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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Coluna Semanal 23# - Surpresas no Pódio - Parte 8


Ainda acho que podemos chegar a parte 10 caso isto se mantenha no mesmo ritmo, pena que a última postagem não foi tão bem "divulgada", acabando com o menor número de views desde que comecei a escrever sobre essas surpresas. Caso você não viu: Coluna Semanal 22# - Surpresas no Pódio - Parte 7. Essa será a última parte da década de 60, indo de 1966 até 1961.

O Primeiro de Mike Parkes
Você muito provavelmente nunca ouviu falar desse nome, mas as tentativas de vencer deste britânico foram poucas, apenas 7 corridas validas para o Campeonato da F-1. Em 1966 foi contratado pela Ferrari, e viu ali a chance de conquistar alguma coisa na maior categoria do mundo. Mesmo assim, as 4 corrida feitas por eles mostravam a sua "animação" correr pela Ferrari no Campeonato Mundial. Dois abandonos, dois pódios, essa foi a sua época naquele ano, quando terminou em segundo na França e na Itália, que já foi citado ontem.

O Único de Anderson

Correndo com um Brabham BT11 na maior parte de sua carreira na F-1, Bob Anderson só conseguiu chegar no pódio em uma oportunidade, no GP da Áustria de 1964. A corrida marcou a estreia do GP da Áustria, disputado num aeroporto e com Jochen Rindt sendo o único piloto da casa. Bob largou em 14º e conseguiu várias posições graças aos abandonos de pilotos importantes com Jim Clark. Mas ele também efetuou ultrapassagens, em Innes Ireland e Jo Bonnier...

Siffert Surpreende Em Watkins Glen

Ainda sendo um jovem piloto da Suiça, Jo Siffert se qualificou na 12º colocação para o GP dos EUA de 1964, sendo o melhor dos carros da Brabham equipados com o motor BRM. O seu terceiro lugar chegaria rapidamente, com pilotos tendo problemas enquanto aqueles que podiam ameaça-los ficavam para trás. No fim, Grahan Hill venceu com Surtees em 3º, mas quem mais comemorava era Jo, agora se consolidando como promessa...

Peter Arundell Começa Em Alta Em 1964

Era apenas a segunda corrida de 1964, e mesmo assim Peter Arundell mostrou que não veio para brincar com Jim Clark na Lotus. Ele nunca foi do mesmo nível do compatriota, mas também não era um desastre, e mostrava que se tivesse carro podia vencer. Depois de largar em 6º, Peter conseguiu superar Graham Hill e Bruce McLaren para conseguir seu segundo pódio naquela temporada, que tinha ele como o terceiro colocado.

A Surpresa de Arundell
Depois de falar sobre o último pódio deste piloto britânico, chego agora no primeiro, que foi conquistado de uma maneira incrível, com Jim Clark estourando o motor há 4 voltas do fim e deixando a vitória nas mãos de Hill e o pódio com Arundell, que veio de 6º para evitar qualquer incidente durante a enorme prova de 100 voltas...

Tony Maggs O Sul-Africano Voador

Tony era a principal esperança dos africanos na década de 1960, quase sempre terminava corridas, mas precisava de um carro que possibilitasse vitórias. Ele já havia conquistado dois pódios, e esse terceiro, e último, merece ser citado por ter sido seu último antes de começar a sofrer com carros de baixo rendimento. Depois de largar apenas em 8º, Maggs conseguiu superar Dan Gurney, Jack Brabham e Graham Hill para conseguir chegar ao pódio, de maneira magnifica...

Lorenzo Bandini, A Esperança Italiana

Depois de fazer algumas corridas pela Centro Sud em 1961, Lorenzo foi contratado pela Ferrari em 1962, para mostrar que tinha talento o bastante para ser campeão num futuro breve. Na sua primeira corrida a bordo dos carros de Enzo Ferrari, Bandini se classificou em 10º, uma posição atrás do atual campeão do mundo, que conseguiu se manter na sua frente durante todas as 100 voltas. Mesmo assim, isso não evitou que o italiano comemorasse seu primeiro pódio no mesmo local na qual sofreria o acidente que o mataria...

