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terça-feira, 29 de setembro de 2015

VÍDEO: A Beleza de Nürburgring


Que Nürburgring é fantástico ninguém duvida, mas, caso alguém ainda ache que o circuito não é aquelas coisas, veja esse lindo vídeo como mostra toda a beleza do gigantesco e monstruoso circuito alemão, que está localizado na cidade de Nürburg na região montanhosa de Eifel.


Imagens tiradas do Google Imagens

sexta-feira, 26 de junho de 2015

A História de Nürburgring - Parte 7 - O Começo de Uma Era

O Adeus de Nordschleife á Fórmula 1

Finalmente volto á falar dessa pista sensacional (ou melhor, como a propaganda da VW, salsichonal). Agora, depois de já saber que dificilmente sediaria uma corrida da F-1 novamente, a pista teria que sobreviver sem as principais provas de todo o automobilismo. Mais uma vez, depois de 1970, Hockenheimring sediaria a categoria...

Mas a cidade de Nürburg não queria perder essa chance de mostrar ao Mundo á imponência de seu circuito, especialmente em uma época que as transmissões de TV aumentava pelo globo todo. Depois de saber que nem as provas de motocicletas receberia, em 1980, logo eles perceberam que teriam de agir para voltarem ao cenário mundial.


Em 1981, decidiram fazer a construção de um novo circuito, no lugar dele, o abandonado Sudschleife, que já estava sem receber muitas corridas há anos. O antigo box foi destruído, e o anel norte acabou sendo a mais afetado com a construção, sendo substituído pelo novo Suds. E o que sobrou do antigo traçado? Quase nada, a maior parte se tornou estada e outras estacionamentos, mas há um lado bom, pelo que sei, desde 2005 há corridas por lá mesmo, de carros antigos, ou vintages, se quiser falar assim...


Com essa demolição, havia-se concretizado dois recordes: Jacky Ickx, á bordo de uma Ferrari Dino 166, na Fórmula 2 em 1968, marcou um tempo de 2:44.0; e Louis Chiron á bordo de um Bugatti Type 35C, em 1929, marcou um tempo de 15:06.1 no Gesamtstrecke. Assim acabara qualquer chance de vermos alguém superar essas duas lendas do automobilismo. Mas havia também outro recorde que seria quebrado.

Com uma reforma também no anel norte, o circuito perdeu seis curvas, enquanto Clay Regazzoni ficou com o nome marcado, já que conseguiu, numa Ferrari 312T, de 1975, um tempo de 7:06.4. Agora, com quase tudo pronto, começaríamos a ver novos grandes tempos surgindo, seja no novo circuito como também no mais famoso dos anéis, o Nordschleife.


As provas nacionais, e também os 1000Km de Nürburgring ainda continuavam á acontecer, e em 1983 acabariam fazendo sua última prova antes do fim das obras no novo Sudschleife. Nessa edição, gente conhecida estava por lá, entre eles: Jochen Mass, Jacky Ickx, Stefan Johansson, Keke Rosberg, Jan Lammer, Jonathan Palmer, Oscar Larrauri, Nobert Haug, Riccardo Patrese, Michele Alboreto, Paolo Barilla, Piercarlo Ghinzani, Derek Bell, Stefan Bellof, Hans-Joachim Stuck, Walter Brun e Vic Elford.

Poucas equipes não era alemães, por isso o favoritismo dos pilotos da casa, que um dia antes da corrida viram algo fantástico acontecer, uma coisa que dura até hoje. Stefan Bellof marcou o tempo de 6:25.91 com seu Porsche 956, entrando para a história. O alemão corria ao lado de Derek Bell, que viu o companheiro errar na corrida e acabar batendo... Os vencedores foram Jochen Mass e Jacky Ickx á bordo de seu Porsche 956, com 44 voltas completadas.


O novo circuito terminou sua contrução, tendo todos os requisitos de segurança exigidos, mas isso, para muitos, simplesmente destruiu a história de Nürburgring. A distancia dos espectadores para a pista não agradou muitos antigos fãs da pista, que ainda queria ver ultrapassagens, coisa que, segundo eles, o novo GP-Strecke não permitia, não tendo o mesmo desafio do irmão mais velho.

No dia 12 de maio, uma grande corrida acontecia, na comemoração de sua inauguração. Infelizmente, Juan Manuel Fangio deu apenas algumas voltas, não participando do evento principal como seu ex-companheiro Hans Herrmann. Todos os pilotos chamados correriam com um Mercedes 190, para finalmente marcar a inauguração do circuito, que foi feita com pista molhada.


Nos treinos, uma cena interessante, Jacques Laffite se atrasou e acabou não conseguindo tempos, largando em último. A pole era de Alain Prost, com Ayrton Senna em segundo, mostrando que poderia vencer a corrida. Pena que eles não incluíram uma volta no belo Nords, mas tudo bem... A corrida começou, e logo dois pilotos começariam a se destacar, eles eram Niki Lauda e Ayrton Senna, que travaram uma bela batalha até o fim da corrida, que foi vencida pelo brasileiro.


