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quarta-feira, 31 de maio de 2017

30 anos - A primeira vitória de Senna no Mônaco


O tempo voa. Já fazem trinta anos que Ayrton Senna conquistou sua primeira vitória no Principado de Mônaco. Uma vitória que não foi daquelas incríveis, de dominar o fim-de-semana e fechar com chave de ouro no domingo, ou, ainda, de forma heroica ao derrotar um rival nas últimas voltas. Diferentemente de 1984 e 1985, o brasileiro não foi espetacular, mas bastou da sorte para vencer pela primeira vez nas ruas de Monte Carlo.

Apesar de estar na primeira fila do grid, Senna não tinha um dos melhores equipamentos para lutar contra as Williams naquele ano. O mais incrível é que até mesmo a tricampeã McLaren não tinha condições de derrotar a equipe do "Tio Frank". A Ferrari se aproximava cada vez mais, recuperando terreno perdido durante os anos anteriores, enquanto a Benetton abria o pelotão intermediário.

Para começar, Ayrton cravou um tempo surpreendente, ficando pouco mais de meio segundo atrás de Nigel Mansell, mas ainda assim um segundo mais rápido do que o terceiro colocado, o futuro tricampeão Nelson Piquet, que nunca se recuperou do acidente sofrido em Imola.

No dia da corrida, Mansell caminhava para a vitória sem qualquer perigo. Senna usava a cabeça, conservava seu Lotus Honda e mantinha a segunda posição. Na volta 29, o turbo do motor Honda, só que do inglês, foi embora, deixando-o na mão e entregando, de mão beijada, a vitória para Ayrton, que conduziria magistralmente para manter a liderança e finalmente vencer.


Nelson Piquet terminaria em segundo, conclamando a dobradinha brasileira em Mônaco, enquanto se iniciava o reinado de Senna sobre as ruas do Principado. O que se seguiu foram outras grandes performances do brasileiro. Poderiam ser sete vitórias, mas quis o destino que, num único momento de relaxamento, perdesse o primeiro lugar em 1988.

De qualquer forma, o mesmo Mansell, azarado em 1987, se tornaria, mais uma vez, protagonista de outra vitória memorável de Senna, num mesmo 31 de maio.

Pulamos agora para 1992, quando, mais uma vez, o Leão tinha a vitória em mãos e a perdeu, só que agora por erro próprio. Se não fossem um compilado de incidentes, a Williams teria levado todas as provas daquele ano, e quis alguém, de novo, que a hegemonia inglesa acabasse logo em Mônaco.

Senna já tinha superado Patrese na largada, e bastou ver Nigel Mansell errar para assumir a ponta e segura-la, de forma incrível, até a bandeirada, vencendo pela quinta e penúltima vez. Apesar da inesquecível conquista do já tricampeão do mundo, outro fato também marcou aquele fim-de-semana, especialmente para os fãs do lado B da Fórmula 1.


Roberto Pupo Moreno, piloto da Andrea Moda na época, fez o impossível ao qualificar o S921 na vigésima sexta e última posição do grid. Não bastou já conseguir superar o fardo da pré-qualificação, Moreno ainda eliminou outros quatro pilotos, dentre eles Damon Hill, nos treinos que valiam a pole position.

A diferença entre Mansell e Moreno era de quase cinco segundos e meio, mas mesmo assim o brasileiro largou naquele domingo ensolarado do dia 31 de maio de 1992. Foram onze voltas consagradoras até o motor Judd de seu Andrea Moda estourar. Era o fim do impossível para ambos.

Além de ser um dia memorável para os brasileiros, o 31 de maio marcou a vida de um canadense (e de todos seus fãs). Em 1981 Gilles Villeneuve derrotava Alan Jones e vencia em Mônaco pela primeira e única vez. A data também marcou a história da Suécia na categoria, com Joakim Bonnier vencendo o GP da Holanda de 1959 para se tornar o primeiro sueco a vencer na Fórmula 1.

E você, o que estava fazendo num desses 31 de maio?

Hoje ainda seria o 58º aniversário do mito Andrea de Cesaris.

Imagens tiradas do Google Imagens.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Amor a Motor - O Prazer em Pilotar


Hoje farei um post diferente. Em forma de diálogo, este texto não perde sua qualidade em nenhum ponto, continuando a mostrar o motivo de eu sentir vontade de correr, coisa tola para aqueles que não entendem, e apaixonante para aqueles loucos que querem gravar seus nomes na história da melhor maneira possível:

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Me perguntaram: O que você quer ser quando crescer?
Respondi com toda convicção: Piloto

Dias depois, a mesma pessoa voltou para fazer outra pergunta, talvez por achar tolo aquilo que quero fazer: E se você fosse campeão, qual seria a primeira coisa que faria?
Disse: Antes de tudo, tenha certeza de uma coisa: eu trocaria todas as minhas vitórias e títulos para, nem que se fosse uma temporada, participar de uma época em que fazer sexo era seguro e correr era perigoso.



