMW - Elétrico - OUT
  15. 25 - FRA - François Hesnault - Ligier Renault - Elétrico - OUT
  16. 2 - ITA - Corrado Fabi - Brabham BMW - Elétrico - OUT
  17. 20 - VEN - Johnny Cecotto - Toleman Hart - Rodada - OUT
  18. 16 - GBR - Derek Warwick - Renault Elf - Colisão - OUT
  19. 15 - FRA - Patrick Tambay - Renault Elf - Colisão - OUT
  20. 26 - ITA - Andrea de Cesaris - Ligier Renault - Acidente - OUT
  21. 17 - SUI - Marc Surer - Arrows Ford - DNQ
  22. 3 - GBR - Martin Brundle - Tyrrell Ford - DNQ
  23. 23 - EUA - Eddie Cheever - Alfa Romeo - DNQ
  24. 18 - BEL - Thierry Boutsen - Arrows BMW - DNQ
  25. 10 - GBR - Jonathan Palmer - RAM Hart - DNQ
  26. 21 - ITA - Mauro Baldi - Spirit Hart - DNQ
  27. 9 - FRA - Philippe Alliot - RAM Hart - DNQ
Esses eram os pilotos inscritos para a corrida
Volta Mais Rápida: Ayrton Senna - 1:54.334 - Volta 24


Curiosidades:
- 394º GP
- XLII Grand Prix Automobile de Monaco
- Realizado no dia 3 de junho de 1984, em Mônaco
- Corrida interrompida por causa da chuva
- 1º volta mais rápida de Ayrton Senna
- 1º pódio de Stefan Bellof
- 1º pódio de Ayrton Senna
- 12º vitória de Alain Prost
- 35º vitória da McLaren
- 1º pódio da Toleman
- 2º e última volta mais rápida da Toleman
- 5º vitória do motor TAG-Porsche
- 1º pole position do motor TAG-Porsche
- 1º pódio do motor Hart
- 2º e última volta mais rápida do motor Hart


  • MELHOR PILOTO: Stefan Bellof / Ayrton Senna
  • SORTUDO: Alain Prost / Martin Brundle
  • AZARADO: Nigel Mansell
  • SURPRESA: Stefan Bellof / Ayrton Senna
Surpresas e melhores da corrida, Ayrton Senna e Stefan Bellof deram show nas ruas de Mônaco, sendo os principais prejudicados pela controversa interrupção e finalização da prova. Alain Prost teve sorte inicialmente ao não perder a vitória, mas ele sentiria falta de seis pontos completos no fim da temporada. Brundle, pela segunda vez em dois anos, ficou com a cabeça por um fio, escapando com ferimentos leves de um acidente que poderia ter sido grave. Mansell, mais uma vez, "manseou" e se deu mal.



Campeonato de Pilotos**: 
  1. Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - 28,5pts
  2. Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche - 18pts
  3. René Arnoux - Scuderia Ferrari - 14,5pts / 15pts*
  4. Derek Warwick - Renault Elf - 13pts
  5. Elio de Angelis - Lotus Renault - 12,5pts / 13pts*
  6. Keke Rosberg - Williams Honda - 11pts / 11,5pts*
  7. Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - 9pts / 9,5pts*
  8. Patrick Tambay - Renault Elf - 7pts / 8pts*
  9. Stefan Bellof - Tyrrell Ford - 5pts
  10. Ayrton Senna - Toleman Hart - 4pts / 5pts*
  11. Nigel Mansell - Lotus Renault - 4pts
  12. Eddie Cheever - Alfa Romeo - 3pts
  13. Riccardo Patrese - Alfa Romeo - 3pts
  14. Andrea de Cesaris - Ligier Renault - 2pts / 3pts*
  15. Martin Brundle - Tyrrell Ford - 2pts
  16. Thierry Boutsen - Arrows BMW - 1pt / 3pts*

Campeonato de Construtores**:
  1. Marlboro McLaren International - McLaren TAG-Porsche - M - 46,5pts
  2. Scuderia Ferrari SpA SEFAC - Ferrari - G - 23,5pts / 24,5pts*
  3. Equipe Renault Elf - Renault - M - 20pts / 21pts*
  4. John Player Team Lotus - Lotus Renault - G - 16,5pts / 17pts*
  5. Williams Grand Prix Engineering - Williams Honda - G - 11pts / 11,5pts*
  6. Tyrrell Racing Organisation - Tyrrell Ford - G - 6pts
  7. Benetton Team Alfa Romeo - Alfa Romeo - G - 6pts
  8. Toleman Group Motorsport - Toleman Hart - M - 4pts / 5pts*
  9. Ligier Loto - Ligier Renault - M - 2pts / 3pts*
  10. Barclay Nordica Arrows BMW - Arrows BMW - G - 1pt / 3pts*
* Ganhou Pontos Com a DSQ da Tyrrell
** Contando Com a Tyrrell


Imagens tiradas do Google Imagens - GPUpdate.net - GPExpert.com.br

domingo, 8 de janeiro de 2017

GP Memorável #81 - Mônaco 1986


Duas semanas depois do vexatório fim do GP de San Marino, a Fórmula 1 chegou ao seu principal palco: o principado de Mônaco. Em nome da segurança, o traçado foi modificado pela primeira vez em anos, com a substituição da velha chicane por uma nova chicane, que diminuiu a velocidade de 200Km/h para 60Km/h na região do porto. Agora os pilotos teriam de fazer três curtas curvas para continuarem em direção à Tabac.

No paddock, um novo rosto. Patrick Faure, novo presidente da Renault Sport que está lá para fazer as vontades de Georges Besse. Logo, disse que a marca forneceria motores apenas para duas equipes em 1987 ao invés de três. A Lotus seria a mais beneficiada, mas Peter Warr está sabendo esconder tão bem as conversas com a Honda que a Renault ainda acredita que manterá a parceria nos próximos anos. Sem perder tempo, Guy Ligier voltou a criticar os compatriotas, dizendo que seus turbos eram caros demais e que isto estava atrapalhando sua equipe. Faure respondeu dizendo que não poderia fornecer motores de graça só para fazer marketing, concordando que os turbos deveriam ter um limite de custo. Mesmo assim, Lotus e Ligier parecem ser as claras equipes a receberem, em 1987, os motores franceses, enquanto Ken Tyrrell já começa a buscar um novo fornecedor.