A classificação final foi:

  1. Ayrton Senna - Brasil - 26:27.780
  2. Niki Lauda - Áustria - +1.380
  3. Carlos Reutemann - Argentina - +3.690
  4. Keke Rosberg - Finlandia - +4.200
  5. John Watson - Irlanda do Norte - +4.470
  6. Denny Hulme - Nova Zelândia - +6.350
  7. Jody Scheckter - África do Sul - +7.120
  8. Jack Brabham - Austrália - +13.470
  9. Klaus Ludwig - Alemanha - +18.490
  10. James Hunt - Grã-Bretanha - +19.680
  11. John Surtees - Grã-Bretanha - +25.390
  12. Phil Hill - EUA - +32.060
  13. Manfred Schurti - Liechtenstein - +37.000
  14. Stirling Moss - Grã-Bretanha - +37.650
  15. Alain Prost - França - +39.340
  16. Udo Schütz - Alemanha - +48.130
  17. Jacques Laffite - França - +51.110
  18. Hans Herrmann - Alemanha - +1:37.100
  19. Elio de Angelis - Itália - +2 Voltas
  20. Alan Jones - Austrália - OUT


No fim desses resultados quero falar sobre algumas coisas, entre elas a idade de alguns, a habilidade, especialmente na chuva, e pelo que fez. Sem dúvida foi uma exibição terrível de Alain Prost, mas não só por isso devemos tirar sua genialidade, afinal, disputava "pau-a-pau" com Ayrton na pista seca. Já Alan Jones pagou um mico maior ainda, sofrendo a primeira quebra do novo circuito. Um piloto que mostrou sua força foi Ludwig, que venceu 3 vezes as 24h de Le Mans além de ser várias vezes campeão em categorias alemãs.


O duro é ver certas pessoas afirmando que Keke Rosberg é um dos piores pilotos a ser campeão do mundo, muito pelo contrário, é um dos mais monstruosos a ter esse título, especialmente pelo seu estilo agressivo de corrida, nessa prova podemos ver que ele tem um talento inegável. Outro que para muitos não fez nada é John Watson, que na minha opinião, devia ser campeão pelo menos uma vez, simplesmente porque dominava Lauda na McLaren. Além disso, deu vários shows vindo lá de trás, e muitas vezes vencendo nessas adversidades.

Alguém como Ickx não devia ter faltado por lá...

Reutemann também mostrou seu talento, também se aproximando da disputa Lauda x Senna, mas acabou não tendo tempo para entrar na festa. Quem merece os meus parabéns é Denny Hulme, Jack Brabham, John Surtees, Stirling Moss, Udo Schütz e Hans Herrman, que tinham (ou iam fazer), na época, 48, 58, 50, 55, 47 e 56 anos de idade, respectivamente.

Sentimos falta de alguém? Sentimos, até de alguns nomes póstumos na época, como Jochen Rindt, Jim Clark, Graham Hill e Wolfgang von Trips. Mas também há outros pilotos, que deviam estar nesse circuito nesse dia, eles eram Stefan Bellof, Nelson Piquet, Jackie Stewart e Jacky Ickx, e talvez alguns outros como Riccardo Patrese...


Sentindo falta ou não, estavam abertas, oficialmente, as provas no novo GP-Strecke, que passaria a receber várias categorias, como a Fórmula 1, corridas da DTM, de motos, caminhões, carros antigos, os 1000Km de Nürburgring, e até mesmo o famoso show "Rock am Ring", que mobiliza milhares de espectadores...

Esse era o começo de uma nova Era, na tentativa de esconder e esquecer o passado, o circuito acabou sendo mais lembrado ainda pelas suas corridas no Nords e no Suds, e agora, todos teriam de se contentar com o novo traçado, no lugar de uma das pistas com uma das histórias mais tristes do Mundo. Infelizmente, mesmo durante a construção, pessoas morreram no circuito, eles foram Herbert Müller, Corrado Antonello, Joramn Nevala e Klaus Bierth...

Adeus, Sudschleife

Imagens tiradas do Google Imagens

sexta-feira, 12 de junho de 2015

A História de Nürburgring - Parte 6 - O Fim De Uma Era


Chegamos á 1976, temporada que marcaria a história do automobilismo, por mostrar a rivalidade entre Niki Lauda e James Hunt, Áustria contra Grã-Bretanha, Ferrari contra McLaren, Timído contra o Playboy. Depois de passar por outras 9 etapas, a temporada chegava á Nürburgring, mais precisamente para Nordschleife.

Como qualquer outro ano, a pista alemã já havia enfrentado mortes naquela temporada. Mas a situação em 1976 estava pior do que o normal, estava crítica, em um pouco mais de três meses, 3 pilotos perderam a sua vida ali. Alex Wittwer no dia 2 de abril, Heinz Behrentin no dia 3 de julho e Ernst Raetz no dia 9 do mesmo mês.


