quinta-feira, 30 de julho de 2015

GP Memorável 53# - Alemanha 1935


Campeonato Europeu de Automobilismo, na época, a maior competição mundial do esporte a motor, deixando para trás até a importância das provas nos EUA, que por sua vez tinham as 500 Milhas de Indianapolis. Mas, infelizmente, esse campeonato contava com apenas algumas provas oficiais enquanto várias outras corridas não contavam para a temporada.


A situação dos pontos pode parecer estranha primeiramente, mas aos poucos você se acostuma. Ao invés do vencedor ganhar o máximo de pontos possíveis, ele ganhava o mínimo possível, pois a situação era inversa, quem marcasse menos pontos se tornava campeão. E não era apenas isso, se você abandonasse no início da prova, você ganharia um grande número de pontos, enquanto se você abandonasse no fim da corrida, ganharia poucos.



Naquela época, a ascendente Alemanha Nazi investia muito no automobilismo, já que seu ditador era um grande adepto. Com isso, a Mercedes-Benz e a Auto Union eram as forças do momento, tentando se estabelecer como os maiores vencedores do Campeonato Europeu, coisa que acabou não acontecendo, já que antes deles a Alfa Romeo havia dominado tudo.

A Itália de Benito Mussolini nem sequer tinha chances com a Alemanha de Adolf Hitler, pelo menos na questão de equipes, pois o país do Mediterrâneo tinha um grande número de pilotos talentosos, entre eles Tazio Nuvolari, Achille Varzi e Luigi Fagioli. Mas a cada ano que se passava a situação ficava mais difícil, já que os germânicos não perdiam tempo para investirem em condutores como Rudolf Caracciola, Bernd Rosemeyer e Hans Stuck.

Era uma legítima briga Alemanha x Itália, ambas com seus estilos políticos marcantes dominando o automobilismo europeu. Agora só faltava migrar para a América... Só para vocês terem uma noção, as equipes mais fortes era Mercedes-Benz, Auto Union e Alfa Romeo, cada um com seu estilo de veículo e de escolha de piloto.



O regulamento estava feito, e o GP da Alemanha de 1935 deveria ser realizado no Nordschleife de 22,810Km, com uma duração de 22 voltas. Para cada carro, de 750Kg, até dois motoristas poderiam ser inscritos. Essas eram as principais regras para a prova, que via o retorno de uma grande marca, a Auto Union.

Os problemas da equipe alemã foram vistos durante corridas anteriores, o que deixou-os fora de provas em Montjuïc e Spa-Francorchamps para o solucionamento desses imprevistos no motor. Já a Mercedes ria até cair no chão da desgraça da principal rival, já que sabia que aquela temporada já era dela. A Scuderia Ferrari, lideradas por um tal de Enzo Ferrari, trazia "sobras" da Alfa Romeo, já que seu P3 Tipo B era 3 anos defasado.



A Scuderia Subalpina pensou em trazer uma Maserati mais atualizada, mas devido a problemas preferiram inscrever uma versão mais antiga. Pietro Ghersi, Hans Ruesch e László Hartmann tinham entradas privadas, enquanto Raymond Mays trazia dois ERA de 2 litros para prova, um para ele e outro para mais um alemão empolgado com a chance de brilhar em casa.

Se a possibilidade de vitória italiana era impossível, imagine britânica e francesa... a situação piorava quando a Mercedes e a Auto Union vinham anunciar seus inscritos, que somavam 9 dos 23 pilotos. A melhor das hipóteses agora era terminar numa 5º colocação no máximo, mas a Alfa Romeo tinha uma carta na manga, um tal de Tazio Nuvolari, que era o único homem capaz de parar os alemães.


Os primeiro treinos livres aconteceram durante quase toda a quarta-feira mostrando uma surpresa fantástica. Tazio conseguia ser mais rápido do que as Mercedes e Auto Unions nas subidas e descidas de Nürburgring, mesmo tendo um carro com 30cv à menos. Agora, o sábado se aproximava, um dia importante para se saber quais pilotos se classificariam e passariam pela balança.



Alguns não apareceram, e com isso, o número de 23 pilotos caiu para 20. Tá, e agora? Teremos o treino que definirá o grid de largada? Não, para evitar tumultos a organização alemã decidiu fazer um sorteio para ver as posições do grid, coisa que poderia deixar a corrida ainda mais emocionante. As pessoas chegavam aos montes, antes mesmo do domingo começar, de bicicleta, á pé, de onibus, de caminhões e de carros.

O preço do ingresso era baixíssimo, coisa que atraia muito público. Para vocês terem uma ideia, apenas na região do anel havia 250 mil pessoas, isso sem contar as que estavam na reta dos boxes. O sorteio foi feito, e havia um pouco menos de 50% de chances de vermos um alemão na pole, mas antes de começar a mostrar o grid de largada, vamos falar dos pilotos presentes na ocasião.



Com um Mercedes-Benz W25B (e alguns com o W25A), Rudolf Caracciola, Manfred von Brauchitsch, Luigi Fagioli, Hanns Geier e Hermann Lang. A Auto Union trazia seu modelo B para Hans Stuck, Bernd Rosemeyer, Achille Varzi e Paul Pietsch. A Scuderia Ferrari não deixavam à desejar em número de pilotos, quatro, sendo eles Tazio Nuvolari, Louis Chiron, Antonio Brivio e René Dreyfus como um motorista de testes.

Goffredo Zehender e Philippe Étancelin estavam com a Scuderia Subalpina, que trouxe dois Maseratis 6C-34. Raymond Mays e Ernst von Delius eram da ERA, e Piero Taruffi era o único representante da Bugatti. Ainda tínhamos Hans Ruesch, László Hartmann e Pietro Ghersi com um cadastro privado, como já disse, enquanto Renato Balestrero era do Gruppo San Giorgio.


Antes de tudo, quero relembrar que ao perceber que o carro do companheiro Antonio Brivio era mais rápido nas subidas, Tazio Nuvolari solicitou a troca que foi feito graças à Enzo Ferrari. Três pilotos não estariam no sorteio, e eles eram Luigi Soffietti, que preferiu cuidar de seus pilotos, Ernst von Delius e René Dreyfus.


Agora sim, vamos para o grid: O poleman era Hans Stuck, com Nuvolari e Balestrero fechando a primeira fila. Logo atrás, Zehender e von Brauchitsch compondo a segunda fileira, enquanto a terceira tinha Chiron, Caracciola e Étancelin. Mays e Ruesch vinham na 4º fila, Fagioli, Rosemeyer e Varzi terminavam mais uma linha de três. E, terminando o grid, Pietsch, Hartmann, Taruffi, Lang, Ghersi, Brivio e Geier.

Naquela época, dois nomes brilhavam quando chovia, e eles eram Tazio Nuvolari e Rudolf Caracciola, que poderiam vencer com as, sempre, condições fantásticas de Nürburgring, que no dia 28 de julho de 1935 amanheceu com um "belo" nevoeiro. Pela primeira vez, a bandeira do país não seria agitado para a largada, mas sim as luzes que se ascenderiam...