Em Monte Carlo, as figuras ilustres sempre estão presentes, sobretudo nos fins de semana de GP. Keke Rosberg, campeão de 1982, convidou o cônsul da Finlândia, enquanto Nelson Piquet trazia sua mãe e seu irmão Geraldo. Guy Ligier trouxe o Ministro do Comércio do Exterior, Michel Noir. Tendo recebido Margaret Thatcher poucos dias antes da prova, a McLaren não teve a mesma ousadia de Stefan Johansson, não convidando a primeiro-ministro. O sueco fez o incrível convite para o Rei Carl XVI Gustav da Suécia, que compareceu (!).

Em relação aos carros, a Ferrari voltou a utilizar os freios Brembro, tendo trazido novas entradas de ar para a prova e um turbo menor para seu motor. Patrick Tambay fará a estreia de seu motor Ford Cosworth turbo, enquanto Philippe Streiff finalmente terá em suas mãos o 015 da Tyrrell, que deve fazer sua estreia. Tendo marcado testes privados em Paul Ricard, Ligier teria em seus carros o patrocínio do pastis da Ricard. No fundo do pelotão, Piercarlo Ghinzani tinha uma nova injeção eletrônica para seu V8t da Alfa Romeo.

E, mais uma vez, a Brabham BT55 foi redesenhada, com os engenheiros de Chessington e Munique trabalhando duro para melhorar a tração das rodas motrizes e no aumento de potência do motor BMW. Resultado? Todos os componentes do motor foram trocados de lugar para uma melhor distribuição de peso. Já em Mônaco, Gordon Murray apresentava um olhar cansado, fadigado, de quem nunca havia trabalhado tanto...


Na quinta-feira, Ayrton Senna marcou o tempo mais rápido enquanto as Williams sofriam com o motor Honda, que deixava, até o momento, Nigel Mansell fora da prova. No segundo dia de treinos, o britânico conseguiria dar a volta por cima, marcando o melhor tempo antes de Alain Prost tomar a pole position com 1:22.627. Senna largaria apenas em terceiro, ao lado de um surpreendente Michele Alboreto na quarta posição.

Gerhard Berger, após o pódio em Imola, era quinto no grid em Mônaco. Riccardo Patrese, para surpresa, mais uma vez, de todos, conquistou o sexto melhor tempo na qualificação. Jacques Laffite era sétimo, Patrick Tambay, com seu turbo Ford, era oitavo, Keke Rosberg, atrapalhado pelo tráfego, apenas nono e Martin Brundle o décimo. Depois de problemas com o seletor de velocidades, além de odiar o circuito, Nelson Piquet era o décimo primeiro.

Ao lado do brasileiro estava René Arnoux, com Philippe Streiff em décimo terceiro e Thierry Boutsen em décimo quarto. Stefan Johansson, que atingiu Jean Sage no pit lane (o francês saiu apenas com uma luxação no ombro) era décimo quinto, ao lado de Teo Fabi. Marc Surer era décimo sétimo, com Alan Jones, que enfrentou problemas de suspensão, em décimo oitavo, Jonathan Palmer conseguiu um incrível décimo nono posto no grid, a frente de Elio de Angelis, último colocado após enfrentar problemas em seu motor BMW no segundo treino.


Na vigésima primeira posição, e fora da corrida, Piercarlo Ghinzani ficou a 0.097s do tempo de de Angelis. Johnny Dumfries, sem experiência e com problemas na transmissão, foi apenas o vigésimo segundo. Huub Rothengatter era vigésimo terceiro e Christian Danner o vigésimo quarto, com ambas as Minardi sofrendo com seu problemático motor Motori Moderni durante todos os treinos. de Cesaris vigésimo quinto e Nannini vigésimo sexto.

A prova de Fórmula 3 naquele fim-de-semana seria vencida por Yannick Dalmas, com Stefano Modena em seguindo e Michel Trollé, no segundo carro da ORECA, em terceiro. Nomes como os de Nicola Larini, Enrico Bertaggia, Maurizio Sandro Sala, Ermano Alboreto, Jean Alesi, Giovanna Amati, Marco Apicella, Julian Bailey, Paul Belmondo, Gary Brabham, Alex Caffi, Martin Donnelly, David Hunt, Kris Nissen e Peter Zakowski também estavam na corrida.

O domingo era de um belo sol, algo que não acontecia desde 1982 para o GP de Mônaco. No Warm-Up, Alain Prost foi o mais rápido com Riccardo Patrese em segundo. O piloto da Brabham vinha surpreendendo cada vez mais com seu problemático BT55. Depois de um vazamento de óleo, Patrick Tambay usaria seu carro reserva. Com problemas em seu JS27, Jacques Laffite deve largar no fundo do pelotão.


Na largada, Prost mantém a liderança com Ayrton Senna pulando em segundo, Nigel Mansell é terceiro, Michele Alboreto quarto, Gerhard Berger quinto e Keke Rosberg (!) sexto. O finlandês fez uma bela partida e já ataca o austríaco da Benetton, que é superado na Mirabeau. Riccardo Patrese caiu para sétimo, seguido por Brundle, Tambay e Nelson Piquet na décima posição.

Com o francês da McLaren abrindo para o resto, Philippe Streiff e Alan Jones se tocam na Tabac. O piloto da Tyrrell consegue voltar perigosamente, após Palmer quase atropelar dois fiscais, enquanto Jones não é permitido que dê a volta pela chicane, tendo que abandonar seu Lola Ford intacto. Com isso, Jacques Laffite já é décimo quinto.

Na volta cinco, René Arnoux supera Thierry Boutsen e é décimo primeiro, logo atrás de um Piquet apagado, que não consegue passar por Tambay e Brundle. Liderando, Alain Prost abre para Senna, que é pressionado por Nigel Mansell, tal como Michele Alboreto por parte de Keke Rosberg. Depois de parar, Teo Fabi é o último colocado.

No giro seguinte, Laffite passa por Surer e vai à caça de Johansson, que seria superado de forma excepcional pelo francês na Rascasse. O velho piloto da Ligier se aproximava da fila de Brundle, Tambay, Piquet e Arnoux quando seu companheiro conseguiu superar a Williams do brasileiro, assumindo o décimo posto. Grande desempenho das Ligier nessa altura da prova.