A corrida estava marcada para ser no dia 1º de agosto de 1976. Essa corrida não era simplesmente mais uma prova de Fórmula 1 disputada no circuito alemão, porque poderia ser a última. Com o crescimento do interesse pelas transmissões, Nürburgring não conseguia abrigar câmeras em todos os pontos de circuito. O pior ainda era a falta de segurança, mesmo com as obras feitas em 1970, os bombeiros não tinham muito espaço para conseguir trabalhar, e também nem sequer tinham um local para ficar enquanto a prova acontecia.


A previsão era de chuva, e com isso Niki Lauda quis boicotar a corrida ao lado dos outros pilotos, que foram totalmente contra á opinião do austríaco, que era líder do Campeonato. Os votos contra foram dominantes, com apenas um voto a favor do cancelamento da corrida. A história estava sendo escrita a cada passo que a prova ia se aproximando.


No ano anterior, Lauda se tornou a primeira pessoa a abaixar o tempo de Nordschleife em para a casa dos 6 minutos, mas isso não se repetiria em 1976. James Hunt conseguiu cravar a pole, com o austríaco em segundo, Patrick Depailler em 3º, Hans Joachim Stuck em 4º, Clay Regazzoni em 5º, Jacques Laffite em 6º, José Carlos Pace em 7º, Jody Scheckter em 8º, Jochen Mass em 9º e Carlos Reutemann em 10º.

Antes da corrida a chuva começou a cair sobre Nürburgring, e prevendo problemas no continuamento da primeira volta, a maior parte dos pilotos colocaram os pneus de chuva, mas um dos melhores do grid não. Jochen Mass era experiente no circuito de seu país, e sabia que a chuva não voltaria mais, por isso sua escolha de ir com os pneus de pista seca.


Na largada, Clay Regazzoni consegue sair tão bem para pular em 1º, com Hunt em 2º e Mass na terceira colocação depois de uma grande largada. Lauda caiu muito, e aos poucos foi começando a perder rendimento em comparação aos carros que estavam com os pneus secos. Ainda na primeira volta, Rega rodou e caiu para quarto, enquanto Peterson ganhou várias posições e estava entre os lideres.

Com a pista quase totalmente seca, os pilotos começaram a suas paradas, facilitando o caminho para a vitória de Mass, que ainda era apenas o segundo colocado, já que Peterson mantinha-se na pista mesmo com os pneus de chuva. A maior parte dos pilotos estavam atrasados em comparação aos dois lideres, e agora começariam uma grande prova de recuperação, andando em ritmo alucinante a todo momento.


Niki estava nesse grupo de pilotos que estavam forçando o carro. Como vocês devem saber, quando você força seu veículo, a probabilidade dele quebrar é enorme, e foi o que aconteceu com a Ferrari do austríaco. Aproximando-se da Bergwerk, Lauda quebrou a suspensão de seu carro depois de tocar na alta zebra da curva alemã. Com isso, o ferrarista perdeu o controle e bateu num muro de pedras.

O impacto foi tão violento para tirar o capacete vermelho de Niki, que ainda viu Guy Edwards conseguir desviar, mas Harald Ertl e Brett Lunger não, batendo na Ferrari, que estava pegando fogo. Depois do segundo impacto, agora vindo de frente, o fogo foi para o cockpit de Lauda, que tentava sair de seu carro, mas só conseguiu isso quase 1 minuto depois, com a ajuda de vários pilotos, incluindo Edwards, Ertl, Lunger, Merzario e até Emerson Fittipaldi.


Minutos depois o resto do pelotão chegou onde havia o caos, sem espaço para passar pelos pedaços de carro que estavam na pista. Lauda ainda saiu andando do acidente, mas logo desmaiou e teve de ser encaminhando rapidamente para o hospital de Mannheim. Niki tinha inalado muita fumaça, e com isso tinha queimaduras no pulmão, além de ter sofrido mais ainda nas palpebras e nas sobrancelhas. Seu rosto estava inchado, como uma bola de basquete.


Agora, Lauda teria que lutar pela vida nos dias que seguiam, tendo que tirar todo o sangue do pulmão além de ter que fazer enxerto de pele no rosto. Vamos voltar para a corrida, que foi reiniciada sem os três pilotos envolvidos no acidente e nem com Chris Amon, que desistiu da categoria depois do acidente.

James Hunt pulou na ponta e a manteve até o fim da corrida. Logo atrás dele, Ronnie Peterson sofreu um forte acidente na saída da Flugplatz, abandonando ao lado de Jacques Laffite e Hans Joachim Stuck. Logo depois, Rega rodaria mais uma vez, e agora destruiria a corrida de Depailler, que tentou desviar, mas bateu. Nessa mesma volta, José Carlos Pace assumiu a segunda colocação, mas a perderia novamente para Scheckter.


Na segunda volta, Vittorio Brambilla, que era 6º, bateu. Agora a disputa da corrida estava entre Jochen Mass, Gunnar Nilsson e José Carlos Pace, o vencedor acabou sendo o grande rei das artimanhas de Nürburgring naquela ocasião, Mass assumiu a quarta colocação, com o brasileiro logo atrás e o sueco em quinto. Há 2 voltas do fim, Regazzoni rodou mais uma vez, e agora perdeu várias colocações. colocando Jochen no pódio e Rolf nos pontos.