O Único Pódio de Trevor Taylor

Trevor nunca foi um grande piloto, mesmo a bordo da Lotus tem 1962, 1961 e 1963. O seu melhor resultado no carro britânico foi o segundo lugar conquistado no GP da Holanda de 1962, que é o citado aqui. Seu 10º posto de classificação nem se comparava com o 3º de Jim Clark, mesmo assim, Taylor deu conta do recado e conseguiu, aos poucos, substituir a falta de seu companheiro, que teve problemas. Ele colocou quase 1 minuto de diferença em cima de Phil Hill, e no fim de tudo foi o 2º, a menos de 30s de Graham Hill...

O Último Pódio de Brooks

Tony Brooks mostrou que tinha talento para conseguir um carro bom, e quando conseguiu perdeu sua única chance, decaindo até a Owen em 1961, sua última temporada. Depois da morte de von Trips em Monza, e o título de Hill, a Ferrari preferiu não participar do GP dos EUA daquele ano, facilitando as chances de vitórias de pilotos como Innes Ireland, Dan Gurney, Bruce McLaren, Graham Hill, Jim Clark, Jo Bonnier e Stirling Moss. A corrida marcou também por dar a única vitória a Ireland, que a seu lado teve o compatriota Brooks, que foi o 3º depois de largar em 5º e superar Hill e McLaren. A Temporada foi ruim, mas as duas últimas corrida foram boas para o britânico, que se aposentou depois da corrida...

Giancarlo Baghetti e Sua Façanha

Quem conhece Giancarlo Baghetti sabe que ele venceu a primeira corrida que fez na F-1, mas o que poucos sabem é que sua façanha foi ainda maior, e essa tal de primeira vitória só aconteceu em sua terceira corrida, vou te explicar. Antigamente, muitas corrida que não valiam para o campeonato eram realizados, mas ainda tinham carros e pilotos da maior categoria do automobilismo. 

Na Sicilia, o italiano conseguiu vencer sua primeira corrida disputada com um carro e regras da F-1, além de enfrentar nomes como Gurney, Bonnier, Brabham, Salvadori, Clark, Bandini, Moss, Surtees, Hill, Trintignant, Ireland e Brooks. Na corrida seguinte em Napoles, ele não enfrentou todos esses nomes, mas repetiu o feito, mostrando que era um grande e promissor piloto.


A Ferrari deu a ele a chance de guiar no GP da França de 1961, que finalmente seria válido para a temporada, e o que aconteceu? Baghetti largou em 12º e superou novamente todos aqueles nomes, de forma mais magnifica ainda, se tornando o único piloto a vencer a corrida de estreia na F-1, sem contar Farina em 1950. Infelizmente, sua carreira não levantou e ele teve que aguentar maus resultados nas outras equipes que ainda passou...

Essa foi a "Coluna Semanal" válida desta semana, espero que tenham gostado e obrigado por ler...

Imagens tiradas de GPExperts.com.br

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Coluna Semanal 22# - Surpresas no Pódio - Parte 7


Acabei não tendo tempo para colocar uma coluna semanal da semana passada, então essa é a "edição" de 7 dias atrás, e olha que só está "saindo do forno" na quinta-feira, amanhã tem mais. Chegamos á parte 7, quem diria, agora na década de 1960, época em que os garagistas começaram a tomar conta da F-1, com grandes pilotos da estirpe de von Trips, Hill, Hill, Surtees, Hulme, Brabham, Moss, Clark, Rindt, Courage e Stewart.

Cinco Carros Apenas, e Surpresa
Confesso que nunca fui fã dos estadunidenses na F-1, tirando Dan Gurney, mas sei que devo respeitar os títulos e vitórias conquistados por Phil Hill e Mario Andretti. O último citado ainda era um pequeno jovem sonhador na categoria no começo dos anos 70, mesmo assim já era uma esperança para o país do "Tio Sam". Correndo pela March, Andretti se classificou em 16º para o GP da Espanha, realizado em Jarama.

No domingo, sol, e uma primeira volta confusa, com o forte acidente de Oliver e Ickx, que congestionou toda a pista naquela curva. Na continuidade da corrida, os pilotos começariam a ter vários problemas, sofrendo com o forte calor espanhol. O carro da March se mostrou forte na questão da confiabilidade, e deu no que deu, Mario em 3º, com Servoz-Gavin em 5º.