Quando a largada aconteceu, Tazio Nuvolari pulou para a ponta, com Rudolf Caracciola fazendo uma grande largada, assumindo a primeira colocação nas primeiras curvas. Ao fundo, os carros de Paul Pietsch e Hans Stuck não conseguem sair do lugar, e com a chuva a situação piorava. Stuck ergueu os braços e chamou o mecânico Rudolf Friedrich que atendou o pedido e, com a ajuda de outros dois, entrou embaixo do Auto Union.


Varzi vinha lá de trás, e com o óleo, a chuva e o spray, a visão era quase zero, e nisso acabamos por ver uma coisa muito terrível.... Achille acabou atingiu o carro de Hans. Ambos os mecânicos escaparam a tempo, mas Friedrich foi atingido, ficando inconsciente. A situação do mecânico era grave, mas a medicina alemã resolveu seus problemas (entre eles o traumatismo craniano) rapidamente, dando alta 4 semanas depois.



Depois de toda a confusão, os dois carros que ficaram na largada acabaram voltando a prova. Tazio era bravo e manteve a segunda colocação durante toda a primeira volta da corrida, enquanto seus companheiros sofriam com o spray. Balestrero acabou rodando e batendo já quando a chuva havia pardo.

Na Bergwerk, Nuvolari acabou perdendo o controle de sua Alfa Romeo escapando por pouco de um acidente. Mas depois desse despiste ele não era mais o 2º, e sim o 6º colocado. Luigi Fagioli era terceiro, mas rapidamente foi ultrapassado por Bernd Rosemeyer e Manfred von Brauchitsch. Hartmann e Étancelin tiveram que parar nos boxes para trocar as velas de suas Maseratis, que sofria com esse problema no motor.


Hans Stuck voava na pista, escalando mais e mais posições até chegar na 8º. Nessa volta, Rosemeyer tirou uma enorme diferença para o líder Caracciola, o que significava que poderíamos ver um grande duelo entre alemães: uma promessa e outro consagrado; uma Mercedes-Benz e outra Auto Union. Outra mudança era vista na terceira colocação, Luigi Fagioli havia conseguido se recuperar e passar por von Brauchitsch.


A pista secava cada vez mais rápido, e na 4º volta já estava mais seca do que molhada, permitindo aos pilotos uma pilotagem mais agressiva, e com isso, mais rápida. Rosemeyer conseguiu quebrar o recorde do circuito, marcando 11:35.6, ficando á 4s de Rudi, que tentava ao máximo se manter na pista. Mais atrás, parecia que a Mercedes de Manfred não rendia bem, afinal havia sido ultrapassado por Louis Chiron à bordo de uma Alfa Romeo.


A distância se mantinha na 5º volta, que viu Taruffi abandonar com seu Maserati, enquanto, pela terceira vez, Étancelin parou com sua Maserati. Na volta seguinte, o jovem promissor da Auto Union acabou escapando da pista, andando na lama, entortando a roda e perdendo a chance de tomar a liderança. Agora era a vez de Chiron abandonar, deixando apenas uma Alfa na pista, esta sendo de Tazio Nuvolari, que agora era 5º.



No início da volta 7, Rosemeyer finalmente decide parar para trocar o acelerador, que travou, além de consertar a roda. Com isso, o novo segundo colocado era Luigi Fagioli, com Tazio Nuvolari a passar por von Brauchitsch. Achille Varzi decidiu parar para mostrar seu descontentamento com a continuação de si na corrida, afinal, ele havia provocado o acidente que poderia ter matado o mecânico alemão.

Depois de fazer uma linda manobra na Karussell, Nuvolari voltou a quarta colocação depois de ver Manfred passar por ele na Döttinger Höhe. Hans Stuck continuava sua aventura subindo de posições, e agora já havia passado por Varzi e era o 6º, logo atrás de Rosemeyer, que por sua vez voava em busca da última Alfa Romeo P3.



Luigi Fagioli começou a perder rendimento, sendo ultrapassado por Tazio Nuvolari, Manfred von Brauchitsch e Bernd Rosemeyer. Outros pilotos que estavam pilotando Maseratis paravam, enquanto o Grande Tazio voava, tirando fantásticos 28 segundos do líder Rudolf Caracciola, que já não andava bem há voltas.


Na entrada da volta 10, o público alemão se choca ao ver Nuvolari passar por Rudi à bordo de uma Alfa Romeo três anos defasada. Outro momento de extremo foi ver quatro carros passarem num período de dez segundos, primeiro o #12, depois Caracciola, quase sendo ultrapassado por Rosemeyer, e von Brauchitsch. Mais atrás, Stuck tentava tirar o minuto de atraso á Fagioli.


Agora os pilotos estavam no metade da prova e iam para as paradas. Primeiro Nuvolari, depois Rosemeyer e von Brauchitsch, enquanto, após 27s, aparecia Caracciola. As paradas eram "rápidas", com Manfred conseguindo uma de 47 segundos para voltar na ponta, enquanto Bernd fazia uma de 1:15 e Rudi uma de 1:07, mas voltando atrás dos compatriotas.



Para a loucura dos alemães, Tazio Nuvolari estava lá nos boxes, gritando para os mecânicos, que na pressa acabaram destruindo a bomba de combustível. A partir daí o reabastecimento começou a ser feito por meio de vasilhas, fazendo a parada virar uma eternidade. Depois de 2:14, O Magnífico sai dos boxes, na 6º colocação, mais de um minuto atrás dos lideres.

A possibilidade da vitória de Tazio era zero de agora em diante, com von Brauchitsch a se mostrar o futuro vencedor do GP da Alemanha de 1935. A prova perdera mais um piloto, agora Hartmann desistia de sua aventura na Maserati. Na volta seguinte, Luigi Fagioli e Hans Stuck vão para os boxes, com o alemão marcando um tempo abaixo dos 11 minutos.


Na volta seguinte, Rosemeyer faz outra parada para consertar o acelerador, que ainda tinha sérios problemas. Agora, o jovem alemão estava fora da disputa pela vitória, enquanto Manfred von Brauchitsch abria para Caracciola que tinha logo atrás Nuvolari se aproximando. Abalado, Achille Varzi acabou sendo substituído por Leininger.



Bernd tirava a vantagem que tinha para Stuck num piscar de olhos, ficando á poucos segundos do compatriota. Lá na frente, von Brauchitsch e Nuvolari, que havia passado por Rudi, imprimiam uma ritmo tão forte que Alfred Neubauer pediu para seu piloto diminuir o ritmo. Todos os cinco primeiros estavam tão velozes a ponto de fazerem tempos abaixo dos 11 minutos.

Hermann Lang tinha problemas e teve de abandonar. Enquanto isso, Tazio fazia um milagre tirando 10s em uma volta para o líder, que diminuía o ritmo. Bernd Rosemeyer parou mais uma vez, já que os problemas no pedal eram frequentes e poderiam provocar um acidente grave. Nuvolari tirou mais 13s na volta seguinte, dançando com sua Alfa no maravilhoso Nürburgring.