No fim de 14 voltas, a Alemanha pelo menos teve um motivo para sorrir, Mass terminou no pódio e Stommelen em 6º. Hunt foi o vencedor, com Jody em segundo, Pace foi o quarto, logo afrente de Gunnar Nilsson. Fechando o TOP TEN estiveram John Watson, Tom Pryce, Clay Regazzoni e Alan Jones.

Com a vitória, James ficou apenas 14 pontos atrás de seu rival, que perderia o título no fim da temporada, no Japão. No fim desse dia 1 de agosto de 1976, acabava um Era no circuito de Nürburgring, e mais precisamente em Nordschleife, que perderia definitivamente a sede do GP da Alemanha.


Não veríamos mais os carros da F-1 no maior circuito do Mundo, tudo por causa da segurança e de um dos acidentes mais famosos de todos os tempos. Apenas algumas vezes vemos carros da categoria andando por lá, e só é quando está acontecendo algum evento promocional ou coisa do tipo, simplificando, acabara o Nords, mas esse não é o fim da história de Nürburgring, que por ter amor a categoria mais mutiladora do Mundo, estaria prestes a destruir uma importante parte de sua história. Isso você fica sabendo na próxima parte, obrigado por ler...

Imagens tiradas do Google Imagens e GPExperts

quarta-feira, 10 de junho de 2015

A História de Nürburgring - Parte 5 - O Inferno Verde


Depois de contar como foi o inicio de Nürburgring na F-1, chegou a hora de falar sobre o fim da década de 1960 e ainda sobre a década de 1970, que marcou o fim das atividades da categoria no circuito alemão. Depois da morte de Carel Godin de Beaufort, a Porsche se retirou da categoria, e agora a Alemanha não teria mais ninguém para torcer, exceto Gerhard Mitter, da Lotus.

Em 1965, Jim Clark já se mostrava como o melhor piloto da F-1, e já era esperado sua vitória no circuito alemão, coisa que veio depois de 2:07:52.4. E o mais incrível é que ele já era Campeão do Mundo depois da corrida, recorde que só foi superado por Schumacher em 2002. Os únicos pilotos que podiam impedir sua vitória ficaram por causa de problemas.



No ano seguinte a Fórmula Vê chegara á pista alemã, além de uma prova gigantesca de resistência, as 84 Horas de Nürburgring. Além dessas corridas, a Eifelrennen ainda existia, e atraia um público maior do que quando a F-1 estava lá. As corridas de motos e sidecars eram frequentemente cancelados por causado nevoeiro, mesmo assim a quantidade de pessoas que iam assistir essas provas eram enormes.



No mesmo ano, a F-1 viu mais uma fatalidade acontecer em Nürburgring, agora de John Taylor, que acabou batendo na primeira volta da corrida. Quando o britânico foi retirado do carro, ele estava extremamente queimado, e correndo sério risco de morte, que veio 4 semanas depois. Enquanto isso, o show continuava.

A prova ainda marcou por ser a última realizada no traçado original, já que seria feito uma chicane antes da entrada nos boxes. Jack Brabham venceu depois de ver Jim Clark abandonar depois de um acidente, e ele ainda conseguiu colocar mais de 10 minutos em cima de Lorenzo Bandini, o último piloto que não tomou uma volta.



Em 1967, Jim Clark sofreria mais uma vez com uma quebra de suspensão, deixando a corrida nas mãos de Dan Gurney, que liderou quase todas as voltas, até que teve problemas com seu belo Eagle. Com isso, Denny Hulme conquistou a vitória na corrida que ficou marcada na história televisiva alemã, por ser a primeira transmitida em cores.


Sim, esse é Brian Hart

Outra curiosidade da corrida foi ver três pilotos vindos da Oceania subir ao pódio, enquanto os britânicos não foram a ele pela primeira vez desde 1962. Você já ouviu falar de Brian Hart? Sim, é aquele que criou os motores Hart. Essa foi a única corrida da F-1 na qual ele participou como piloto, correndo com um Protos Ford.


O ano de 1968 viria o surgimento de uma nova lenda do automobilismo, Jackie Stewart, tudo por causa de sua atuação no GP da Alemanha, disputado em Nordschleife. Os dias em que a corrida aconteceriam se aproximavam, e ao mesmo tempo a chuva, o frio e o nevoeiro também. A sexta amanheceu com um forte nevoeiro, que impossibilitava uma visão de 200m.


Na tarde, alguns pilotos se arriscaram em fazer voltas rápidas, para, quem sabem, serem beneficiados no sábado. Era apenas o começo da sessão, e a previsão dizia que iria piorar, com isso vários pilotos entraram em seus carros e foram buscar a volta mais rápida, esse pilotos foram: Vic Elford (aniversariante de hoje), Jacky Ickx, Chris Amon, Graham Hill, John Surtees e Jochen Rindt.



No sábado o problema se manteve, e alguns pilotos conseguiram fazer algumas voltas antes que o treino fosse cancelado, e adiado para o domingo de manhã. Mesmo com a mudança, a chuva e o nevoeiro não deram trégua, com os pilotos tendo que se arriscar a mais de 200Km/H em uma pista como Nürburgring, cheia de curvas traiçoeiras.