Brasil-sil-sil

Jochen Rindt havia morrido um mês antes, e agora a Lotus ainda torcia para ver o piloto se tornar o primeiro campeão póstumo da categoria. Quem poderia ajuda-los? Emerson Fittipaldi e Reine Wissell, que fizeram sua parte em Watkins Glen. O brasileiro largou em terceiro, e aos poucos chegou á ponta, para não soltar mais até sua primeira vitória além do primeiro pódio. O sueco teve mais dificuldade, veio de 9º, mas mesmo assim também comemorou seu primeiro pódio com o 3º posto. Resultado final: Rindt campeão e uma nova estrela do automobilismo surgindo...

A Única Vez de Pescarolo

Aqueles, como eu, que são mais ligados na F-1 do que em qualquer outro esporte á motor, nem sequer sabe quem foi "esse tal" de Henri Pescarolo, mas nada que um pouco de pesquisa não possa ajudar; Simplificando, o francês venceu quatro vezes as 24 Horas de Le Mans, sendo três delas seguidas. Correndo pela March em 1970, essa temporada seria sua primeira completa na categoria.

Largando em 7º, uma posição atrás de seu companheiro, Beltoise, Henri fez uma bela corrida, conseguindo superar até mesmo Denny Hulme, que largara em 3º. Ele bem que poderia ter sido o segundo colocado, mas Jack Brabham conseguiu dar a ré a tempo antes que Pescarolo passasse por ele. Com isso, o GP de Mônaco de 1970 marcou-se por dar o único pódio do francês na F-1...

A Única Vez de Stommelen

Mais uma com esse título, agora numa fantástica corrida em Österreichring, naquele mesmo. Já pensou em dois pilotos fazerem a mesma melhor volta da corrida, e ambos aparecerem nos resultados oficias da corrida como sendo os pilotos que fizeram a volta mais rápida? Sim, isso aconteceu logo nessa corrida, quando Jacky Ickx e Clay Regazzoni marcaram 1:40:4, ambos sendo da Ferrari, e terminando numa diferença pouco maior de meio segundo.

Rolf Stommelen estava correndo quase que em casa, já que a Áustria é um vizinho da Alemanha, mas isso não impediu o mal desempenho de sua Brabham, que o colocou em 17º. O piloto do carro número 11 escapou de qualquer incidente da corrida e também dos problemas nos motores, além de superar pilotos que haviam largada á sua frente, entre eles Amon, Giunti, Beltoise e Jack Brabham...

Amon, O Melhor Dos Não Vencedores?

Chris Amon, um dos pilotos mais azarados de todos os tempos, andando até mesmo na Ferrari numa época em que a equipe queria voltar ao topo ainda com pilotos italiano, que foram se esgotando de um a um. O neozelandês não teve muitas alegrias em 1969, abandonando todas as corrida em que fez menos uma, esta foi o GP da Holanda, disputada em Zandvoort, que deu a ele o seu último pódio no colo de Enzo Ferrari...

O Primeiro de Piers Courage

Descoberto por Frank Williams, Piers Courage se mostrava como um futuro campeão da "terra da Rainha", mas quase sempre abandonando pro problemas em sua Brabham. O GP de Mônaco ainda era apenas a 3º corrida da temporada, que já estava ruim para Courage, que precisava marcar pontos imediatamente. Largando na 9º colocação, o jovem britânico conseguiu superar Jo Siffert e foi beneficiado pelos vários abandonos, terminando em 2º...

O Último de Surtees e Courage

Como já falei, Piers Courage era um piloto promissor que estava nas mão de Frank Williams e já havia conquistado um pódio em Mônaco. Agora, sem ele saber, ele acabaria subindo ao pódio pela última vez, da mesma forma de outro consagrado pilotos, John Surtees, campeão de 1964. O britânico já estava ultrapassado para a época, sem ter maneira de concorrer com os grandes, John se tornou um piloto do meio do pelotão, mas ainda com muita energia para ser queimada.


Disputado em Watkins Glen, o GP dos EUA de 1969 viu Graham Hill bater violentamente e Jochen Rindt mostrar o que estava por vim na temporada seguinte. Quem deu show mesmo foram os dois britânicos, que estavam no meio do grid, e mesmo assim conseguiram um segundo e terceiro lugar, consagrando-os definitivamente.

O Pódio de Brian Redman

Se você reclama de uma época que correm apenas 20 carros, isso que havia o risco de apenas 18, fique sabendo que boa parte da década de 50 e 60 teve corridas com pouco mais de 10 carros. Um dos melhores exemplos é o GP da Espanha de 1968, quando apenas 13 carros largaram, já que Brabham, teve problemas antes da partida. Brian Redman foi o único piloto a levar mais de 3s, e havia se classificado em último.