Depois de lutar com Berger, Riccardo Patrese toma o sexto lugar do austríaco para delírio da Brabham. Na abertura da décima sexta volta, Keke Rosberg passa por Michele Alboreto na reta dos boxes, iniciando sua perseguição a Nigel Mansell, que ainda não consegue superar Ayrton Senna. No giro dezoito, René Arnoux ultrapassa Patrick Tmbay e assume a nona posição.

Rosberg, muito mais rápido do que qualquer outro na pista, se aproxima de Mansell e começa a pressionar o inglês. Alain Prost mantém uma enorme distância para Ayrton Senna, que tenta se livrar da disputa com o inglês da Williams. Na volta vinte e três, Arnoux passa Brundle e abre para o comboio liderado pelo piloto da Tyrrell, com Tambay, Piquet e Laffite. Em último, Fabi para e abandona.

No giro vinte e seis, Keke supera Mansell, que faz sua troca de pneus três voltas depois. Na mesma altura, René Arnoux faz uma dupla ultrapassagem nas ruas de Mônaco: Patrese e Berger ficam para trás. Pressionado, Senna vê Rosberg ir aos boxes para fazer sua parada, voltando logo atrás de Alboreto. Tambay, Patrese e Boutsen também fazem suas trocas, com o italiano caindo para as últimas posições após problemas.

E, no mesmo ponto que antes, Keke Rosberg passa por Michele Alboreto e assume o terceiro lugar. Na volta trinta e cinco, Alain Prost para, marca 9s e sai na segunda posição, atrás de Senna. Dois giros depois, é a vez de Brundle fazer sua parada. Tentando se manter na pista, o brasileiro da Lotus volta a ser atacado por uma McLaren, agora de Prost, antes de fazer sua troca de pneus, retornando atrás de Rosberg, no terceiro posto.


Com problemas pela nona vez consecutiva, Michele Alboreto abandona o GP de Mônaco quando era quarto colocado. A situação da Ferrari é crítica nesse começo de temporada. Outro que também não tem motivos para sorrir é Elio de Angelis, que para nos boxes da Brabham com problemas no motor BMW turbo. Essa seria última corrida do italiano.

Em sexto. Gerhard Berger seria outra baixa importante. Depois das paradas, na volta quarenta e cinco, a classificação era: Alain Prost em primeiro, Keke Rosberg em segundo, Ayrton Senna em terceiro, Nigel Mansell quarto, René Arnoux quinto, Nelson Piquet, com problemas no câmbio, sexto, Jacques Laffite sétimo, Martin Brundle oitavo, Patrick Tambay nono, Stefan Johansson décimo, Thierry Boutsen décimo primeiro, Marc Surer décimo segundo, Jonathan Palmer décimo terceiro e Philippe Streiff décimo quarto. Com problemas, Patrese pararia perto da Tabac tempo depois.

Pressionando Senna, Mansell se vê obrigado a abrandar pelo fato da Lotus do brasileiro estar respingando gostas de óleo na viseira do inglês. Liderando, Alain Prost faz volta mais rápida atrás de volta mais rápida, com Jacques Laffite, na volta cinquenta e um, superando Nelson Piquet na disputa pelo sexto lugar. O brasileiro é muito prejudicado por seus problemas no câmbio.

A Williams faz a troca do bicampeão, que volta entre Brundle e Tambay. Voltas depois, o francês consegue superar Piquet em plena reta dos boxes, deixando claro que a participação do brasileiro, naquela altura, era meramente "para fazer número". Mesmo assim, Nelson volta a passar por Tambay no túnel, uma vez que Ayrton Senna e Nigel Mansell se perdem entre eles.


Segundo colocado da prova, o piloto da Lotus não tem dificuldades para superar os retardatários enquanto Mansell fica preso atrás do trio Brundle, Piquet e Tambay. Na volta sessenta e oito, o brasileiro supera a Tyrrell do britânico e, na tentativa de se beneficiar das bandeiras azuis e da ultrapassagem da Williams, o francês da Haas arrisca na Mirabeau, toca nas rodas do carro de Brundle, levanta voo, passa por cima do cockpit do inglês, capota e bate no guard-rail, escapando ileso do impressionante acidente. O britânico ainda tenta levar seu 015 até os boxes, mas, com o pneu furado, para na Rascasse. A confusão também afetou Mansell, que perdeu muito tempo em relação a Senna.

Depois de sair do cockpit de seu carro, Martin Brundle vê a marca preta em seu capacete branco: é do pneu de Patrick Tambay. Pela segunda vez na carreira, o inglês teve muita sorte em sair com a cabeça intacta de um acidente. Se aproximando do fim, as posições se confirmam.

Alain Prost vence pela terceira vez em Mônaco, com Keke Rosberg em segundo e Ayrton Senna em terceiro. Mansell, Arnoux e Laffite fecham os lugares pontuáveis, enquanto Nelson Piquet era apenas sétimo colocado. Com a presença de sua majestade, Johansson termina na péssima décima colocação, atrás de ambas as Arrows. Streiff e Palmer são os dois últimos classificados.

Com a vitória, Prost toma a liderança do campeonato com vinte e dois pontos. Senna é segundo, Piquet terceiro e Keke Rosberg agora é quarto. Mansell desempata com Berger e assume definitivamente o quinto posto com nove pontos. Laffite e Arnoux tem os mesmos cinco, enquanto Johansson é nono, Brundle décimo, Fabi décimo primeiro e Patrese décimo segundo. Nos construtores, a McLaren abre quase 10 pontos de vantagem para a Williams. Lotus é terceira colocada, Ligier quarta, Benetton quinta, Ferrari sexta, Tyrrell sétima e Brabham oitava.


A próxima prova seria em Spa-Francorchamps, onde ninguém tinha uma referência para saber se os carros iriam chegar ou não até o final...