Eu queria estar lá, correndo entre montadoras e garagistas nos maiores e mais fantásticos templos do automobilismo como o Inferno (lê-se Paraíso) de Nürburgring, os velozes Österreichring e Monza, o vislumbrante Spa-Francorchamps entre tantos outros circuitos espetaculares espalhados pelo mundo, sabendo que, vencendo ou perdendo, sempre teria alguém nos boxes que me amasse - como Barbro amava Ronnie - estivesse presente - como Helen na carreira de Jackie - e que fosse bela - como Marlene em relação á Niki - que me desse suporte em momentos dificeis e ainda mais alegria em momentos de conquista.

Queria estar lá, para arriscar minha vida ao lado de outros loucos que simplesmente gostariam de ganhar algo que não levariam junto quando partissem, deixando apenas uma marca, que poderá ser lembrada ou até mesmo esquecida por falta de amor. Gostaria de fazer fãs torcerem - como os japoneses - sofrerem - como os tifosi - e comemorarem - como os brasileiros - para saber que não seria apenas eu que teria em mente que provei algo.


Queria sentir toda aquela paixão que os pilotos tinham em executar sua profissão, aquela paixão de torcer pelos seus ídolos sabendo que eles não poderiam estar vivos depois de mais uma batalha, que um dia podia ser travada com seu rival, outro dia com seu carro e outras vezes  fora da pista. Velocidade, mulheres e natureza (lê-se: perigo proporcionado por correr na natureza, entre árvores, valas e grandes precipícios), para mim, a combinação mais perfeita que apenas o esporte à motor pode (ou poderia) ter...

Queria correr ao lado de nomes como Tazio Nuvolari, Rudolf Caracciola, Bernd Rosemeyer, Jean-Pierre Wimmile, Juan Manuel Fangio, Jim Clark, Jochen Rindt, Jackie Stewart, Emerson Fittipaldi, Niki Lauda, Ronnie Peterson e tantos outros que arriscaram suas vidas entre as décadas de 30 e 70, sabendo que poderiam morrer a qualquer momento, seja por seu erro, seja por uma falha mecânica.



Queria provar que era o mais veloz, o mais louco entre tantos outros que arriscavam suas vidas por esta conquista, sem pensar nas feridas que poderiam deixar abertas em sua família, amigos e fãs caso partissem fazendo aquilo que tanto amam. Assemelho esse amor a de um homem para com sua mulher, afinal, você seria capaz de perder sua vida para simplesmente te-la...

Queria vence-los, para provar a mim mesmo que era capaz de competir e vencer outros grandes monstros, deixando minha marca como um dos pilotos mais fantásticos, rápidos, agressivos, carismáticos e influentes da história sem ter perdido a vida...



- Mas, e se você morresse tentando vence-los?
- Saiba que eu morreria feliz, fazendo aquilo que eu amo, me arriscando não só para deixar uma marca, mas para provar a mim mesmo que era capaz. Capaz de supera-los apenas na pista, sem ser polêmico fora dela, para manter uma relação de amizade com aqueles que se tornavam rivais quando estavam entre o banco e o volante.

- Mas, você não gostaria de ter nenhum grande rival, um nemesis?
- Apenas o tempo iria dizer, afinal, você vê algum grande nome que sempre odiou Stefan Bellof? Ronnie Peterson? Gilles Villeneuve?


- Por último, por quê trocaria tantas vitórias e títulos para arriscar sua vida numa época na qual nem sabia se iria vencer?
- Esse é o ponto! Eu sentiria muito mais prazer em vencer perdendo litros de suor, sofrendo e arriscando minha vida do que vencer sem nenhum esforço, sem nenhum prazer em competir...



- Então esse é o motivo de gostar de tudo isso?
- Resumidamente, é. Eu amo isso! Eu quero fazer isso! Eu quero viver disso...

Agradecimentos á meu amigo, Felipe, por ajudar na formulação do diálogo. Imagens tiradas do Google Imagens

domingo, 9 de agosto de 2015

Dia dos Pais - Didier Pironi


Esta história já não teve um fim tão feliz... Didier Pironi perdeu a vida num Colibri no ano de 1987, que viu o nascimento de seus dois filhos que eram gêmeos. Essa imagem acabei encontrando no Continental Circus há muitos meses atrás (talvez, até mesmo, quando ainda estava de greve). Agora a parte mais surpreendente desses garotos são os nomes: Gilles Pironi (moreno) e Didier Pironi Jr (ruivo).

Na foto eles admiram as Ligiers de seu pai, que infelizmente não pode ver o crescimento dos filhos, que pelo menos (acredito eu) cresceram em um bom caminho sem ser forçado a fazerem nada que o pai já fez, como correr....

Imagens tiradas do Continental Circus