Apenas cinco carros cruzaram a linha de chegada em Jarama, tendo Graham Hill como vencedor, Denny Hulme em segundo e.... Brian Redman em terceiro, depois de se beneficiar com vários abandonos e segurar Scarfiotti, que tinha o mesmo carro... Aquela foi a única vez de Brian no pódio, já que dificilmente participava das corridas validas para o Campeonato.

Attwood vs Hill, E 46 Ano Antes de Jules...

Richard Attwood sempre foi um piloto mediano, que sempre torcia para um número enorme de abandonos para conseguir algum resultado expressivo, que veio em 1968, no GP monegasco, que também marcou o único pódio de Lucien Bianchi, o tio-avó de Jules. O belga largou em 14º dos 16 que largaram, enquanto Attwood conquistou um bom 6º posto.

Com o passar da longa corrida, acidentes e problemas tiraram importantes pilotos da briga, e colocaram Lucien e Richard no pódio, e o mais incrível, o britânico atacava nada menos nada mais do que Graham Hill, que aguentou a pressão para ser o 1º colocado novamente. Mais uma vez, apenas cinco pilotos terminaram. agora colocando o nome de dois na história da categoria...

O Único Pódio de Johnny Servoz-Gavin

Servoz-Gavin nunca foi um piloto que sempre tentava participar de todas as provas, para você ter um ideia, em 1968 ele fez apenas quatro corridas e com isso teve sua temporada mais longa na categoria. Nesse mesmo ano acabaria subindo ao pódio surpreendentemente, superando Ickx e terminando em 2º no GP da Itália de 1968, mostrando que era talentoso o bastante para calar uma torcida tifosi...

O Primeiro Pódio de Jackie Oliver

Oliver jamais foi um piloto tão talentoso quanto se esperava, fez uma boa quantidade de temporadas na categoria, mas quando teve chance desperdiçou-a. Ainda sendo considerado como uma jovem promessa, Jackie corria com uma Lotus em 1968, sempre tentando mostrar ser tão bom quanto Graham Hill, que venceria o GP do México de 1968, corrida em que Oliver largou apenas em 14º e conseguiu superar Rodriguez, Siffert e Stewart para ser o terceiro colocado.

A Quase Vitória Africana

África do Sul na F-1, quando pensamos nisso relembramos de Kyalami e de Jody Scheckter, mas deveríamos também lembrar de outros africanos pioneiros de seu continente, entre eles John Love. Pela primeira vez, Kyalami estava sendo usado oficialmente pela F-1 em 1967, e já com mais de 40 anos, John Love havia se inscrito para a corrida com um antigo Cooper, que rendeu e colocou ele na primeira colocação nas últimas voltas.

Era um sonho sendo realizado, com Love se aproximando de uma vitória quase improvável, superando pilotos que sempre estavam no circo da F-1. Mas... infelizmente, a gasolina estava acabando, forçando a paragem do piloto, que voltou e manteve a segunda colocação, conquistando seu único pódio na F-1.

Itália! Itália! Itália!

(Ou seria: Ferrari! Ferrari! Ferrari!) Na década de 1950, o domínio italiano era evidente, especialmente no início da F-1, mas com o passar dos anos o país banhado pelo Mar Mediterrâneo perdeu o brilho. A última vez que se viu um italiano vencer em casa com um carro italiano foi Ludovico Scarfiotti, no GP da Itália de 1966.

Ludovico nunca correu uma temporada inteira, e aquela seria sua primeira e única participação na temporada de 1966. Largando em 2º, logo atrás de Mike Parkes, Scarfiotti dominou a prova ao lado do companheiro, vencendo pela única vez na F-1, e dando a Itália o último gostinho de dominação no esporte, que estava sendo dominado pelos talentos e garagistas britânicos...

Aqui acabo com as Surpresas no Pódio da semana passada, amanhã tem mais. Obrigado por ler.

Imagens tiradas do Google Imagens e GPExperts

domingo, 31 de maio de 2015

Coluna Semanal 21# - Surpresas no Pódio - Parte 6


Chegamos á parte 6, numa incrível lista, que jamais pensei que alcançaria esses patamares, e olha que estamos apenas na década de 70, ainda há muita estrada para andarmos. Como vocês já sabem, todas essas surpresas foram escolhidas por mim, ou seja, é a minha opinião de ter sido surpreendido. Caso você se lembre de alguma, comente, e caso achar uma ótima surpresa, colocarei...