RESULTADOS:
  1. 1 - FRA - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - 1:55:41.060 - 9pts
  2. 2 - FIN - Keke Rosberg - McLaren TAG-Porsche - +25.022s - 6pts
  3. 12 - BRA - Ayrton Senna - Lotus Renault - +53.646s - 4pts
  4. 5 - GBR - Nigel Mansell - Williams Honda - +1:11.402s - 3pts
  5. 25 - FRA - René Arnoux - Ligier Renault - +1 Volta - 2pts
  6. 26 - FRA - Jacques Laffite - Ligier Renault - +1 Volta - 1pt
  7. 6 - GBR - Nelson Piquet - Williams Honda - +1 Volta
  8. 18 - BEL - Thierry Boutsen - Arrows BMW - +3 Voltas
  9. 17 - SUI - Marc Surer - Arrows BMW - +3 Voltas
  10. 28 - SUE - Stefan Johansson - Scuderia Ferrari - +3 Voltas
  11. 4 - FRA - Philippe Streiff - Tyrrell Renault - +4 Voltas
  12. 14 - GBR - Jonathan Palmer - Zakspeed Racing - +4 Voltas
  13. 3 - GBR - Martin Brundle - Tyrrell Renault - Colisão - OUT
  14. 16 - FRA - Patrick Tambay - Lola Ford - Colisão - OUT
  15. 20 - AUT - Gerhard Berger - Benetton BMW - Porca de Roda - OUT
  16. 27 - ITA - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - Turbo - OUT
  17. 7 - ITA - Riccardo Patrese - Brabham BMW - Bomba de Combustível - OUT
  18.  8 - ITA - Elio de Angelis - Brabham BMW - Turbo - OUT
  19. 19 - ITA - Teo Fabi - Benetton BMW - Freios - OUT
  20. 15 - AUS - Alan Jones - Lola Ford - Colisão - OUT
  21. 21 - ITA - Piercarlo Ghinzani - Osella Alfa Romeo - DNQ
  22. 11 - GBR - Johnny Dumfries - Lotus Renault - DNQ
  23. 29 - HOL - Huub Rothengatter - Zakspeed Racing - DNQ
  24. 22 - ALE - Christian Danner - Osella Alfa Romeo - DNQ
  25. 23 - ITA - Andrea de Cesaris - Minardi Motori Moderni - DNQ
  26. 24 - ITA - Alessandro Nannini - Minardi Motori Moderni - DNQ
Esses foram os pilotos que participaram do GP
Volta Mais Rápida: Alain Prost - 1:26.607 - Volta 51

Curiosidades:
- 424º GP
- XLIV Grande Prêmio de Mônaco
- Realizado no dia 11 de maio de 1986, em Mônaco
- 23º vitória de Alain Prost
- 17º e último pódio de Keke Rosberg
- 40º pódio de Alain Prost
- 100º GP de René Arnoux
- 108º e último GP de Elio de Angelis
- 50º vitória da McLaren
- 20º vitória do motor TAG-Porsche


  • MELHOR PILOTO: Keke Rosberg / Jacques Laffite / René Arnoux
  • SORTUDO: Martin Brundle / Patrick Tambay
  • AZARADO: Johnny Dumfries / Nelson Piquet
  • SURPRESA: Patrick Tambay
Rosberg deu show com uma estratégia diferente das dos ponteiros, conseguindo um impressionante segundo lugar após largar em nono. O resultado só não foi tão incrível como os de Laffite e Arnoux, que, partindo das últimas posições, conseguiram chegar aos pontos. Brundle e Tambay tiveram sorte em não se ferir gravemente na colisão que tiveram, enquanto o francês ainda surpreendia com o ótimo desempenho do motor turbo da Ford numa pista na qual os turbinados não são tão favorecidos. Dumfries, sem experiência e com problemas, piorou sua imagem com a não qualificação, enquanto Piquet passou todo o fim-de-semana lutando para entrar no top ten.


Campeonato de pilotos:
  1. 1 - FRA - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - 22pts
  2. 12 - BRA - Ayrton Senna - Lotus Renault - 19pts
  3. 6 - BRA - Nelson Piquet - Williams Honda - 15pts
  4. 2 - FIN - Keke Rosberg - McLaren TAG-Porsche - 11pts
  5. 5 - GBR - Nigel Mansell - Williams Honda - 9pts
  6. 20 - AUT - Gerhard Berger - Benetton BMW - 6pts
  7. 26 - FRA - Jacques Laffite - Ligier Renault - 5pts
  8. 25 - FRA - René Arnoux - Ligier Renault - 5pts
  9. 28 - SUE - Stefan Johansson - Scuderia Ferrari - 3pts
  10. 3 - GBR - Martin Brundle - Tyrrell Renault - 2pts
  11. 19 - ITA - Teo Fabi - Benetton BMW - 2pts
  12. 7 - ITA - Riccardo Patrese - Brabham BMW - 1pt

Campeonato de construtores:
  1. GBR - Marlboro McLaren International - McLaren TAG-Porsche - MP4/2C - PRO/ROS - G - 33pts
  2. GBR - Canon Williams Honda Team - Williams Honda - FW11 - MAN/PIQ - G - 24pts
  3. GBR - John Player Special Team Lotus - Lotus Renault - 98T - DUM/SEN - G - 19pts
  4. FRA - Equipe Ligier - Ligier Renault - JS27 - ARN/LAF - P - 10pts
  5. GBR - Benetton Formula Ltd. - Benetton BMW - B186 - FAB/BER - P - 8pts
  6. ITA - Scuderia Ferrari SpA SEFAC - Ferrari - F1/86 - ALB/JOH - G - 3pts
  7. GBR - Data General Team Tyrrell - Tyrrell Renault - 014/015 - BRU/STR - G - 2pts
  8. GBR - Motor Racing Developments - Brabham BMW - BT55 - PAT/ANG - P - 1pt
Imagens tiradas do Google Imagens - GPExpert.com.br - F1-History.deviantart.com

quinta-feira, 19 de maio de 2016

O GP de Mônaco está em risco.


Garanto que esta será a notícia mais absurda, idiota, mirabolante e escrota que você irá ler hoje: Novo projeto de revitalização da região do porto de Monte Carlo pode acabar com GP de Mônaco, alerta organizador.

