sábado, 7 de maio de 2016

Perdas incalculáveis...


Colin Chapman havia passado de mero coadjuvante para grande protagonista na década mais pura da Fórmula 1. Com nomes que espantam até hoje, a equipe Lotus começava a se tornar um dos times mais bem sucedidos da história da categoria, com vitórias e títulos inestimáveis sendo conquistados ao redor do mundo. Mas como a alegria nunca dura por tanto tempo, nem quando parece ser ilimitada, o domínio já estava fadado a acabar.

A surpreendente Brabham chocou, tornando-se bicampeã em 1966 e 1967, e para reverter um quadro de quase três anos sem título, Colin Chapman havia projetado o Lotus 49. Com Jim Clark guiando um carro tão promissor como aquele, a conquista do campeonato mundial era apenas uma questão de tempo.

Depois de ajudar a desenvolver o bólido em 1967, Clark estava pronto para voltar às conquistas em 1968. Na África do Sul, uma vitória fácil já mostrava sinais de mais uma temporada dominada pelos carros de Chapman. Porém, quando ninguém mais acreditava em surpresas, veio o baque...

Era 7 de abril, e a Floresta Negra estava molhada com uma leve chuva misturada com uma densa neblina. A largada para a prova de Fórmula 2 foi dada, e pouco tempo depois veio uma das notícias mais chocantes da década: Jim Clark havia morrido em um acidente.


Logo após a morte de Jimmy, Colin Chapman teve de procurar outro piloto para substitui-lo (se isso fosse possível...).

O nome escolhido foi do já conhecido Mike Spence, ex-piloto da equipe e que, naquela altura, competia ao lado de Jackie Stewart na Owen Racing e em provas de sportscar. Como as 500 Milhas de Indianapolis estava no calendário de competições da Lotus, Spence foi mandado para os EUA testar o Lotus 56.

E lá estava o britânico, testando para Chapman no oval mais famoso do mundo. Depois de marcar ótimos tempos com o bólido de número #60, Spence foi mandado para o cockpit do carro #30, que estava incapacitando Greg Weld de atingir sua velocidade máxima. Depois de uma volta boa, Mike partiu para seu segundo giro tentando, obviamente, superar o anterior.

Após calcular mal a entrada da curva um, Spence se perdeu e foi direto ao muro. A roda dianteira direita atingiu violentamente a cabeça do britânico, que poucas horas depois morreria com ferimentos maciços no crânio. Era o segundo piloto morte pela Lotus em apenas um mês...

Estávamos se aproximando da metade de 1968, e para Lotus só restara o velho e bom Graham Hill...

A morte de ambos foi algo que mudou extremamente o rumo das conquistas do final da década de 60 e do início da década de 70..

Imagens tiradas do Google Imagens

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