segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Piloto Memorável 6# - Keke Rosberg



Keijo Erik Rosberg nasceu em Solna, na Suécia, no dia 6 de dezembro de 1948. Esse sueco naturalizado finlandês, demorou muito para chegar á F-1, quando estreou já estava com 29 anos. Antes de chegar na categoria passou pela Fórmula Vee, Fórmula Pacific, Formula Atlantic e Fórmula 2. Estreou na 3º prova da temporada de 1978, a bordo de um Theodore, equipe de Hong Kong que mal tinha condições de se classificar.

Sua passagem pela equipe de Teddy Yip seria péssima, mas ele fez uma coisa que a equipe nem sequer imaginava, venceu uma corrida, em Silverstone, infelizmente a prova era extra-campeonato, e Keke não pode comemorar ela como sua primeira vitória na categoria. Essa vitória mostrou para a Grã-Bretanha que era Rosberg.


O finlandês ainda sofreria na equipe Theodore, não conseguindo se classificar em 4 das 5 provas disputadas por ela no início da temporada. Para o GP da Suécia, Rosberg não correria mais pela equipe de Hong Kong, e sim pela alemã ATS, que tinha muito mais carro, mas não era uma equipe que ficava nos pontos com regularidade, por isso Keke teria que se esforçar muito para conseguir alguma coisa.

Depois de três provas pela ATS, o finlandês retornou para Theodore, onde quase repetiu a triste primeira passagem, tendo um abandono e uma não qualificação, mas ele conseguiu terminar uma prova, na Alemanha, quando cruzou a linha de chegada em 10º Pela 3º vez no ano, Keke mudava de equipe, novamente para voltar á ATS, onde não conseguiu nenhuma resultado expressivo.


Depois de sua primeira aventura na F-1, Keke desanimou quando viu "que não tinha futuro" na categoria, e foi para as competições de CanAm, onde ficou até meados do ano seguinte. James Hunt anunciara sua aposentadoria, e a Wolf procurava um novo piloto para substituir o playboy britânico, a equipe canadense achou Rosberg pelo caminho, e lembrou que ele havia vencido uma corrida com uma Theodore na sua segunda prova disputada.

Depois de 7 GPs da temporada de 1979, Keke Rosberg re-estreava pela Wolf na França, onde conquista um 9º lugar, sua única prova completada, já que nas outras 7 provas, abandonou 7 vezes. Mais um ano duro de Keke na categoria, e tudo pioraria no fim da temporada, quando a Wolf anunciou sua retirada da F-1, com isso, Rosberg procurou emprego em todas as equipes possíveis, e encontrou na Fittipaldi.


Um dos melhores começos de ano para a equipe brasileira aconteceu em 1980, quando em menos de 5 provas, ela aparecia entre os 6 primeiros no Mundial de Construtores e Pilotos. Rosberg que jamais havia marcado pontos, conquistou logo na primeira corrida pela Fittipaldi, no GP da Argentina, largando da 13º posição e terminando em 3º, isso mesmo no pódio.

A alegria de Rosberg era enorme, mas a temporada seria difícil para ele, que ficaria 3 provas sem alinhar no grid, e 4 corridas sem cruzar a linha de chegada. A batalha da Fittipaldi conseguir voltar aos pontos era enorme, mas apenas um milagre de seus pilotos poderia colocar a equipe na rota dos pontos. Na Bélgica, Keke passou perto dos pontos terminando em 7º.


Faltando apenas três corridas para o fim, Rosberg era o mesmo, desanimado com os resultados, mas sempre motivado á mostrar seu talento, no máximo que podia. No GP da Itália o finlandês partiu da 11º colocação para terminar em 5º, voltando aos pontos depois de meses. Com isso ele assegurou sua vaga para o ano seguinte na equipe brasileira, que não teria mais o bicampeão Emerson Fittipaldi.

Para a tristeza de Keke, o F8C seria menos competitivo do que seu antecessor, com isso, o finlandês teve que aguentar uma temporada sem mal passar dos 10 primeiros colocados, em suas três provas completadas, teve que ficar em 9º, 12º e 10º lugar. Além desses resultados, Rosberg ficou 6 vezes sem cruzar a linha de chegada, 5 vezes sem alinhar no grid e uma prova sem participar.

Mesmo assim, Keke já tinha mostrado que era habilidoso, a ponto de ser contratado pela Williams, para substituir Alan Jones. O começo do finlandês é bom, conquistando um 5º lugar na África do Sul. No Brasil acabou sendo DSQ, e semanas depois protagonizou um belo pega com Gilles Villeneuve nas ruas de Long Beach, Keke terminou em 2º a prova.


Não participou do GP de San Marino, por causa da greve dos pilotos, mas voltou para a triste prova da Bélgica, que quase foi vencida por ele, que acabou deixando escapar a vitória nas últimas voltas, quando saiu fora da pista e deixou caminho aberto para Watson vencer a prova. Acabou abandonando as provas de Mônaco, Canadá e Grã-Bretanha. No meio dessas provas, haviam outras, que foram terminadas por ele, em 5º em Detroit, 3º na Holanda, e 5º na França.

Rosberg repetiu o pódio na Alemanha (3º) e na Áustria (2º), quando Pironi já não estava participando da temporada por causa do acidente. Até aquele momento, haviam alguns pilotos batalhando pelo título, os principais era Pironi, Keke e Watson. O finlandês largou na 8º colocação no GP da Suiça, realizado em Dijon-Prenois, ele foi escalando posições e sendo beneficiado por abandonos, e no final de tudo venceu a prova, e assumiu a liderança do Campeonato.