Talvez não existam palavras para explicar tal projeto desenvolvido pelo Grupo Caroli, que, assim, destruiria de vez a existência de uma das principais provas do automobilismo mundial. O que restou foi alcunhar de "escrota" essa ideia maluca de transformar um dos lugares mais lindos do mundo em um gigantesco shopping onde as pessoas gastariam aquilo que perderam no luxuoso cassino de Monte Carlo.

Infelizmente, como é dito na matéria, a ACM (Automobile Club de Monaco) não tem influencia sobre decisões urbanas, econômicas e culturais do governo. Para exemplificar isso, vale lembrar que uma piscina foi construída sobre o traçado original, o que obrigou os organizadores a adaptarem uma chicane que recebeu o nome de "S da Piscina" e que, atualmente, é uma das curvas mais icônicas do circo.


Porém, diferentemente do ocorrido quarenta anos atrás, o novo projeto do Grupo Caroli pode destruir todo o traçado que rodeia o litoral monegasco. E qual seria a solução para isso? Nenhuma... O caminho mais natural, caso o projeto se concretize, seria dar um ponto final no GP de Mônaco, pelo menos da forma que o conhecemos.

O que nos resta é esperar para ver como a ACM irá pronunciar-se sobre isso, e como o Príncipe Albert II irá lidar com essa divergência de valores que está prestes a agitar o circo da Fórmula 1. Para mim, o mais plausível e, obviamente, correto a se fazer seria esquecer o projeto e manter o traçado atual intacto.


Talvez, Albert II terá em mente que poderá jogar um pedaço da história de seu país no lixo ao apostar em algo que tende a dar tão certo quanto o cassino de Monte Carlo. Se Mônaco já não tem muita simpatia com alguns fãs, vai passar a ser odiada por aqueles que ainda resistem na ideia de que ela seja fundamental para a existência da Fórmula 1. E é isso que mais me preocupa...

No mais, o Príncipe Albert II terá de resolver um enorme problema que envolve os dois maiores contrastes de seu principado: a história e a riqueza.

Algo me levar a crer que um baixinho de cabelos claros meterá o dedo nesta decisão...

Se não é o velho, são os próprios cidadãos culpados por mais um GP com um ponto final.

Vamos acompanhar melhor com o desenrolar deste ano...

Imagens tiradas do Google Imagens

Les Bleus


E já se passam vinte anos sem uma vitória francesa na Fórmula 1. Sendo o país precursor dos "Grand Prix", pioneiro na introdução do turbo na principal categoria do automobilismo, e casa da principal entidade do esporte, é de se espantar que a França não tenha mais condições de repetir um feito jamais visto nas últimas duas décadas.

A vitória de Olivier Panis em Mônaco veio da maneira mais estranha possível, quando ninguém mais teria condições de vencer naquele dia. Deve ser esclarecido que Panis não teve um caminho fácil para assumir a ponta, necessitando de muito talento para resistir à aquelas intermináveis 78 voltas...

Para começar, largar na décima quarta posição num GP de Mônaco é um atestado de suicídio. E quando o domingo amanheceu com o céu encoberto, Panis tinha mais chances de acabar no muro do que ver a bandeira quadriculado ao fim da prova. Mas o destino havia preparado algo surpreendente para aquele jovem francês no dia 19 de maio.

Para surpresa de todos, pilotos competentes em condições extremas abandonaram no início da prova, deixando a liderança para que um imprevisível Damon Hill vencesse pela primeira vez no principado. Era a realização de um sonho para a família Hill... Mas tudo acabaria na volta 41, quando o motor Renault de seu Williams o deixou na mão em plena saída do túnel.

Laffite havia sido o último piloto a vencer com a Ligier, quinze anos antes...

Naquele momento, Panis se beneficiava da estratégia para assumir uma impossível segunda colocação, logo atrás de Jean Alesi numa pista na qual restavam apenas onze carros. Demoraria cerca de vinte voltas para que o francês da Benetton enfrentasse problemas na suspensão, sendo obrigado a fazer uma parada de emergência que colocava Olivier Panis no caminho da vitória.

Há algumas voltas do fim, Panis tinha que apenas levar sua Ligier até a linha de chegada. Para colocar o GP na história da Fórmula 1, Luca Badoer e Jacques Villeneuve se estranharam na Merabeau, e Eddie Irvine protagonizaria a maior de suas burradas logo na frente de Salo e Häkkinen. Há minutos do fim, restavam apenas 4 carros.

Coulthard, com o capacete emprestado de Schumacher, ainda pressionava Panis na disputa pela vitória, mas, com a rápida chuva que começou a cair sobre Mônaco, não teria condições de superar o francês.

No fim da 75º volta, Olivier Panis entrou na história: venceu o GP de Mônaco á bordo de um Ligier, aos olhares atentos de um tal de Jacques Laffite que havia vencido, quinze anos antes, a última prova pela equipe. Nesses quinze anos entre Panis e Laffite, Prost conquistou 51 vitórias e 4 títulos, colocando o país de vez na história da Fórmula 1...

Agora, todas as esperanças de uma nação estão nos ombros de um homem...

Mas, e antes disso? E agora? Antes tínhamos Didier Pironi, René Arnoux, Jean-Pierre Jabouille, Jean-Pierre Wimille, Raymond Sommer, Patrick Depailler, Jean Behra, Philippe Étancelin, Aldo Gordini, Robert Benoist, entre outros grandiosos nomes... E agora temos apenas Romain Grosjean para representar os Les Bleus na Fórmula 1...

Que INvolução por parte das escolas francesas e italianas de pilotos...

sábado, 30 de janeiro de 2016

Caracciola vs Williams - A primeira disputa nas ruas de Mônaco


Se vivo, Rudolf Caracciola estaria fazendo 115 anos hoje, e por isso decidi contar um pouco de quando o alemão quase se tornou o primeiro vencedor nas ruas de Mônaco, onde, anos depois, conquistaria uma de seus mais incríveis vitórias.

A ideia de fazer uma corrida nas ruas de um principado ao sul da França veio de um produtor de cigarros, de nome Anthony Noghes, o mesmo que ajudaria a criar o famoso Rallye de Monte Carlo e colocar ACM no mapa do automobilismo. A ideia foi aceita pelo Prince Louis II, então, no dia 14 de abril de 1929, 16 pilotos estavam prontos para a largada do primeiro Grand Prix de Monaco.

