quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O que podemos concluir com a primeira semana de testes?


Este é um post de comentários sem ter, como objetivo principal, informar o público sobre os eventos que ocorreram nos testes.

Não é possível fechar um verdadeiro veredito acompanhando apenas a primeira semana de testes, porém eles podem servir para dar-nos uma noção mínima do que está por vim nesta temporada, e é sobre isso que falo hoje.

RESUMO DOS TESTES:

Nesses quatro dias que se passaram, a Fórmula 1 esteve no circuito de Montmeló para seus primeiros testes de pré-temporada na qual todas as equipes, menos a Sauber, já tinham seus carros novos e prontos para correrem. O primeiro dia foi movimentado, com todos acompanhando a chegada das novatas e o provável potencial da Ferrari e da Mercedes.


Sebastian Vettel foi o mais rápido, com Lewis Hamilton sendo apenas segundo colocado tendo 0.470s de diferença para o ferrarista. O tricampeão foi o que mais correu ao final do primeiro dia, 156 voltas, o dobro do alemão. Quem andou bem foi Jenson Button, marcando o sexto melhor tempo enquanto Jolyon Palmer era a decepção do dia ao terminar na última colocação.

Na manhã do dia 22, Max Verstappen enfrentou problemas que comprometeram seus tempos, já que o holandês foi o último colocado mesmo tendo rodado 121 voltas, enquanto Palmer voltaria às últimas posições depois de abandonar ainda no início da tarde. A Mercedes, agora de Nico Rosberg, foi novamente a que mais rodou, sendo 172 giros. O melhor momento do segundo dia foi a estreia dos pneus ultramacios, com Vettel voltando a ser o mais rápido e Ricciardo seguindo-o sendo 0.715s mais lento.


Pascal Werhlein foi ótimo com seu novo carro, conquistando o oitavo melhor tempo a frente de Alonso, Palmer e Verstappen. Em falar na McLaren, o espanhol foi um dos que mais rodou, treinando a confiabilidade do carro da mesma forma da Williams, Mercedes e Toro Rosso. No terceiro dia foi a vez da Force India de Nico Hülkenberg aparecer nos holofotes.

Com Kimi Räikkönen sofrendo problemas no início da manhã (Vettel quebrou no fim do dia anterior), a Renault de Kevin Magnussen surpreendeu após dois dias de problemas, com o dinamarquês marcando um tempo entre os primeiros e andando 111 vezes no circuito catalão. Para poupar seus pilotos a Mercedes decidiu revezar, o que resultou numa quantidade de voltas semelhante aos que já haviam sido marcados. Rosberg quinto, Hamilton oitavo.


Carlos Sainz Jr voltou a andar no seu belo Toro Rosso pintado de azul, passeando 161 vezes pelo circuito de Montmeló. Daniil Kvyat, Felipe Massa, Felipe Nasr e Rio Haryanto finalmente estrearam, com os brasileiros testando a confiabilidade de seus bólidos e com o indonésio rodando para causar uma bandeira vermelha. Depois de dois dias fracos, a Haas conseguiu resolver os problemas na asa para colocar Romain Grosjean na fantástica segunda colocação, fechando o dia por ali mesmo.

Hoje a Mercedes trouxe novos aparatos aerodinâmicos (um deles chamado carinhosamente de Bruce), o que mostra a superioridade da equipe alemã sobre os outros times que ainda testam a confiabilidade. Nessa último dia, Kimi Räikkönen começou cauteloso antes de pegar os pneus ultramacios e cravar o melhor tempo, que se concretizou no resto da tarde com o finlandês enfrentando problemas no radiador.


Também ajudado pelos novos compostos, Kvyat foi o segundo enquanto o jovem Alfonso Celis Jr, de pneus supermacios, conquistou um surpreendente terceiro posto, ultrapassando Kevin Magnussen que enfrentou problemas na parte final do dia. Mesmo assim, a Renault teve um 25 de fevereiro produtivo em busca de confiabilidade. Verstappen e Nasr fecharam em quinto e sexto, ambos ultrapassando a casa de 110 voltas rodadas.

Em busca de quilometragem, a Mercedes viu seus pilotos serem sétimo e oitavo colocados ao fim do dia, com Felipe Massa seguindo-os. Quem voltou a andar bem foi Esteban Gutiérrez que, apesar do décimo tempo, fez várias voltas com o novo carro da Haas. Por último, Haryanto rodou pela segunda vez em dois dias, dessa vez acabando no muro de pneus, e Alonso não conseguiu marcar tempos...


O QUE PODEMOS CONCLUIR?

Primeiramente gostaria de dar ênfase que não há uma conclusão completa formada apenas depois da primeira semana de testes, porém é possível já ter uma miníma noção do que pode vim pelo ano. A Mercedes está um passo na frente das outras equipes, isso, para mim, ficou óbvio ao fim desses quatro dias rodando o equivalente a mais de 10 GPs da Espanha sem nenhum problema ou decepção enfrentado pela equipe, porém, para sabermos o verdadeiro potencial da nova Flecha de Prata, deveremos esperar até semana que vem..