De Qualquer Maneira
Peter Gethin nunca foi um piloto de ponta, pelo contrário, conquistou apenas 11 pontos em toda sua carreira, sendo que 9 vieram de uma forma inacreditável. Correndo pela BRM, depois de perder a sua vaga na McLaren, o britânico se classificou na 11º colocação para o GP da Itália de 1971, que entraria na história. Logo a corrida começou a tomar forma, e quem estava liderando era uma surpresa, Peter se mantinha á frente, disputando com outros grande nomes como Peterson e Cevert. Na última curva, ele saiu melhor do que o sueco, e conquistou a vitória por pequenos 0,1s, um recorde.

O Último de Um Hermano Rodriguez

Ricardo já havia perdido a vida anos antes, agora o México tinha apenas um representante na categoria, e esse representante não deixava á desejar, e muito pelo contrário, sempre andava tão rápido quanto as Tyrrell e Lotus. Na temporada de 1971, o carro da BRM estava tão bom que vitórias poderiam vim caso a sorte ajudasse. Só coloquei essa pela sua importância para o México, que só viu um piloto de seu país no pódio depois de 41 anos. Largando em segundo, e terminando em segundo, Pedro Rodriguez conquistou seu último pódio na F-1.

O Melhor Piloto A Nunca Vencer Uma Corrida?

Chris Amon tem um recorde muito triste na F-1, ser o piloto que mais liderou voltas na categoria sem vencer sequer uma corrida. O neozelandês sem dúvida é um dos melhores pilotos a nunca vencer uma corrida na F-1, ao lado de gente como Andrea de Cesaris, Nick Heidfeld, Martin Brundle, Stefan Bellof e outros grandes nomes. Um pódio para ele sempre era o máximo que conseguia, os 11 sem dúvida seriam trocados por uma vitória... Na Matra, o piloto estava conseguindo alguns pontos, e esperava a sorte sorrir para ele, para conseguir um pódio. Depois de ser 3º na classificação, o GP da Espanha de 1971 viu Amon subir ao pódio pela primeira vez na sua nova equipe.

A Última Conquista de Siffert e o Pódio de Schenken

Um dos melhores suiços de sua geração, Jo Siffert tinha grandes chances de ir ao pódio na temporada de 1971, com um carro que já estava a beneficiar pilotos como Gethin e Rodriguez. No belo circuito austríaco, Jo conquistou a pole position, mais de 0.200s a frente de Jackie Stewart e sua Tyrrell. Na corrida, Siffert conquistou a vitória depois de liderar de ponta a ponta. Essa havia sido sua segunda e última vitória. Os holofotes também ficaram para o pódio do australiano Tim Schenken, da Brabham, que largou em 7º e terminou em 3º.

Já Pensou em Estrear Com Um Pódio?

Mark Donohue era um piloto norte americano, que competia na maior categoria de seu país, a que chamamos de F-Indy atualmente. A Penske comprou um chassis da McLaren, e colocou Donohue no GP do Canadá de 1971. Mark conseguiu largar em 8º no circuito de Mosport, e viu a maior parte dos pilotos a sua frente abandonarem ou terem problemas, com isso ele conquistou o 3º lugar, no único pódio de sua carreira.

Voando Nas Duas e Nas Quatro Rodas
A festa principal foi de Emerson, o primeiro brasileiro a conquistar o Mundo da F-1

Mike Hailwood é um dos poucos casos de pilotos que correram nas motos e nos carros, o mais famoso desses casos é de John Surtees, que foi campeão em ambos. Correndo pela Surtees, a equipe do próprio John, Hailwood alinhou-se na 9º colocação para o GP da Itália de 1972, que prometia ser mais uma vez emocionante. Com os problemas, nenhum dos pilotos que largaram na primeira fila pontuaram. Com isso ficaria mais fácil ver o britânico nos pontos, mas ele foi além, e buscou o 2º lugar, o seu primeiro pódio.

Mais Uma do Sueco Voador

Correndo mais uma temporada pela March em 1972, Ronnie Peterson já havia conquistado pontos no ano, e esperava ver os pódios aparecerem logo na segunda metade da época. Mas apenas uma vez o sueco conseguiu subir nos degraus, e essa vez foi em um templo do automobilismo, em Nordschleife. Depois de largar em 4º, Peterson conseguiu se manter na corrida durante todas as 14 voltas, e terminar na 3º colocação, seu primeiro e único pódio em 1972.