De maneira estranha, sem condições para uma sessão de qualificação, as posições do grid foram decididas a partir dos números dos veículos que iriam competir, deixando um dos favoritos, Rudolf Caracciola, largando apenas na 15º e penúltima colocação, enquanto alguns grandes nomes à bordo de Bugattis, como Etancelin e Williams largariam entre os seis primeiros.

O circuito, alguns poucos metros menor do que o atual, levava os carros a fazerem tempos de dois minutos e quinze segundos altos, diferentemente da atualidade, quando o recorde é de Michael Schumacher com 1:14.439.

Carro 34 de Caracciola no fundo do pelotão: 10 ultrapassagens em uma volta...

Na largada, Marcel Lehoux pula na ponta, sendo seguido por Philippe Etancelin e William Grover-Williams. Rudolf Caracciola faz recuperação monstruosa com sua Mercedes SSK, efetuando uma das melhores primeiras voltas da história ao ultrapassar dez pilotos e já assumir a sexta colocação. Problemas com outros competidores iam beneficiando o alemão que, ao fim de dez giros, estava em segundo logo atrás de Williams.

Perseguindo o líder, Caracciola finalmente ultrapassa William Grover-Williams, que mesmo assim trabalha e retoma a liderança na volta 36, indo aos boxes na 49º, retornando sem problemas após uma parada de 1:30s. Tentando se segurar na pista com pneus desgastados, Rudi é obrigado a parar na volta 51. Para desespero do alemão, a parada é um desastre, com a equipe enfrentando problemas tentando levantar o carro, além de quebrarem o cabo do martelo para troca de pneus...

Williams (12) e Caracciola (34)

Depois de 4:30s, Caracciola estava de volta à pista e na quarta colocação, trinta segundos atrás do terceiro colocado e voltas atrasado em relação á William Grover-Williams. Agora Rudi tenta de todas as formas recuperar terreno perdido, mas o carro já não rende da forma desejável o que resulta em apenas uma posição ganha, a terceira, de Philippe de Rothschild.

Com Georges Bouriano minutos afrente, Rudolf Caracciola se conforma com a terceira colocação e vê William Grover-Williams se tornar o primeiro vencedor do Grand Prix de Monaco, que se tornaria uma das três principais provas do automobilismo. A conquista de Williams entra para história, mostrando que não é só um show de pilotagem que pode determinar uma vitória, mas sim um conjunto de fatores tais qual sorte e resistência.


Vinte pilotos foram convidados, dezesseis largaram e apenas seis terminaram, isto era um Grand Prix...

Rudolf não teria muito para se preocupar, já que anos depois conquistaria uma das vitória mais fantásticas da história do automobilismo nas mesmas ruas de Monte Carlo, porém sob forte chuva e um número maior de adversários no mesmo nível de equipamento, talento e competência.

Imagens tiradas do Google Imagens

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Fórmula 1 - Mônaco 2015 - Corrida 6


Passaram duas semanas depois do GP da Espanha, e os pilotos estavam prontos para acelerarem nas ruas de Mônaco, que recebia mais uma vez a categoria. Como todos sabem, os treinos livres são realizados na quinta-feira, e não na sexta. A previsão era de chuva para esse fim-de-semana, começando na quinta e acabando no sábado. Depois de vermos uma Toro Rosso sendo muito rápida nos TLs, a previsão de chuva se estendeu para domingo, e a promessa de uma grande prova começava aí.

O treino teria mais um candidato á pole, Sebastian Vettel havia sido o mais rápido no TL3, e poderia surpreender as Mercedes, que mostraram que não ficariam sem a primeira fila. Logo no Q1 as Manor já ficaram pelo caminho, nada de muito diferente, agora era esperar saber qual era os outros 3 coitados a não se classificar para o Q2. A Williams não tinha um carro bom, e por isso viu Valtteri Bottas ficar apenas em 17º, atrás até mesmo de Felipe Nasr, que viu seu companheiro ser o 18º.


Agora o Q2 começava, e as expectativas eram ver Massa e as McLaren fora, e foi o que aconteceu. Alonso teve problemas e ficou com o seu primeiro tempo, que não foi lá aquelas coisas. Massa foi 14º, com Hülkenberg, Button e Grosjean á sua frente. Agora começavam os preparativos para o Q3, que tinha uma surpresa, Sergio Perez deu um belo show nos treinos e e teria a chance de brigar pela pole, teoricamente falando.

A chuva estava ameaçando começar no inicio do Q3, mas não apareceu, facilitando o decorrer dos fatos. Rosberg já havia errado na Saint-Devote, e sempre que tentava passar por lá estava fritando o pneu, sem dúvida isso o atrapalharia caso quisesse a pole da corrida. Hamilton cravou 1:15.098, quase 0.400s mais rápido do que o companheiro. Fechando o grid estavam Vettel em terceiro, Ricciardo e Kvyat logo atrás, Kimi ao lado de Perez, Sainz Jr, Maldonado, e Max Verstappen, que não ficou feliz com o resultado.

Preste atenção no capacete dele

Depois do treino veio o anuncio da punição de Carlos Sainz Jr, que deveria largar dos boxes, com isso Nasr largaria em 15º e Massa em 13º. E já se sabia que Grosjean também iria pagar uma punição de 5 posições, por isso Button, Massa, Hulkenberg, Alonso e Nasr ganharam mais uma posição. Agora todos esperava um domingo com chuva, para que a corrida viesse com muito mais emoção, porque todos devem saber que GP de Mônaco sem chuva não é aquela coisa.

Gostaria de relembrar uma coisa que nem todos perceberam. Sebastian Vettel é tão fanático para trocar de seu capacete, que, ao lado da Ferrari, achou uma brecha no regulamento para correr com um outro capacete, pouco gente percebeu, mas me lembrou o Arnoux. O alemão manteve a pintura, mas o formato do capacete, o tipo dele e a composição e os jeitos dos adesivos estavam alá anos 70 e 80, isso mesmo, anos 70 e 80. Um capacete totalmente redondo, com uma pintura simples. Na minha opinião ficou bonito, parece que não mudou, mas que percebe nos onboards acha bonito


Para a tristeza dos fãs, a manhã e o dia inteiro foram com sol em Mônaco, e as expectativas de uma boa corrida diminuíram de imediato. Logo no grid vimos uma diferença, cadê as grid girls? Aff, agora tem grid boys? Por favor, agora começaram a inventar isso, está destruindo a tradição. não que eu seja machista. Hamilton largou bem e se manteve na ponta, mas quem largou melhor ainda foi Kvyat, que passou por Ricciardo e foi surpreendido pela mudança brusca de direção por Sebastian Vettel, e quase vimos uma confusão na primeira curva...