A Ferrari, como no ano passado, veio forte logo na primeira semana de testes, o que por um lado é meio que um blefe. Quando Vettel tentou um longo stint o carro acabou quebrando, enquanto Räikkönen enfrentou problemas na manhã do dia 3 e na tarde do dia 4. Se é para evoluir, um dos quesitos que mais faltou na equipe italiana até agora é confiabilidade. Porém acredito que eles possam crescer ainda mais na próxima semana.


A Williams não fez muito em Montmeló, focando mais nos testes de confiabilidade do que nos tempos, porém Felipe Massa fez algumas críticas sobre esse fraco último dia. Acredito que pouco mudará em relação á 2015, já que a equipe tem um carro quase que idêntico, pelo menos esteticamente, ao do ano passado. O único grande problema que poderá ser enfrentado é uma provável melhora da Red Bull.

A equipe austríaca também não teve tanto destaque, mas Ricciardo foi segundo colocado no dia 2 e Kvyat também terminou na segunda posição ao fim do último dia, o que mostra que a equipe tem um carro em boas condições. O motor até agora não abriu o bico, mostrando que o trabalho da TAG Heuer já vem surtindo efeito.


Já a Force India fez o absurdo de colocar um jovem Alfonso Celis Jr no lugar de sua dupla titular, o que faz eles perderem ainda mais tempo de testes. Quando pegaram o carro, Pérez e Hülkenberg foram bem, inclusive com o alemão liderando o terceiro dia, porém será extremamente importante anotarem pontos no início da temporada, já que a equipe enfrenta problemas financeiros desde o ano passado e isso vem piorando a cada mês que se passa.

Se tem uma equipe que me chamou atenção foi a Toro Rosso, correndo com um lindo carro azul que andou muito bem tanto com Carlos Sainz Jr como com Max Verstappen, que só enfrentou problemas na manhã do segundo dia. Foram ótimas 447 voltas rodadas, deixando o time italiano atrás apenas da Mercedes, o que mostra que a Toro Rosso tem um carro mais confiável do que o do ano passado e talvez mais rápido, já que agora são empurrados com motores Ferrari. Esperemos pela pintura oficial.


A estreante Renault enfrentou problemas nos quatro dias, mais profundamente com Jolyon Palmer, que foi o piloto que menos rodou nessa primeira semana. Com a entrada de Kevin Magnussen no carro, parece que o R.S.16 tem certo potencial para disputar pelas primeiras posições, mas, infelizmente, os tempos marcados na pré-temporada só servem de mera especulação. A grande deficiência da Renault continua sendo o seu motor...

A Sauber acabou correndo com o carro antigo, o que acaba destruindo a chance de se especular sobre seu real potencial. Mas quem sabe, com a ótima captação de informações por parte de Nasr e Ericsson eles possam fazer um bólido melhor do que esperamos. Quem realmente andou bem foi a Manor, com seu MRT05 pintado com as cores da Spirit (1983), ou da Pepsi para alguns, ou até mesmo daquelas borrachas que usamos na escola para outros...


Pascal Wehrlein foi muito bem, além de elogiar o carro e dizer que pontos são possíveis já na estreia em Melbourne. Enquanto isso, Rio Haryanto vem cumprindo as expectativas de muitos: rodou duas vezes em dois dias. Algo que gostaria de destacar sobre a Manor foi dita por um de seus diretores: "Nós nunca vamos ser uma equipe grande - nós não queremos ser uma equipe grande". Que ótimo! Uma nova Minardi para torcermos...

Quem foi destaque apenas por ser novata foi a Haas, que, além de perder o bico em plena reta no primeiro dia, teve como melhor momento o segundo lugar conquistado por Romain Grosjean no terceiro dia. Alguns problemas normais de serem enfrentados por estreantes aconteceram, mas isso não diminuiu as expectativas da equipe e menos ainda as expectativas do paddock, já que Franz Tost, chefe da Toro Rosso, espera por um briga direta com a equipe americana.


No fim, a McLaren andou menos do que a Haas, com Fernando Alonso dando apenas três voltas no último dia antes de enfrentar problemas. Se bobear, até a Renault vai conseguir superar a equipe de Woking em 2016. A demissão tardia de Yasuhisa Arai do comando da Honda mostra o caos que deve estar dentro da montadora japonesa. Lamentável...

Para terminar, quero deixar claro que muito disso poderá ser considerado mera especulação, mas se existe alguma coisa que podemos concluir sobre essa primeira semana, eu acabei de comentar com vocês. Obrigado por ler!

Imagens tiradas da página da FIA

2 comentários:

  1. Eu não sei q resultados vc viu, mas a STR foi a mais lenta em 3 dos 4 testes só no primeiro dia q o tartaruga do Joylon Palmer conseguiu ser pior q a STR q usa motores Ferrari do ano passado, no mais concordo com o texto

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  2. Parabéns pelo seu comentário e vamos aguardar semana que vem, talvez conseguiremos ter uma noção exata de velocidade, pois me parece que essa semana foi testes de confiabilidade...

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