No fim do treino, o poleman era Jacky Ickx, com Chris Amon em 2º e Jochen Rindt em 3º. O "personagem principal dessa nossa trama" aparecia apenas em 6º, mas nada que afetasse muito em um circuito tão longo. O pior de tudo é que o nevoeiro aumentou, e ainda por cima havia 20 suicidas prestes a largar onde apenas o primeiro colocado teria uma melhor visão.


Mal dava para ver 5 metros entre cada piloto, por isso a corrida aconteceu apenas 1 hora depois do previsto, mas nada que adiantou muito. Na largada, Ickx patinou, perdeu várias posições e teve sorte em não ser atingido por nenhum piloto. Para desviar, Stewart quase entrou dentro dos boxes, e por azar ficou na sarjeta que drenava o pit lane, mas apenas duas rodas estavam lá.



O mais incrível é que o escocês conseguiu sair da vala e continuar seu caminho a ponta da corrida, com uma asa, que para ele, surtia um grande efeito embaixo da chuva. Jackie era terceiro colocado, logo atrás de Amon e Hill. Ele tentava fugir do spray sempre que possível, mas na maior parte do circuito ficava atrás dos lideres.

Ainda na primeira volta, Stewart se arriscou em manobras que o deram a ponta da corrida. Depois de passar na reta dos boxes, o público viu que aquele carro azul havia deixado para trás uma Lotus e uma Ferrari. Jackie abriu nada menos nada mais do que 8s apenas na reta, já que tinha "apenas" o nevoeiro a sua frente.


A corrida continuou com o aumento da chuva, a ponto de rios estarem surgindo no meio do circuito, então a probabilidade de um erro era enorme. Faltando 3 voltas a chuva estava caindo em todo o circuito, e Jackie Stewart teria que se segurar para vencer na pista alemã. Em um "S", o escocês aquaplanou em terceira marcha, seu Matra apagou e ia para fora da pista, mas quem estava lá? Um fiscal...



Esse fiscal tendo desviar do carro azul, mas ficou congelado depois de alguns milésimos, e por sorte Jackie conseguiu ligar seu carro novamente e desviar daquilo que seria um impacto fatal. No fim de 14 voltas, Stewart conquistou uma fantástica vitória, se aproximando de Hill no Campeonato e mostrando que tinha um grande futuro pela frente.

O incrível é que ninguém morreu nessa corrida, então eu penso: Por quê só morre gente em corridas que não foram fantásticas? Gerhard Mitter já havia participado de 6 corridas na categoria, sendo que 5 foram em Nürburgring. Em sua 7º participação, o alemão acabou batendo nos treinos livres, e acabou falecendo depois de uma falha na suspensão.



Além da fatalidade, houve um grave acidente na corrida, Mario Andretti colocou sua Lotus com bastante gasolina, para tentar ir até o fim, só que ele não imaginava que el estava tão pesado a ponto de acabar "atolando" depois de levantar voo", o carro estava quase parado no circuito, e ao mesmo tempo veio Vic Elford, com sua McLaren, que depois de tocar no norte-americano, levantou voo, capotou, e bateu de cabeça para baixo nas árvores. O britânico quebrou o braço em 3 partes...



Já na corrida inteira, Jacky Ickx teve que enfrentar mais uma largada mal feita, já que caiu de 1º para 9º. Com isso, o líder era Jackie Stewart, que tentava abrir vantagem para o segundo colocado. Mas era o dia do belga, que conseguiu deixar 8 carros para trás em apenas 3 voltas. Agora a disputa era pela liderança, que ficou com Ickx, que depois de 4 voltas ficando quase lado a lado com Stewart, finalmente venceu na Alemanha.

Em 1970, pela primeira vez o GP da Alemanha foi realizado em Hockenheimring, e pela segunda vez fora de Nürburgring, que para ter a corrida de volta teria que fazer reformas. Era o começo da mutilação de Nordschleife. Vários pontos perderam sua angulação original, ou até mesmo perderam a curva que existia lá. A Flugplatz foi reconstruída, ainda possibilitando voos, mas nada como antigamente.



No ano seguinte, a categoria mutiladora estava de volta. Jackie Stewart e Jacky Ickx continuavam mostrando que eram os melhores pilotos de Nürburgring, conquistando as duas primeiras posições no treino. Mas na corrida, não vimos a disputa dos "Jack' s", já que o belga ficou pelo caminho na primeira volta. A facilidade foi tremenda para vermos o escocês vencer mais uma vez no circuito de Nürburg. Além disso, a corrida marcou-se por dar o primeiro pódio da carreira de François Cevert.



Em 1972, Jacky Ickx mostraria que é forte no Nürbrugring, conquistando sua última vitória e seu único Grand Chelem, fazendo a volta mais rápida, pole e conquistando a vitória. Ele ainda conseguiu fazer tempos fantásticos, melhorando a melhor volta de treino e de corrida, primeiro abaixou em 13s o tempo de Stewart, e no domingo abaixou em 8s o tempo de Cevert.