Confusão na frente eu quis dizer, porque Felipe Massa conseguiu tocar em Hülkenberg na saída da Saint-Devote, e acabou destruindo sua corrida ali. Metros depois o alemão acabou sendo tocado por Fernando Alonso, e acabou no muro, mas rapidamente deu ré e voltou para a corrida sem o bico. Lá na frente Hamilton era o líder, Rosberg segundo, Seb era o terceiro, Kvyat o 4º e Ricciardo o 5º.

Mito Merhi mostrando que a aerodinâmica da Manor é melhor do que da Williams

Agora o britânico começaria a abrir uma enorme diferença para Nico Rosberg, deixando a corrida mais chata ainda. Max Verstappen estava disputando com Maldonado pela 8º colocação, a ponto de quase tocar nas saídas das curvas, e foi o que aconteceu na chicane no final do túnel, o holandês tocou e o MITO Maldo teve que abandonar novamente, mas não por causa do toque, e sim por problemas nos freios. Já tá parecendo o Andrea, que tinha a fama de seus acidentes, mas estava abandonando mais por causa dos acidentes do que por causa dos erros.

Enquanto isso a corrida prosseguia, com duas surpresas, as McLaren de Alonso e Button nos pontos. As paradas já haviam começado, e os retardatários estavam á aparecer, com Hamilton se livrando rapidamente e Rosberg lentamente. Hülkenberg e Sainz Jr estavam por ali, recuperando posições depois de terem ficado para trás na largada, mas Massa... o brasileiro sofreria para passar o Mito Stevens e o Mito Merhi.

Maldonado agora entra no Clube dos Mitos...

A diferença era grande, entre Hamilton e Rosberg, e mesmo com as paradas ela continuaria o mesmo. Fernando Alonso teve problemas no câmbio e abandonou na volta 41, ficando mais uma vez sem pontos. Nasr agora estava numa ótima posição pontuável, mas ele não seria a estrela da corrida, e sim o menino de 17 anos que é comparado com Schumacher e Senna.

Max Verstappen ia á caça em cima de Grosjean, e já havia tocado em Maldonado e tivera que parar para trocar o bico. O holandês voava na pista, e fez uma estratégia muito inteligente, á ponto de eu pensar que ele queria até passar por Vettel, mas isso era apenas tática. Enquanto o alemão passava pelos retardatário, Max passava pilotos como Bottas, de uma forma fantástica, mostrando que é digno de um futuro grande piloto.


Ele já estava colado em Grosjean quando Vettel deixou o francês para trás, agora era só esperar para o holandês passar pelo piloto da Lotus, que foi brilhantemente inteligente, mostrando que deve ser um piloto de equipe grande no futuro. Agora a disputa da corrida estava ali, entre Max e Romain, que entraram juntos em mais uma volta, e quando foram contornar a Saint-Devote...

O francês errou o ponto de freada ou freou forte demais, impossibilitando que Verstappen passasse por ele. A batida foi violenta, mas seria mais violenta ainda o impacto na barreira, por sorte Jos não enfrentou o mesmo problema que seu pai enfrentou 19 anos atrás, quando ele se deparou com uma barreira de pneus "mixuruca" logo na primeira volta.


A pancada foi forte, especialmente para as pernas, mas o garoto se levantou e falou que estava bem, isso é ótimo para quem é fã dele, como eu. Agora o VSC foi ativado, e Hamilton e a Mercedes acharam melhor ir para os boxes, estratégia errada, e no exato momento em que ele saia o SC foi acionado. Quem era líder agora era Rosberg, que tinha Vettel logo atrás, o alemão da Ferrari reclamou que Hamilton passou ele depois da saída dos boxes, coisa que não podia, já que ele voltou atrás do ferrarista.

De uma hora pra outra a corrida ficou emocionante, á ponto de, sim, eu compara-la com a edição de 1992, que teve uma corrida chata até suas voltas finais, e de uma hora para outra Mansell estava atrás de Ayrton Senna. Agora a espera era para a relargada, e podíamos estar vendo um reprise do final da edição de 1992, mas com 3 carros.


A corrida se iniciou, e Hamilton foi logo para cima, da mesma forma de Kimi Räikkönen, que continuava a atacar Kvyat, que foi resistente. Ricciardo havia parado, e por isso passou pelo finlandês, que ficou furioso com a forma que isso aconteceu, com o australiano quase destruindo a sua corrida. A Red Bull inventou mais uma de suas ordens de equipe, e mandaram Kvyat deixar seu companheiro passar, para ele brigar pelo pódio.

Agora a edição de 1992 ficava no chinelo, com 4 carros na briga, mas eu estava enganado, Rosberg já escapava na frente, com a disputa ficando apenas entre a Ferrari de Vettel, a Mercedes de Lewis e a Red Bull de Ricciardo, que se aproximou do britânico, a ponto dele se preocupar mais com o australiano do que com Vettel.


Hamilton perdia a chance de vencer, com Vettel segurando ele e Ricciardo o pressionando, e ainda por cima Rosberg aumentando a diferença, a corrida acabara para ele, que desistiu de qualquer outra coisa. No fim de tudo o alemão venceu mais uma na temporada, para colocar fogo nela, enquanto seu compatriota louco por capacetes foi o segundo e seu companheiro o terceiro.

Agora cadê o Ricciardo? Que coisa gentio que ele e a Red Bull fizeram, deixaram Daniil ser 4º, seu melhor resultado na categoria. Button fez um milagres com a McLaren que está melhorando, a ponto de começar a dar medo nas equipes grandes para o fim desse ano. Perez fez uma corrida melhor ainda, conseguindo um 7º posto com a Force India. E não poderia esquecer de outro 9º lugar de Nasr...