Depois de perder a posição para Fagioli, Rosemeyer consegue recuperar na volta 18, quando todos os 300 mil espectadores viam um italiano tirar fantásticos 17s para seu piloto, que tinha um carro teoricamente melhor. A verdade é que von Brauchitsch estava poupando sua Mercedes para evitar problemas futuros.



Na 19º volta, Manfred consegue recuperar a diferença, deixando o piloto da Scuderia para trás. Pietsch tinha apenas duas marchas no seu Auto Union, mas nada que impedisse-o de passar por mais uma Maserati. Duas voltas atrás, Philippe Étancelin decide deixar a prova já que tinha zero de chances de conquistar alguma coisa...


A situação era difícil para Rudolf Caracciola, que perdera mais uma posição na 20º volta, agora para Hans Stuck. Na frente, von Brauchitsch passava pelos boxes apontando para os pneus traseiros, que já estavam carecas. Neubauer interpretou isso como se o seu piloto quisesse parar na próxima volta, por isso deixou boa parte de seus mecânicos à postos.


Ao fim da volta 21, quatro pilotos já não eram considerados classificados por estarem muito atrás dos lideres. Agora, um momento de suspense na reta principal, com os mecânicos á espera, von Brauchitsch fez uma volta ainda mais rápida e não parou, uma coisa absurda, já que era visível até mesmo a parte interna do pneu...



No começo da 22º e última volta, Nuvolari estava quase á 1 minuto atrás de Manfred, que basicamente tinha a vitória nas mãos. Os espectadores apenas esperavam o momento para comemorar a vitória de seu piloto, que não era um qualquer, mas o sobrinho do general von Brauchitsch do Reich. Os gritos no rádio deixavam o público atônito...


Nuvolari havia tirado uma diferença de 40s para 10 até a Karussell, enquanto Manfred von Brauchitsch tentava segurar sua Mercedes na pista, travando e forçando os pneus como nunca até o.... estouro. Há menos de 1Km, o jovem piloto vê Tazio escapar com sua Alfa para primeira colocação, tentando segurar seu carro prateado na pista.


Ao saber disso, a tribuna do Reich se retirou rapidamente do circuito, temendo serem envergonhados pela torcida, que acabou vendo um italiano vencer a corrida, com as bocas abertas. Ao contrário do que se imaginava, a torcida foi extremamente gentil com o vencedor, aplaudindo-o como se não houvesse fim.



Mais atrás, Stuck e Caracciola terminam o TOP 3, enquanto Rosemeyer, cheio de problemas, é quarto e von Brauchitsch é quinto, e por último temos Fagioli. Ao final de 22 voltas e mais de quatro horas, vemos um milagre, que só foi possível por uma combinação de fatores: Tazio trocou de carro com um companheiro que teve problemas na primeira volta; a chuva apareceu voltas depois das paradas (lembrem o que eu disse: Caracciola e Nuvolari são os melhores em chuva); e a falta de experiência de Manfred.


O sobrinho do general foi chorar nos boxes de sua equipe, enquanto o único Alfa Romeo, mais precisamento o único carro não alemão a terminar a prova, era do vencedor. E o mais fantástico, os alemães eram tão confiantes numa conquista de seus pilotos que nem sequer tinham um disco do hino da pátria dos outros pilotos.


Mas problema resolvido, Tazio Nuvolari sempre levava consigo um disco com o hino italiano gravado 78 vezes, o que serviu para a organização de prova ficar mais envergonhada ainda. E essa foi a tal "Melhor Corrida de Todos Os Tempos".... As coisas mudariam depois da prova, que foi uma exceção para os alemães, que continuaram a dominar a Europa.



Acho que seria uma boa hora pra responder algumas perguntas que devem ter ficado no ar, então aqui vai: Por quê Caracciola, correndo em Nürburgring, não teve um desempenho tão eficiente quanto nos demais anos? Rudi acabou sofrendo ataques de fraqueza durante a prova, chegando a ficar branco enquanto guiava e ver a pista azul, mas isso foi logo resolvido pelos médicos que o trataram da mesma forma de Friedrich.

A Continental se pronunciou sobre problemas de pneu que afligiam as Mercedes? Não há notícias sobre isso, mas nesse fim-de-semana, eles acabaram fazendo uma reunião para falar sobre a sua estratégia. O presidente da marca de pneus disse que o carro era potente demais para aguentar com apenas uma parada durante a prova inteira, por isso todos os pilotos deveriam andar á uma rotação mais baixa, coisa que o jovem e afobado von Brauchitsch não fez nas últimas voltas...

E assim termino esse maravilhoso post, que durou 3 dias de muito suor, sofrimento, sono e trabalho. Espero que gostem, e qualquer erro peço que me corrijam.



RESULTADOS:
  1. 12 - Tazio Nuvolari - Scuderia Ferrari - Alfa Romeo - TIPO B/P3 - 04:08.40.2
  2. 1 - Hans Stuck - Auto Union AG - Auto Union - B - +1:38.6s
  3. 5 - Rudolf Caracciola - Daimler-Benz AG - Mercedes-Benz - W25 - +2:22.9s
  4. 3 - Bernd Rosemeyer - Auto Union AG - Auto Union - B - +4:10.8s
  5. 7 - Manfred von Brauchitsch - Daimler-Benz AG - Mercedes-Benz - W25 - +5:37.2s
  6. 6 - Luigi Fagioli - Daimler-Benz AG - Mercedes-Benz - W25 - +7:18.1s
  7. 8 - Hanns Geier - Daimler-Benz AG - Mercedes-Benz - W25A - +1 Volta
  8. 2 - Achille Varzi - Auto Union AG - Auto Union - B - +1 Volta
  9. 4 - Paul Pietsch - Auto Union AG - Auto Union - B - +2 Voltas
  10. 21 - Hans Rüesch - H. Rüesch - Maserati - 8CM - +2 Voltas
  11. 16 - Goffredo Zehender - Scuderia Subalpina - Maserati - 6C-34 - +2 Voltas
  12. 18 - Pietro Ghersi - Scuderia Subalpina - Maserati - 8CM - +2 Voltas
  13. 17 - Philippe Étancelin - Scuderia Subalpina - Maserati - 6C-34 - Motor - OUT
  14. 9 - Hermann Lang - Daimler-Benz AG - Mercedes-Benz - W25A - Motor - OUT
  15. 10 - Raymond Mays/Ernst von Delius - H.W. Cook - ERA - B - Ignição - OUT
  16. 20 - László Hartmann - L. Hartmann - Maserati - 8CM - Ignição - OUT
  17. 14 - Louis Chiron - Scuderia Ferrari - Alfa Romeo - Tipo B/P3 - Diferencial - OUT
  18. 23 - Piero Taruffi - Automobiles Ettore Bugatti - Bugatti - T59 - Motor - OUT
  19. 15 - Antonio Brivio - Scuderia Ferrari - Alfa Romeo - Tipo B/P3 - Diferencial - OUT
  20. 11 - Renato Balestrero - Gruppo Genovese San Giorgio - Maserati - 8C 3000 - Acidente - OUT
Esses foram os pilotos que participaram da corrida
Volta Mais Rápida: Manfred von Brauchitsch - 10:32.0 - Volta 14