Amon Mais Uma Vez

Já havia se passado um ano de seu último pódio, e Chris Amon ainda buscava a sua primeira vitória com a Matra, que poderia vim no GP da França de 1972, já que sua pole era uma amostra de seu talento. Ele até tentou, mas o seu carro estava muito longe, tecnicamente, da Tyrrell e Lotus, e viu Stewart e Fittipaldi o ultrapassarem e terminaram em 1º e 2º. Pelo menos ele segurou Cevert, que perdeu a chance de disputar a vitória depois de bater com o novo carro nos treinos. Aquele foi o último pódio de Chris, que deixaria, definitivamente, a F-1 em 1976.

A Última da BRM

O carro da BRM em 1972 nem perto lembrava o vitorioso carro de 1971. Com isso, Jean-Pierre Beltoise sofreria mais uma vez para tentar conseguir pontos, quanto mais pódios. Para o GP de Mônaco, Beltoise se classificou na incrível 4º colocação, prometendo ter um belo desempenho á frente de outros monegascos e franceses. A chuva que caiu foi enorme, e incrivelmente Jean-Pierre conseguiu pular para primeiro na volta 1, e conseguiu manter a posição durante todas as 80 voltas. Sem dúvida foi um dos maiores shows de algum piloto, mas a marca da corrida foi dar ao francês sua única vitória e a última da BRM.

Show Com a Shadow 5
Mas cadê o Olivier?

Ontem eu avisei que os shows com a Shadow não haviam acabado, você deve ter até pensado que tinha, mas não acabou, e ainda não é agora que chegamos ao último "capitulo". Com a fraca Shadow, Jackie Olivier se classificou em 14º para o GP do Canadá de 1973, em Mosport. A corrida foi marcante, vimos o safety car pela primeira vez, um carro com o número 0, também pela primeira vez, e também Niki Lauda liderando a corrida. Mas quem foi verdadeiramente marcante não foi o austríaco, e sim Olvier, que conseguiu terminar na 3º colocação, conquistando seu último pódio.

O Primeiro de James

Ontem mostrei o último pódio do playboy britânico, e hoje chegamos ao pontos de vermos o primeiro pódio de Hunt, com um chassis da March, inscrito com a equipe Hesketh. Ele largou em 7º no GP da Holanda de 1973, que ficou mais marcado pela triste morte de Roger Williamson, um jovem e promissor piloto do Reino Unido. Mesmo com o acontecimento, a corrida continuou a todo vapor, e no final de 72 voltas, viu James Hunt no pódio, com o terceiro lugar.

O Segundo de James
Alegria não devia ter...

Ainda com um chassis da March, Hunt estava dando um show na temporada de 1973, que já havia visto uma morte, a de Williamson, no GP da Holanda que marcou o primeiro pódio de James, que conquistaria mais um TOP 3 em outra triste corrida, em que a Tyrrell se retirou depois de ver François Cevert morrer no sábado. Mesmo com essa tragédia, Hunt ainda fez uma grande prova e terminou em 2º, atrás apenas de Peterson.

Voando Com Uma Surtees

Na sua segunda temporada na F-1, José Carlos Pace sonhava alcançar um dos lugares entre os três primeiros. O carro da Surtees não era aquelas coisas em 1973, e os primeiros pontos só apareceram no GP da Alemanha. Na corrida seguinte, no belo Österreichring, Moco colocou-se na 8º colocação e fez uma grande corrida, ficando atrás apenas de Peterson e Stewart, ou seja, um terceiro lugar. Aquele foi o primeiro de 6 pódios da carreira de Pace...

Show Com a Shadow 6

Agora chegamos ao último "capitulo" do Show Com a Shadow, dessa vez no ano de 1973, novamente... o GP da Espanha foi realizado em Montjuïc, uma pista com segurança quase zero. George Follmer largou em 14º, e fez uma grande prova, superando Revson, Ickx, Regazzoni e Hulme, e contando com problemas e abandonos chegou na terceira colocação, posição em que terminou, conquistando seu único pódio e o primeiro da equipe que sempre teve belos carros...

