quinta-feira, 8 de outubro de 2015

15 Anos - Schumacher Quebra Jejum da Ferrari


Dia 8 de outubro de 2000, Suzuka, Japão. A decisão do Campeonato Mundial de Fórmula 1 esquenta após o GP dos EUA, onde Mika Häkkinen tem problemas e possibilita que Schumacher o derrote no Japão, faltando uma corrida para a temporada acabar. A Ferrari novamente estava de volta á briga pelo título, e de novo com o alemão que já havia perdido em 1998 e quebrado as pernas em 1999.

Os tifosi ficavam agonizados ainda mais a cada ano que entrava para a história como a continuação do maior jejum ferrarista da história. A equipe não vencia desde Jody Scheckter em 1979, quando os carros vermelhos conseguiram ter um carro confiável o bastante para bater a Williams de Alan Jones. No ano seguinte, a equipe vai para o fundo do pelotão, fazendo que sua campanha seja uma das piores de um detentor de título.


No ano seguinte, o carro volta a andar no pelotão médio, conseguindo belos resultados quando o carro possibilitava como as vitórias de Villeneuve em Jarama e Mônaco. Em 1982, a Ferrari faz o melhor carro da temporada, o que possibilitaria uma fantástica disputa entre seus pilotos, mas, como eu disse, possibilitaria, pois Maranello perdeu ambos por causa de sua própria audácia em fazer um carro com pouco segurança e muita velocidade.

René Arnoux fez uma recuperação estupenda em 1983, chegando á última prova com chances de título, que não veio. Depois de outra péssima temporada, o ano de 1985 parecia que finalmente levaria um italiano ao título, mas o carro novamente mostrou seus defeitos na parte mais crítica do campeonato. Em 1988, depois de dois anos difíceis, a Ferrari voltou a ser uma potência do pelotão da frente, disputando para ser a segunda força com a Benetton.


Quando eles revolucionaram em 1989, com Nigel Mansell e Gerhad Berger sendo seus pilotos, muito se esperava de um título, mas os problemas do novo câmbio semi-automático acabaram tacando a chance no lixo. Na temporada de 1990, Prost não tinha como combater Senna, da mesma forma em 1991. Depois de sofrer por vários outros anos, o cavalinho italiano contratou Michael Schumacher para tentar voltar ao topo do esporte.

Em 1997, o alemão tacou o carro em cima de Villeneuve e o título na lata. No ano seguinte, contra Mika Häkkinen, Schummy fez milagre para chegar na última prova com chances de título, que não veio, obviamente. Quando tudo parecia que ia dar certo, com o carro andando bem e sendo confiável, o alemão acabou quebrando as pernas em Silverstone, enquanto Eddie Irvine não conseguira combater o finlandês da McLaren...


Com uma nova dupla para 2000, a Ferrari finalmente sentia que aquele podia ser o ano da quebra do jejum. Schumacher, o líder da equipe, começou com o pé direito, vencendo 4 das 6 provas iniciais enquanto Mika Häkkinen sofria com os problemas de seu novo McLaren. Quando o meio do campeonato se aproximou a situação se inverteu, com o finlandês se sobressaindo em relação ao alemão.

Após o GP da Itália, Mika ainda tinha o campeonato nas mãos, sendo líder com dois pontos de vantagem para Schumacher. A próxima corrida foi nos EUA, na volta de Indianapolis ao circo da Fórmula 1 agora com seu traçado misto, que ainda beneficiava os carros da McLaren. Häkkinen controlava-se bem na segunda colocação, tentando se aproximar de Michael, mas seu motor Mercedes o traiu deixando-o na mão.


O finlandês ficara oito pontos atrás do alemão, que podia se tornar campeão já em Suzuka caso vencesse a prova. Nos treinos, Schumacher se sai melhor e crava a pole, enquanto Mika Häkkinen, David Coulthard e Rubens Barrichello completam a primeira e a segunda fila. Em 5º, Jenson Button surpreendeu a todos ao superar Ralf Schumacher, o 6º. Completando o top ten estavam Eddie Irvine, Heinz-Harald Frentzen, Jacques Villeneuve e Johnny Herbert.

No dia da corrida o tempo escurece, causando temor nas equipes por causa de uma provável chuva. Mika Häkkinen começou bem a corrida, pulando para a ponta que ainda mantinha suas chances de um tricampeonato que só havia sido atingindo por Juan Manuel Fangio. Depois de péssimas largadas, Barrichello e Button foram recuperando posições até chegaram á suas de origem.


Numa prova mais disputada no meio do pelotão, Michael Schumacher conseguiu arrancar a liderança de Mika Häkkinen na volta 37, o que dava o tri para o alemão. O finlandês acabou não tendo mais fôlego para caçar o ferrarista, e ao fim de 53 voltas, Schummy quebrou o jejum de Maranello que durava 21 anos. A comemoração dos italianos talvez era a mais alvoraçada desde os anos 70, talvez por saber que não teria de esperar Tomas Scheckter estrear na Fórmula 1 como dizia a susposta maldição.


Na última corrida do ano, em Sepang, Schumacher venceu de novo para assegurar completamente o primeiro lugar e concretizar o início de uma era: A Era Schumacher.

Imagens tiradas do GPExperts.com.br - Google Imagens

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