  • MELHOR PILOTO: Tazio Nuvolari
  • SORTUDO: Hans Stuck
  • AZARADO: Rudolf Caracciola
  • SURPRESA: Tazio Nuvolari
  • Prêmio Bônus - AFOBADO: Manfred von Brauchitsch
Na melhor corrida da história, ele, Tazio Nuvolari, deu show em cima das flechas de prata, sendo beneficiado pela chuva e pelos problemas dos adversários. Stuck teve problemas na largada, e fez uma linda prova de recuperação até o segundo posto. Caracciola tinha tudo para vencer mais uma vez, mas infelizmente acabou tendo ataques de fraqueza. Manfred von Brauchitsch foi muito afobado em sua escolha, não duvidando de sua sorte até os últimos metros...

Imagens tiradas do Google Imagens

domingo, 26 de julho de 2015

Minha Opinião: Como Calar Os Críticos


Uma corrida fantástica, que fez os GPs da Malásia, do Bahrein e da Grã-Bretanha virarem fichinha comparadas a ela. O fim-de-semana começou com o espetacular acidente de Sergio Pérez, que fez o mexicano capotar após quebrar a suspensão e bater no guard-rail. Para todos, a corrida só seria boa caso a chuva aparecesse, coisa que não aconteceu, felizmente.

Na largada, as Ferraris dõa um pulo fantástico sobre as Mercedes, que mais uma vez largaram terrivelmente mal. Felipe Massa, "talvez abalado pela perca do amigo", largou muito mal e caiu para 10º, mas logo recuperou uma posição graças á mais um erro tosco de Lewis Hamilton, que já começou a se afobar depois de perder três posições na primeira curva.


A corrida viu os ferraristas andarem e se manterem em primeiro durante sua boa parte. As Mercedes sofriam, especialmente o britânico que batalhava para ganhar as posições. A prova estava sendo mais um GP húngaro, com suas pequenas emoções que não levantavam a moral do torcedor, mas depois de uma asa tudo melhorou. Nico Hülkenberg bateu e acabou colocando o SC na pista.

Depois disso a corrida teve grandes emoções. As Mercedes tendo problemas, Daniel Ricciardo sendo como eu no videogame, jogando o carro onde não dava e depois sendo tocado por Nico Rosberg, Max Verstappen pagando uma punição relâmpago, Fernando Alonso, Jenson Button e Romain Grosjean dando um belo show.


Infelizmente, Kimi e Sainz tiveram problemas e abandonaram, mas foi o que possibilitou que mais milagres acontecessem. Na volta 49 tudo começou a melhorar, com Rosberg passando o finlandês e Hamilton jogando o carro em cima de Ricciardo, que fez bela manobra e ainda voltou na frente do britânico. Depois, Kvyat passou por Bottas e se jogou fora da pista para passar Lewis, que também estava por lá. Enquanto isso, Max Verstappen tocava e furava o pneu de Bottas, que ainda conseguiu passar pelo campeão.

Voltas depois, Daniel se jogou em Rosberg, que voltou com tudo em seu X e acabou batendo no bico do australiano, que não tomou punição, merecidamente. O alemão furou o pneu e voltou em 10º depois da parada, enquanto Ricciardo também parava, mas voltava em uma posição muito melhor. Fernando Alonso, Jenson Button, Lewis Hamilton e Romain Grosjean disputavam posições entre o 5º e o 10º colocado.


Massa e Nasr faziam uma prova pífia em relação aos companheiros, mas isso melhorou para o piloto da Williams quando Bottas voltou logo atrás. Quem estava sofrendo era Pastor Maldonado, que tomava uma punição atrás da outra, isso é um exemplo de MITO. Pelo visto Andrea de Cesaris ensinou muito bem seu pupilo. valeu MITO SUPREMO.

Mesmo sendo punido, Kvyat comemorou seu primeiro pódio ao lado de Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo, que também dedicaram seus resultados á Jules Bianchi. Com isso, pela segunda vez vimos a Russia no pódio, depois de Vitaly Petrov no GP da Austrália de 2011. A corrida terminou com Max Verstappen passando em quarto e Alonso, o milagreiro de Astúrias em 5º, ganhando a mesma quantidade de pontos que ganhou em sua primeira vitória ali mesmo em 2003...


E por quê a corrida foi para calar os críticos? Pois Max Verstappen conquistou um belo 4º lugar, as McLaren conseguiram competir de maneira fantástica, a Red Bull mostrou que tem chassis, a Ferrari de Sebastian Vettel ainda se mantem na briga pelo título, a Alemanha da Mercedes não é imbatível (pelo menos em relação á equipes), e por último, que a Hungria só faz corrida chata...

NOTAS:
Mercedes: 8,0
Lewis Hamilton: 7,0
Nico Rosberg: 7,0
Péssima corrida dos dois pilotos da equipe alemã. Mais uma vez se atrapalharam todo na largada, se envolveram em confusão á toa, erraram mais do que os estrategistas da Williams e ainda queriam pódio, fala sério, quero ver alemão de verdade nessa equipe...


Ferrari: 9,5
Sebastian Vettel: 9,9
Kimi Räikkönen: 9,9
A Ferrari só não foi tão perfeita como seus pilotos pois conseguiu deixar Kimi Räikkönen mais puto ainda, dando a ele um motor que acabou quebrando durante a prova, diferentemente de Vettel. Mas de resto, a equipe deu show ao lado de seus pilotos, que mereciam fazer a torcia vibrar mais uma vez. Ótima dedicatória á Jules...


Williams: 6,5
Felipe Massa: 5,0
Valtteri Bottas: 9,5
A Williams mais uma vez foi péssima, tacando fora a chance de alguns pontos de Massa ao não trazer o brasileiro para as paradas durante o SC. Mesmo assim, os pilotos também foram parte importante para nota que eu dei, com Felipe fazendo uma péssima prova da primeira até a última volta, e Bottas tentando batalhar por alguma coisa até furar o pneu...


Red Bull: 9,6
Daniel Ricciardo: 9,7
Daniil Kvyat: 9,8
Para mim, a Red Bull foi a melhor equipe durante a corrida, tendo um chassis em ótimo estado durante todo o fim-de-semana. Ricciardo tinha condições de vencer a corrida, mas depois de tocar em Rosberg, quase perdeu o pódio, mas tudo bem, já que Kvyat (O Kvylindo para alguns) terminou em segundo para a loucura da Russia, que tem um motivo para continuar no calendário.