Aqui acabo as surpresas do pódio dessa década de 1970. Espero que tenham gostado, e caso se lembre de algum, comente... Semana que vem veremos as surpresas da década de 1960.

Imagens tiradas do Google Imagens

sábado, 30 de maio de 2015

Coluna Semanal 20# - Surpresas no Pódio - Parte 5


Dessa vez vou ter que dividir as surpresas no pódio dos anos 70 em duas partes, 14 para essa semana, 14 para a semana que vem, isso que eu ainda deixei de fora algumas que considerei menos importantes. Lembrando que essa é a Minha Opinião, e caso esqueci alguma, me lembre nos comentários.

The Flying Finn
Keke Rosberg era apenas um desconhecido correndo pela Fittipaldi no inicio da temporada de 1980, mas ele estava disposto a provar que não era mais um piloto que passaria pela categoria sem deixar brilho nenhum. No GP da Argentina, o primeiro da temporada, o finlandês se classificou em 13º, enquanto Emerson foi apenas 24º. Na corrida várias problemas apareceram, coisa que não era novidade, e Keke só precisou mostrar que era consistente e ao mesmo tempo agressivo, quando segurou uma Tyrrell atrás dele. Aquele foi o primeiro pódio dele e da Finlândia na F-1.

O Último de Emmo

Aquela estava sendo a última temporada de Emerson Fittipaldi, que havia dado muitas alegrias ao Brasil no inicio daquela década, mas agora, na própria equipe, ele perdeu o brilho e dificilmente conseguira vencer alguma corrida, mesmo assim ele ainda foi bravo e conseguiu seu último pódio em Long Beach, após largar na 24º colocação e se beneficiar dos problemas das outras equipes, e da fraqueza das Ferraris e McLarens.

A Renault Mostra o Potencial do Motor Turbo

Já era motivo de chacota a tentativa francesa de colocar os motores turbo na F-1, mesmo assim ainda estavam persistindo em mostrar o verdadeiro potencial daqueles motores, que revolucionariam a F-1 poucos anos depois. No GP da França de 1979, eles colocaram ambos os seus carros na primeira fila, e deram um show na corrida, show só superado por Gilles Villeneuve, que conseguiu terminar a frente de Arnoux. Jean-Pierre Jabouille havia conquistado o que sempre sonhou, a primeira vitória, e pensar que só tinha conquistado 3 pontinhos na carreira até então.

O Último de James

O Campeão de 1976 havia perdido o brilho, o talento? Ou o carro da McLaren já não possibilitava grandes resultados? São essas algumas perguntas que muitos se fazem em relação á continuidade da carreira do britânico na McLaren. A esperança principal do inglês era de pelo menos pontuar em 1978, e talvez um pódio poderia surgir com a sorte, e foi o que aconteceu. Depois de largar em 4º para o GP da França, Hunt viu Ronnie Peterson passar á frente, mas com sorte ele foi recuperando posições com o abandono de Lauda e os problemas de Watson, e com isso, voltou ao pódio.

Patrese Com Uma Arrows Segura Peterson Com Uma Lotus

Era apenas a segunda temporada do italiano na F-1, e o primeiro da Arrows. Logo o carro se mostrou ser um dos mais rápidos, pontos já haviam sido conquistados por Patrese, que sonhava com mais deles no GP da Suécia, após largar na brilhante 5º colocação. Logo os ponteiros começaram a ter problemas, e com a ultrapassagem feita em Peterson, Riccardo se encontrava em 2º, posição que foi mantida até a volta 70, quando ele cruzou a linha de chegada e conquistou seu primeiro pódio.

Brasil-sil-sil!

Como já falei, Emerson Fittipaldi tinha minimas chances de conquistar alguma vitória com o carro brasileiro, um pódio já seria muito caso a sorte ajudasse, e a sorte ajudou no GP Brasil de 1978. Com um incrível 7º lugar no grid, Emmo conseguiu resistir ao calor de Jacarepaguá e terminar na 2º colocação, atrás apenas de Reutemann. Era um sonho brasileiro sendo realizado, graças ao abandono de pilotos como Peterson, Hunt, Tambay e Villeneuve, que estavam na frente de Fittipaldi.