Aquela vitória significava muito para ele, que além de conquistar a primeira vitória, dava á Finlândia a sua primeira vitória também, e mais, tinha a chance de ser campeão do mundo. Foi apenas 8º na Itália, e com isso não precisaria de muita coisa para conquistar o título em Las Vegas, que veio com o 5º posto. Keke Rosberg era Campeão Mundial a partir daquilo, com uma Williams que o contratou um ano antes, vindo de equipes como Theodore, AGS, Wolf e Fittipaldi, Robserg escreveu seu nome na história do automobilismo...

O novo Williams FW08C parecia ser melhor do que seu antecessor, e era, um começo arrasador na Temporada de 1983 deixou Rosberg dentro da briga pelo título com Prost, Piquet e Arnoux. No GP do Brasil foi DSQ por sair do carro, que teve um principio de incêndio e depois voltar, em Long Beach rodou ao lado de Tambay e ainda voltou em 3º, mas acabou batendo com o próprio francês.


Nas 6 provas seguintes teria ótimos resultados, começando na França, com o 5º posto, e passando por San Marino, 4º lugar, Bélgica, 5º lugar, Detroit, 2º e Canadá 4º. No meio dessas provas houve o GP de Mônaco, vencido da maneira magnífica por Keke, que deu uma aula embaixo de chuva. A decandencia começou no GP da Grã-Bretanha, quando terminou em 11º. Nas 5 provas seguintes não pontou, e apenas na última prova, com o novo FW09, Rosberg voltou a pontuar.

Para 1984, a Williams mudaria seu motor, do Cosworth passaria a ter os motores japoneses da Honda. O motor era consideravelmente novo, já que havia disputado a temporada de 1983 pela Spirit, sem mostrar nenhum resultado expressivo. Robserg começa bem, com o 2º lugar no Brasil, mas os problemas o atrapalhariam durante o ano todo.


Ele abandonaria as provas da África do Sul, San Marino, Canadá e Detroit, e quando conseguir escapar sem problemas, conseguia pontos, com o 4º lugar na Bélgica, 6º na França, 5º em Mônaco (Oficialmente é 4º colocado por causa da DSQ de Bellof). A Williams estava desenvolvendo o novo FW09, com o mesmo nome, só que com a adição da letra "B".

Na última prova do FW09, em Dallas, o calor era infernal, e a prova era gigantesca, mesmo assim Rosberg fez uma bela corrida, e saiu da 8º colocação para vencer. Com o novo carro, Keke não teve alegrias, e acabou completando apenas uma das 7 últimas provas, na Holanda em 8º. Ele teria um novo companheiro para a temporada de 1985, Nigel Mansell, vindo da Lotus.


O FW10 era um bom carro, mas pecava na confiabilidade, uma coisa que custou a disputa pelo título ao lado de Mansell, Alboreto e Prost. Nas quatro primeiras provas não pontou, sendo que em três abandonou, no Canadá, Keke voltou a pontuar, com o 4º lugar, posição que não vale nada comparado com a vitória que viria semanas depois em Detroit.

O ano ainda continuaria difícil para Rosberg, que foi até 2º na França, mas abandonou na Grã-Bretanha, na Áustria, na Holanda e na Itália. Faltando 4 provas para o fim, a Williams começou a melhorar bastante o rendimento, dando para Keke um 4º lugar na Bélgica, 3º no GP da Europa, 2º na África do Sul e uma vitória na Austrália, sua última.


Keijo assinou com a McLaren, campeã do mundo, que teria um péssimo carro comparado com a Williams, que se tornou a melhor equipe. A temporada não seria das melhores, terminando em 6º com 22 pontos. O começo, no Brasil, foi com abandono, mas logo depois teria um 4º lugar na Espanha, 5º em San Marino, e 2º em Mônaco, seu último pódio.

Nas provas seguintes faria uma sequencia de uma abandono, e uma prova completa, no GP da Bélgica abandonou, foi 4º no Canadá, abandonou em Detroit, 4º na França, abandonou na Grã-Bretanha, 5º na Alemanha, onde conquistou sua última pole. A última vez em que terminou nos pontos foi em Monza, na 4º colocação. Nas últimas três provas abandonou, e desanimando com o desempenho, anunciou sua aposentadoria da F-1.


Em 1991 chegou a ser cotado para a volta, no lugar de Betrand Gachot, que foi preso na Inglaterra. Keke disputou a vaga com Johansson, mas a decisão de Eddie Jordan foi surpreendente, chamar um alemão chamado Michael Schumacher...

Essa foi a carreira de Keke Rosberg, um piloto que era para ter mais títulos, mas seus carros nunca possibilitaram isso. Como já li, suas estatísticas não fazem jus ao piloto que ele é...


O que eu penso: Gosto muito de pilotos com o mesmo estilo de Rosberg. Teve altos e baixos na carreira mesmo assim conseguiu um surpreendente titulo em 1982 depois de vencer apenas 1 vez. Teve azar em escolher ir para a McLaren em 1986, enquanto sua antiga equipe Williams tinha o melhor carro. Tirava tudo de seus carros e voava como o 1º Flying Finn. Ele é um dos meus pilotos favoritos. Aguardem, porque no futuro, vou fazer um "Especial" sobre ele...
NOTA: 9,4

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