Lotus: 9,0
Romain Grosjean: 9,6
Pastor Maldonado: 9,6
Meu Deus, que nota é essa que você deu para o Maldonado? Calma, essa nota é simplesmente pelo motivo dele ter dado seu show em uma corrida maluca, sendo punido por estar rápido demais nos boxes enquanto estava pagando uma punição por estar rápido demais nos boxes. MITO. Já Grosjean deu show, isso mesmo, parece que não mas, o francês andou muito bem durante o fim-de-semana, surpreendendo no TOP TEN do grid e depois com outro durante a corrida...


Force India: 8,0
Nico Hülkenberg: 9,0
Sergio Pérez: 8,5
Temi pela Force India. Torcia para não se repetisse o que aconteceu com a Sauber em 2000, sendo obrigada a não correr por não ter um carro seguro para o fim-de-semana. Infelizmente, vimos Sergio quebrar a suspensão e capotar, e Hulk perder a asa dianteira no meio da reta e acabar no muro. O acidente do alemão me lembrou o de Rubens Barrichello em 2003...


Minardi (Toro Rosso): 9,2
Max Verstappen: 9,6
Carlos Sainz Jr: 9,6
Minha alegria foi imensa ao ver a Minardi de Max em 4º, a ponto de me esquecer do abandono de Carlos Sainz, que poderia colocar o outro carro azul na 5º colocação, ou até mesmo no 4º lugar mesmo. Mesmo assim, a Toro Rosso não ficou devendo muito em relação á irmã mais vela, voando com seus pilotos. Boa Minardi! Melhor resultado desde a vitória de Sebastian Vettel, em 2008...


Sauber: 9,0
Felipe Nasr: 8,5
Marcus Ericsson: 8,5
A sorte também rende pontos na minha nota. A Sauber conseguiu uma misericordioso 10º posto com o "novo sueco voador", o "Peterson reverso", Marcus Ericsson, que mostrou que não é tão ruim a ponto de sempre ser superando pelo companheiro, que mesmo assim, comemorou o 11º primeiro posto, que parecia ser uma coisa impossível.

McLaren: 9,5
Fernando Alonso: 9,9
Jenson Button: 9,9
Outra equipe quase perfeita durante a corrida, surpreendendo todo o mundo com Fernando Alonso, O Milagreiro das Astúrias terminando em 5º e Jenson Button, O Mago Britânico conquistando um 9º lugar. Parecia loucura, mas quem sabe, quem sabe, Fernando não poderia terminar no pódio? Para mim sim, se a prova tivesse mais algumas voltas isso seria claramente possível.


Manor: 9,0
Roberto Merhi: 9,0
Will Stevens: 9,0
Andaram no limite de seu carro, mas, como mostra as estatísticas, inverteram as posições várias vezes até o fim da prova, mostrando que esses dois MITOS estão no mesmo nível. A Manor merece essa nota por ser forte o bastante para correr na Hungria, parabéns a toda a equipe...

Como todo ano monótono, temos corridas que dão alegria imensa de assistir, compensando as péssimas provas. E esse GP da Hungria foi um deles. Agora, esquecendo as notas, os "prêmios" da corrida.

O NOME DA CORRIDA: Jules Bianchi

  • MELHOR PILOTO: Sebastian Vettel / Fernando Alonso / Max Verstappen / Pastor Maldonado / Daniil Kvyat / Daniel Ricciardo
  • PIOR PILOTO: Felipe Massa / Lewis Hamilton
  • MELHOR EQUIPE: Red Bull
  • PIOR EQUIPE: Williams
  • SORTUDO: Max Verstappen / Marcus Ericsson
  • AZARADO: Kimi Räikkönen / Carlos Sainz Jr / Nico Hülkenberg
  • SURPRESA: Marcus Ericsson
Essa corrida foi tão boa que muitos pilotos voaram sob a pista de Hungaroring. Massa e Hamilton foram os piores com certeza, com Lewis cometendo erros muito toscos e Felipe fazendo uma prova ruim de sua primeira á última volta. A Red Bull foi fantástica, tinha um carro regular para o fim-de-semana, e fez o que esperava-se dela. A Williams mais uma vez tacou fora as chances de pontos. Max e Ericsson tiveram sorte por entrarem nos pontos e terem conseguido uma bela colocação. Kimi e Hülkenberg poderiam ter subido ao pódio, enquanto Sainz Jr conquistado bons pontos. E Bianchi merece ser chamado de o nome da corrida...


E qual é sua opinião sobre essa fantástica corrida?

Imagens tiradas do GPUpdate.net

quinta-feira, 23 de julho de 2015

GP Memorável 51# - Grã-Bretanha 1985


Chegamos á Silverstone, oitava etapa da temporada de 1985 da Fórmula 1, que já teve um grande número de vencedores diferentes. Nigel Mansell estava de volta á categoria depois de sofrer um forte acidente em Paul Ricard. Mais uma vez, a Tyrrell colocou Martin Brundle no carro turbo, deixando Stefan Bellof pagar mais um mico...

Nos treinos, um estonteante tempo de Keke Rosberg, com uma média fantástica de velocidade e um tempo de 1:05.591. Nelson Piquet aproveitou-se de seu motor BMW e cravou a segunda colocação. Logo atrás, Alain Prost e Ayrton Senna faziam a segunda fila, tendo Nigel Mansell e Michele Alboreto entre eles e Andrea de Cesaris e Elio de Angelis.


Fechando o TOP TEN, uma fantástica surpresa, Teodorico Fabi superou Niki Lauda, mesmo tendo uma Toleman Hart. Stefan Johasson era o 11º, com ambas as Renaults logo atrás, sendo seguidas por Riccardo Patrese e Marc Surer. Fechando o TOP 20, Jacques Laffite, Gerhard Berger, Manfred Winkelhock, Thierry Boutsen e Martin Brundle.

Eddie Cheever foi a vergonha do treino, sendo superado por Philippe Alliot. Em 23º, Pierluigi Martini conquistando uma bela posição no grid para a Minardi, afrente de Jonathan Palmer e Piercarlo Ghinzani. Em último, o único carro aspirado do grid, Stefan Bellof, que marcou um tempo 11.005s mais lento do que a pole.


O domingo amanheceu nublado, da mesma forma que foi na sexta e no sábado, tendo possibilidade de chuva. Na largada, um pulo genial de Ayrton Senna, que toma a ponta após sair de 4º, enquanto Piquet cai para 6º. Outro que largou bem foi Nigel Mansell, que assumiu o 3º posto. Mais atrás, Patrick Tambay desgarra, bate em Johansson, e mais afrente a Osella de Ghizani acaba batendo em Alliot, era o fim da prova para os 4...


Niki Lauda teve uma péssima largada, caiu de 10º para 19º colocação. Na frente, o MITO dava show com sua Ligier Renault, passando por Alain Prost e Nigel Mansell, assumindo a terceira colocação e tentando se aproximar da disputa pela liderança, que era feroz entre Rosberg e Senna. Depois da 6º volta, Alain começou a dar show, passou pelo Leão e foi em busca de de Cesaris, que cedeu na última curva.