Show Com a Shadow

Depois de sofrer com a morte de Tom Pryce, a Shadow contratou um australiano para o lugar, Alan Jones mostraria, dali em diante, que tem talento o suficiente para ser campeão do mundo. Em Öesterreichring, Jones saiu de 14º lugar, e começaria a dar show durante as 54 voltas. Rapidamente já estava na disputa pela vitória, que veio depois de deixar Niki Lauda para trás, esse incrível feito chamou a atenção das grandes equipes, que agora poderia esperar mais alguns grandes feitos do australiano.
Show Com a Shadow 2

Alan Jones, um futuro campeão que estava mostrando ter muito talento depois de vencer no GP da Áustria, com uma Shadow muito ultrapassada em relação aos rivais Ferrari, McLaren, Lotus e Tyrrell. No GP da Itália ele colocou sua fraca Shadow na 16º colocação, e a esperança de pontos não era tão grande, mas como sempre os abandonos tomaram conta da prova, e logo o australiano já tinha deixado pra trás pilotos como Mass e Peterson, e estava a caminho de mais um pódio.

Show Com a Shadow 3

Shadow, eis uma equipe que tinha belos carros e rápidos pilotos, um desses pilotos era Tom Pryce, que não tinha muitas esperanças para a temporada de 1976, já que o carro não era aquelas coisas. Largando de 12º, Tom viu a maior parte dos pilotos á sua frente terem problemas, e com isso ficou mais fácil chegar até o pódio. Mesmo assim o galês ainda teria que contra com a sorte se não quisesse ficar pelo caminho com o carro negro, que conseguiu não quebrar e subir ao pódio.

O Sueco Voador
As Famosas Caras e Bocas de Jacques Laffite

Ronnie Peterson vinha tendo que aguentar um carro muito ruim na temporada de 1976. O seu March mau conseguia terminar corridas e nem sequer chegar aos pontos, por isso um pódio já seria considerado um título, e uma vitória nem se fala. No GP da Itália de 1976, todos estavam olhando a incrível volta de Niki Lauda ás pistas, e esqueceram o feito de Ronnie Peterson, que saiu de 8º e venceu a corrida, isso mesmo, VENCEU! Aquilo era uma grande conquista ao sueco, que só tinah um ponto na tabela...

Que Pódio É Esse?!

Vittorio Brambilla, James Hunt e Tom Pryce. March, Hesketh e Shadow, pensa num pódio desses... E pensar que aconteceu isso mesmo no GP da Áustria de 1975. Embaixo de uma chuva torrencial, Brambilla e Pryce deram show, enquanto Hunt conseguiu se segurar na segunda colocação. Nem Lauda conseguiu se manter na ponta, e nem o italiano na pista depois de comemorar a vitória, isso mesmo, Brambilla bateu depois de vencer a corrida, que foi interrompida.

Show Com a Shadow 4

Vou deixar um aviso, esse "Show Com a Shadow" não é o último. Jean-Pierre Jarier sempre foi conhecido por ser um piloto injustiçado, que jamais conseguiu vaga em equipe grande, e foi crucificado aos poucos ano a anos nas equipes pequenas. O carro da Shadow de 1974 ainda não era uma tragédia, e poderia se esperar alguns bons resultados, e talvez algum pódio, que veio com Jarier no circuito de Mônaco. Depois de largar em 6º, o francês conseguiu escapar da confusão na largada e ainda superar Clay Regazzoni...

Hunt Vence Com a Hesketh

O mulherengo britânico já estava conquistando pódios com a Hesketh na temporada de 1975, e já tinha conquistado esse feito em outras como a de 1973 e 1974. Agora a esperança era de ver uma vitória, que só veria caso as McLarens e Ferraris errassem ou tivessem problemas. Em Zandvoort, Hunt largou em 3º e conseguiu superar ambas as Ferraris, que terminaram logo atrás. Essa foi a primeira vitória do inglês, que seria campeão no ano seguinte.

A BRM Ainda Existe?

A BRM nunca foi uma grande equipe de ponta, mas já havia tido dias mais gloriosos nas décadas passadas. Agora sofria com seus pilotos, um deles era Beltoise, que havia vencido em Mônaco em 1972, e não tinha tanta sorte desde então. Mas no dia 30 de março de 1974, a sorte decidiu sorrir para o francês, que largou em 11º e viu quase todos os ponteiros abandonarem, enquanto ele segurava Hailwood com a McLaren. No fim ele se manteve em segundo e comemorou o segundo posto, que só não virou uma festa, porque Revson havia morrido...

Semana que vem tem a parte 6, que também abrange as surpresas da década de 1970.

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