O escocês tentava se aproximar do ferrarista, e de Emerson Fittipaldi no Campeonato, mas ele não imaginava que aquela disputa com Clay Regazzoni custaria mais um pódio em Nordschleife. Depois de tocar com o suiço. Jackie foi parar no guar-rail, que danificou a suspensão dianteira de sua Tyrrell. No ano seguinte, o GP da Alemanha veria um "boicote" em massa.



Tudo começou com a morte de Roger Williamson, fazendo que a March se retirasse da corrida, as equipes Ferrari, Ensign, Tecno e Hesketh também se retiraram da corrida, deixando alguns de seus pilotos correram em outras equipes como McLaren e Brabham, que para compensar o grid, colocaram terceiro carro. Vimos até uma coisa inusitada, Jacky Ickx correndo na equipe do "Tio Bruce".

Nos treinos, Howden Ganley bateu violentamente com seu Iso Marlboro, que não foi recuperado a tempo da corrida. Já no domingo, Ronnie Peterson ficou pelo caminho depois de tocar com Ickx, e mesmo assim ainda tentou voltar, até danificar sua suspensão, três voltas depois de seu acidente. Na mesma volta, Niki Lauda sofreu um forte acidente, que fez o austríaco quebrar o pulso.



Com a saída da Ferrari, a F-1 viu nenhum piloto italiano competir, coisa que só aconteceria de novo no GP da Austrália de 2012, isso se mantém até hoje. Jackie Stewart liderou toda a corrida e venceu com facilidade, tendo François Cevert como principal ameaça nas últimas voltas, terminando em segundo. Ickx ainda conquistou o 3º posto.

No ano seguinte, Niki Lauda teria a chance de vencer em Nürburgring, mas ele não imaginava que acabaria batendo ainda na primeira volta. Tudo ficou mais fácil para Clay Regazzoni depois de que Denny Hulme bateu em Emerson Fittipaldi, que estava lento no circuito. O campeão de 1967 ainda voltou para corrida com o carro reserva, mas foi desclassificado.


O fim da carreira de Hailwood

Rega venceu, com Jody Scheckter, que tocou em Lauda, terminando em 2º e Reutemann em 3º. Infelizmente a corrida ficou marcada por ser a última vez que Mike Hailwood e Howden Ganley participaram de um fim-de-semana de GP na F-1. O neozelandês sofreu um terrível acidente nos treinos (novamente, depois de 1973), que destruiu totalmente a frente de seu carro, para piorar, sua pernas ficaram para fora e extremamente machucadas. Há apenas 2 voltas do fim, Hailwood sofreu um acidente semelhante e também se aposentou.



Em 1975, Ian Ashley foi a primeira vitima do circuito, ainda nos treinos, quebrando o tornozelo. No domingo, Niki Lauda fez a pole e poderia ter vencido, mas o azar dele continuou, já que furou o pneu quando estava na liderança, sem Emerson Fittipaldi, Jochen Mass e Clay Regazzoni sem atormentar. O austríaco voltou em 4º e recuperou o pódio, ficando atrás de Carlos Reutemann e Jacques Laffite.

Chegamos á temporada de 1976, que virou até filme por causa da disputa entre Niki Lauda de James Hunt, que no dia 1 de agosto chegou ao templo chamado Nürburgring, que é tão grandioso a ponto de mudar toda a história da época. Amanhã contarei como foi a última edição disputada em Nordschleife. A F-1 chegou a sua última corrida disputa em uma pista tão gigante, já que Spa havia sido mutilado anos antes...



Infelizmente, como você leu, o circuito levou vidas emboras: Alfred Wohlgemuth, Dickie Dale, Günter Strasburger, Michael Rader, Dieter Schmicking, Axel Klaska, Brian Hetreed, Rudolf Moser, Carel Godin de Beaufort, Herbert Mandel, Honoré Wagner, Manfred König, John Taylor, Ranier Dangel, Georges Berger, Albertus Goedemans, Gerhard Mitter, Hans-Dieter Fröhle, Klein, Robin Fitton, Hans Laine, Herbert Schultze, Ulrich Ritkowski, Herbert Mann, Erich Bertholdt, Rüdiger Schwietring, Walter Czadek, Guenter Schneider e Erich Bode....

Fonte das fatalidades: en.wikipedia.org
Imagens tiradas do Google Imagens

sexta-feira, 5 de junho de 2015

A História de Nürburgring - Parte 4 - A Fórmula 1


Depois de contar como foi o período da II Guerra, agora chegamos á um novo período, o da Fórmula 1 em Nürburgring, categoria, que infelizmente, destruiria a tradição do circuito. falei como foi a corrida de 1951, agora vou falar como foram as provas da década de 1950 e 1960. A primeira década da F-1 seria dominada por italianos e argentinos, além da volta da Mercedes...