Outro que ganhava posições era Niki Lauda, que se aproximava dos ponteiros. Já Nelson Piquet sofria com os problemas do frio britânico, que não ajudava o motor BMW. Alain Prost estava impossível em Silverstone, e já era o terceiro colocado ao passar por Keke Rosberg, que, como Nigel Mansell, tinha problemas com seu motor Honda.


Andrea de Cesaris perderia o pódio para Lauda. Os problemas no fundo do pelotão eram gigantes, como por exemplo os de Elio de Angelis, que teve problemas mecânicos e voltou á pista 20 minutos depois de ter parado, já que chances mínimas de ser contado classificado. Outro piloto que fazia uma ótima prova de recuperação era Jacques Laffite, que já era 9º colocado.

Michele Alboreto perseguia Nelson Piquet há voltas, mas apenas no 27º giro conseguiu efetuar a ultrapassagem no brasileiro. A disputa pela vitória era intensa, com Ayrton Senna segurando bravamente a ponta. Na 41º volta, o MITO para sua Ligier, perdendo a chance de um provável segundo lugar. Logo atrás, seu companheiro Jacques Laffite atacava Nelson Piquet.


No último posto, lá estava Stefan Bellof, resistindo á qualquer problema que aparecia em sua Tyrrell aspirada. Niki Lauda acabou tendo problemas elétricos, perdendo o pódio, que ficava com Michele Alboreto. Mas não era só isso que aconteceria. Ayrton Senna batalhou bonito com Alain Prost na disputa pela liderança, com o francês saindo vencedor no primeiro embate.

Já no segundo, o brasileiro forçou o colocou sua Lotus de volta a ponta, mas por pouco tempo, já que Prost era líder novamente. Assim ocorreu a 57º, 58º, 59º e a 60º volta, com Senna e Alain disputando a primeira colocação até o abandono do brasileiro, que enfrentou problemas na injeção de combustível. Era mais um desastroso resultado para o número 12...


Jacques Laffite já havia efetuado a ultrapassagem em Prost, e chegava ao caminho de um milagroso pódio, que veio com o terceiro lugar logo atrás do compatriota e de Alboreto. O piloto da McLaren fez uma corrida impecável, da mesma forma de Senna, e terminou uma volta na frente dos demais, um grande feito para alguém que já havia batido na trave 2 vezes.

Derek Warwick chegou lento com sua Renault, mas ainda conseguiu o 5º lugar porque estava uma volta na frente de Surer, Brundle e Berger. No fim, Stefan Bellof terminou atrás de Senna, e ás 6 voltas do vencedor...


RESULTADOS:
  1. Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - 1:18.10.436 - 9pts
  2. Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - +1 Volta - 6pts
  3. Jacques Laffite - Ligier Renault - +1 Volta - 4pts
  4. Nelson Piquet - Brabham BMW - +1 Volta - 3pts
  5. Derek Warwick - Renault Elf - +1 Volta - 2pts
  6. Marc Surer - Brabham BMW - +2 Voltas - 1pt
  7. Martin Brundle - Tyrrell Renault - +2 Voltas
  8. Gerhard Berger - Arrows BMW - +2 Voltas
  9. Riccardo Patrese - Benetton Alfa Romeo - +3 Voltas
  10. Ayrton Senna - Lotus Renault - Injeção
  11. Stefan Bellof - Tyrrell Ford - 6 Voltas
  12. Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche - Elétrico - OUT
  13. Thierry Boutsen - Arrows BMW - Rodada - OUT
  14. Andrea de Cesaris - Ligier Renault - Embreagem - OUT
  15. Pierluigi Martini - Minardi Motori Moderni - Transmissão - OUT
  16. Elio de Angelis - Lotus Renault - NC
  17. Manfred Winkelhock - RAM Hart - Turbo - OUT
  18. Keke Rosberg - Williams Honda - Escapamento - OUT
  19. Nigel Mansell - Williams Honda - Embreagem - OUT
  20. Eddie Cheever - Benetton Alfa Romeo - Turbo - OUT
  21. Jonathan Palmer - Zakspeed Racing - Motor - OUT
  22. Teodorico Fabi - Toleman Hart - Transmissão - OUT
  23. Stefan Johansson - Scuderia Ferrari - Acidente - OUT
  24. Patrick Tambay - Renault Elf - Colisão - OUT
  25. Philippe Alliot - RAM Hart - Acidente - OUT
  26. Piercarlo Ghinzani - Osella Alfa Romeo - OUT
Esses foram os pilotos que participaram do fim-de-semana...
Volta Mais Rápida: Alain Prost - 1:09.886 - Volta 43


Curiosidades:
- 412º GP
- 19º Vitória de Alain Prost
- 50º GP de Derek Warwick
- 45º Vitória da McLaren
- 30º Melhor Volta da McLaren
- 15º Vitória do Motor TAG-Porsche
- 10º Melhor Volta do Motor TAG-Porsche


  • MELHOR PILOTO: Ayrton Senna / Alain Prost
  • SORTUDO: Michele Alboreto
  • AZARADO: Niki Lauda
  • SURPRESA: Jacques Laffite
Senna e Prost deram um verdadeiro show nas retas de Silverstone, com o brasileiro segurando pilotos da estirpe de Keke Rosberg e Alain Prost, que fez uma magnifica prova de "recuperação", ultrapassando bons pilotos como Andrea de Cesaris e Nigel Mansell. Albo não foi nenhuma estrela na prova, tendo muita sorte para terminar em segundo lugar. Já Lauda, mais uma vez havia abandonado quando estava nos pontos. Depois de uma fraca temporada de 1984, quem imaginava que Laffite pudesse subir ao pódio em 1985?

poeticsofspeed.com

Campeonato de Pilotos:
  1. 27 - Michele Alboreto - Scuderia Ferrari - 156/85 - G - 37pts
  2. 2 - Alain Prost - McLaren TAG-Porsche - MP4/2B - G - 35pts
  3. 11 - Elio de Angelis - Lotus Renault - 97T - G - 26pts
  4. 6 - Keke Rosberg - Williams Honda - FW10 - G - 18pts
  5. 28 - Stefan Johansson - Scuderia Ferrari - 156/85 - G - 16pts
  6. 7 - Nelson Piquet - Brabham BMW - BT54 - P - 13pts
  7. 15 - Patrick Tambay - Renault Elf - RE60B - G - 11pts
  8. 12 - Ayrton Senna - Lotus Renault - 97T - G - 9pts
  9. 26 - Jacques Laffite - Ligier Renault - JS25 - P - 6pts
  10. 18 - Thierry Boutsen - Arrows BMW - A8 - G - 6pts
  11. 5 - Nigel Mansell - Williams Honda - FW10 - G - 5pts
  12. 16 - Derek Warwick - Renault Elf - RE60B - G - 4pts
  13. 4/3 - Stefan Bellof - Tyrrell Ford - 012 - G - 4pts
  14. 25 - Andrea de Cesaris - Ligier Renault - JS25 - P - 3pts
  15. 1 - Niki Lauda - McLaren TAG-Porsche - MP4/2B - G - 3pts
  16. 28 - René Arnoux - Scuderia Ferrari - 156/85 - G - 3pts
  17. 8 - Marc Surer - Brabham BMW - BT54 - P - 1pt

