quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Piloto Memorável 14# - Peter Collins

#ForzaJules e #ForçaEquipesPequenas


Pode parecer loucura o que vou dizer agora, mas na minha opinião, Peter Collins foi um grande piloto, no mesmo patamar de seus compatriotas Moss, Mansell e Hamilton. Eu disse só minha opinião, após ler esse Piloto Memorável, pense também o que esse garoto poderia ter feito na F-1.

Peter Collins nasceu no dia 6 de novembro de 1931, na cidade inglesa de Kidderminster. Peter começou a correr logo após o termino da II Guerra, disputando a Fórmula 3 com Stirling Moss. Em 1952, aos 21 anos, tentou a sorte na HWM, correndo 6 GPs, mas terminando apenas 1, com um 6º lugar na França (ainda naquela época, só pontuava os 5 primeiros).

No ano seguinte se mantém na nanica HWM, conseguindo um 8º lugar na Holanda e um 31º na França. Na metade do ano de 1954, é chamado pela equipe Vandervell, que corria com o chassi da Vanwall. Collins termina em 7º na Itália. Em 1955 disputa apenas as últimas corridas, não conseguindo terminar em ambas.

Fangio na Ferrari de 1956
Mesmo sem ter grandes resultados (sem conseguir um ponto sequer), Enzo Ferrari chama o britânico para correr pelos Tifosi em 1956, o que se viu não foi um vexame, e sim um ato de "fair play". Na Argentina, Collins não termina, começando mal pela equipe de Maranello, nas ruas de Mônaco, Peter coloca sua Ferrari em 2º. As 500 Milhas de Indianapolis ele não disputa, mas nas duas corridas seguintes (Bélgica e França) o inglês colocou Fangio no chinelo, vencendo ambas. Na Grã-Bretanha termina em 2º, após dividir o carro com um companheiro. E na Itália, Fangio que liderava e ia para conquistar mais um titulo, tem problemas, a Ferrari pede para Musso ceder o carro, mas o italiano recusa. Sem ter como continuar a corrida, Fangio perderia o titulo para Collins, que por incrivel que pareça, cedeu seu carro. Fangio terminou em 2º, e com Moss vencendo, Peter terminou em 3º no campeonato.

Collins ao lado de Hawthorn
Em 1957, Collins não tem um bom ano, terminando apenas na 9º colocação, tendo um 3º lugar na França e na Alemanha. No ano de 1958, a Ferrari fez um modelo melhor, dando chances aos dois ingleses (Collins e Hawthorn) de titulo, ao lado dos Vanwall e dos motores centrais da Cooper. Nas primeiras duas provas, Collins só termina uma, com um 3º lugar em Mônaco. Na França termina em 5º, e termina em 2º dividindo sua Ferrari com de Portago, na Inglaterra. Ele chegava ao gigantesco  Nordschleife precisando de um bom resultado, para se manter na briga pelo titulo, que estava entre ele, Hawthorn e Moss. Na 10º das 14 voltas, enquanto Collins (2º) e Hawthorn (3º) estavam perseguindo o lider Brooks, o inglês faz uma curva muito larga, batendo em uma vala, voando para fora do carro, batendo a cabeça nas árvores, tendo morte por traumatismo craniano.

Collins na Inglaterra em 1958
No fim da corrida Hawthorn, prometeu que abandonaria a F-1 no final do ano, e foi o que ele fez, após conseguir o titulo. Infelizmente, em janeiro de 1959, Hawthorn morreu após um acidente. O ano de 1958 foi terrivel, sendo "um" ou "o" ano que teve mais mortes oficializadas na F-1, com Luigi Musso morrendo no GP da França, em um acidente muito semelhante ao de Peter, que faleceu na Alemanha e na última corrida do ano, Stuart Lewis-Evans morre após seu carro explodir.

O que eu penso: Outro dos azarados da F-1, ele tinha tudo para ser um grande campeão, mesmo após entregar o titulo de 1956 á Fangio, por se achar novo demais (caso fosse campeão, apenas Fernando Alonso em 2005, o superaria). Era rápido no inicio de sua carreira, levando pequenas equipes a bons resultados, e sendo de repente contratado pela poderosa Ferrari, e sem se intimidar com os melhores dos anos 50, disputou o titulo pau a pau com Fangio e Moss. Foi sem duvida uma das maiores perdas da F-1 em seus primeiro 10 anos.
NOTA: 9,1

Nenhum comentário:

Postar um comentário