Na edição de 1952, incríveis 34 pilotos participaram da corrida, inclusive um brasileiro com sua equipe também brasileira, Gino Bianco correu ao lado do uruguaio Eitel Cantoni, na Escuderia Bandeirantes. Com a Maserati, Gino conquistou um 16º lugar no grid, mais de 20s atrás de Ascari, enquanto Cantoni foi apenas 26º.

A corrida teve 18 voltas, e uma duração de mais de 3 horas, pena que Bianco nem sequer completou uma volta, já que teve problemas no motor. Lá na frente, as 3 Ferraris dominavam a corrida ao lado de seus "clientes", já que houve equipes que compraram um carro da marca italiana. O domínio de Alberto Ascari e Nino Farina foi incontestável, com ambos no pódio ao lado de Rudi Fischer, que havia comprado um carro do "Tio Enzo".

Farina, o mais velho vencedor de todos os tempos

A verdade é que a Ferrari não tinha mais nenhuma rival á seu nível, já que a Alfa Romeo havia saído da competição e os carros alemães não estavam prontos para correr. Em 1953, surge um novo desafio, a Maserati, que tinha Juan Manuel Fangio. O GP da Alemanha daquele ano deixaria sua marca na história. No ano anterior, "apenas" 30 carros largaram, já que um teve problemas antes da largada e outros três não quiseram largar. Com isso, a edição de 1953 marcou a história por ser a corrida com o maior número de participantes largando ao mesmo tempo, 34 carros. Esse é recorde é em âmbito da Fórmula 1.

Outro recorde acabou acontecendo ao fim de 3:02:05.0s, quando Nino Farina cruzou a linha de chegada e se tornou o vencedor mais velho de um GP na F-1, com seus joviais 46 anos. A corrida mostrou ao mundo que a Ferrari tinha alguém para se preocupar, a Maserati fez uma grande corrida, com Fangio terminando em 2º, Felice Boneto em 4º e Toulo de Graffenried em 5º.


Em 1954 o circo da F-1 se espantou. A Mercedes voltou, e voltou dominando, com seus grandes pilotos, incluindo Juan Manuel Fangio. A corrida mais uma vez seria marcada na história, graças a sua duração, de 3 horas, 45 minutos, 45 segundos e 8 milésimos, que só foi superado no GP do Canadá de 2011. Fangio dominou a prova com sua flecha de prata, mas ele não viu seus companheiros alemães terem a mesma sorte, Kling foi apenas o 4º, Lang rodou e Herrmann teve problemas.


No ano seguinte, um desastre marca para sempre o automobilismo. As 24 Horas de Le Mans viu um terrível acidente, que vitimou, além do piloto, mais de 80 pessoas que assistiam a corrida. Depois desse acidente, a Mercedes anunciou sua retirada do automobilismo, retirada que durou mais de três décadas. Além disso, os GPs da França, da Alemanha, da Espanha e da Suiça foram cancelados, deixando a temporada com apenas 7 corridas.


A Mercedes havia ido embora, agora os italianos poderiam ficar na deles, e dominarem mais uma vez o esporte. Para você ter uma ideia desse domínio, apenas a Gordini era uma equipe fora da Itália a participar do GP da Alemanha de 1956, e ainda por cima, todos os seus carros abandonaram. Fangio foi o único ferrarista a terminar a corrida, mas pelo menos foi em uma bela posição, a 1º. Mal imaginava ele, e nem o mundo, que a edição de 1957 entraria para a história.

Para muitos o GP da Alemanha de 1935 foi o melhor da história, para outros o GP da Alemanha de 1957 foi melhor ainda, resta á você decidir. Nos treinos, Fangio conseguiu marcar o melhor tempo, seguido por Hawthorn, Behra e Collins. O argentino sabia que os carros da Maserati eram piores do que os da Ferrari, equipe que ele havia abandonado após perceber que Enzo Ferrari estava em busca de pilotos britânicos, e até mesmo favorecendo-os em cima de Juan. Aquilo era uma estratégia do italiano, para aumentar a venda de seus carros no Reino Unido.


A estratégia de Fangio era fazer uma parada, encher meio tanque para, na metade da corrida, trocar os pneus e reabastecer. A largada era um elemento importante nessa estratégia, e ela acabou dando errado. Os dois carros da Ferrari pularam para ponta, com Fangio logo atrás, querendo ultrapassar-los o mais rápido possível. A demora foi grande, apenas na 3º volta o argentino se encontrava na ponta, agora tentando ir o mais rápido possível, para conseguir abrir uma vantagem o suficiente para voltar colado depois da parada.


Acabou não dando certo. Juan parou seu Maserati, que começou a ser "servido" pelos mecânicos, que tentavam ser o mais rápido possível. No fim da parada, Fangio estava 45s atrás dos lideres ferraristas, e para muitos acabara a chance de vitória do argentino, que começou a voar na floresta alemã. A diferença estava caindo igual ao dilúvio do GP português de 1985. Todos os espectadores alemães estavam atônitos, da mesma forma que estavam 22 anos antes.