Campeonato de Construtores:
  1. Scuderia Ferrari SpA SEFAC - Ferrari - 156/85 - ALB/ARN/JOH - G - 56pts
  2. Marlboro McLaren International - McLaren TAG-Porsche - MP4/2B - LAU/PRO - G - 38pts
  3. John Player Special Team Lotus - Lotus Renault - 97T - ANG/SEN - G - 35pts
  4. Canon Williams Honda Team - Williams Honda - FW10 - MAN/ROS - G - 23pts
  5. Équipe Renault Elf - Renault - RE60B - TAM/WAR - G - 15pts
  6. Motor Racing Developments - Brabham BMW - BT54 - P - 14pts
  7. Équipe Ligier - Liger Renault - JS25 - CES/LAF - P - 9pts
  8. Barclay Arrows BMW - Arrows BMW - A8 - G - 6pts
  9. Tyrrell Racing Organisation - Tyrrell Ford/Renault - 012/014 - 4pts
Imagens tiradas do Google Imagens - GPExperts.com.br - http://poeticsofspeed.com/

quarta-feira, 22 de julho de 2015

E Se... - Bellof e Senna

poeticsofspeed.com

Este é o novo "quadro" aqui no blog. Agora dou minha opinião do que aconteceria se algum piloto continuasse ou não morresse na categoria, sempre trazendo os lados mais positivos. Gostaria de saber a opinião de vocês sobre cada um desses "E Se...", pois, muito provavelmente, será uma ótima forma de nos comunicarmos...


Temporada de 1986 - Alain Prost
Stefan Bellof - Scuderia Ferrari - Companheiro: Michele Alboreto
Ayrton Senna - John Player Special Team Lotus
Caso Stefan Bellof tivesse sobrevivido e ido para a Ferrari nada teria mudado, já que a temporada da Scuderia foi nada boa. Talvez ele poderia tirar um ou dois pódios, mas vitória é quase impossível estando ao lado de Michele Alboreto... Já Senna manteria o que fez durante toda a temporada, tentaria batalhar para levar sua Lotus á disputa pelo título em Adelaide, e como sabemos, sem êxito...


Temporada de 1987 - Nelson Piquet
Stefan Bellof - Scuderia Ferrari - Companheiro: Gerhard Berger - 1 Vitória
Ayrton Senna - Camel Team Lotus Honda
A Temporada de 1987 já foi completamente dominada pela Williams, com Ayrton Senna conquistando duas vitórias milagrosas e Nelson Piquet se sagrando campeão pela regularidade empregada em cima de Nigel Mansell, que mais uma vez chorava o vice. O fim de temporada seria fantástico para a dupla ferrarista, Bellof e Berger conquistariam vitórias em Suzuka e Adelaide...


Temporada de 1988 - Ayrton Senna
Stefan Bellof - Scuderia Ferrari - Companheiro: Gerhard Berger - 2 Vitórias - 4º Lugar
Ayrton Senna - Marlboro McLaren
Ayrton Senna finalmente teve um carro á altura de seu talento, conquistando mais vitórias do que o bicampeão Alain Prost e se tornando campeão pela primeira vez. Já Stefan Bellof seria beneficiado pelo erro do brasileiro em Monza, conquistando sua segunda vitória na carreira. Pela primeira vez, Stefan terminou entre os 5 primeiros de uma classificação geral, mas atrás de Gerhard Berger, que foi mais regular...


Temporada de 1989 - Alain Prost
Stefan Bellof - Scuderia Ferrari - Companheiro: Nigel Mansell - 5 Vitórias - 3º Lugar
Ayrton Senna - Marlboro McLaren
Uma das temporadas mais fantásticas e polêmicas veria Stefan Bellof conquistar mais três vitórias e superar Mansell e Patrese no Campeonato de Pilotos. Na disputa de verdade, Ayrton Senna teve erros e problemas que não eram normais, como em Phoenix, Estoril e no Canadá, facilitando o título de Alain Prost, que veio de maneira controvérsia, com o brasileiro sendo desclassificado...


Temporada de 1990 - Ayrton Senna
Stefan Bellof - Benetton Formula - Companheiro: Nelson Piquet - 6 Vitórias - 9º Lugar
Ayrton Senna - Marlboro McLaren
No futuro a Ferrari se arrependeria da demissão de Bellof, que foi trocado por Alain Prost, que diferentemente do alemão e de Mansell, conseguiu disputar o título com Ayrton Senna até o GP do Japão, quando o brasileiro acabou se chocando com o ex-companheiro. Infelizmente, Alessandro Nannini sofreu um grave acidente de helicóptero, e a Benetton viu em Stefan a chance de voltar a vencer. Em Suzuka, Nelson Piquet conduz o novo companheiro até o pódio, com a Benetton conquistando uma maravilhosa dobradinha que seria repetida em Adelaide, agora com Bellof vencendo...


Temporada de 1991 - Stefan Bellof
Stefan Bellof - Canon Williams - Companheiro: Nigel Mansell - 14 Vitórias - 1º Lugar
Ayrton Senna - Marlboro McLaren
Com seus belos desempenhos nos duas últimas provas de 1990, Stefan Bellof seria contratado pela Williams para, novamente, correr ao lado de Nigel Mansell. Ayrton Senna ainda estaria na McLaren ao lado de Gerhard Berger, querendo se tornar tricampeão, mas agora as dificuldades foram maiores. Pela primeira vez, vimos a luta direta entre Bellof e Senna, com o alemão saindo vencedor após 8 vitórias na temporada, todas depois do GP do México. Mansell sofreria muito com os problemas e não teria batalhado pelo título, que pela primeira vez era da Alemanha...


Temporada de 1992 - Nigel Mansell
Stefan Bellof - Canon Williams - Companheiro: Nigel Mansell - 19 Vitórias - 2º Lugar
Ayrton Senna - Marlboro McLaren
O carro de 1992 da Williams era de outro planeta, tendo a suspensão ativa colocando-a em outro patamar acima dos rivais, que tinham uma "nova ameça" chamada Michael Schumacher, esse era o surgimento alemão na categoria. Ayrton Senna enfrentou dificuldades com uma McLaren cheia de problemas e longe dos rivais da equipe do "Tio Frank", que disputaram o título que ficou com o Leão, finalmente...


Temporada de 1993 - Stefan Bellof
Stefan Bellof - Canon Williams - Companheiro: Alain Prost - 28 Vitórias - 1º Lugar
Ayrton Senna - Marlboro McLaren
Numa das melhores temporadas de todos os tempos, a Williams teria uma dupla com Bellof e Prost, que disputaram até o fim o título de 1993, que ficou com o alemão, mais uma vez. Apesar deles terem divido essas vitórias, quem deu show mesmo foi Ayrton Senna, que mostrou todo seu talento á bordo de uma McLaren ainda longe das rivais britânicas, que finalmente teria o brasileiro como piloto em 1994...