E ainda tivemos que ver Hamilton daquele jeito no pódio e no caminho até ele, eu sei que é feio, mas gostei, mostra que a rivalidade está aí, não há o que reclamar para as pessoas que dizem que F-1 não tem mais rivalidade com antes. Ele fez birra para entrar no túnel e para sair do carro, mas isso mostra a insatisfação de um grande piloto em perder um corrida que era sua, eu disse que essa corrida era dele, porque caso Rosberg já tivesse liderado e ele não, Lewis não teria um verdadeiro grande motivo para estar insatisfeito...


RESULTADOS:

  1. Nico Rosberg - Mercedes AMG - 1:49:18.420 - 25pts
  2. Sebastian Vettel - Scuderia Ferrari - +4.486s - 18pts
  3. Lewis Hamilton - Mercedes AMG - +6.053s - 15pts
  4. Daniil Kvyat - Red Bull Racing Renault - +11.695s - 12pts
  5. Daniel Ricciardo - Red Bull Racing Renault - +13.608s - 10pts
  6. Kimi Räikkönen - Scuderia Ferrari - +14.345s - 8pts
  7. Sergio Pérez - Force India Mercedes - +15.013s - 6pts
  8. Jenson Button - McLaren Honda - +16.063s - 4pts
  9. Felipe Nasr - Sauber Ferrari - +23.626s - 2pts
  10. Carlos Sainz Jr - Scuderia Toro Rosso Renault - +25.056s - 1pt
  11. Nico Hülkenberg - Force India Mercedes - +26.232s
  12. Romain Grosjean - Lotus Mercedes - +28.415s
  13. Marcus Ericsson - Sauber Ferrari - +31.159s
  14. Valtteri Bottas - Williams Mercedes - +41.789s
  15. Felipe Massa - Williams Mercedes - +1 Volta
  16. Roberto Merhi - Manor Ferrari - +2 Voltas
  17. Will Stevens - Manor Ferrari - +2 Voltas
  18. Max Verstappen - Scuderia Toro Rosso Renault - Acidente
  19. Fernando Alonso - McLaren Honda - Câmbio
  20. Pastor Maldonado - Lotus Mercedes - Freios
Esses foram os pilotos que participaram da corrida
Volta Mais Rápida: Daniel Ricciardo - 1:18.063 - Volta 74


Curiosidades:
- 922º GP
- 10º Vitória de Nico Rosberg
- 34º Vitória da Mercedes
- 120º Vitória do Motor Mercedes
- 41º Pole da Mercedes
- 32º Pódio de Nico Rosberg
- 76º Pódio de Lewis Hamilton
- 71º Pódio de Sebastian Vettel


  • MELHOR PILOTO: Max Verstappen
  • SORTUDO: Nico Rosberg / Sebastian Vettel
  • AZARADO: Lewis Hamilton
  • SURPRESA: Sergio Pérez
  • Prêmio Bônus - FEITO ESQUECIDO: Jenson Button
Verstappen deu um show em Mônaco, mostrou ser inteligente na hora de negociar as ultrapassagens, mas também mostrou que não tem frieza, mas não é nada que o tempo não resolva. Nico e Seb receberam de bandeja os dois primeiros lugares, depois do erro de estratégia de Hamilton, que não deve brigar apenas com a Mercedes, e sim com a falta de sorte que ele teve. Pérez não foi escolhido como o melhor piloto porque nem apareceu na transmissão ,mesmo assim fez muito e conquistou belos pontos para a Force India. Pelo menos para nós brasileiros, a repercussão do acidente de Max e Romain e a transmissão da Globo foram mais repercutidos do que os pontos de Button, que está sendo batalhador e mereceu esse 8º posto desde o inicio da temporada. Parabéns Jenson!


Campeonato de Pilotos:
  1. Lewis Hamilton - Mercedes AMG - 126pts
  2. Nico Rosberg - Mercedes AMG - 116pts
  3. Sebastian Vettel - Scuderia Ferrari - 98pts
  4. Kimi Räikkönen - Scuderia Ferrari - 60pts
  5. Valtteri Bottas - Williams Mercedes - 42pts
  6. Felipe Massa - Williams Mercedes - 39pts
  7. Daniel Ricciardo - Red Bull Racing Renault - 35pts
  8. Daniil Kvyat - Red Bull Racing Renault - 17pts
  9. Felipe Nasr - Sauber Ferrari - 16pts
  10. Romain Grosjean - Lotus Mercedes - 16pts
  11. Sergio Pérez - Force India Mercedes - 11pts
  12. Carlos Sainz Jr - Scuderia Toro Rosso Renault - 9pts
  13. Nico Hülkenberg - Force India Mercedes - 6pts
  14. Max Verstappen - Scuderia Toro Rosso - 6pts
  15. Marcus Ericsson - Sauber Ferrari - 5pts
  16. Jenson Button - McLaren Honda - 4pts
  17. Fernando Alonso - McLaren Honda - 0pts
  18. Roberto Merhi - Manor Ferrari - 0pts
  19. Will Stevens - Manor Ferrari - 0pts
  20. Pastor Maldonado - Lotus Mercedes - 0pts
  21. Kevin Magnussen - McLaren Honda - 0pts

Campeonato de Construtores:
  1. Mercedes AMG Petronas F1 Team - Mercedes - F1 W06 Hybrid - 242pts
  2. Scuderia Ferrari - Ferrari - SF15-T - 158pts
  3. Williams Martini Racing - Williams Mercedes - FW37 - 81pts
  4. Infiniti Red Bull Racing - Red Bull Renault - RB11 - 52pts
  5. Sauber F1 Team - Sauber Ferrari - C34 - 21pts
  6. Sahara Force India F1 Team - Force India Mercedes - VJM08 - 17pts
  7. Lotus F1 Team - Lotus Mercedes - E23 Hybrid - 16pts
  8. Scuderia Toro Rosso - Toro Rosso Renault - STR10 - 15pts
  9. McLaren Honda - McLaren Honda - MP4-30 - 4pts
  10. Manor Marussia F1 Team - MR03 - 0pts
São tantas boas imagens, que deixo aí uma pequena galeria:


Agora tchau Mônaco, e olá Montreal
Imagens tiradas do GPUpdate.net - Motorsport.com - Continentalcircus.blogspot.com