Fangio tirava monstruosos 10s por volta, a ponto de cravar um tempo 8.2s mais rápidos do que sua própria pole. O argentino estava tirando leite de pedra, e agora tinha as Ferraris no visual. Collins e Hawthorn ainda tentavam aumentar a diferença, mas o espetáculo que o Maestro Fangio estava dando era superior. Na 20º volta, lá se foram os carro vermelhos da Scuderia, o Juan Manuel já se tornava líder, para não perder mais.


A vitória ainda foi suada, Peter Collins perdeu o ritmo, mas Mike Hawthorn ainda se manteve colado atrás de Fangio, querendo passar e não dando espaço para erros, que não aconteceram. O argentino comemorou pela última vez a vitória na F-1, o resultado era fantástico para a Maserati, que se tornaria campeã com seu piloto preferido, o Maestro Juan Manuel Fangio, que foi carregado pelos seus mecânicos e pela torcida alemã, que havia comparecido em peso.

As 200 mil pessoas viram a melhor corrida de toda a carreira do argentino, que afirmou, mais tarde, que ele dirigiu tão rápido do que ele nunca seria capaz de dirigir novamente. Acabara o GP alemão de 1957, um dos melhores de todos os tempos, uma causa para mim considerar Fangio como o melhor piloto de todos os tempos (pelo menos até agora).


A corrida do ano seguinte não contou com Fangio, mas pelo menos a Alemanha tinha alguém para torcer, Wolfgang von Trips entrou para a equipe da Ferrari, e tinha boas chances de vencer a corrida, coisa que não aconteceu. Começava o domínio britânico, com suas equipes garagistas. Mika Hawthorn largou na pole, mas teve problemas há voltas do fim da corrida. Apenas um carro da Scuderia terminou a corrida, e esse carro era o de von Trips, o 4º colocado, mais de 6 minutos atrás de Tony Brooks, que venceu pela primeira vez na Alemanha.

No ano seguinte, Nürburgring foi substituído por AVUS, que viu Tony Brooks vencer mais uma vez. Em 1960, o GP da Alemanha seria realizado mias uma vez no circuito de Berlim, que por sua vez foi boicotado pelos pilotos, que afirmaram falta de segurança do circuito alemão. A corrida que aconteceu no circuito de Nürbrugring foi de F-2, realizado apenas no Sudschleife...


A corrida, para muitos, foi muito chata, falta de disputas de posições e de velocidade. A visão dos espectadores ficou prejudicada, já que a chuva e a densa neblina tomaram contra do Suds, que viu Jo Bonnier vencer a corrida, com um Porsche. Acabara a década de 1950, e as fatalidades continuaram existindo, as mais famosas foram a de Onofre Marimón e Peter Collins, mas devemos lembrar dos outros guerreiros automobilistas que perderam suas vidas fazendo o que amam: Josef Hackenberg, Paul Kresser, Onofre Marimón, Ricardo Galvagni, Rudi Godin, Viktor Springler, Bernhard Thiel, Erwin Bauer, Peter Collins, Fausto Meyrat e Gustav Baumm...


Moss deu um show para cima das Ferraris

Em 1961, o GP da Alemanha voltava a ser disputado em Nürburgring, depois da F-1 destruir todo o legado de AVUS. A esperança de ver um alemão vencendo era grande novamente, Wolfgang von Trips liderava o campeonato, e estava a poucos passos de se tornar o primeiro alemão campeão do mundo. Ele largou em 5º, enquanto Phil Hill foi pole, mas na corrida nenhum deles ganhou. Stirling Moss mostrou que ainda tem forças para ser um campeão, e venceu a corrida, seguido por von Trips, que conseguiu superar Hill.

Moss havia dado um show em 1961, mas ele não participaria da corrida em 1962, que foi dominada por um jovem chamado Graham Hill, com sua BRM. Depois dessa vitória, Graham era líder do campeonato, e estava á caminho de seu primeiro título. A única alegria alemã naquele dia foi ver Dan Gurney terminar em terceiro com seu Porsche.

Hill voando até sua vitória em 1962

A edição de 1963 seria marcante na história da F-1. Com sua Lotus, Jim Clark largou na pole, e se imaginava uma vitória do escocês, coisa que não veio. O seu segundo lugar ficou marcado por ser seu único em toda a sua carreira. John Surtees conseguiu supera-lo com uma Ferrari, enquanto os alemães tiveram de ser orgulhar em ver Gerhard Mitter terminar em 4º com seu Porsche.

No ano seguinte, John Surtees não deixa espaço para erros novamente, e vence de forma soberana em cima de Graham Hill e Lorenzo Bandini. Apesar de sua vitória, o fim-de-semana foi marcado por uma tragédia, havia morrido Carel Godin de Beaufort, que se acidentou nos treinos livres com seu Porsche. O circuito e Nordschleife sempre se mostrou perigoso, e na década de 1960 estava mostrando isso mais ainda, já que os carros aumentavam sua velocidade...

Surtees e sua misteriosa técnica de pilotar...
Nos próximos dias veremos como foi a segunda parte da década de 1960 em Nürburgring, e também a década de 1970, até o acidente de Niki lauda. Espero que estejam gostando, e obrigado por ler, qualquer erro de concordância ou palavras erradas, me avise...


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