Temporada de 1994 - Michael Schumacher
Stefan Bellof - Rothmans Williams - Companheiro: Ayrton Senna - 32 Vitórias - 2º Lugar
Ayrton Senna - Rothmans Williams - Companheiro: Stefan Bellof - 45 Vitórias - 3º Lugar
A Benetton de Michael Schumacher estaria impossível de para em 1994, mesmo estando com terríveis irregularidades que colocariam o alemão no topo do esporte pela primeira vez. Também pela primeira vez, dois alemãs batalharam pelo título, com Schummy saindo vencedor em cima de Stefan, que enfrentou Ayrton Senna de maneira indireta, já que teve um bom começo de temporada contra o péssimo do companheiro, que se recuperou, mas não o bastante para batalhar pelo título...


Temporada de 1995 - Michael Schumacher
Stefan Bellof - Rothmans Williams - Companheiro: Ayrton Senna - 36 Vitórias - 3º Lugar
Ayrton Senna - Rothmans Williams - Companheiro: Stefan Bellof - 50 Vitórias - 2º Lugar
A regularidade de Michael Schumacher salvou ele da derrota em 1995, quando três pilotos batalharam pelo título de forma brilhante. Infelizmente, a Williams acabou tendo um péssimo fim de temporada, mais precisamente depois do GP da Europa, dando o título de volta á Schummy. Nesse anos vimos Senna alcançar a casa das 50 vitórias, mais perder a grande sequência de vitórias no Principado, que naquele ano teve como vencedor Stefan Bellof...


Temporada de 1996 - Ayrton Senna
Stefan Bellof - Rothmans Williams - Companheiro: Ayrton Senna - 42 Vitórias - 2º Lugar
Ayrton Senna - Rothmans Williams - Companheiro: Stefan Bellof - 57 Vitórias - 1º Lugar
A Williams voltou ao topo ao lado de Ayrton Senna, que depois de 6 anos de espera, voltava á comemorar o título. Stefan Bellof conquistou 6 vitórias, mas a regularidade dessa vez não foi o suficiente para uma temporada quase perfeita de Senna. Além disso, essa foi a primeira temporada de Schummy na Ferrari e a última de Stefan na Williams (depois de um casamento que durou 6 temporadas e deu 2 títulos), já que a McLaren, apoiada pela Mercedes, queria ter Bellof em sua última temporada...


Temporada de 1997 - Ayrton Senna
Stefan Bellof - McLaren Mercedes - Companheiro: Mika Häkkinen - 44 Vitórias - 4º Lugar
Ayrton Senna - Rothmans Williams - Companheiro: Jacques Villeneuve - 65 Vitórias - 1º Lugar
Ayrton Senna mais uma vez conquistaria um título mundial, seu primeiro bicampeonato e 4º título. Stefan Bellof fez 40 anos, mas não perdia as forças de tentar vencer a todo custo, suas vitórias na Austrália e na Itália são exemplos disso. Senna voltou a sentir Schumacher no seu cangote, com o alemão conquistando vitórias importantíssimas com a Ferrari, que aos poucos voltava a ser grande, e que em 1998 teria uma fantástica dupla...


Temporada de 1998 - Stefan Bellof
Stefan Bellof - McLaren Mercedes - Companheiro: Mika Häkkinen - 48 Vitórias - 1º Lugar
Ayrton Senna - Scuderia Ferrari - Companheiro: Michael Schumacher - 70 Vitórias - 2º Lugar
Já com seus 40 anos, Bellof aceitou a proposta de fazer mais uma temporada na McLaren, graças á Mercedes, é claro. Enquanto isso, a Ferrari conseguiu fazer Ayrton Senna pilotar ao lado de um jovem campeão alemão, Schumacher, que sonhava voltar a ser campeão. Pela primeira vez vimos 4 pilotos duelarem pelo título até a última corrida no Japão. Senna havia conquistado 5 vitórias, Schumacher 4, e Häkkinen e Bellof 3, mas ainda com boas chances graças a regularidade. Em Suzuka vimos uma corrida fantástica, com Michael sendo o primeiro a ficar pelo caminho e Häkkinen sendo o segundo. Com isso a disputa ficava entre Ayrton e Stefan, que fizeram uma disputa épica até o fim da corrida. A batalhava ficaria famosa por ser tão fantástica quanto a de Arnoux e Villeneuve. No fim de tudo, um tal de Eddie Irvine apareceria na segunda colocação graças á estratégia, com Bellof em primeiro e Senna em terceiro. Com isso, a Alemanha comemorava o último título de um ídolo, e o Brasil chorava a perca de um tri de Senna... era o adeus de Stefan á categoria...


Temporada de 1999 - Ayrton Senna
Stefan Bellof - Aposentado
Ayrton Senna - Scuderia Ferrari - Companheiro: Michael Schumacher - 78 Vitórias - 1º Lugar
Ayrton Senna já havia enfrentado dificuldades com Schumacher em 1998, mas em 1999 seria ainda mais difícil trabalhar com o alemão, que começou de maneira magnífica a temporada, conquistando várias vitórias e se tornando o grande favorito ao título, enquanto o brasileiro sofria com problemas e apenas uma vitória até o meio da temporada, quando tudo mudou após o acidente de Schummy. Mika fez uma temporada regular o bastante para lutar pelo título em Suzuka, mas em vão, já que Senna conseguiu 7 vitórias em 8 corridas...


Temporada de 2000 - Michael Schumacher
Stefan Bellof - Aposentado
Ayrton Senna - Scuderia Ferrari - Companheiro: Michael Schumacher - 84 Vitórias - 2º Vitória
As 6 vitórias durante a temporada não foram suficiente para Senna superar Michael Schumacher que conquistou 7 vitórias. A batalha pelo título mal existia na última etapa do ano, na Malásia, onde Ayrton Senna receberia várias mensagens e homenagens em sua última prova na categoria. A Ferrari exigiu e Schummy deixou Ayrton vencer a prova em Kualar Lumpur... uma conquista um pouco injusta para um campeão como Senna...


Essa é a minha opinião, qual é a sua caso Stefan Bellof e Ayrton Senna tivessem sobrevivido? Comente...

Com isso termino esse post, que deu minha resposta á famosa afirmação: "Se Ayrton Senna tivesse sobrevivido, Michael Schumacher não teria conquistado 7 títulos". E ela é não, Senna não tiraria nenhuma título do alemão...

Stefan Bellof - Títulos: 3-Vitórias: 48-Equipes: Tyrrell, Ferrari, Benetton, Williams e McLaren
Ayrton Senna - Títulos 5-Vitórias: 84-Equipes: Toleman, Lotus, McLaren, Williams e Ferrari

Imagens tiradas do Google Imagens - poeticsofspeed.com